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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Só no Brasil candidatura é lançada na porta de uma penitenciária e Marina pergunta a Haddad

É inacreditável lançar candidatura na porta de uma penitenciária, diz Alckmin

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, concentrou nesta quarta-feira, 12, ataques ao agora confirmado presidenciável do PT, Fernando Haddad.
Durante campanha em Minas Gerais, com passagem por Contagem e Betim, o tucano classificou como “inacreditável” o fato de a candidatura do ex-prefeito de São Paulo ter sido confirmada “na porta de uma penitenciária”, onde está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato. Lula está detido na sede da Polícia Federal de Curitiba desde o dia 7 de abril. A entrada de Haddad na disputa foi confirmada nessa terça-feira, 11, na capital paranaense.

“O PT ficou escondendo o Haddad. Agora vai ter que se apresentar como candidato e explicar 13 milhões de desempregados, porque isso não começou hoje. É herança do PT, quem quebrou o País foram eles. O PT não tem limites para chegar ao poder”, disse Alckmin.

O candidato tucano ainda negou que a propaganda de seu partido no horário eleitoral concentre críticas em seu rival do PSL na disputa, Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto. “Nós não fazemos nenhuma crítica, não sou eu quem falo. Isso está no YouTube. Se ele fala coisas desrespeitosas, é ele, não somos nós. Simplesmente pegamos as falas e colocamos”, disse.

Alckmin observa que a disputa presidencial este ano tem candidato do PT e “adoradores do PT e do Lula”. Ele enfatizou a relação de seus principais adversários na corrida eleitoral com o PT. “O Ciro foi ministro do Lula. Sempre apoiou o PT e a Dilma. O Henrique Meirelles (MDB) também se vangloria de ter sido presidente do Banco Central do PT. A Marina Silva foi 24 anos filiada ao PT. E agora o Haddad”, afirmou.

Na disputa com Ciro Gomes (PDT), Haddad e Marina Silva (Rede) pelo segundo lugar nas leituras de intenção de voto, o tucano disse haver tempo para conquistar votos. “Se pegarmos as últimas eleições, as decisões foram mais próximas da data da eleição. A população reflete, compara e decide seu voto”. Ele avaliou que as pesquisas de intenção de voto mostraram uma disputa pelo segundo lugar e que o quadro eleitoral ainda está em definição para o primeiro turno.  “O que as pesquisas mostram é que tem um segundo lugar ainda não definido. E que tem quatro pré-candidatos disputando esse segundo lugar”, disse o ex-governador de São Paulo. “Agora é que as coisas estão se definindo.”

Segundo os últimos levantamentos do Datafolha e do Ibope, o tucano está embolado em segundo lugar com Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Fernando Haddad (PT). Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa em ambas as pesquisas.  Ao lado da vice em sua chapa, senadora Ana Amélia, sua mulher, Lu Alckmin, e do candidato ao governo de Minas pelo PSDB, Antonio Anastasia, Alckmin prometeu reduzir gastos caso assuma o Planalto. “Não ter mais 30 ministérios, vamos vender avião, helicóptero, reduzir gastos, cortar na carne para poder apertar o cinto do governo, para não apertar o cinto do povo, é o Brasil voltar a crescer”, afirmou, durante ato para correligionários em Contagem. O candidato também garantiu que, caso seja eleito, o País deve crescer 4% em 2019 sob seu governo.

O tucano prometeu ainda solução para a crise fiscal enfrentada pelo Estado. “Vou ser parceiro do Estado na renegociação da dívida. Vamos fazer uma reavaliação da questão fiscal. Fazer um bom entendimento para rapidamente poder recuperar a capacidade de investimento deste Estado”, prometeu. Em Betim, o candidato visitou empresa do setor automotivo.

IstoÉ

Marina quer saber de Haddad: 

Haddad, explique à sociedade o que aconteceu no Brasil, que era o país do pleno emprego e agora tem 13 milhões de desempregados”.

 

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Voto útil ou envergonhado



Pesquisas não confirmam crença de que Lula transferirá pelo menos metade dos seus votos para substituto

Bolsonaro, pré-candidato do PSL à Presidência da República, diz que sente em suas viagens que tem mais votos do que Lula. Em qualquer lugar que vá, é recebido por uma multidão de ensandecidos, que o carregam nos ombros e gritam o mantra “mito, mito” como se estivessem hipnotizados.  Ao contrário de tempos atrás, quando militantes petistas recebiam Lula onde quer que fosse aos magotes, os bolsominions, como são conhecidos pejorativamente os seguidores de Bolsonaro, aparentemente se reúnem de maneira espontânea, não têm a estrutura que os sindicatos forneciam ao PT. Há ainda os possíveis “eleitores envergonhados”, que preferem Bolsonaro, mas não revelam o voto com receio da reação. Não é impossível, portanto, que o pré-candidato do PSL tenha mais eleitores do que captam as pesquisas. Contra Bolsonaro, porém, há o voto útil, que em uma eleição como esta, tão fora de parâmetros, pode ser fundamental já no primeiro turno.

Diante da possibilidade real de Bolsonaro estar no segundo turno, muito eleitor tucano pode votar em Marina, assim como parte dos eleitores petistas que não anularem o voto, cristianizando tanto Geraldo Alckmin quanto o poste de Lula.  Já Ciro Gomes poderá ter o apoio dos partidos de esquerda que não conseguem se unir no primeiro turno. Pode ser que a perspectiva de a esquerda tradicional não ir para o segundo turno faça com que eleitores dessa tendência invistam em Ciro para evitar que o segundo turno seja disputado pela extrema-direita contra a centro-direita, que pode ser representada tanto por Marina quanto por Alckmin.

O candidato tucano, se não deslanchar com o apoio do centrão, poderá ser abandonado pelos eleitores ainda no primeiro turno. A aposta de Alckmin é que o tempo de televisão e a máquina partidária do centrão o levarão para o segundo turno, com um raciocínio analógico da política, quando o digital domina a campanha. Pode ser surpreendido pela indignação do eleitorado. Em contrapartida, o voto útil pode ajudar Alckmin caso esteja disputando o segundo lugar contra Ciro ou Marina.

Como as coligações obedecem a critérios locais, com o MDB sendo aliado do PT em diversos estados, e a Rede se coligando com forças políticas que trabalham em outra sintonia, não é possível saber se o enraizamento de partidos como o MDB, o DEM e o PP sustentará candidaturas oficialmente escolhidas, ou se essa algaravia partidária facilitará a traição nacional em troca de vitórias regionais. O fato de que importa mais aos partidos fazerem bancadas fortes do que eleger o presidente da República reforça essa possibilidade. A crença de que Lula transferirá pelo menos metade dos seus votos para um substituto petista, seja ele quem for, não está sendo confirmada nas pesquisas eleitorais. Se isso for verdade, há uma boa chance de eleitores petistas votarem em Marina. Ela é quem mais ganha nessa situação, seguida de Ciro Gomes, do PDT.

A mais recente pesquisa do Instituto Paraná tentou entender a cabeça do eleitor. Quando pergunta em quem o eleitor poderia votar, Marina Silva lidera, mas todos os candidatos, até mesmo Henrique Meirelles ou Fernando Haddad, têm boa pontuação. Já quando a pesquisa tentou saber em quem os eleitores votariam com certeza para presidente da República, Bolsonaro lidera com vantagem sobre Marina Silva, a segunda colocada. Bolsonaro teve 15,7% de votos consolidados e Marina, 6,3%. Lula aparece em primeiro lugar com 21,3%, mas está inelegível.

O Instituto Paraná perguntou aos eleitores em quem não votariam de jeito nenhum, e a má notícia para o PT é que Fernando Haddad tem a maior rejeição, seguido do tucano Geraldo Alckmin, o que indicaria que, sem a liderança carismática de Lula, PT e PSDB estão em baixa com o eleitorado que busca o novo na política.  Jair Bolsonaro e Lula têm a mesma rejeição de 54% do eleitorado. Em todas as pesquisas, a soma dos votos brancos, nulos e a abstenção supera Bolsonaro. Os eleitores indecisos, na sua maioria, têm Marina como alternativa. [na eleição passada Marina chegou a ser considerada por alguns sem noção como em condições de vencer o segundo turno.
O resultado todos ainda lembram.
Quuato mais tempo Marina tiver alguma chance, mais ela vai falar e quando fala se ferra toda.]  Todas essas informações demonstram que o voto útil ou o voto envergonhado pode ter influência decisiva na eleição de outubro, como também a indignação dos eleitores detectada pelas pesquisas.

 

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Percepções do novo

Qual é, então, o sentido das mudanças exigidas pela sociedade?

O novo é percebido de diversas maneiras. Não há um sentido unívoco que seja compreendido pela opinião pública e pelos diferentes atores políticos. Cada um veicula a sua própria noção ao sabor das conveniências e das circunstâncias.  Nos últimos anos e, sobretudo, nos últimos meses fomos tomados pela ideia de que a sociedade brasileira estaria em busca do “novo” na política, sem que haja uma maior precisão a respeito. O que disso mais se aproxima é o desejo generalizado pela moralidade pública. É como se a vida do País se reduzisse à luta contra a corrupção, relegando a segundo plano as questões relativas às reformas de que o Brasil tanto precisa.

Até recentemente, o “novo” foi também identificado à entrada de outsiders na política, como se estivéssemos diante de uma novidade que poderia alterar o rumo das coisas. Alguns saíram, inclusive, com uma boa popularidade inicial em pesquisas de opinião, porém logo abandonaram a seara pública. A política tem agruras, violências e obstáculos que fazem com que mesmo os mais bem-intencionados não resistam ao seu teste inicial. A questão reside em que medida o anseio social pelo novo se traduz por intenções de voto. Uma coisa é o desejo generalizado por mudanças, outra muito distinta é a sua concretização em escolhas propriamente eleitorais.  Haveria um descompasso entre a demanda de renovação política, assumida teoricamente pela sociedade, e as escolhas que se apresentam do ponto de vista político-partidário. A Lava Jato tornou-se um símbolo por encarnar a luta contra a corrupção, mas as intenções de voto, em boa parte, estão dirigidas à perpetuação de personagens políticos e partidos que são símbolos desta mesma corrupção.

A política é percebida por um setor importante da opinião pública como um lugar de tráfico de influências e de negociatas dos mais diferentes tipos, relegando o bem comum a uma posição subalterna. Identifica-se a velha política à atual classe dirigente, responsável por desvios e apropriação privada de recursos públicos. Portanto, a nova política deveria ser uma espécie de redenção da velha, salientando-se os aspectos de moralidade pública como sendo os mais relevantes.  Ocorre, contudo, que os problemas nacionais não se reduzem a uma visão que se esgotaria no combate pela moralidade pública, mas colocam na ordem do dia a urgência de reformas, cuja ausência pode conduzir o País a uma situação de insolvência. Entretanto, a necessidade de reformas não é percebida por um setor importante da sociedade como sendo algo indispensável. Ela mais bem representaria uma forma da “velha política”, e não da “nova”.

Vejamos sucintamente como se articulam estas relações entre a percepção do “novo” e do “velho” nas intenções de voto para a Presidência da República em algumas das candidaturas com maiores chances eleitorais. O deputado Jair Bolsonaro está sendo o desaguadouro de boa parte da insatisfação da sociedade, por encarnar o “novo” na luta contra a corrupção e contra a atual classe política. Não importa, para esse efeito, que ele não seja um outsider, mas alguém com uma longa trajetória parlamentar. Ele conseguiu consolidar a imagem de que não guarda nenhuma relação com a atual classe política, recusando-se a qualquer aliança política que possa denegrir essa percepção. Seja dito a seu favor que o seu passado parlamentar é limpo do ponto de vista de atos de corrupção. Encarna, nesse sentido, na perspectiva da moralidade pública, o “novo” e o descompromisso com a atual classe política. Ademais, no contexto de descalabro nacional da segurança pública, sua luta contra a criminalidade aparece também como algo “novo”, tendo em vista a desatenção a este problema por todos os governos desde a redemocratização. Do ponto de vista econômico, não tem apresentado o seu programa de governo, embora venha sinalizando pela escolha de seu ministro da Fazenda, caso eleito, para posições de tipo liberal. Estaria, hoje, mais para o governo Castelo Branco do que para o governo Geisel.

O poste de Lula, seja quem for o(a) ungido(a), tem boas chances de estar presente no segundo turno, dada a forma empregada pelo PT para instrumentalizar as orientações do ex-presidente. Ocorre, aqui, um fenômeno particularmente interessante, pois são Lula, Dilma e o PT os principais responsáveis do descalabro fiscal, dos graves problemas econômicos e sociais do País, além de serem os principais atores dos crimes de corrupção. Isto é, a escolha pelo preposto de Lula seria uma opção pela “velha política”, apesar de ser apresentada como ideologicamente palatável graças a uma suposta luta por “direitos sociais”. Do ponto de vista econômico, o PT posicionou-se contra qualquer agenda reformista, contentando-se com a repetição dos velhos chavões de outrora.

O candidato tucano está, por sua vez, atravessado por contradições importantes. Para ganhar tempo de televisão, optou por uma composição partidária que em tudo reproduz à do atual governo, cuja impopularidade em boa parte reside nestas mesmas alianças. Geraldo Alckmin teria, então, feito uma escolha pela “velha política”, distanciando-se de um eleitorado que clama pela “nova política”. Aliás, foi este mesmo o discurso utilizado pelos tucanos para se distanciarem do atual governo. Perdeu, nesse sentido, o discurso da “nova política”, além de ter em seu partido vários ex-dirigentes envolvidos em investigações e condenações. Do ponto de vista econômico, sua agenda apresenta-se como reformista. Ocorre, porém, que os tucanos nos últimos meses se posicionaram frequentemente contra a agenda reformista do atual governo, vindo, inclusive, em vários momentos a torpedeá-la. E o fizeram dizendo que não aceitavam os métodos utilizados, isto é, os mesmos que estão sendo escolhidos atualmente nas novas alianças partidárias.
Qual é, então, o sentido das mudanças exigidas pela sociedade? Vão para “algo novo” ou visam ao restabelecimento do “velho”?

Denis Lerrer Rosenfield, professor de filosofia na UFRGS.

domingo, 24 de junho de 2018

“Lula, teje solto ou teje preso?” e outras notas de Carlos Brickmann

Previsível é apenas a posição de Lula: continuará dizendo que é candidato, até que seu registro seja negado

[lula já era, está acabado politicamente e seus advogados, inclusive o ministro aposentado, continuam lhe dando esperanças vãs]


O próximo capítulo da novela Prisão com Lula é górpi” estava marcado para esta terça. A Segunda Turma do Supremo julgaria pedido de suspensão da condenação de Lula e sua libertação imediata. Julgaria: o mesmo ministro Edson Fachin que pedira a votação mandou suspendê-la. Motivo: o TRF-4 de Porto Alegre encaminhara o processo ao STJ, e o STF não deveria interferir no tema. Dever, não deveria, mas já tinha interferido, lançando dúvidas em todo o país.

Ou melhor, mais dúvidas. Seria julgada só a libertação ou também a proibição de se candidatar? Dúvidas havia até na defesa de Lula: o advogado Sepúlveda Pertence, em Brasília, pedira ao Supremo que, se não anulasse a sentença, transferisse Lula para prisão domiciliar; o advogado Cristiano Zanin, em São Paulo, dizia não ser aceitável que Lula continuasse preso, por considerá-lo vítima de injustiça.

Alguma previsão lógica? Se no Brasil nem o passado é previsível, imagine o futuro. Mesmo que houvesse certeza sobre a votação, não haveria sobre o seu alcance. Mesmo derrotada a tese da anulação da sentença que o condenou, alguma concessão – como prisão domiciliar – já representaria uma vitória política para Lula.  Se o pedido fosse integralmente rejeitado, sem concessões, ficaria mais claro ainda que Lula não poderia disputar eleições. Mas as turmas do STF são formadas por cinco ministros, há muitas decisões por 3×2, e na Segunda Turma estão pessoas que já foram muito ligadas a Lula ou ao PT. Isso não significa que seu pedido seria aceito – nem essa certeza existe – mas que seria possível algum tipo de atenuante da punição. Previsível é apenas a posição de Lula: continuará dizendo que é candidato, até que seu registro seja negado.

O adversário 1
Quem será o candidato de Lula à Presidência? Muita gente pensa que, depois da falta de gentileza de Dilma, que fez questão de se candidatar à reeleição em vez de ceder a vez a Lula, ele preferiria escolher algum nome de outro partido, que não pudesse disputar com ele o comando do PT. Pode ser; e, afinal, Jaques Wagner, fiel entre os fiéis, tem conversado muito com Ciro Gomes, o que não faria sem a aprovação de Lula. Mas as coisas são mais complexas: se Ciro ganha, passa a liderar toda a ala bolivariana da política brasileira, e Lula fica em segundo plano. O PT vai conversar com Ciro até o último instante; mas seu candidato deve ser do partido, alguém abertamente fiel a Lula e que não tenha ambições futuras. Haddad, talvez.

O adversário 2
O candidato tucano Geraldo Alckmin continua parado: não teve novos apoios, não subiu nas pesquisas, não se tornou empolgante. Mas, apesar de tudo, pode chegar ao segundo turno. E, se tiver a sorte de disputar contra radicais, pode ganhar a eleição. Meirelles, emparedado (se for apresentado como candidato do Governo, é ruim; se for apresentado como oposição, é pior), não tem onde buscar apoio e é ainda menos empolgante do que Alckmin. A tendência da maior parte do MDB – não unânime, já que haverá emedebistas dando apoio de Ciro Gomes a Bolsonaro – é aliar-se a Alckmin. O mesmo ocorre com o DEM, o PSD, e os partidos do Centrão, PR, PTB, PP, eventualmente o PRB. Isso dá voto? Não, claro; mas dá tempo de TV e ajuda no essencial trabalho de acompanhar de perto a campanha e as apurações. Urnas venezuelanas têm seus mistérios.

Os líderes
Há ainda Bolsonaro. Líder nas pesquisas, em ascensão, falta-lhe a base partidária. Seu tempo de TV é minúsculo. Pode chegar ao segundo turno (como Ciro também pode), mas precisará demonstrar sua força eleitoral. Por enquanto, vai bem; quando a campanha começar, como fica, sem TV?
Marina é empolgante, pessoalmente, mas não tem base. Como um cometa, aparece de quatro em quatro anos, brilha e some. Falta-lhe o trabalho de base, a ser realizado no intervalo das eleições. E Ciro vai bem, mas não resiste à tentação de ofender pessoas e grupos, até que se perca.

Os alicerces
Quem começa a trabalhar as bases, não para essas eleições, mas para o futuro, são dois grupos: o Partido Novo (que tem candidato, João Amoedo, mas cuja força virá da proposta de um governo baseado no mérito, e não só em acordos políticos); e o RenovaBR, que busca formar líderes políticos para o futuro, independentemente de sua ideologia. O RenovaBR dá cursos de seis meses, mais ajuda de custo, a 133 bolsistas que se comprometam com combate à corrupção, sustentabilidade e gestão fiscal responsável.
O RenovaBR foi criado pelo empresário Eduardo Mufarej (Tarpon Investimentos), com apoio de Nizan Guanaes, Armínio Fraga, Luciano Huck e outros. É trabalho bem montado: utiliza uma plataforma Canvas, da Instructure, já testada por sólidas instituições de ensino, num ambiente virtual de aprendizado que abrange todo o país. Os dois projetos podem funcionar – o que seria ótimo para o Brasil, num futuro não muito distante.

Como dizia o poeta
O PT pensa em Dilma para o Governo de Minas, em vez de Pimentel. Como disse Drummond, “quer ir para Minas, Minas não há mais”.

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann