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quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Top 10 das fake news que elegeram Lula - Revista Oeste

Flavio Morgenstern

O PT inovou nas mentiras, do fim do salário mínimo ao canibalismo. Enquanto isso, o TSE proibiu verdades do outro lado

De acordo com o excelentíssimo ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Sua Excelência Alexandre de Moraes, “notícias fraudulentas divulgadas por redes sociais que influenciem o eleitor acarretarão a cassação do registro daquele que a veiculou”. No último dia de maio, o então vice-presidente do TSE afirmou que a Justiça Eleitoral está preparada para combater as milícias digitais”, e que os eleitos com notícias falsas “podem “ter o registro de suas candidaturas cassado, ou mesmo perder o mandato”.

 Foto: Shutterstock

Foto: Shutterstock 

Para ajudar a Justiça Eleitoral em tão gloriosa missão pelo Estado Democrático de Direito e contra as assim chamadas “milícias digitais”, elencamos um Top 10 das (muitas) mentiras que foram importantíssimas para eleger Luiz Inácio Lula da Silva.

1. Bolsonaro prometeu “entregar o Brasil a Satanás” na maçonaria
Percebendo o fiasco que era o voto de Lula entre cristãos, e que questões morais (trocadilho proposital) seriam a tônica no segundo turno, logo no primeiro dia de campanha pulularam fotos retiradas de uma reunião de Bolsonaro em uma loja maçônica. Algumas eram manipuladas e traziam a imagem do demônio Baphomet. Uma das mais divulgadas dizia que Bolsonaro havia prometido entregar o Brasil a Satanás caso fosse eleito.
Foto: Reprodução

Enquanto pessoas como o deputado André Janones apareciam o tempo todo dizendo-se cristãs, perfis de Twitter fingiam-se de evangélicos do dia para a noite para dizer que “eram cristãos, mas, agora que descobriram isso, vão votar no Lula”. Nenhum deles se preocupou em disfarçar os posts pró-Lula, ou com imagens pouco cristãs, de dois dias antes.

2. Bolsonaro é “canibal”
Uma das acusações mais grotescas já feitas em qualquer campanha eleitoral foi a de que Bolsonaro seria um “canibal”. Tudo graças a uma entrevista de 2016 em que o então deputado federal comentou sobre um ritual indígena que envolvia o consumo de carne humana. Para ser visto, o ritual exigia participação. Bolsonaro disse não ver problema no “preço”. O PT recortou a fala para espalhar que Bolsonaro “confessava” canibalismo. O mesmo PT que critica qualquer proibição de rituais indígenas alegando “multiculturalismo”. De tão bizarra, a veiculação do vídeo foi proibida por unanimidade pelo TSE. Foi talvez no único caso em que a Corte decidiu favorecendo o presidente. Mesmo assim, o UOL defendeu a veiculação.
 
3. Bolsonaro promete acabar com o feriado de 12 de outubro

As fake news do PT são claramente de nicho. Uma delas mirou o coração do catolicismo brasileiro: o Feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil — embora tratado meramente como “Dia das Crianças” no imaginário popular. Após bispos esquerdistas tentarem impedir um discurso do presidente em Aparecida, perfis como o do influencer Bruno Sartori, divulgaram um post falso de Bolsonaro no qual o candidato teria afirmado que “nenhum padre ou bispo devem dizer onde posso ou não fazer campanha”.

Na mesma toada, apareciam posts como o do sociólogo Emir Sader afirmando que Bolsonaro tinha uma “demanda” para retirar o caráter de “santa” de Aparecida. Ou seja, da própria Nossa Senhora, que, apesar de não ser venerada por evangélicos, não tem sua santidade negada por 99% das igrejas. Afirmava também que Bolsonaro já estava pronto para rever o feriado do dia 12 de outubro.

Menção honrosa: o mesmo Bruno Sartori é famoso pela técnica de “deep fake” (sic), na qual se usa o vídeo de uma pessoa, sobreposto a um outro som. Nomen est omen. O influenciador perguntou se deveria criar vídeos de pessoas mortas pela covid pedindo voto no Lula com o macete. A proposta, de tão macabra, foi rechaçada pelos seus próprios seguidores.

4. Collor volta e vai confiscar as aposentadorias
As mentiras do PT têm um método maçante de tão repetitivo: retirar uma fala de contexto de um vídeo. Em um lance metalinguístico, usaram um vídeo em que Bolsonaro reclama justamente das fake news criadas contra ele, inventando de tudo, até de que Fernando Collor de Mello seria ministro e que “iria confiscar a aposentadoria dos aposentados”. Exatamente este trecho foi, então, recortado e colocado em destaque por André Janones (sempre ele). Para fingir que não estava espalhando “desinformação”, Janones só dizia “chequem antes de baixar e repassar”, o que foi, claramente, entendido como senha para baixar e repassar.

5. BOMBA! O celular de Bebianno
A baixeza de Janones atingia um novo patamar subterrâneo a cada segundo
. Nos dias de véspera do segundo turno, o deputado anunciava incansavelmente que “os mortos não falam, mas seus celulares sim” (sic). Dizendo possuir o celular de Gustavo Bebianno, que rompeu com Bolsonaro logo no começo do governo ao não ser indicado para nenhum ministério importante, o deputado anunciava o tempo todo que “algo” viria. Alguns eleitores de Lula que caíram na desinformação juravam até que seria durante o debate na Rede Globo. Janones, em linguagem histérica, marcava toda a família Bolsonaro, berrando: “Eu vou destruir vocês!!!!” Na verdade, tudo o que Janones possuía era uma declaração de Bebianno no Roda Viva, em que ele afirmava, sem nenhuma prova, que havia alertado Carlos Bolsonaro de que pegaria mal fazer fake news do Palácio do Planalto. Bebianno nunca demonstrou prova nenhuma da existência da conversa ou de qual notícia falsa havia sido criada (provavelmente por ele próprio). O clima de suspeita foi suficiente para abolir direitos como o de imprensa, de liberdade de expressão e de privacidade para criar um “Estado de exceção não oficial” no Brasil, no qual todos eram investigados por serem partes de uma “milícia digital” (seja lá o que for isso).

Janones publicou um vídeo com uma imagem de um celular qualquer e o áudio do Roda Viva por cima. Como os eleitores de Lula acreditavam na “bomba”, a manipulação eleitoral lograva êxito: dava-se a impressão de ser uma mensagem privada e “secreta” de Bebianno, e não um áudio público muito posterior, de quando já estava rompido. O empresário Paulo Marinho requentava as histórias. Nada da época de Bebianno como aliado nunca veio à tona.

Menção honrosa: este é o tipo de tuíte que o coordenador pouco oficial do PT postava sobre Bolsonaro. Um único do tipo vindo de qualquer apoiador de Bolsonaro a Lula seria provavelmente considerado motivo para impugnação da chapa.


6. Almoço com Guilherme de Pádua, amigo de Flordelis e goleiro Bruno como secretário
Enquanto dizia que seria “implacável” contra as notícias falsas, o TSE não parece ter se importado muito com notícias repetidas muitas vezes em uníssono pelo consórcio da mídia. Como a de que Bolsonaro havia “almoçado” com o assassino Guilherme de Pádua. O jornalista Valmir Moratelli, da Veja, noticiou “O encontro de Bolsonaro e Michelle com Guilherme de Pádua”. Logo depois, “Bolsonaro se pronuncia sobre encontro com Guilherme de Pádua”. Pelo título, o jornalista nem se preocupa em corrigir que não houve encontro nenhum (a informação só está na linha fina, após o clique). O jornalista nem se dignou a corrigir o primeiro texto, afirmando que não houvera encontro nenhum e que tudo não passou de uma notícia falsa.

Constantemente, e sem nenhum reparo do consórcio da mídia, Bolsonaro também era acusado de ser amigo de Flordelis, envolvida no assassinato do próprio marido. Flordelis era do PSD, um dos principais rivais de Bolsonaro.

Menção honrosa: no mesmo ritmo, até o ex-governador de São Paulo Márcio França (por ser vice de Alckmin) afirmou que o goleiro Bruno ganharia uma pasta na Secretaria de Esporte de São Paulo, caso o aliado de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, ganhasse a eleição.

7. Os 107 imóveis em “dinheiro vivo”
Uma das notícias mais repisadas no consórcio da mídia e que enganou um porcentual enorme de eleitores do Lula foi que a família Bolsonaro havia negociado 107 imóveis em “dinheiro vivo”. Na verdade, tratava-se de dinheiro em espécie, a forma como toda transação bancária normal ocorre: na moeda do país. Nem seria possível rastrear o dinheiro se ele tivesse sido em espécie, como eram os dólares na cueca, os envelopes de dinheiro embolsados por mensaleiros e apaniguados do PT. É como a escritura de todo imóvel registra. Bastou descrever com outras palavras para dar a impressão manipulada de que os imóveis tinham dinheiro sem passar pelos bancos — quando toda a “descoberta” foi feita, justamente, pelos bancos. Até um livro foi escrito sobre a desinformação manipuladora.

Na verdade, foram 107 transações por mais de três décadas. Envolveram até ex-esposas, ex-cunhados etc. Só um dos ex-cunhados é dono de uma rede de lojas de imóveis e compra e vende pontos comerciais. É separado da irmã do presidente há mais de 20 anos. Tudo foi catalogado — e, mesmo que tenha sido confirmado pelos tribunais, jornalistas até hoje insistem na maciota. É irônico que o imaginário de malas de dinheiro de Bolsonaro seja inspirado nas célebres malas de dinheiro do PT, como no Mensalão, escândalo dos aloprados, casa do Geddel etc.

8. Bolsonaro iria acabar com o SUS, o salário mínimo e o Auxílio Brasil
Ao contrário do que se pensa, o Nordeste votou muito mais em Bolsonaro do que em qualquer adversário do PT. Era preciso fazer algo para conter o avanço. A propaganda do PT mirou os nordestinos, principalmente nas últimas semanas. Sem nenhuma base na realidade, simplesmente macetavam no rádio, dia e noite, que Bolsonaro “iria acabar com o SUS”. Nenhum pedido da campanha do presidente para evitar a mentira foi aceito — enquanto toda fala ou foto real de Lula eram proibidos de ser veiculados pela campanha de Bolsonaro.

O que a esquerda hoje chama de “intelectuais” divulgavam a fake news sem nenhuma preocupação com a lei.

Fizeram o mesmo com o salário mínimo. Não importou que Paulo Guedes viesse a público explicar que isso nunca fora aventado, apresentar planos, inclusive mostrar a proposta de salário mínimo a R$ 1,4 mil no último debate: a propaganda petista repetia a desinformação, livre, leve e solta — e sem ter sido cassada pelo TSE.

9. Bolsonaro “confessa” pedofilia
Uma das últimas cartadas desesperadas da campanha petista, e mais uma vez seguindo o modus operandi de retirar falas de contexto, foi acusar Bolsonaro de “pedofilia”. Tudo pela sua mania de usar a expressão “pintar um clima” como metáfora para qualquer coisa. 
Em entrevista ao podcast Paparazzo Rubro-Negro, Bolsonaro denunciava justamente a situação degradante de venezuelanas que fugiam do regime socialista de Maduro, um dos aliados de Lula. Sendo muito novas e “bonitinhas”, arrumavam-se cedo, o que lhe levantou suspeita. Usando a expressão “pintou um clima” (que usou em outro contexto nada sexual na mesma entrevista, tal como falando sobre Tarcísio), disse que seria uma boa oportunidade de filmar a situação delas.

A filmagem foi feita com a equipe da CNN Brasil. Os vídeos mostrando como Bolsonaro entrou em suas casas com equipe já estavam nas redes no mesmo momento. As filmagens foram ignoradas pelo consórcio da mídia e pela militância, que dificilmente não teve acesso a elas: apenas preferiram manipular o resultado eleitoral e a democracia.

Até capas de revista foram feitas apenas com a frase. Como se Bolsonaro fosse “confessar” ser um pedófilo para todos verem. E como se o vídeo da filmagem não existisse – e não demonstrasse apenas um político preocupado com refugiadas venezuelanas. O que não parece ser muito bem o caso de Lula.

10. O “Orçamento secreto”, que é “pior do que o Petrolão”
É difícil contar a quantidade de vezes em que Lula e outros petistas foram refutados com a patacoada do dito “Orçamento secreto”. Que não é exatamente secreto, não foi criado por Bolsonaro, retirou poderes do Executivo sobre o Orçamento e é usado por pelo menos 11 petistas. Entre eles, os senadores Humberto Costa (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES), atuantes na CPI do Circo, além do líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).

“Orçamento secreto” foi como a mídia chamou as emendas de relator, que tiram o Orçamento das mãos do Executivo e transferem aos caciques do Legislativo sem muita transparência. Logo que Lula venceu a eleição com tantas fake news, o consórcio da mídia, sem corar, já passou a chamá-lo de “emendas de relator”.

Curiosamente, o próprio André Janones dizia não existir “Orçamento secreto”, além de garantir que “no governo Lula era uma roubalheira, e só a bandidagem do PT que tinha isso”. Janones disse ainda que não se vende “para a quadrilha do PT” antes de notar como poderia manipular o Estado Democrático de Direito e a democracia com a logorreia… e trabalhar para a citada “quadrilha do PT”, que teria “aparelhado a máquina pública por 16 anos” para se manter no poder.

Menção honrosa final
E não poderíamos deixar de citar um tuíte muito “civilizado” da Barbara Gancia, que só não é “fake news” por não ser “news”. Nele, a jornalista afirma que, quando a filha de Bolsonaro se arruma, ela parece uma… Bem, é melhor conferir a classe do seu post:

Isto, é claro, noves fora a censura ao outro lado, com canais de rádio e TV sendo censurados, proibidos de usar as palavras “ladrão, ex-presidiário, descondenado e amigo de ditadores”. Sendo obrigadas a soltar a fake news de que Lula seria “inocente”. Sendo proibido de mostrar as ligações de Lula com o ditador Ortega, e de mostrar que Lula se declarou a favor do aborto ainda em 2022, de mostrar imagens da ONU, de mostrar imagens no funeral da rainha Elizabeth II.

Também foi proibido de mostrar a fala do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (!) e do Tribunal Superior Eleitoral (!!) Marco Aurélio Mello sobre Lula nunca ter sido inocentado. E houve a censura prévia ao documentário Quem Mandou Matar Bolsonaro?, da Brasil Paralelo. (Censura prévia só não é inédita porque era praticada durante a ditadura militar). Proibido de mostrar a fala de Lula agradecendo a natureza por ter criado a covid. Proibido de mostrar fotos (!!!) de Lula com o boné CPX enquanto agências de checagem afirmam erroneamente que CPX não significa “cupincha”.

boné CPX de lula
O ex-presidente Lula, durante caminhada no Complexo do Alemão, 
com boné polêmico que teria relação com o trafico – 12/10/2022 - 
 Foto: Carlos Elias Junior/FotoArena/Estadão Conteúdo

Foi proibido também de dizer que o PT foi contra o Auxílio Brasil. Proibido de dizer que Lula foi campeão de votos em presídios. Proibido de exibir o áudio de Marcola sugerindo voto no Lula. Proibido até de adesivar carros ou fazer desconto de 22%…

Ah, claro, e teve o senador Randolfe Rodrigues mandando a militância desrespeitar ordem do TSE. O que, pelos termos atuais, é crime contra a democracia, ato antidemocrático e enseja prisão, busca e apreensão, quebras de sigilo e, claro, cassação da chapa e impugnação da candidatura. Lembrando que nunca foi feito pelo outro lado, que obedeceu a lei.

Leia também “A origem da ilegalidade”

Flavio Morgenstern, colunista - Revista Oeste

 


quarta-feira, 19 de outubro de 2022

TSE dá direito de resposta a Lula e Bolsonaro na televisão - Folha de S. Paulo

Petista terá 184 inserções de 30 segundos no horário do rival, e Bolsonaro 14 entradas do mesmo tipo

Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram conceder os primeiros direitos de resposta na televisão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nas decisões tomadas até o fim da tarde desta quarta-feira (19), Lula teve sete pedidos aprovados para rebater acusações de ser "ladrão", "corrupto" e de envolvimento com o crime. As respostas do petista serão distribuídas em 184 inserções de 30 segundos cada.

Já Bolsonaro obteve uma decisão favorável para responder, em 14 inserções de 30 segundos, à propaganda do petista que o associava ao canibalismo, usando uma entrevista dada por ele ao jornal americano The New York Times em 2016, afirmando estar disposto a comer carne de um indígena morto.

Até então, o TSE ainda não havia aprovado direitos de resposta nas propagandas eleitorais dos candidatos a presidente. Agora, o tempo das manifestações será igual ao que foi usado na peça que o tribunal julgou irregular. Para as inserções, será ocupado o tempo originalmente previsto para a propaganda adversária. A corte ainda não detalhou em quais dias as respostas serão apresentadas.

Fora da propaganda eleitoral, já foram aprovados cinco direitos de resposta a Lula na Jovem Pan pelo Tribunal. Em um dos casos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) também devem divulgar resposta de Lula rebatendo acusações de envolvimento do petista no assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino concedeu um direito de resposta a Bolsonaro e outro para Lula. Já a ministra Maria Claudia Bucchianeri, na mesma decisão, aprovou seis pedidos do petista. Ela ponderou que defende a intervenção mínima da Justiça Eleitoral nas campanhas, mas que se curvou ao entendimento consolidado no tribunal de "atuação profilática" contra qualquer discurso desinformativo ou que pode ofender a honra dos candidatos.

A pedido da coligação de Lula, o TSE havia derrubado propaganda que associava o candidato ao crime ao apontar que Lula foi o mais votado em alguns presídios. [fato: Lula recebeu 80% dos votos dados nos presídios por bandidos.]Também vetou a propaganda de Bolsonaro que acusa Lula de ser ladrão e corrupto.

Nesta, o narrador da campanha de Bolsonaro afirmava que o petista "não foi" considerado inocente e traz, entre outros pontos, uma fala do ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello dizendo que a corte "não o inocentou".

Sanseverino afirmou na decisão que as condenações de Lula foram anuladas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). "A ilegalidade da propaganda impugnada encontra-se na utilização das expressões ‘corrupto’ e ‘ladrão’, atribuídas abusivamente ao candidato da coligação representante, em violação à presunção de inocência", afirmou o ministro.

"É fato notório a existência de decisões condenatórias e da prisão do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, assim como é de conhecimento geral da população que as referidas condenações foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal", escreveu ainda Sanseverino.[para ficar mais fácil de entender: se o petista tivesse sido condenado por crime de morte, o fato dele ser descondenado faria o morto voltar à vida? 
NÃO e o crime de assassinato permaneceria sendo a acusação anulada não por inexistência do crime e sim por erro de CEP na denúncia = entendemos que o raciocínio vale para qualquer tipo de crime, cuja condenação, ou condenações, tenham sido anuladas por erro de CEP.]

O MPE (Ministério Público Eleitoral) propôs negar o pedido de resposta a Lula na propaganda que o chama de "ladrão". "É da prática jurisdicional admitir ao discurso político, especialmente às vésperas de eleições, margem ampla de crítica, modulando-se as expectativas legítimas de concepções sobre honra e imagem a serem protegidas", argumentou o órgão.

O tribunal também havia removido propagandas de Lula associando Bolsonaro a práticas canibalistas. No caso, a campanha de Bolsonaro disse ao TSE que a propaganda tentou ligar o presidente a um "comportamento repulsivo e desumano".

O TSE já tomou dezenas de decisões relacionadas às fake news. A campanha de Lula é a que mais aciona a corte para retirar conteúdos desse tipo. A campanha petista, porém, tem reclamado da falta de decisões do tribunal relacionadas ao direito de resposta na TV. Na terça-feira (18), os ministros do TSE também negaram um pedido de resposta a Bolsonaro para rebater acusações feitas pelo deputado federal André Janones (Avante-MG), articulador da campanha de Lula nas redes sociais. O tribunal entendeu faltar o texto da resposta no pedido original.

[Caso você tenha achado pouco, leia: TSE se transformou em facção política em favor de uma candidatura - O Estado de S. Paulo - ]

Eleições 2022 - Folha de S. Paulo


terça-feira, 13 de outubro de 2020

Se elegerem Biden, os americanos serão governados por Xi Jinping - Sérgio Alves de Oliveira

Só um cego de inteligência não enxerga  que o Partido Comunista Chinês, do ditador Xi Jinping, assinou  um pacto  com a Nova Ordem Mundial - a  “cara”moderna   dos “iluminatti”, do Século 17- no sentido de  ambos dominarem o mundo, política, militar  e economicamente.

Segundo conclusões claras do 19º Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado em Pequim, de 18 a 24 de outubro de 2017, oportunidade em que “homologaram” a ditadura de Xi Jinping, ”retroativamente”, desde 2013, através  do Documento denominado “Pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas para uma Nova Era”, o  objetivo central  dos “chinas”(inciso  13) será “Promover a construção de uma sociedade de futuro compartilhado com toda a  humanidade” . E mais: (a China será) “uma nova opção para outros países e nações que queiram acelerar o seu desenvolvimento...”, e também que “a China entrou em uma Nova Era  em que deveria ocupar os holofotes do mundo”.

Nesse Congresso do PCCh, Xi  obteve tantos ou mais poderes que o próprio ditador  Mao Tsé-Tung, o grande líder da Revolução Chinesa ,fundador da República Popular da China, que governou   esse país de 1949 a 1976, responsável pelo chamado  “Holodomor”, versão chinesa, uma espécie de “holocausto”, na época chamado ”O Grande Salto Adiante”, que matou por fome e “canibalismo” cerca de  45 milhões de chineses, entre 1958 e 1962. Hoje esse projeto foi rebatizado para “A Grande Fome de Mao”.

Apesar do silêncio (comprado)  da grande mídia, o PCCh também foi responsável pelo “Massacre da Praça da Paz  Celestial”, quando  em 1989 milhares de chineses, a maioria jovens estudantes, foram brutalmente assassinados a  tiros e atropelados por tanques de guerra, pelo fato de reclamarem liberdade e condenarem a corrupção. No seu “Regime de Crédito Social”, que monitora todos os passos dos chineses, cada pessoa tem um “cadastro” próprio, onde são anotados “pontos” para  os atos de “dignidade” e “indignidade”, conforme o caso, com “premiações” ou “retaliações” e “castigos”. As principais “armas” utilizadas nesse  controle são o “reconhecimento facial eletrônico” e  as facilidades da tecnologia “5 G”, da HUAWEI, e da XIAOMI.

“BGY” seria a sigla da dominação mundial chinesa, ”B” significando “blue”(azul),controlando a internet;  “G” traduzido em  “gold” (ouro), objetivando comprar influência; e “Y”, ”yellow”  (amarelo),sedução de pessoas-chave com sexo. O tal “BGY” corresponderia a 5% do volume total do comércio entre os países envolvidos, a título de suborno. Nos  Estados Unidos (2018) teria sido de US$ 36,8 bilhões (5% de US$ 737 bilhões),e na Austrália de US$ 10 bilhões (5% de US$ 200 bilhões). O “BGY” subornaria autoridades e políticos, comprando  mídia. Seriam os casos da Globo  e da Bandeirantes, no Brasil, entregues aos  chineses?                                        

Mas não pouparam nem o Vaticano, que mediante acordo secreto  com o PCCh, em  2018,este passaria a nomear  os bispos chineses. O Vaticano teria permitido ao PCCh  que reescrevesse  a bíblia segundo princípios socialistas e silenciaria sobre as atrocidades chinesas contra o povo de Hong Kong. Como a NOVA ORDEM MUNDIAL entra nessa “história”? E a eventual eleição  presidencial de Joe Biden, do Partido Democrata (esquerdista) ,nos Estados Unidos?

Ora, a “NOM”, uma espécie de “sociedade secreta”,  evoluiu a partir da ORDEM DOS ILLUMINATI, fundada em 1779,  pelo bávaro Adam Weishaupt (1748-1830),um ex-padre jesuíta que defendia princípios socialistas, hostil às  religiões, inclusive ao cristianismo, e que abominava a monarquia e a Igreja, as quais considerava obstáculos ao livre pensamento, fiel leitor dos iluministas franceses. Defendia uma nova sociedade, a “Novos Ordo Seclorum”, que tinha por objetivo abandonar  a religião. Tanto quanto “Lúcifer”, dizia-se opositor a Deus e à tradição cristã. 

Considerava-se um “iluminado” (portador de luz). Era bem  relacionado com o  filósofo Goethe e com  Mayer Roothschild, o banqueiro fundador de um dos maiores impérios econômicos do mundo, e que teria patrocinado inicialmente os  “Illuminati”. Essa teria sido a primeira aproximação entre a  elite econômica e os ideais socialistas. Seus ideais, como abolição dos governos, do patriotismo, da vida familiar, da soberania nacional, da propriedade e das religiões, marcaram presença forte no “Manifesto Comunista”, de Marx, e inspirou tanto a  Revolução Bolchevique (1917),quanto antes  a Revolução Francesa ,e  depois o próprio “Nazismo”. Aí começa a Nova Ordem Mundial.

Dentre os  principais nomes da Nova Ordem Mundial estão  David Rockfeller e George Soros, cuja fundação  tem bancado  ONGs,”coletivos” (mania do PT), movimentos da nova esquerda (new left), feminismo, ideologia de gênero, gaysismo, abortismo, drogas, livre imigração, desarmamentismo e descriminalização da pedofilia, valores políticos esses  “coincidentemente” defendidos pela nova esquerda.

[um único comentário: EXCELENTE o trabalho do mestre Sérgio,  entendemos conveniente fazer uma ressalva apenas ao uso do termo Illuminati  - usado em várias sociedades, seja como denominação da sociedade, seja como 'grau', condição que permite vários objetivos.

Assim, uni-lo á NOM exige um estudo cuidadoso de quem é quem?

Com este comentário, alcançando, sem pretensões de limitar sua abrangência, apenas em um ponto da matéria, publicamos na íntegra, com base de ser o mesmo o exercício do autor de expressar sua opinião.] 

São por essas razões que a eventual vitória de Joe Biden para a Presidência dos Estados Unidos, em novembro próximo, concorrendo pelo Partido Democrata, significaria o  mesmo que a vitória da Nova Ordem Mundial e do Partido Comunista Chinês, nos Estados Unidos, podendo, se isso acontecer, os americanos  darem “Bye Bye” às   suas conquistas históricas  e  liberdades, para se submeterem à uma nova “ordem”, a de terem todos os seus passos  controlados e limitados por essa  “ordem” a serviço  do comunismo e da escravidão.  E como o comunismo jamais conseguiu desenvolver nenhum país por onde passou, e  que teve o infortúnio de cair nas suas “garras”, o  fato inédito da eventual  vitória de Biden  nos Estados Unidos estaria no  comunismo ganhar de “graça” o país mais rico e desenvolvido do mundo, podendo por isso “desmanchá-lo”  à vontade  mediante  políticas predatórias para que fique igual aos “outros”.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e sociólogo

 

quarta-feira, 19 de junho de 2019

O capitão prometeu uma alegria


Bolsonaro quer baixar imposto de importação de computadores 

Atraso domina mercado tecnológico

Num de seus últimos tuítes, o presidente Bolsonaro anunciou: “Para estimular a competitividade e inovação tecnológica, o governo estuda (...) a possibilidade de reduzir de 16% para 4% os impostos sobre importação de produtos de tecnologia da informação, como computadores e celulares.” É o caso de se sentir o alívio da diretora de futebol da seleção feminina da Tailândia, que chorou ao ver o gol de seu time depois de tomar 13 x 0 contra os Estados Unidos e de ralar um 5 x 1 contra a Suécia.

Tomara que o capitão emplaque essa. Como seus tuítes fazem parte de uma realidade paralela, ficaria de bom tamanho se passasse a revelar todos (repetindo, todos) os obstáculos que aparecerão no caminho. Os computadores, bem como os tablets e os celulares, custam caro no Brasil. A inovação tecnológica da indústria é desprezível, e esse mercado é dirigido pela mão invisível do atraso. Em 1975, quando a China vivia as trevas da Revolução Cultural que descambou até para casos de canibalismo, em Pindorama uma aliança de militares e burocratas começou a erguer barreiras contra a importação de computadores. Nascia assim uma das maiores ruínas produzida pela ditadura, a chamada reserva de mercado da informática. Era mais fácil trazer um quilo de cocaína do que passar pela Alfândega com um computador. A ideia era criar uma tecnologia nacional, copiando patentes estrangeiras.

Em 1984, quando o Congresso sacramentou a maluquice, um grupo de engenheiros chineses fundou a empresa Lenovo. Ela ralou, mas hoje é a maior vendedora de computadores do mundo. É a China que monta os iPhones, e seus celulares estão entre os melhores. Os chineses disputam com os americanos a dianteira na tecnologia da informática. Os campeões nacionais brasileiros atolaram. Deve-se ao então presidente Fernando Collor a quebra do monopólio do sonho, ao qual juntaram-se grandes bancos e empresários. A reserva de mercado acabou, mas a mão invisível continuou agindo no escurinho de Brasília. Reciclou-se, beneficiando-se de incentivos fiscais, franquias de importação y otras cositas más. O resultado desse contorcionismo está aí: os celulares e os tablets são caros, e os computadores competem graças ao imposto de importação de 16%.

O tuíte de Bolsonaro poderá ser uma baforada, como foi o “peso real”. Se ele contar, passo a passo, por que a ideia não vier a avançar, prestará um grande serviço. As guildas empresariais já anunciam que uma redução do imposto provocará a fuga de indústrias. Nesse caso, um dos motivos que mantêm essas empresas em funcionamento é a barreira tarifária. Restará discutir se ela faz sentido. Sempre será bom lembrar que a Abolição da Escravatura destruiria a produção do café. Era lorota.

No final do século passado, quando o Brasil começou a abrir sua economia, a indústria fortificou-se na defesa de sua proteção. Isso para não se falar na venda de ilu$ões, como o plano de construção naval. Noves fora alguns trogloditas, a agricultura e a pecuária tomaram o caminho inverso, modernizando-se. Surgiram dezenas de centros de pesquisas agrícolas, e hoje o agronegócio empurra a economia. Enquanto isso, as guildas industriais continuam dando jantares para autoridades. Uma indústria pode crescer protegendo-se dos concorrentes, mas definha quando se protege dos consumidores.


segunda-feira, 28 de maio de 2018

Greve dos caminhoneiros pode provocar a morte de 1 bilhão de aves

Associação Brasileira de Proteína Animal calcula em R$ 3 bilhões os prejuízos para o setor caso a paralisação dos caminhoneiros seja mantida. 

Falta ração e há risco de canibalismo. A estimativa é de que 20 milhões de suínos também sejam sacrificados 

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) calcula em R$ 3 bilhões os prejuízos para o setor caso a greve dos caminhoneiros em todo o país seja mantida. A entidade prevê que, até quarta-feira, 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos poderão morrer por falta de ração no campo. Até o momento, já morreram 64 milhões de aves em razão de fome ou canibalismo. A estimativa é que o estoque dos animais só poderia ser recuperado em um prazo médio de 60 dias. “A gente apoiou o início da manifestação dos caminhoneiros, mas agora pedimos compreensão. Os animais estão sofrendo e morrendo. Sem falar que a população vai ficar sem as três proteínas mais baratas, que são ovo, frango e carne de porco”, afirmou o vice-presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Até o momento, já morreram 64 milhões de animais em razão de fome. Projeção é de que estoque só será recuperado em 60 dias (foto: Ed Alves/CB/D.A Press )
 
Santin disse que o bloqueio das estradas está impedindo o trânsito de carga viva e de ração para os animais. “Em diversos locais, já faltam insumos e animais estão sem alimentação. Aqueles que ainda contam com estoques estão fracionando para prolongar ao máximo a oferta do alimento”, divulgou a associação, em nota. “A mortandade de animais é iminente e há risco de canibalização. Os reflexos sociais, ambientais e econômicos são imponderáveis”, acrescentou. Dados até sexta-feira apontam que há em todo o país 152 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas, além de mais de 220 mil trabalhadores com as atividades suspensas. “Empresas poderão fechar pelos prejuízos causados pela paralisação. Uma intervenção rápida e forte por parte do governo é urgente para evitar a mortandade de milhões de animais".

Em Minas Gerais, é grande o efeito nas granjas. Cálculos da Associação Mineira de Avicultores (Avimig) mostram a mortandade de 36 mil frangos por hora, sem que os animais estejam em ponto de abate. Na primeira semana da greve, 80% da produção de frango em Minas já estava paralisada. Cinco grandes abatedouros do estado suspenderam as atividades. Eles ficam em Sete Lagoas, Visconde do Rio Branco (Região Central), Passos (Sul do Estado), Uberlândia (Triângulo) e Patrocínio (Alto Paranaíba). Em relação aos trabalhadores, 11,8 mil deles estão com os braços cruzados.

Sem a chegada de ração e insumos às granjas no interior de Minas, está ocorrendo canibalismo entre os frangos. Normalmente, essa situação ocorre quando há superpopulação no local de criação ou quando há uma carência de vitaminas nos alimentos das aves. Elas passam a se agredir comendo as penas umas das outras, provocando ferimentos que podem levar à morte. A mortandade de pintinhos também tem sido elevada. Os animais saem das incubadoras e são levados para as granjas. Como não têm espaço nas granjas por causa da falta de abate, os pintinhos morrem com um dia de nascidos. Outra preocupação da Avimig é que a greve pode prejudicar também as exportações, já que pode surgir um problema sanitário, com a contaminação das granjas em virtude da morte das aves.

Por ser altamente dependente do transporte rodoviário, a avicultura é um dos setores que mais sofrem com a paralisação dos caminhoneiros. Minas Gerais é o quinto maior produtor nacional de aves, com o abate de 2 milhões de frangos por dia, atrás apenas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. A produção brasileira é de 22 milhões de frangos abatidos diariamente.

"Os animais estão sofrendo e morrendo. Sem falar que a população vai ficar sem as três proteínas mais baratas, que são ovo, frango e carne de porco”
 
Ricardo Santin, vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal 

Correio Braziliense