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domingo, 1 de abril de 2018

A casa londrina Maggs está numa sinuca



O caso do roubo das gravuras da Biblioteca Nacional

Em 2004, Laéssio Rodrigues Oliveira, finório gatuno de obras raras, roubou da Biblioteca Nacional oito gravuras de Recife, pintadas em 1852 pelo alemão Emil Bauch. Ele sustenta que as vendeu ao colecionador paulista Ruy Souza e Silva. Laéssio está na cadeia e Souza e Silva, ex-marido de Neca Setubal, filha do criador do banco Itaú, nega que tenha comprado as peças, acusando o ladrão de tentar chantageá-lo. O maior golpe de Laéssio foi a rapina da mapoteca do Itamaraty, descoberta em 2003. Nesse episódio, ele deixou sua marca de conhecedor. No butim estava um mapa de 1631, peça única, de difícil comercialização. Ele a empacotou num canudo e mandou-a por Sedex para a casa do embaixador que dirigia o museu do ministério. O endereço do remetente era o do Cemitério São João Batista.

O caso das gravuras já tinha os ingredientes de uma boa história policial quando a ela foi acrescentada por Souza e Silva a informação de que comprou as peças na tradicional casa londrina Maggs, fundada em 1853, famosa por ter vendido o pênis de Napoleão.
O Itaú Cultural forneceu à “Folha de S. Paulo” dois recibos. Um mostra que, no dia 9 de novembro de 2014, Souza e Silva comprou na Maggs um “álbum de gravuras do Brasil” por 11 mil libras, equivalentes a R$ 58 mil. Outro informa que, 69 dias depois, ele vendeu as obras ao Itaú Cultural por R$ 654 mil.

Diante da denúncia de Laéssio, o Itaú Cultural prontamente entregou as gravuras à Biblioteca Nacional, e lá elas foram examinadas por um perito judicial. Um rasgo existente numa delas e vestígios de uma caligrafia existente no verso das peças conferem com imagens arquivadas na biblioteca.  Do jeito que estão as coisas, a Maggs teria vendido a Souza e Silva gravuras roubadas por Laéssio. O recibo da casa londrina fala em “álbum”. Um antiquário de sua linhagem mantém inventários e poderá especificar melhor o que vendeu, dizendo também como a mercadoria oferecida ao colecionador paulista chegou ao seu acervo.

O MINISTRO BARROSO FLECHOU TEMER
Michel Temer está convencido de que se não tivesse sido bombardeado pelo grampo de Joesley Batista, teria aprovado a reforma da Previdência e o destino de seu governo seria outro. O problema é que foi ele quem abriu a porta do Jaburu para o empresário.
Temer parece ser uma reencarnação do sujeito que estava em Hiroshima, tomou um trem e foi para Nagasaki, sobrevivendo a duas bombas atômicas. [será que Barroso tem capacidade de sobrevivência à verdade: provas incontestáveis demonstram que Barroso recebeu dinheiro público para ministrar uma palestra = chamada na documentação de hora/aula - o que a Constituição Federal proíbe?] Com o escândalo de suas relações perigosas e da MP dos Portos na vitrine, seu governo continua, mas acabou. 

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O ministro Luís Roberto Barroso teria achado o mapa da Ilha do Tesouro. E não haverá “jogada de mestre” capaz de recolocá-lo de pé. Apesar disso, resta a Temer a oportunidade de presidir a campanha eleitoral como o presidente que gostaria de ter sido.

A campanha parece apenas radicalizada, mas está acima de tudo desorientada. O candidato que lidera as pesquisas está mais perto da cadeia do que do Planalto. Sonha-se com um nome que una o centro, mas ninguém sabe o que vem ser esse centro, além de um disfarce do “mais do mesmo” que produziu as geleias dos plenários do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Temer não é responsável por essa confusão, mas ajudaria a clarear as águas se fechasse sua agência de marquetagens. Havendo uma denúncia da procuradora-geral, ela corroerá a imaginação dos çábios do Palácio, mas é improvável que essa iniciativa leve à sua deposição. Afinal, não há um vice conspirando contra ele, e o tempo corre a seu favor, pois faltam só seis meses para a eleição.

(...)
ÁFRICA E CHINA
Os chineses substituíram as empreiteiras nacionais em Angola. Sintomaticamente, as empresas americanas continuam fora desse mercado.

CANCELLIER
Hoje completam-se seis meses do suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier, da Federal de Santa Catarina, e ainda não se sabe o que havia de concreto contra ele. O professor foi encarcerado e, solto, estava proibido de pôr os pés no campus da universidade.

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BRADESCO
Ficou difícil a vida de um cliente do Bradesco que paga seu seguro de vida há 31 anos.
O banco informou, eletronicamente, que seu contrato foi cancelado porque deixou de pagar duas mensalidades. Para reverter a ordem, ele deveria remeter cópias digitalizadas dos boletos e da apólice, com o CPF e um número de telefone para eventual contato. Feito isso, o banco informou, sempre eletronicamente, que a “área resolvedora” precisaria de 15 dias úteis para tratar do caso, lembrando que não deveria responder a essa comunicação. Assim, nada restou ao cliente senão esperar.

A diretoria do Bradesco deveria avisar ao pessoal da “área resolvedora” que Amador Aguiar, o fundador da casa, transformou seu pequeno banco na maior instituição privada do país em apenas oito anos porque colocou as mesas dos gerentes na entrada das agências e instruiu seus funcionários para que ensinassem os clientes a preencher cheque.

ÍNTEGRA - Elio Gaspari, O Globo


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