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quarta-feira, 7 de setembro de 2022

No Rio, ato bolsonarista tem cabeças de ministros do STF em caixão

Os alvos dos bolsonaristas são Moraes, Barroso e Edson Fachin, os magistrados que Bolsonaro costuma insultar em seus discursos

.Lucas Vettorazzo

 Os alvos dos bolsonaristas são Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, os magistrados que Bolsonaro costuma insultar em seus discursos  

O ato de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira deve ser marcado por manifestações de apoiadores radicais, como um grupo que levou para Copacabana um caixão com cabeças de três ministros do STF coladas e a frase: “Enterro das ações”. [petistas jogaram bola com uma cabeça do presidente Bolsonaro e nada foi feito - ele é Chefe de um Poder e a mais alta autoridade da República e os ministros são integrantes de outro Poder.]

Os alvos dos bolsonaristas são Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, os magistrados que Bolsonaro costuma insultar em seus discursos. Em São Paulo, onde bolsonaristas irão se concentrar na Avenida Paulista, pedidos de golpe e de fechamento do STF também são exibidas pelos apoiadores do presidente.

Coluna Radar - Revista VEJA

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Risco de TSE cassar Bolsonaro e Mourão é nulo - Blog do Josias

A hipótese de a Justiça Eleitoral cassar a chapa Jair Bolsonaro - Hamilton Mourão é inexistente. Está em jogo no processo liberado para julgamento no Tribunal Superior Eleitoral pelo ministro Luís Felipe Salomão o uso de mensagens de WhatsApp como anabolizante eleitoral. Isso constitui crime. A lei não ampara robôs que disparam material a favor de um candidato ou contra o seu rival. O pagamento do truque eletrônico, feito por baixo da mesa, sem registro dos patronos na prestação de contas, é tipificado como abuso do poder econômico. No limite, isso pode levar à cassação de mandatos.

indícios de que a campanha de Bolsonaro encostou sua estratégia na mágica do WhatsApp. A questão é comprovar que esse expediente teve influência tão grande a ponto de ser decisivo no sucesso eleitoral de Bolsonaro em 2018. É improvável que isso seja demonstrado cabalmente. Ainda que fosse comprovado, a chance de cassação dos mandatos do presidente e do vice seria nula. O poder do TSE para punir transgressões do gênero morreu em 2017, quando o tribunal arquivou o pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. Naquele processo, reuniram-se provas testemunhais e documentais que tornaram irrefutável a conclusão de que dinheiro sujo da Odebrecht irrigara a caixa registradora do comitê petista.

Mas a maioria dos ministros do TSE decidiu, por incompreensíveis razões processuais, que as provas deveriam ser enterradas. Relator do processo, o ministro Hermann Benjamin pronunciou na sessão do TSE a frase-símbolo do julgamento. Ele disse: "Eu, como juiz, recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório. Mas não carrego o caixão." Foi como se o TSE cometesse suicídio

Para impor eventual punição à chapa encabeçada por Bolsonaro, o TSE teria de ressuscitar seus poderes punitivos. E não parece haver essa disposição. Bolsonaro já nem se dá ao trabalho de negar a eventual transgressão de que é acusado. Quando ainda tratava do tema, limitava-se a alegar que o adversário petista Fernando Haddad também foi beneficiado por disparos massivos no WhatsApp. Nessa matéria, não é que o crime não compensa. É que quando compensa ele muda de nome. Chama-se esperteza eleitoral.

Josias de Souza, jornalista - Blog do Josias - UOL


domingo, 24 de fevereiro de 2019

Os ‘çábios’ uniram os marajás aos miseráveis

Se o conserto da Previdência precisa tungar um benefício pago aos miseráveis, então é melhor devolver o Brasil a Portugal 


Não deu outra. Os “çábios” que conceberam o projeto de reforma da Previdência descobriram um jeito de entregar aos marajás a bandeira da defesa dos miseráveis. Fizeram isso ao propor a tunga do Benefício de Prestação Continuada, que dá um salário mínimo (R$ 998) aos miseráveis que têm mais de 65 anos. O projeto é engenhoso. Dá R$ 400 ao miserável a partir dos 60 anos, o que é um alívio para quem recebe, no máximo, R$ 371 pelo Bolsa Família. Com a outra mão querem tomar pelo menos R$ 598 mensais dos miseráveis que têm mais de 65 anos. Eles só terão direito aos R$ 998 se, e quando, chegarem aos 70 anos.
Se o conserto do rombo da Previdência precisa tungar um benefício pago aos miseráveis que têm entre 65 e 70 anos, então é melhor devolver o Brasil a Portugal. O ministro Paulo Guedes produziu um projeto racional e conseguiu apresentá-lo de forma competente. Na essência, podou privilégios. Essas virtudes levam à estupefação diante da tunga de sexagenários miseráveis. Ela só serve para soldar uma aliança maligna e hipócrita. O marajá que acumula privilégios ganha o direito de combater as reformas apresentando-se como defensor dos pobres e dos oprimidos.
Está entendido que o capitão reconheceu que errou ao combater a reforma proposta por Michel Temer, mas se as pessoas podem mudar de opinião, não podem mudar os fatos. Quando ele estava do outro lado da trincheira, lembrava que a expectativa de vida no Piauí “estava na casa dos 69 anos, quando você bota 65, você convida a oposição a fazer sua proposta e melar esse projeto”. Bingo. Os “çábios” fizeram isso, pois tomando-se a expectativa de vida do Piauí, seus miseráveis, que hoje recebem R$ 998, perderão o benefício aos 65 e irão para o outro mundo antes de terem direito a receber o que recebem hoje.

Se o problema das contas estiver no benefício aos pobres, devolvam o Brasil a Portugal

(...)


COISA PARA MAGO
Diversos dirigentes do PSL não foram convidados para a posse do capitão. Alguns se fizeram de desentendidos e apareceram nas solenidades.
A saída de Gustavo Bebianno deu uma enorme desarrumada no tabuleiro, e o presidente precisará de um mago para consertá-la. Se houver bom senso, Bolsonaro deverá começar seu serviço construindo uma convivência saudável com Rodrigo Maia.
MARIA THEREZA FALA
No mês que vem chegará às livrarias “Uma mulher vestida de silêncio”, de Wagner William. Contará a história de Maria Thereza, a linda mulher do presidente João Goulart, um marido protetor e promíscuo. Eles se casaram quando ela tinha 15 anos e ele, 37. Aos 21, Maria Thereza se tornou a bonita e elegante mulher do presidente da República e, aos 23, deixou a Granja do Torto com dois filhos pequenos para um exílio que durou 22 anos. O desterro terminou quando ela atravessou a fronteira levando o marido dentro de um caixão.
Em “Uma mulher vestida de silêncio” Maria Thereza conta sua história triste. Enquanto foi a mulher do poderoso Jango, era perseguida por um acervo de maledicências. A maior, por pública, vinda do governador Carlos Lacerda. Passou-se mais de meio século e nunca apareceu um só fiapo de veracidade, mas assim era o mundo.
Maria Thereza Goulart foi detida por duas vezes em condições humilhantes, viu as fronteiras das traições e da ingratidão, comeu o pão que Asmodeu amassou e nunca mostrou ressentimento, nem durante a cerimônia em que os restos mortais de seu marido voltaram a Brasília. Aos 78 anos, vestida de silêncio, Maria Thereza Goulart divide seu tempo entre Porto Alegre e o Rio.

(...)

 
MATÉRIA COMPLETA, Elio Gaspari, jornalista - O Globo

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Risco de mortes em regiões onde policiais em serviço são assassinados aumenta 3,5 vezes no dia seguinte



Autora do estudo considera que reação é uma "forma de resposta" dos agentes pelas mortes dos colegas de farda



— Se quiser, entre para a PM, mas compre também um caixão. Em breve você vai estar nele.

O desabafo de Gilma Viríssimo no enterro do filho, o cabo Djalma Virissimo Pequeno baleado ao tentar impedir um assalto no shopping Jardim Guadalupe, na Zona Norte —, resume a brutal realidade em que vive a Polícia Militar do Rio. Somente no mês de outubro, nove PMs foram assassinados. Neste ano, já são 119 mortos e 363 feridos (234 em serviço). A mesma corporação que é vítima da perda crescente de agentes carrega sobre os ombros o peso de outro número, também alarmante: segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), entre janeiro e setembro de 2017, foram registrados 813 homicídios cometidos por policias. A força dos números levou a pesquisadora Terine Husek Coelho, mestranda do Laboratório de Análises da Violência da Uerj, a estudar uma possível relação entre eles.

O resultado do estudo feito com base em estatísticas do próprio ISP mostra que no dia seguinte ao assassinato de um policial em serviço, as chances de um outro agente de segurança matar alguém na região em que aconteceu o crime aumenta 3,5 vezes. Nas primeiras horas após o homicídio, a probabilidade chega a ser cinco vezes maior. Ou seja, a violência acaba gerando mais violência. 


O estudo “Medindo forças: A vitimização policial no Rio de Janeiro” comparou assassinatos de policiais e autos de resistência entre 2010 e 2015. O objetivo de Terine era verificar se, após a morte de um PM, a violência aumentava na região do crime. [a violência aumenta pela sensação de PODER que estimula os criminosos a acreditarem, a cada vez que um policial é assassinado, que podem vencer a Polícia.

Com essa crença, cada vez que a Polícia aborda um marginal ele reage e os policiais são obrigados a usar a força necessária para conter o bandido, ação que na maior parte das vezes - para felicidade da sociedade - resulta no abate do bandido.

E tem que ser assim. O policial tem que ter presente (e as pessoas de BEM aceitarem) que entre morrer um bandido ou um policial, que morra o bandido.

Bandido bom é bandido morto.

Cada vez que um policial for assassinado deve, na região próxima em que o policial tombou, morrer pelo menos cinco bandidos.
O bandido, repetimos mais uma vez, tem que aprender que cada vida de policial tem que ser compensada pelo abate do no mínimo cinco bandidos. Tem que ser didático.]

VINGANÇA, MEDO E ESTRESSE
Ela analisou 373 assassinatos de policiais e 3.521 mortes ocorridas em operações realizadas perto dos locais dos episódios. Além disso, fez 32 entrevistas com policiais militares que atuam no front e com seus comandantes. Segundo a pesquisadora, os dados e os depoimentos confirmam que há uma relação direta de causa-efeito na rotina da polícia:  — Quando um PM morre em combate ou numa emboscada, a tropa sente que tem de dar uma resposta, e ela tende a ser uma operação que acaba causando mortes. Essa resposta tem várias raízes: vingança, medo e a sensação de que, se não houver uma reação, bandidos atacarão com mais força.