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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

ESTAMOS VOLTANDO !!!

Não estamos abandonando o barco.
 
Apenas para aumentar a certeza, a confiança e a fé de  que os danos causados ao nosso Brasil pelo governo desastroso, maléfico, do presidente "da Silva", são temporários e cessarão tão logo tal DESgoverno acabe - o que ocorrerá, no MÁXIMO, em 31 dezembro 2026 - é que decidimos passar alguns dias revendo  países do PRIMEIRO MUNDO (o que exclui, sem exceções,  os países esquerdistas, os comunistas, os autointitulados 'progressistas''). 
 
O contato, a vivência, ainda que temporária, com/em  países desenvolvidos, que além do progresso, da qualidade de vida dos seus naturais, roubar é crime e as punições aos ladrões são severas e aplicadas, a corrupção é combatida e punida, nos confere a certeza que a crise que assola o Brasil - causada pelos eleitores 'dedos podres' que fizeram o L - é temporária, com duração máxima, constitucionalmente definida.
 
até breve
 

Blog Prontidão Total

BRASIL acima de todos!   DEUS acima de tudo! 

 

domingo, 14 de janeiro de 2024

O vírus patológico da mentira - Alex Pipkin, PhD

Já opinei, afirmando que a pior crise desta nova era “progressista”, é a moral. Estamos, de fato, mergulhados em um mar sujo repleto de lama, de omissões, de distorções, de mentiras, de hipocrisias e de incontroversas maldades.

O triste momento civilizacional vem embalado de muitas ilusões, de desejos insaciáveis de enganar, de manipular, sendo propício para o emprego de narrativas e de falácias, a fim de que a verdade dos fatos seja rejeitada. E os fatos, os dados e as evidências existem, fartamente.

Todos nós, de alguma forma, mentimos. No entanto, é muito distinto uma distorção da realidade, de maneira eventual, tipo aquela do falso elogio, daquela que é proferida habitualmente, com o claro objetivo de encobrir e corromper a verdade objetiva.

Atualmente, na cena empresarial, política, cultural e social, o que se vê, com sobras, são sujeitos deliberadamente mentindo, rejeitando a verdade, visando a obtenção de algum tipo de benefício individual e/ou grupal.

O vírus patológico da mentira compulsiva contaminou uma enormidade de gente, de todos os matizes. De forma isolada, os mentirosos contumazes não enganam por muito tempo. A verdade dá uma volta ao mundo, mas aparece.

Porém, quando agrupados, e se utilizando de veículos propagadores da corrupção da verdade, como se vê hoje com a “ex-mídia”, o estrago e seus efeitos são abissais e malignos.

Não é difícil perceber que indivíduos, de tanto utilizarem falsas narrativas, em todas as esferas, muitas vezes, acabam acreditando em suas próprias mentiras e falácias; uma legítima psicopatia.

Na seara política, é justamente ai que reside o mal. Não existe perfeição terrena, o mundo é como ele é. Desejos utópicos indicam a projeção de aspirações de como o mundo deveria ser. Evidente que na realidade vivida há mazelas e injustiças, e tantos outros problemas de cunho econômico-social. 
Contudo, no reino da doutrinação de utopias, mentes carentes e idealistas - por vezes, doentias -, creem que vale a pena adotar, como objetivo de vida a ser perseguido, a perpétua luta contra a opressão. Claro que não.

Essa é, de fato, uma estratégia que denota não só manipulação, como também, uma espécie de escapismo inconsequente, pois utopias não só são ilusórias, como igualmente, matadoras.

Penso que, de certa forma, a banalização da mentira e da imoralidade, sejam o resultado das propaladas utopias coletivistas e do desejado fim do “opressor” sistema capitalista.

O sonho é o fim da opressão de capitalistas malvados, e a distribuição da “riqueza”, sem a respectiva geração de riqueza.

O decrescimento econômico é mais um dos ilusionismos coletivistas. Por isso, existe tanto esforço e narrativas pregando a necessidade de se “estabilizar as economias”, e de se alcançar objetivos sociais e ecológicos.

Quando sectários ideológicos acreditam que estão doutrinando e lutando pela justiça divina na terra, ou seja, que estão almejando o alcance de um suposto bem, tipo o da igualdade impossível, esses omitem, distorcem, mentem e afirmam meias-verdades. Enfim, operam tudo em nome de uma “causa nobre”. Tudo isso, de maneira genuína, destrói o respeito à verdadeira alteridade dos indivíduos.

Esses não se sentem nenhum pouco constrangidos, mesmo que para a obtenção dos fins desejados, haja tirania, mortes, fome, miséria e pobreza.
Desnecessário trazer à tona fatos e evidências quanto à inviabilidade das práticas coletivistas, inexistem quaisquer tipos de julgamento moral, eles sempre dão um jeito de “racionalizar”.

A ânsia pelo espetáculo do utópico não aparenta ter data para acabar, afinal, faz parte da identidade social dos “justiceiros”.

Tendo em vista que seus objetivos são devaneios perversos - conforme já demonstrado -, eles acabam por contaminar as mentes e os corações de legiões de outros sectários ideológicos, inibindo as possibilidades de discussão e do alcance do real. A lógica não é revolucionária, talvez nos enredos cinematográficos…

A mentira se relaciona umbilicalmente com as utopias. Metas inatingíveis só podem ser racionalizadas por meio de mentiras, de falsidades e, claro, de utopias.

Vejam, os maiores e mais imorais massacres coletivistas da história humana - vide Lênin, Mao - abusaram da corrupção da verdade e do real, a fim de tornar o sonho uma possibilidade alcançável.

O mundo é imperfeito, uma constatação lógica. Mas é preciso um giro de 180 graus para trazer de volta um dos ingredientes capaz de mitigar mentiras descaradas e a normatização da hipocrisia: o realismo.
Muito difícil. Essa turma de políticos coletivistas, e seu rebanho de comparsas, saliva espontaneamente, como os cães de Pavlov, com quaisquer quimeras econômicas e/ou sociais.

Contudo, não é mais suportável conviver com a rejeição do real, em prol do fanatismo pelas utopias irrealizáveis.

Triste. Estamos cada vez mais distantes desse essencial realismo. Triste.

Alex Pipkin, PhD

 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

A paixão tórrida de Barroso pelos microfones - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

O comando da discussão política não está no Congresso, eleito pelo povo, nem entre os governantes que os eleitores puseram nos cargos executivos, mas no STF

Ministro do Supremo Luís Roberto Barroso no Congresso de UNE, em Brasília, em julho de 2023

 Luís Roberto Barroso. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
 
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que parece viver uma paixão tórrida com os microfones, o som da sua própria voz e a celebração das virtudes que imagina ter, virou o mais ativo orador político do Brasil. 
Não poderia ser assim. Como juiz, ele tem a obrigação de ser juiz – e um juiz não pode passar o tempo todo falando como um animador de auditório na defesa das suas ideias, convicções e interesses. 
Como o público que lhe paga o salário pode esperar que seja imparcial nas suas sentenças, se está todo dia dizendo que é contra isso e a favor daquilo? 
Mas aí é que está: no Brasil de hoje o comando da discussão política não está no Congresso Nacional, que foi eleito pelo povo brasileiro, nem entre os governantes que os eleitores puseram nos cargos executivos, mas no STF – que não tem o voto de ninguém. É uma degeneração.
 
A última homilia do ministro Luís Roberto Barroso mostra, mais uma vez, o quanto o STF afundou na sua própria anomalia
Eles não percebem mais que o respeito pela instituição só pode ser conquistado como consequência dos seus atos, da sua seriedade e da sua isenção.
Acham outra coisa: o Supremo só será um grande tribunal se as suas “lideranças” ficarem fazendo elogios a si mesmas. 
Barroso, em seu discurso mais recente, disse que “o STF fez muito bem ao Brasil” e enumerou as dádivas que nos foram fornecidas por Suas Excelências.  
Quem teria de falar disso não é ele, e sim os supostos beneficiários das bondades do STF - mas pelos padrões de conduta vigentes hoje neste país a auto louvação é não apenas aceita como aplaudida. 
Ficamos sabendo, assim, que o STF nos salvou de uma ditadura, venceu o “golpe de estado” do 8 de janeiro, impediu que a Covid destruísse o Brasil etc. etc. Tudo bem: quem quiser acreditar nisso tem o direito de acreditar.  
O que não está certo é dizer que quem critica o STF são os “bolsonaristas”, e que os “ataques” ao tribunal só acontecem porque suas decisões causam desagrado a certas pessoas.
 
É falso. Os que criticam as ações do STF incluem muito mais gente que os “bolsonaristas” basta verificar, com um mínimo de serenidade, quem são os autores das críticas. 
Mais que isso, o que se condena no STF não é o teor jurídico das decisões; ninguém ignora o fato de que uma sentença judicial sempre agrada o vencedor e desagrada o perdedor. 
O problema, e aí o presidente do STF não dá um pio, é que as mulheres de ministros advogam em causas julgadas pelos maridos.  
Cidadãos estão sendo condenados a até 17 anos de cadeia por terem participado de um quebra-quebra em Brasília – e por terem supostamente praticado, ao mesmo tempo, os crimes de “golpe de estado” e de “abolição violenta do estado de direito”.  
Um cidadão tem um bate-boca com um dos ministros no Aeroporto de Roma e se vê levado a julgamento no supremo tribunal de justiça do país, no arrastão judicial dos “atos antidemocráticos”. 
A empresa J&F é dispensada de pagar os 10 bilhões de reais que devia ao Tesouro Nacional, em cumprimento ao acordo que fez para escapar de cinco ações penais por corrupção ativa.
 As provas materiais de corrupção contra a Odebrecht são declaradas como “imprestáveis” e destruídas.
 
Nada disso ter alguma coisa a ver com “defesa da democracia”, ou com máscara para Covid, ou com “extrema direita” e outras assombrações
Está errado porque é contra a lei. 
E é por isso, na verdade, que o presidente do STF age todos os dias como chefe de facção política. 
Não está interessado em Constituição, processo legal e seu dever como juiz. Como ele mesmo diz, quer “fazer História”.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Os três terremotos - Percival Puggina

         Em palestra ao Ministério Público Federal, no dia 7 deste mês de dezembro, abordando o combate à corrupção com ênfase às ações preventivas, em certo momento, o ministro Alexandre de Moraes disse o seguinte (transcrição palavra por palavra do vídeo original que pode ser assistido aqui):

“[A corrupção] é uma chaga que corrói a democracia, como nós vimos nestes últimos tempos com um abalo sísmico no mundo político, que teve suas consequências - é importante dizer isso porque esse vácuo deixado teve a consequência do retorno de uma extrema direita com ódio no Brasil e quem enxerga essa sequência está falhando; talvez realmente não houvesse o que fazer – não é? – depois que se descobriu a corrupção, mas sim antes, preventivamente. Então nós temos que aprender com nossos erros institucionais e nos perguntar por que chegamos a esse ponto. Por que chegamos a um ponto em que a corrupção perdeu a vergonha na cara naquele momento do mundo político e o combate – todos os sistemas preventivos falharam – o combate à corrupção acabou criando um vácuo muito grande e esse vácuo gerou uma situação de uma polarização, ódio e o surgimento não só no Brasil, mas no Brasil principalmente, de uma extrema direita com sangue nos olhos e antidemocrática também.”

Confesso que não entendi. Deve ser Dilmês gramatical.  É fato, porém, que a corrupção foi um “abalo sísmico”; aliás, foi o primeiro de três terremotos, como veremos a seguir.

Cada um com seus fantasmas; mas as instituições de Estado não devem, elas mesmas, combatê-los ao arbitrar uma campanha eleitoral.  Instituições como o TSE não existem para si mesmas, nem para os amores ou rancores político-ideológico de seus membros.  
Elas existem para a sociedade que periodicamente se manifesta nas urnas. A democracia, por sua vez, não convive com censura. 
Ela precisa de campanhas eleitorais em que sejam livremente abordados os problemas do país. 
Excessos de controle que inibam o debate, apaguem o passado, proíbam temas e condenem a natural polarização inerente a uma campanha entre dois candidatos servem ao oposto da democracia.
 
Sem essa liberdade, a corrupção que tanto preocupa dezenas de milhões de brasileiros, entre os quais o próprio ministro, não pode ser exposta com o vigor necessário ao longo do ano de 2022. 
Sucessivas pás de cal jogadas pelo STF sepultaram a Lava Jato e ressuscitaram corruptos confessos e já condenados
Eis aí o segundo grande terremoto destes anos de severas frustrações cívicas. 
 
Pouco antes de assumir a presidência do STF, o ministro Luís Roberto Barroso foi entrevistado nos EUA pelo professor Mangabeira Unger. 
Em certo momento, falaram sobre ativismo judicial. 
Barroso fez o habitual relato do que considera notáveis realizações progressistas do STF. 
O professor, que foi ministro de Lula e tem conhecidas posições esquerdistas, concordou com esse entendimento, mas acrescentou haver, também, um ativismo nocivo. E apontou, como exemplo, o conjunto das ações com efeito político-eleitoral do STF/TSE nos anos recentes (entrevista aqui).
 
Qualquer cidadão que soube “juntar os pontinhos”, como naqueles exercícios infantis de antigamente, pôde visualizar o desenho dessa estratégia sendo construída dentro dos tribunais superiores, bem como sua finalidade. Era o terceiro terremoto consecutivo em nossa história recente.  
Foi ele que misturou as palavras no confuso discurso do ministro Alexandre de Moraes transcrito acima e foi ele que deu origem ao constrangido sorriso do ministro Barroso ao contestar a contundente observação do professor Mangabeira Unger.

Concluindo. No nosso modelo institucional, apesar de todo meu desgosto com a maioria da nossa representação parlamentar, tarefas que possam ser definidas como “correções de rumo” e dar “empurrões na história” cabem legitimamente a quem tenha voto, ou seja, ao Congresso Nacional. O oposto é “abalo sísmico”.

(1)        Fala do ministro Alexandre de Moraes ao MPF em 7 de dezembro: https://www.cartacapital.com.br/politica/vacuo-no-combate-a-corrupcao-levou-extrema-direita-ao-poder-diz-moraes/.

(2)        Entrevista do ministro Luís Roberto Barroso ao prof. Mangabeira Unger: https://youtu.be/ZMWRUS_kccM

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

 

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Qual o recado de Moraes em fala confusa? - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo - VOZES

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que a corrupção vivenciada no país nos últimos anos teve como consequência o retorno de uma "extrema direita com ódio". 
Moraes afirmou ainda que a corrupção no Brasil é uma "chaga" que corrói a democracia. 
O ministro relembrou que o país viveu um "abalo sísmico no mundo político" após a descoberta de diversos casos de corrupção. Isso teria criado um vácuo. "Esse vácuo gerou uma situação de uma polarização, ódio e o surgimento, não só no Brasil, de uma extrema direita com sangue nos olhos e antidemocrática também", tentou explicar. O ministro defendeu que é preciso "aprender com erros". "Temos que nos perguntar por que chegamos a este ponto em que a corrupção perdeu a vergonha na cara e todos os sistemas preventivos falharam", continuou.
 
Não ficou claro como a corrupção no Brasil ajudou no avanço da extrema direita no mundo. 
Mas essa não foi a única parte confusa e estranha da fala do ministro. Todos sabemos que a corrupção de que ele fala se deu nos governos petistas. 
Por que, então, o STF ajudou o ladrão a voltar à cena do crime, como diria Alckmin?  
Por que o próprio Moraes foi tão ativo em perseguir bolsonaristas e ajudar o PT?
 
No mais, se o STF voltou a admitir a imensa corrupção, por que não há qualquer corrupto preso?  
Por que todos foram soltos pelo próprio STF?  
Qualquer reflexão sincera por alguns segundos mostra que Moraes diz algo sem pé nem cabeça
Qual seria, então, o recado dele? 
Que mensagem o poderoso ministro supremo quis transmitir?
 
Ofereço uma tese. Moraes foi filiado ao PSDB, tem foto ao lado de Alckmin e Doria pedindo votos, trabalhou com Alckmin.  
Ele foi indicado ao STF por Michel Temer, vice de Dilma que abandonou o PT para o impeachment salvar o país do petismo.  
Na sabatina de Moraes, o PT ficou contra e o acusou de plágio, pedindo que os senadores barrassem sua ida ao STF. 
Moraes, em suma, não é e nunca foi um petista, mas sim um tucano, um representante do "sistema".
 
Essa turma teve de engolir o sapo barbudo como único remédio amargo para impedir a continuação do governo Bolsonaro, de direita e sem esquemas de corrupção. 
Foi uma escolha pelo "menos pior" na ótica dessa gente. 
Mas nunca foram apaixonados pelo petismo do Foro de SP, que ameaça matar as galinhas dos ovos de ouro que eles tanto apreciam
Para derrubar Bolsonaro, deram as mãos a Lula, mas preferiam Alckmin ou qualquer outro nome de "terceira via".
 
Ao voltar a falar em corrupção e polarização e "extrema direita", parece-me que o recado de Moraes é para petistas. 
O "sistema" não desistiu ainda de dar um pontapé no PT e governar sozinho. 
O discurso visa, em minha opinião, a preparar o terreno para a "direita permitida", aquela que nunca foi direita
Por que Xandão, como é conhecido, nunca vai atrás de tucanos, da turma do Doria, de suas cadelinhas no MBL? 
Por que será?

Rodrigo Constantino, colunista - Coluna na Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 4 de novembro de 2023

Agora a corrupção é legalmente permitida para quem está do lado do “sistema” - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES
 
 Juscelino Filho

Auditoria encontrou irregularidades em contratos para pavimentação na cidade de Vitorino Freire, governada por irmã de Juscelino Filho.| Foto: reprodução/Facebook Juscelino Filho
 
O ministro Juscelino Filho é um desses fenômenos que, somados uns aos outros, vão se transformando numa grife dos governos Lula
Não existe registro público de que tenha feito alguma coisa, qualquer que seja, para melhorar as comunicações no Brasil – a única função que poderia justificar a sua presença no serviço público. 
Em compensação, em apenas dez meses de governo, já apareceu três vezes na crônica policial da baixa política brasileira.
 
Esteve envolvido numa história sobre uso de verbas federais para asfaltar uma estrada a 500 metros de sua fazenda no Maranhão – o Maranhão, mais uma vez. 
Depois foi flagrado usando um jato da Força Aérea Brasileira para ir a um leilão de cavalos de raça em São Paulo. 
Em sua última aparição no noticiário, é acusado de transferir 13,4 milhões de reais do “orçamento secreto” para a própria irmãque já esteve metida em problemas com a Polícia Federal e foi afastada, entre acusações de corrupção, do cargo de prefeita de uma cidade do mesmo Maranhão. (Já está de volta, por ordem do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal.)
O Brasil tem um novo ordenamento penal. Segundo as regras hoje em vigor, ninguém ligado a Lula ou apoiado por ele pode ser preso por corrupção.
É a terceira confusão em menos de um ano; nesse ritmo, quantas ele vai ter acumulado até o final do governo Lula-3? 
Uma coisa é certa: pode fazer quantas quiser que não vai acontecer nada com ele, assim como não aconteceu com a irmã. 
Juscelino tem o apoio fechado do presidente – que mal fala com ele, como não fala com a maioria dos ministros, mas não assina a sua demissão. Mais ainda do que isso, conta com a absolvição prévia, automática e plenária do STF, faça lá o que fizer. Está, nesse caso, em plena segurança da multidão.
 
Desde que a “suprema corte” tirou Lula da cadeia onde cumpria pena pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, anulou todos os processos contra ele e o colocou na Presidência da República (como diz o ministro Gilmar Mendes), o Brasil tem um novo ordenamento penal. Segundo as regras hoje em vigor, ninguém ligado a Lula ou apoiado por ele pode ser preso por corrupção. 
Nem o ex-governador Sérgio Cabral, que estava condenado a 400 anos de prisão e foi solto?
A coisa toda vai muito além disso. Na verdade, o Brasil vive no momento uma situação extraordinária: não há nenhum corrupto preso, o que deveria nos colocar entre os países mais honestos do mundo em termos de vida pública. 
Deveria, mas nem uma criança com 10 anos de idade seria capaz de acreditar nisso. 
A ausência de corruptos no sistema penitenciário nacional prova exatamente o contrário – prova que a corrupção, para efeitos práticos, é legalmente permitida no Brasil, desde que o ladrão esteja do lado certo do “sistema”.
 
O ministro não tem de se preocupar com nada
Só tem de ficar acordado, 24 horas por dia, para não lhe tirarem a cadeira no tiroteio cada vez mais bravo por verbas e cargos no governo. 
Pode ir para o espaço em dois palitos, como já foram a ministra do Esporte, o ministro dos Portos, a presidente da Caixa e sabe-se lá quantos outros que virão pela frente. Lula, aí, não vai nem atender o telefone.
 
Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
 

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Haja paciência! - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo


Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Não está nada fácil a vida de um brasileiro decente. Nunca foi, é verdade, pois estamos falando do país do jeitinho, da malandragem, da corrupção
Mas depois que soltaram o descondenado e utilizaram o TSE para ajudar o ladrão a voltar à cena do crime, como diria Alckmin, tudo virou um pesadelo para quem não perdeu o juízo ou a moral e, portanto, não fez o L.
 
Lula é mitomaníaco, mente que nem sente, parece incapaz de dizer a verdade. 
E agora tem proferido suas bobagens com mais frequência, tornando o Brasil um pária mundial.  
Diz que receberia o psicopata Putin no país e que o mundo precisa "respeitar" o Brasil, ignorando decisão do Tribunal Internacional do qual nosso país é signatário. 
Depois diz que nem sabia da existência desse tribunal, sendo que já pediu que o mesmo tribunal julgasse o "negacionista" Bolsonaro por atuação na pandemia. É um cínico da pior espécie!
 
Como pegou muito mal Lula se mandar com Janja para a Índia logo depois do fiasco do 7 de setembro sem povo, ignorando mais de 40 mortos pelo ciclone no sul, eis que agora o governo comunista resolveu partir para cima do jornalista Alexandre Garcia. 
Flávio Dino disse que vai acionar a Polícia Federal para investigar "Fake News", sem apontar que lei prevê isso, e a AGU manda investigar as falas do jornalista sobre as chuvas. Oi? Que raios a AGU tem a ver com isso?! 
E pensar que militante petista da velha imprensa aplaude! Isso é coisa de ditadura, não?
 
Aí lembramos que a mídia alinhada só fala da tal delação de Mauro Cid, enquanto os ministros supremos, até ontem, consideravam delação obtida pela ameaça de manter o delator preso coisa de torturador. O que mudou? Ah sim, o alvo agora é bolsonarista. 
Os tucanos acharam que ficariam com o espólio do PT após a Lava Jato, mas vendo que surgiu em cena a direita, tiveram de resgatar Lula e enterrar a Lava Jato, permitindo a vingança contra os envolvidos na maior operação de combate à corrupção.
 
Nosso STF deveria simplesmente ser o guardião da Constituição, uma missão nobre. 
Mas a composição atual da Corte optou pelo ativismo, pelo abuso de poder, pela militância partidária, e tem arrastado a credibilidade da Justiça para a lama em nosso país. 
Mas fiquem tranquilos, pois os ministros sabem como investir o tempo escasso e nossos recursos: O Diálogos com o Supremo de hoje receberá o economista de esquerda Joseph Stiglitz, para falar sobre os "Desafios para o Crescimento Econômico com Estabilidade e Inclusão Social".
Você tem direito de pensar que é um DCE de uma federal, e não uma Corte Constitucional. Mas você está enganado!
 
O Brasil cansa! Mas esse já virou um bordão ultrapassado. Nos tempos atuais, o Brasil exaspera, leva ao limite a paciência do mais zen-budista de todos! E como tudo que é muito ruim sempre pode piorar, melhor arregaçar a manga e trabalhar duro pois Lula quer um novo avião com cama de casal, que pode custar mais de R$ 400 milhões aos cofres públicos! 
O líder do povo que não tem povo ao seu lado precisa de mais luxo e conforto, pois é dura a vida de um malandro que diz ajudar os pobres...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


sábado, 9 de setembro de 2023

O que fazer com o dinheiro? - Carlos Alberto Sardenberg

O que a Petrobras fará com os R$ 6,28 bilhões que recebeu de empresas e executivos, inclusive da própria estatal, a partir dos acordos de leniência firmados no âmbito da Operação Lava-Jato? Se foi tudo uma “armação”, se os pagamentos foram indevidos, a Petrobras tem de devolver esses bilhões.

Parte do dinheiro pago pela Odebrecht foi para o Departamento de Estado dos Estados Unidos e a Procuradoria-Geral da Suíça. Colaboraram nas investigações que chegaram ao famoso sistema Drousys, usado pelo setor de Operações Estruturadas da empresa para controlar os pagamentos de propina a autoridades e políticos.

Mas, se não aconteceu nada disso, os acionistas da Odebrecht têm o direito de reclamar de volta esse dinheiro enviado para os gringos.

A Petrobras teve de pagar indenizações a acionistas que negociavam seus papéis na Bolsa de Wall Street. Foi um acordo por meio do qual a estatal brasileira reconheceu a má gestão — ou, mais exatamente, a corrupção, o petrolão —, circunstância que, obviamente, influiu negativamente no valor de suas ações.

Mas, se foi “armação”, todas essas indenizações foram indevidas. E então, que órgão do governo brasileiro organizará as cobranças aqui e lá fora?

Ou vai ficar tudo por isso mesmo?

Ocorre que o ministro Dias Toffoli encaminhou outras providências. Determinou que todos os órgãos envolvidos nos acordos de leniência sejam alvo de investigação para apurar eventuais danos à União. É uma longa lista. Vai da Lava-Jato de Curitiba até a Advocacia-Geral da União, Ministério Público e mais — centenas de gestores.

Um deles está ali mesmo, ao lado de Toffoli, numa cadeira do Supremo. Trata-se de André Mendonça, ex-chefe da AGU. O órgão foi parte ativa nos acordos de leniência, como o próprio Mendonça confirmou e elogiou numa entrevista em abril de 2019. Disse ainda que a AGU continuava patrocinando outros acordos.

No total, os acordos de leniência levaram a pagamentos de R$ 25 bilhões a diversas empresas estatais e instâncias de governos estaduais e federal.  
Também há complicação no âmbito do Judiciário. 
Em 23 de abril de 2019, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por unanimidade manter a condenação de Lula no caso do tríplex do Guarujá. 
 O mesmo STJ permitira a prisão de Lula, em abril de 2018, com base no entendimento de que o réu poderia começar a cumprir a pena depois da condenação em segunda instância. 
E o plenário do STF, em 4 de abril daquele ano, negara habeas corpus que livraria Lula da prisão
A decisão foi apertada, 6 a 5, mas tomada pelo plenário. “Armação”? 
 
A recente decisão de Dias Toffoli foi monocrática, assim como fora a de Edson Fachin, quando, em 8 de março de 2021, anulou todas as condenações de Lula na Lava-Jato
Argumentou que o processo deveria ter sido aberto em Brasília, e não em Curitiba — “descoberta” feita cinco anos depois da abertura do caso. A decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo o que denota um tipo de corporativismo. Você não mexe na minha sentença, eu não mexo na sua. 
 
Depois disso, o então ministro Ricardo Lewandowski tomou várias decisões monocráticas anulando as delações da Odebrecht nos processos de Lula. 
Toffoli completou o serviço, anulando toda a delação. 
Então ficamos assim: um erro processual, primeiro, e uma sequência de decisões monocráticas, depois, determinaram que as delações foram irregulares, o que dispensa, nessa grande “armação”, a verificação das provas.  
Quer dizer: aqueles computadores e programas da Odebrecht não existem, foi tudo uma ilusão.

Tudo considerado, há uma conclusão que se pode tirar para preservar a democracia e a segurança jurídica. Como já sugeriu o advogado, jurista e ex-ministro da Justiça José Paulo Cavalcanti Filho, as decisões monocráticas deveriam ser simplesmente vetadas. Abolidas. Do jeito como está, não temos uma Corte, mas 11 capitanias que decidem cerca de 90% dos casos. Dá nisso.

Agora, quem quiser saber a história real, está no livro de Malu Gaspar “A organização: a Odebrecht e o esquema de corrupção que chocou o mundo”.

Suas Excelências deveriam ler.

Carlos Alberto Sardenberg, colunista 

Coluna em O Globo,  9 setembro 2023


 


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

As duas faces de Dias Toffoli

Decisão de Toffoli sobre Lula contradiz votos do passado

 Em 7 de maio de 2018, um mês depois de Lula ser preso pela Lava-Jato, estava em julgamento no Supremo um pedido da defesa para que o ex-presidente fosse solto.
 
AJUDA - Toffoli: ida para a Segunda Turma atenuou constrangimentos

 AJUDA - Toffoli: ida para a Segunda Turma atenuou constrangimentos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Como votou o ministro Dias Toffoli?

Contra a liberdade de Lula, que o havia indicado para o cargo de ministro do Supremo. 
O que parecia independência na verdade é hoje um voto do qual o ministro precisa explicar.

Nesta quarta, 6 de setembro, pouco mais de cinco anos depois, o ministro afirmou que a prisão de Lula foi um dos maiores erros jurídicos da História – uma “armação”.

“Se utilizou um cover-up de combate à corrupção, com o intuito de levar um líder político às grades, com parcialidade e, em conluio, forjando-se ‘provas’”, afirma Toffoli na decisão que anulou provas produzidas pela Odebrecht.

A questão é o ministro conciliar tudo isso com o seu passado em vários votos e decisões. 
Foi Toffoli quem, ao fim, negou o direito de Lula ir ao velório do irmão Vavá
Se a prisão foi uma armação ou um erro, como explicar uma decisão passada como essa? 
Estava sendo enganado?

Além de “revelar” a existência de uma conspiração de agentes públicos com um projeto de poder, o ministro precisa também pacificar a sua própria jurisprudência.

Blog Matheus Leitão - Revista VEJA

 

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Pacheco contra o Brasil: o Senado vai segurar o marco temporal das terras indígenas? - Gazeta do Povo

VOZES - Alexandre Garcia

Tomara que não seja verdade, mas estão dizendo que o Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, vai retardar a votação definitiva do projeto de lei que dá paz no campo e na cidade, quanto à questão fundiária, regulamentando e esclarecendo o que diz a Constituição, no artigo 231, no qual é dito que são dos povos indígenas as terras que eles ocupam tradicionalmente.  
Ocupam é presente do indicativo, portanto, é dia 5 de outubro de 1988, dia que isso foi promulgado na Constituição e passou a valer.
 
Não é que ocuparam, porque se está valendo ocuparam, aí, meu Deus, é 1500, de 1500 pra cá. 
Aí ninguém tem segurança do seu imóvel, urbano ou rural. 
Tá nas mãos do Supremo e depois daquilo que o Supremo fez lá em Roraima, com os arrozeiros, deixando todo mundo na mão, deixando índios e arrozeiros na mão, a gente fica assustado. Aqui está um a um e o Supremo continua essa votação na quarta-feira que vem.

Se o presidente do Senado empurrar até quarta-feira, já vai ter problema de choque entre Supremo e Poder Legislativo. Dois poderes que teoricamente são independentes, autônomos e harmônicos entre si. A Câmara aprovou, diz basicamente que povos indígenas que saíram das suas terras, perderam as terras, a menos que sejam terras em litígio na justiça. É isso.

Porque é isso que diz a Constituição. Aqui havia oito milhões e meio de quilômetros quadrados de povos morando, vivendo aqui quando chegou Cabral. E aí começou a colonização europeia do país. 
Depois veio gente da África, da Ásia e de todos os continentes e formaram essa grande mistura maravilhosa que é o Brasil. E parece que tem gente que quer destruir isso.

Prêmio Nobel e corrupção
Bom, vejam só, eu tô vendo que em Bangladesh tem o Prêmio Nobel da Paz envolvido e acusado por corrupção, metendo o dinheiro num fundo do trabalhador. Aqui toda hora aparece problema com o fundo de amparo ao trabalhado, o FAT.
Inclusive para garantir coisas para a Argentina ou cobrir dívida da Venezuela, de Moçambique, da Nicarágua, sei lá mais o quê, só pra gente lembrar esses acontecimentos.


MP dos ministérios

Passou a medida provisória que mantém os ministérios que Lula criou, 17, e foi um preço alto, né? O governo pagou emendas de R$1,7 bilhão, liberou para deputados, para conseguir aí os 337 votos. É do seu imposto essa liberação.

O governo está sem articulação na Câmara e no Senado também. 
Isso foi mostrado por Arthur Lira, o presidente da Câmara. 
Diz que se o governo vem sofrendo derrotas lá, não é por culpa dele, não. É por falta de articulação. Por exemplo, os deputados mexeram nas medidas provisórias. Esvaziaram alguns ministérios de Marina Silva, o ministério do Meio Ambiente, dos Povos Indígenas, reforçaram de novo o Ministério da Agricultura, que estava sendo esvaziado, porque Lula não gosta do agro, diz que o agro é fascista. Continua então os 17 ministérios.[esses ministérios esvaziados, fossem transformados em subsecretarias já estaria de bom tamanho.]
 

Zanin

Por fim, o registro de que o advogado de Lula foi indicado por Lula para o Supremo
Ele faz 10 anos que defende Lula de todas as acusações que o Lula tem recebido desde 2013. 
Ele era assistente do Batoque, que foi presidente da OAB, que foi deputado do PDT, a mulher dele é sócia dele num escritório de advocacia. Fica estranho, né? 
Ele não é o primeiro a ir para o Supremo com essas ligações familiares em escritório de advocacia. 
E ele tem 47 anos e agora é o Senado que sabatina e marca a votação em plenário. É estranho, porque ele vai continuar sendo advogado de Lula, entrando no Supremo. 
Advogado chega lá para defender uma causa, é da natureza dele ou defender os seus clientes. 
Por isso que eu insisto que o ideal seria juiz de direito, de carreira, depois de subir todos os degraus da carreira, em todas as instâncias, brilhando, aí sim ficar disponível entre os 11 mais antigos e mais brilhantes do Superior Tribunal de Justiça, que tem 33. Pode ser que um dia esse sonho seja realizado. E com mandato de 10 anos é seria conveniente.
 
Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


sexta-feira, 26 de maio de 2023

Pecadores vingativos - Augusto Nunes

 Revista Oeste

O Sistema não se contenta com o fim da Lava Jato. Quer castigar quem cumpriu a lei

Sergio Moro | Foto: Marcelo Chello/Shutterstock
 
Em 22 de abril de 2021, durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal que transformou Luiz Inácio Lula da Silva em vítima da parcialidade do juiz Sergio Moro, o ministro Luiz Roberto Barroso desenhou a metodologia utilizada para desmontar ofensivas judiciais contra delinquentes condenados à perpétua impunidade. “Quem acompanhou o que aconteceu na Itália conhece o filme da reação dos corruptos”, disse Barroso. Era uma alusão à Operação Mãos Limpas, abatida por um contra-ataque distribuído por três frentes. “Primeira: mudanças na legislação ou na jurisprudência”, prosseguiu Barroso. “A segunda é a demonização de procuradores e juízes. Terceira: sequestro da narrativa e cooptação da imprensa para mudar os fatos e recontar a história.” Assim que a Operação Lava Jato se aproximou de territórios jamais devassados por homens da lei, a estratégia que dera certo no país europeu foi reprisada no Brasil, com idêntico sucesso, pela confederação dos gatunos intocáveis.

Registradas as semelhanças, Barroso apontou uma diferença que não melhora a imagem do Brasil. Na Itália, os corruptos vitoriosos se contentaram com a restauração do direito de delinquir em paz. “Aqui a corrupção quer também vingança”, constatou. “Quer ir atrás dos procuradores e dos juízes que ousaram enfrentá-la, para que ninguém nunca mais tenha a coragem de fazê-lo. No Brasil de hoje, temos os que não querem ser punidos, o que é um sentimento humano e compreensível. Mas temos um lote muito pior. É o formado pelos que não querem ficar honestos nem daqui para a frente. Esses gostariam que tudo continuasse como sempre foi.” Amparado nesse diagnóstico, Barroso juntou-se à minoria contrária à ideia de colar em Sergio Moro, principal juiz da Lava Jato, o estigma da “suspeição”. O bloco vencedor achava que, com a desqualificação do magistrado, a soltura do réu Luiz Inácio Lula da Silva seria engolida sem engasgos até por quem aplaudia o desempenho da maior e mais eficaz operação anticorrupção de todos os tempos.publicidade


Em junho de 2020, numa entrevista ao programa Roda Viva, o ministro rejeitou enfaticamente a tese de que a operação “foi comprometida pela criminalização da política”. Na resposta, usou a expressão “foi crime mesmo” para definir o que aconteceu na Petrobras, na Eletrobras, na Caixa Econômica Federal, no crédito consignado e nos fundos de pensão. “A gente não deve criminalizar a política nem politizar o crime”, foi em frente. “Desvio de dinheiro, gerente devolvendo 150, 180 milhões, não é possível alguém achar isso natural. Isso não é política, isso é bandidagem. A corrupção no Brasil foi uma criminalidade estrutural, institucionalizada e sistêmica. A Lava Jato ajudou a mudar a cultura de impunidade no país.” Para o entrevistado, “a sociedade deixou de aceitar o inaceitável, e desenvolveu uma imensa demanda por integridade, por idealismo e por patriotismo”. Uma busca ligeira na internet atesta que a Lava Jato foi louvada também pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia e até Gilmar Mendes. Publicamente, só o decano Gilmar mudou radicalmente de ideia. Depois de atribuir à operação o desmonte da usina de roubalheiras controlada pelo PT, a metamorfose de toga transformou os procuradores, os juízes e até Curitiba em seus grandes satãs.

No momento, Gilmar se emociona com o livro em que Emílio Odebrecht jura que só assinou o acordo de leniência que agora tenta anular por ter sucumbido à tortura. Eis aí outro forte candidato a uma vaga no Inquérito das Fake News. Barroso nunca renegou o que disse sobre a Lava Jato, mas tem evitado comentários sobre a operação desde que o STF virou protagonista do faroeste à brasileira que rebaixou a fascista, desinformado ou golpista todo brasileiro cujas opiniões possam retardar o sepultamento em cova rasa dos projetos políticos de Jair Bolsonaro. Os remanescentes da Lava Jato já foram castigados pelas mudanças na legislação e na jurisprudência profetizadas por Barroso. Há tempos vêm sendo sistematicamente demonizados. O consórcio da imprensa faz o que pode para transformar xerifes em vilões e bandidos em homens da lei. Vive-se agora a etapa da vingança, tramada por ressentidos sem cura, traumatizados pelo pavor de ouvir batidas na porta às 6 da manhã, que anunciavam a chegada da Polícia Federal e do ajuste de contas. Barroso acompanha em silêncio o cortejo de decisões arbitrárias, medidas absurdas, prisões ilegais, inquéritos secretos e outras bofetadas na cara da Constituição.

Juízes e procuradores da Lava Jato eram responsabilizados de meia em meia hora por agressões ao devido processo legal e ao direito de ampla defesa que só existiram na imaginação de advogados especializados em chicanas de picadeiro. Alexandre de Moraes não para de fazer o que Sergio Moro nunca fez — sem ouvir um pio dos colegas de Egrégio Plenário. No diversificado buquê de engaiolados pela ofensiva anticorrupção, não há um único e escasso injustiçado. Eram todos criminosos, mas foram socorridos pelos superjuízes. O TSE, um atrevido puxadinho do Supremo, precisou de 66 segundos, muito cinismo e uma argumentação de picadeiro para cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol. Punido por ter liderado a força-tarefa de procuradores, Deltan sofreu um castigo adicional. Fora o deputado federal Marcel Van Hattem, do Partido Novo, nenhum parlamentar compareceu à manifestação de solidariedade promovida em Curitiba. Animado com o avesso das coisas, o doleiro Alberto Youssef resolveu exigir alguma compensação pela ofensa gravíssima: a Polícia Federal grampeou sem autorização judicial uma conversa telefônica com algum parceiro de patifarias que se recusa a identificar.

Nascida em março de 2014 para investigar doleiros, a operação logo topou com bandalheiras envolvendo diretores da Petrobras, chefões do PT e empresários de estimação. Juízes, procuradores e policiais federais sem medo seguiram em frente. Acabaram desmantelando o maior esquema corrupto da história, adornado pela participação de empreiteiros podres de rico e até do ex-presidente Lula. O Brasil que presta sentiu-se num Carnaval temporão. Quem detestou a súbita mudança na paisagem foi o Sistema, codinome do ajuntamento de figurões dos Três Poderes, da indústria e do comércio, das cidades e dos campos, de todos os partidos e de todas as tendências — em resumo, o Sistema abrange todas as subespécies empenhadas em ganhar dinheiro com negociatas desde a chegada das primeiras caravelas. A colisão frontal entre a lei e o crime ocorreria em 2016.

Todos os punidos pela Lava Jato estão em liberdade, o Supremo faz o que quer e o Congresso capricha na cara de paisagem. A corrupção deixou de ser um problema a combater

Para a Lava Jato, seria esse o mais produtivo dos anos. As 45 prisões temporárias e 25 preventivas anexaram à população carcerária um punhado de celebridades — por exemplo, os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, o marqueteiro do reino João Santana, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Lula foi conduzido coercitivamente à Polícia Federal para depor sobre os casos do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia. Impressionado com o ritmo da operação, o país mal notou o aparecimento da senha para o começo da contraofensiva: “Estancar essa sangria”. A expressão foi recitada por Romero Jucá, líder no Senado de todos os governos, durante uma conversa com o ex-senador Sérgio Machado, então homiziado no comando da Transpetro, um dos braços da Petrobras mais castigados pela gangrena da corrupção. Poucos tiveram paciência para a leitura do diálogo grampeado da Polícia Federal. Como atesta a transcrição dos melhores momentos, a maioria dos brasileiros não sabe o que perdeu. Confira:

Sérgio Machado: Mas viu, Romero, então eu acho a situação gravíssima.

Romero Jucá: Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá (…). Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais crédito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?

SM: Tem que ter um impeachment.

RJ: Tem que ter impeachment. Não tem saída.

SM: Acontece o seguinte, objetivamente falando. Com o negócio que o Supremo fez, isso de autorizar prisões logo após decisões de segunda instância, vai todo mundo delatar.

RJ: Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer. Seletiva, mas vão fazer.

SM: Eu estou muito preocupado porque eu acho que o Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.

[Rodrigo Janot era o procurador-geral da República]

RJ: Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.

SM: Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel Temer.

RJ: Só o Renan que está contra essa porra, porque o Michel é Eduardo Cunha. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

SM: É um acordo, botar o Michel num grande acordo nacional.

RJ: Com o Supremo, com tudo.

SM: A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos.

RJ: Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura.

SM: Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.

RM: Caiu. Todos eles. Aloysio, Serra, Aécio…

SM: Caiu a ficha. Tasso também caiu?

RJ: Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.

SM: O primeiro a ser comido vai ser o Aécio. [Baixa o tom de voz] O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para ele ser presidente da Câmara? [Muda de assunto] Amigo, eu preciso da sua inteligência.

RJ: Estou à disposição, você sabe disso. Veja a hora que você quer falar.

SM: Preciso ter uma conversa emergencial com vocês.

RJ: Acho que a gente não pode juntar todo mundo para conversar, viu? Você deve procurar o Sarney, deve falar com o Renan. Depois que você falar com os dois, colhe as coisas todas, e aí vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.

SM: Não pode ter reunião a três?

RJ: Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é… Depois a gente conversa os três sem você.

SM: Se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.

RJ: [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem “ó, só tem condições sem Dilma. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca”. Entendeu? Então… Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.

SM: Eu acho o seguinte: a saída para Dilma é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Tem que ter uma paz, um…

RJ: Eu acho que tem que ter um pacto.

Parece conversa de pátio de cadeia. E é. Parece que foi ontem. Foi mesmo, se medido pelo tempo histórico. O parto demorou mais que o previsto e foi complicado, mas o pacto dos morubixabas em perigo está em vigor. Todos os punidos pela Lava Jato estão em liberdade, o Supremo faz o que quer e o Congresso capricha na cara de paisagem. A corrupção deixou de ser um problema a combater.

Tecnicamente, a Lava Jato não morreu. O ex-presidente Fernando Collor foi condenado pelo STF com base em revelações obtidas pela operação. E a juíza Gabriela Hardt, que considerou Lula culpado no caso do sítio em Atibaia, acaba de assumir o posto que foi de Moro e pertenceu por algumas semanas a um caso de polícia fantasiado de juiz. Mas é possível que Collor fosse absolvido se tivesse apoiado Lula. E ninguém sabe quantas semanas (ou quantos minutos) Gabriela permanecerá no cargo.

De todo modo, parecem tão remotos quanto a Primeira Missa os anos em que milhões de brasileiros puderam acreditar que enfim entrara em vigor a norma segundo a qual todos são iguais perante a lei, e que havia lugar na cadeia para qualquer vivente que incorresse em pecados graves, mesmo que fosse o presidente da República. A corrupção recobrou o viço e esbanja saúde.

Leia também “A bofetada do Benedito”
 
Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste
 
 
 

sexta-feira, 19 de maio de 2023

A bofetada do Benedito - Augusto Nunes

Revista Oeste

Pela primeira vez no Brasil deste século, um parlamentar foi cassado por ter combatido a corrupção institucionalizada


Alexandre de Moraes e o ministro do STJ Benedito Gonçalves | Foto: Rafael Luz/STJ
 
 “Será o Benedito?”, perguntaram-se incontáveis brasileiros espantados com a cassação do deputado federal Deltan Dallagnol, vítima da mais recente invenção do Poder Eleitoral: condenar alguém pelo crime de não ter sido condenado antes porque não houve motivos para julgá-lo. 
 Pois tinha sido o Benedito — Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça em ação também no Tribunal Superior Eleitoral, Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral e relator do caso do ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato. 
Tudo isso graças a Lula, que enxergou um magistrado talhado para grandes missões no companheiro satisfeito com o cargo de delegado de polícia. Ainda grávido de gratidão aos 69 anos, Benedito não perde nenhuma chance de alegrar o padrinho. 
 

Senador Sergio Moro | Foto: Lula Marques/Agência PT

Vislumbrou mais uma na confissão feita por Lula naquele sarau com jornalistas de confiança: “Só vai tá tudo bem depois que eu fodê o Moro”.  
Embora o alvo principal do pote até aqui de cólera seja o ex-juiz e agora senador Sergio Moro, qualquer punição imposta a protagonistas da Lava Jato deixa o atual presidente em estado de graça. 
Número 2 da mais eficaz ofensiva anticorrupção da História, Dallagnol vem logo depois de Moro no ranking dos que Lula gostaria de, digamos, ferrar. Para proporcionar tal prazer ao chefe que o cumprimenta com tapinhas no rosto, Benedito não hesitou em desferir um formidável tapa na cara do Brasil.

Com um só parecer, o relator do caso conseguiu seviciar a Constituição, jogar no lixo normas que regulamentam a cassação de mandatos parlamentares, inaugurar o que o jornalista Merval Pereira batizou de “interpretação premonitóriae mandar às favas os mais de 340 mil eleitores que fizeram de Dallagnol o deputado federal mais votado do Paraná. Benedito nunca descuida de Lula, mas sabe cuidar de si próprio. Há três meses, lançado por entidades subordinadas ao PT, entrou na disputa pela vaga no Supremo Tribunal Federal aberta pela aposentadoria de Ricardo Lewandowski
O favorito ainda é Cristiano Zanin, advogado de Lula. Mas Benedito é negro. E, como o ministro que acaba de sair, jamais ousará contrariar os interesses do PT em votações no Pretório Excelso.

Pela primeira vez no Brasil do século 21, um deputado federal foi cassado por ter combatido a corrupção institucionalizada por quem se julgava condenado à perpétua impunidade

(Só nesta semana, aliás, o país ficou sabendo dos dois motivos que induziram Lewandowski a cair fora do Supremo um mês antes da data limite. Primeiro: ele queria preparar com calma e requinte o jantar de despedida num hotel cinco estrelas em Paris. 
Segundo: assinou um contrato multimilionário com a J&F, e precisa preparar com urgência dois pareceres que a usina de bandalheiras controlada por Joesley Batista vai apresentar ao — parece mentira — Supremo Tribunal Federal. 
Um palavrório sustenta que a J&F tem razão no caso da Eldorado, fábrica de celulose que vendeu e nunca entregou à Paper, pertencente a um grupo indonésio, que a comprou em 2017 sem desconfiar de que entrara na selva da litigância de má-fé. No segundo parecer, Lewandowski tenta provar que, embora se recusem a pagar a multa estabelecida no acordo de delação premiada que os livrou da cadeia, os irmãos Batista não são caloteiros nem criminosos. São gente fina.)

 

Ricardo Lewandowski | Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Além de tornar mais musculosa a candidatura de Benedito ao STF, a pornográfica pirueta jurídica avisou que não há limites para a abjeção no faroeste à brasileira. Em seu começo, essa deformação obscena do original americano limitava-se a mostrar o bandido querendo culpar o mocinho. Nas produções seguintes, os vilões passaram a perseguir o xerife. Agora, os chefões da quadrilha mobilizam os juízes da capital para condenar defensores da lei à danação perpétua
Um dos símbolos da Lava Jato, Dallagnol foi instalado no Congresso por centenas de milhares de brasileiros entusiasmados com o combate à corrupção. 
Acaba de ser demitido por sete julgadores indignados com quem ousou enfrentar a roubalheira institucionalizada.
 
Performances recentes dos titulares confirmam que Benedito tem tudo para fazer bonito no Timão da Toga. Continua fazendo sucesso nas redes sociais, por exemplo, um vídeo que mostra o ministro Gilmar Mendes louvando a Lava Jato por ter desbaratado a roubalheira promovida pelo governo do PT. 
Há dias, sem compromisso com a coerência, o agora decano rebaixou Curitiba ao status de capital brasileira do fascismo. 
No momento, anda comovido com o livro que transformou Emílio Odebrecht em forte candidato a campeão mundial de produção de fake news. Numa passagem do desfile de vigarices, o empreiteiro que mais distribuiu propinas no mundo garante que confessou crimes jamais ocorridos por ter sido brutalmente pressionado. “Esse homem foi torturado!”, vem recitando Gilmar. (Como quem ficou engaiolado foi o filho Marcelo, o pai precisa explicar o que fez para se transformar no único dos vilões do Petrolão submetido a torturas na sala da empresa ou no recesso do lar.)


 

"Gilmar Mendes diz que Lava Jato praticou tortura: “coisa de pervertidos”"

Parceiros de Benedito na execução sumária de Dallagnol, aprovada por unanimidade, também o recepcionarão com tambores e clarins os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e, para surpresa de ninguém, Nunes Marques, um dos dois indicados por Jair Bolsonaro.  
Em poucos meses no STF, tanto ele quanto André Mendonça fizeram o suficiente para merecer o avesso da frase famosa do presidente Juscelino Kubitschek: “Deus me poupou do sentimento do medo”. 
Ambos nasceram desprovidos de coragem
André Mendonça emudece quando aparteado pela voz abaritonada do feitor do Supremo. Nunes Marques só recupera a voz quando as sessões terminam.
 
Pela primeira vez no Brasil do século 21, um deputado federal foi cassado por ter combatido a corrupção institucionalizada por quem se julgava condenado à perpétua impunidade. 
O presidente da Câmara finge que não houve nada de mais. 
Ressalvados alguns bravos combatentes, a reação do plenário foi tíbia. Até os índios das tribos isoladas sabem que a próxima ofensiva terá como alvo Sergio Moro.  
Se não estiver contaminado pela pandemia de pusilanimidade, se entender que a bancada dos rodrigos pachecos não pode controlar a instituição, a maioria dos senadores vai impedir o que será mais que uma abusiva invasão do território do Legislativo pelo Poder Judiciário
Será o fim do regime democrático.    

Leia também “Alexandre, o Supremo”

 

Augusto Nunes, colunista -  Revista Oeste