Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador cadeira de rodas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cadeira de rodas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Quem vai parar o petista maluco? - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O presidente Lula voltou a usar o caso da suposta agressão ao ministro Alexandre de Moraes em Roma - que carece de imagens para comprovar se houve mesmo algo dessa natureza - para se referir a milhões de brasileiros como "malucos", depois de chamar o autor da suposta agressão de "animal selvagem" que precisava ser "extirpado" da sociedade.

Lula disse que derrotou Bolsonaro, mas não o bolsonarismo - ao contrário do que afirmou o ministro supremo Barroso.  
Para o presidente, o país está cheio de "malucos" por aí. [desagrada-nos, e muito, concordar com o ex-presidiário, mas, qualquer  análise imparcial e isenta, deixa uma dúvida "fosse a maioria do eleitorado brasileiro mentalmente sã, o ex-presidiário (descondenado por erro de CEP, mas, não foi inocentado) seria eleito???] Dessa forma, Lula desqualifica milhões de eleitores que escolheram o outro candidato. Suas falas flertam com uma espécie de "solução final" para o bolsonarismo, que precisa ser eliminado a todo custo da "democracia".
 
Não satisfeito, Lula disse que informou ao chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o nome do suposto autor de ofensas ao ministro Alexandre de Moraes e ao filho no aeroporto internacional de Roma, na Itália. 
 Lula chamou Roberto Mantovani de “canalha” durante um discurso em São Bernardo do Campo (SP), na celebração ao aniversário do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

“Esse cara era empresário de uma empresa alemã. Eu entreguei o nome dele pro chanceler alemão [Olaf Scholz]. Esse cara foi expulso do partido [PSD] ontem [sábado, 22] pelo [Gilberto] Kassab. Ele tinha sido candidato”, disse Lula. Reforçando: o episódio ainda não foi esclarecido, e a ligação para o primeiro-ministro alemão foi feita só porque o brasileiro trabalha numa empresa alemã. O objetivo é usar do poder para destruir um indivíduo que não cometeu qualquer crime.

Já no caso do terrorista Cesare Battisti, Lula se negou a entregar o assassino para a Itália, mesmo ele tendo sido condenado por quatro homicídios, deixando o filho de uma das suas vítimas numa cadeira de rodas
Battisti confessou seus crimes depois, cumprindo prisão perpétua na Itália hoje. Mas Lula fez de tudo para protegê-lo e mantê-lo no Brasil, livre das garras da Justiça italiana.


Leandro Ruschel concluiu: "Battisti era integrante de um grupo revolucionário comunista. O padrão de Lula é claro: os crimes mais abjetos, se cometidos por comunistas, devem ser negados, ou mesmo justificados. Já qualquer ação dos seus oponentes deve ser criminalizada e punida com o máximo rigor. Assim agem os comunistas".

Não resta mais a menor dúvida: Lula age como um psicopata, cada vez mais ousado, rancoroso, sem freios ou limites. 
Ele quer vingança, quer "foder" com  o Sergio Moro, quer perseguir cada um que contribuiu para a sua prisão por corrupção. 
O presidente adota falas claramente perigosas, típicas do regime nazista, desumanizando parcela da população e justificando moralmente seu extermínio.  
E a grande imprensa assiste a tudo isso calada, sem qualquer espanto, até mesmo aplaudindo.
 
Quem vai parar o maluco petista, aquele que realmente coloca em risco o que sobrou da democracia brasileira?  
Quem fez o L ainda acredita que o amor venceu, que o país será pacificado?
Só se o custo da "paz" for, antes, partir para a violência contra milhões de brasileiros cujo "crime" foi defender Bolsonaro ou rejeitar o comunismo lulista. 
O Brasil dorme à beira de um abismo...

Rodrigo Constantino, jornalista - Gazeta do Povo

 

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Jovem conta como é viver com doença dos ossos de vidro: 'Já sofri 100 fraturas'

Beatriz Fernandes da Silva, de 20 anos, tem osteogênese imperfeita, conhecida popularmente como 'doença dos ossos de vidro'

 

BBC
Priscila Carvalho - Do Rio de Janeiro para a BBC News Brasil

Desde bebê, a estudante paulista Beatriz Fernandes da Silva, hoje com 20 anos, precisa tomar cuidado para não cair e se machucar.

Quando ainda estava na barriga da mãe, os médicos perceberam algo diferente durante o ultrassom e alertaram que a criança poderia nascer com algum tipo de osteopenia ou até nanismo.

Passado um mês do seu nascimento, sua mãe foi trocá-la e com um simples movimento quebrou seu braço. Na época, seus pais correram para o hospital e chegaram até ser questionados se a bebê estava sofrendo maus-tratos. "O médico me perguntou e eu disse que não. Veio outro, olharam para ela e viram que o branco do olho dela era azul. Foi então que descobriram a doença que ela tinha", relembra Shirlei Fernandes Serra, mãe de Beatriz.

Os médicos deram um diagnóstico de osteogênese imperfeita, conhecida popularmente como "doença dos ossos de vidro". De origem genética, a condição leva à fragilidade dos ossos, tendo como principais consequências fraturas e deformidades. Por causa disso, a estudante tem apenas 1,22 de altura e calça 32.

Tentando ser uma criança normal
Mesmo tendo algumas limitações, Beatriz tentava levar uma vida normal como qualquer criança. "Eu era arteira. Me machucava muito, andava de skate e era uma criança doida", brinca a estudante.

Sua mãe conta que tinha cuidados, mas nada ao extremo. "Nunca privei ela e criei em uma redoma. Até andar de skate, andava. Ela pegou uma habilidade incrível no skate".

Raio-x da perna fraturada de Beatriz
Arquivo pessoal
Beatriz sofreu diversas dores e fraturas ao longo da vida, certa vez, caiu sentada e quebrou a perna em forma de S

Ao longo de seu desenvolvimento vivenciou diversas dores e fraturas durante simples ações do dia a dia. Ela conta que já quebrou o dedo matando uma formiga, por exemplo. Outra vez caiu sentada e quebrou a perna em forma de S e o cotovelo ao tentar dar uma cambalhota. Nesta última, precisou colocar um pino no membro.

Mas sua pior experiência foi na escola, aos 12 anos de idade. Durante uma brincadeira no colégio, um menino tentou beijar seu pé, virou e pegou sua perna esquerda. Ao fazer isso, ele quebrou o membro e, com o susto, Beatriz também fraturou o lado direito.  "Nessa época eu tinha uma haste na canela e quebrou tão feio que entortou e precisou ser retirada. Na época, eu tinha três hastes e agora tenho duas", relembra. Depois do acidente, ela precisou correr para o hospital e realizar uma cirurgia de urgência.

O ocorrido rendeu traumas à estudante que abandonou a escola por quatro anos, comprometendo seus estudos. "Dava ansiedade de ir até o colégio. Fiquei quatros anos sem ir por causa disso. Eu chorava de todos os jeitos", conta à BBC News Brasil.

Por causa da pausa, ela mantinha uma rotina de cuidados em casa e demorou a querer voltar ao ambiente escolar. "Eu não gostava de estudar em casa, pois me lembrava do ocorrido. Eu não sabia escrever em letra de mão com 14 anos de idade", lamenta. Quando decidiu retornar aos estudos, precisou iniciar no ensino fundamental, mesmo sendo adolescente. Hoje, ela ainda cursa o segundo ano do ensino médio, no período noturno.

Tratamento difícil e desgastante
Durante a infância, a paulista era acompanhada por profissionais do SUS (Sistema Único de Saúde) e fazia o tratamento com um remédio chamado pamidronato de sódio, responsável por regular a quantidade de cálcio no organismo. Ela precisava ir à Santa Casa, em São Paulo, a cada três meses e usar a medicação por cinco dias.

Ao longo da terapia, era submetida a retiradas de sangue e picadas frequentes na cabeça. Segundo a estudante, o acompanhamento era muito doloroso e difícil. Por ser algo bem invasivo, a paulista conta que teve uma reação muito forte e faz oito anos que ela e sua mãe optaram por não seguir tratando dessa forma. "Minha mãe ficou com medo e resolveu parar. Mas hoje me sinto normal. Quando tenho alguma fratura mais grave, vou para o hospital", diz.

Além desse acompanhamento, ela também fazia procedimentos cirúrgicos quando tinha alguma fratura muito grave. "Ao todo, tenho dez cirurgias e minha mãe conta que já sofri umas 100 fraturas", diz a estudante.

Quando começou a ficar mais velha, por volta dos 14 anos de idade, a quebra de ossos começou a diminuir e ela ganhou mais qualidade de vida, conta a mãe da estudante. Atualmente, ela segue tendo apenas cuidados básicos como não andar em chão molhado e outros ambientes escorregadios para evitar quedas e fraturas severas.

Beatriz Fernandes da Silva sentada em um balanço
Arquivo pessoal
Beatriz afirma que até hoje algumas pessoas e amigos se surpreendem com o fato de ela ser uma jovem normal

Mesmo com uma estatura baixa, Beatriz conta que se vira bem em casa e "tira de letra" as tarefas domésticas. Contudo, quando precisa ir à escola e se locomover pelas ruas, sua maior dificuldade é a acessibilidade.

"Encontro o elevador quebrado e os motoristas não me ajudam a subir no ônibus. Uma vez um não parou e eu tive que fazer um boletim de ocorrência. É um direito meu", opina. Para ajudar na caminhada, ela usa uma cadeira de rodas, já que fica um pouco cansada e sente muitas dores nos pés quando percorre grandes distâncias sem o uso do aparelho.

Clique aqui, para MATÉRIA COMPLETA

 


domingo, 24 de maio de 2020

Pelos que rastejam - O Estado de S. Paulo

Leandro Karnal 

Com sorriso permanente, o pequeno menino conseguiu tocar aquela alma viscosa

Leocádia é assistente de secretaria da Escola Estadual Professor Heitor Furtado de Mendonça, na Baixada Santista. Ela não está em uma situação tão ruim comparada à das irmãs. Seu emprego é estável. O salário é baixo, porém, somado ao do marido e sem pagar aluguel, ela vive uma vida mediana e sem necessidades estruturais.

Leocádia não é boa em muitas coisas, mas há algo no qual ela é notável. Do nascer ao pôr do sol (e segundo seu marido às vezes dormindo), ela reclama incessantemente. Reclama do transporte público apertado e com pessoas inconvenientes, lamenta a chuva que cai ou que não chega, ataca o frio e deplora o calor. Fala diariamente do horror da comida no quilo perto da escola onde trabalha. “Um verdadeiro grude de prisão”, diz. No campo pessoal, Leocádia tem ojeriza a seus colegas. Nossa secretária é absolutamente imersa no azedume cotidiano de sua vida. Sua boca só abre para emitir juízos negativos.

Assim viveu a funcionária da escola estadual durante anos. Na mesma toada crítica, redigiu atas de conselho e acompanhou semanas de planejamento pedagógico com o tom de lamúria eterna. “Leocadiar” virou dialeto da unidade, usado quando alguém ficava protestando de forma assertiva.  As aulas se iniciaram e tudo previa um ano como todos. Na quarta-feira, 11 de março, a diretora disse à secretária que receberia uma visita de um candidato definido como um “menino rastejante”. Ninguém teve qualquer compreensão do que se tratava. Era, como disse dona Nídia, alguém que não tinha dinheiro para ter uma cadeira de rodas. Ele não era um cadeirante; tratava-se de um rastejante. Carlos Henrique chegou no dia marcado, como previsto, arrastando-se pelos corredores. A cena comoveu até o pétreo coração de Leocádia.

Acostumado a ser alvo do olhar entre a piedade e horror, nada no rosto de Carlos denunciava o inusitado da sua mobilidade. Ele não reclamou e, desde o primeiro instante, manifestou uma alegria intensa, excepcional para aquilo que parecia visível no julgamento alheio: a desgraça de uma vida tocada pela pobreza e pela restrição física. Como todos perceberam nas semanas seguintes, o novo aluno estava sempre sorrindo, permanentemente tendo o rosto iluminado por uma atitude de felicidade. Ele agradecia a todos pela oportunidade de estudar e louvava os professores sempre. Logo se soube de mais detalhes: a família não tinha dinheiro para uma cadeira de rodas, no entanto, um dia, o almejado bem surgiu pela doação de uma rede de farmácias. Com a cadeira desejada, por quase uma semana, ele exultou. O mundo nem sempre é justo e um bando de marginais decidiu que poderia roubar do menino a cadeira de rodas na parada de ônibus. A família se inscreveu novamente em programas para obter o aparelho, porém recebeu caras de desconfiança como se tivesse vendido bem tão precioso. Carlos Henrique voltou a rastejar.

O sorriso permanente foi se tornando contagioso. A acérrima Leocádia começou a levar água para ele no seu trajeto pelo corredor. Ela se ocupou do caso e ajudou em uma campanha para doação de material escolar. A antiga mal-humorada passou a usar roupas mais alegres e, pela primeira vez em muitos anos, foi notado que ela cumprimentava alguém sem vociferar contra o clima ou o transporte. O pequeno menino alegre tinha conseguido tocar aquela alma viscosa e fez brotar dali como, em um milagre, uma pessoa um pouco mais leve.

Prosseguindo com seu novo self, a secretária promoveu um evento com rifa. O objetivo?
Uma cadeira de rodas nova para o aluno. Foi um sucesso! Em uma sexta-feira cheia de alegria, chegou o cobiçado objeto. Carlos chorou, apesar de nunca ter pedido nada. Aquela que fora lamuriosa com ele pranteou, sob aplausos de toda a escola que vibrara com a transformação da mobilidade de um e da alma de outra. O menino rastejante conseguira sua ambicionada cadeira; Leocádia atingira a de espírito.
Há pouco, chegou uma moça para trabalhar na merenda e a novata revelou, desde cedo, um pendor para a crítica constante. Leocádia sorriu e chamou a funcionária em um canto para falar da beleza do mundo e das pessoas que possuem menos do que ela. E pensar que tudo começou quando um jovem sorridente rastejou escola adentro e metamorfoseou a pesada lagarta amarga em borboleta leve e feliz.

Meu estimado leitor e minha estimada leitora, Leocádia eu inventei no exercício ficcional. O menino rastejante existe, como outros na mesma situação. Cadeira de rodas não é tão acessível e muitas pessoas ficam imobilizadas em casa ou rastejam. Ver esse jovem real, creiam-me, ressignifica sua noção de crítica. Boa semana para todos nós que andamos e reclamamos...

Leandro Karnal,  colunista - O Estado de S. Paulo




sábado, 7 de dezembro de 2019

Tarcísio Meira: ‘A morte me assusta’ - VEJA - Entretenimento

Por Sérgio Martins


Tarcísio Meira chega de cadeira de rodas ao Teatro Faap, em São Paulo, onde encena O Camareiro, peça do dramaturgo inglês Ronald Harwood. O espetáculo narra a relação entre um ator shakespeariano à beira da morte e seu camareiro. O personagem central ganha brilho na interpretação de Tarcísio, que tem a idade certa para viver o velho ator que vê com pesar a perda de amigos e reflete sobre a morte. Aos 84 anos, o artista paulistano faz parte da história da TV. Contratado pela Globo na década de 60, encarnou como poucos a figura do galã — belo, destemido e bom moço — em novelas como Irmãos Coragem (1970) e Coração Alado (1980). Na entrevista a seguir, Tarcísio fala da perda dos próprios companheiros, conta os segredos do casamento de mais de meio século com a atriz Glória Menezes e lamenta a falta de papéis nas novelas atuais: “Os autores não gostam de velhos”.
O senhor está de volta à ativa com uma peça que encenou pela primeira vez em 2015 — e na qual interpreta um grande ator na velhice, em conversas com seu camareiro. Por que, aos 84 anos, não abre mão de atuar? 
Artista não se aposenta. Quer trabalhar, enquanto houver trabalho para ele. Isso não tem idade: existe sempre a mesma vontade de fazer as coisas. Eu retomei a peça porque ela é belíssima, e achei uma pena não ter sido vista tanto quanto deveria, pois precisei encerrar a temporada em 2015, por causa de meus compromissos na televisão. Na minha idade, como encontrar outro personagem tão instigante?

No espetáculo, seu personagem é uma pessoa à beira da morte. A possibilidade de morrer o assusta? 
 Sim, ela assusta. Ninguém gosta de pensar que o fim está chegando. Mas ele está chegando para mim. É triste também lidar com a perda dos amigos. Certa vez, fui receber um prêmio de cinema. Dei de cara com o diretor de teatro Antunes Filho. Foi uma alegria, porque fazia anos que não o via. Eu disse: “Antunes, somos sobreviventes”. Pouco tempo depois, o próprio Antunes morreu. A esta altura da vida, muitos colegas da minha idade se foram. Daqui a pouco, vou eu. Talvez eu deixe um vazio nas pessoas.

O senhor sai do seu espetáculo teatral de cadeira de rodas. A saúde ainda preocupa? Chego ao palco de cadeira de rodas também. Tempos atrás, arrebentei o menisco e fui operado três vezes. Sempre me ofereceram colocar uma prótese, e eu recusei. Agora, venho me apresentando num teatro com muitas rampas. Achei mais cômodo usar uma cadeira de rodas. Talvez fosse mais educado atender o público de pé. Mas, me perdoem, estou cansado demais para isso.

Antes de a peça estrear, o senhor estava internado. Foi, rapaz. Fiquei onze dias no hospital com uma pneumonia braba, e tivemos de adiar a estreia em duas semanas. Passei meu último aniversário, em outubro, também internado. Ganhei festinha, bolo, os médicos e os enfermeiros cantaram Parabéns para mim. Nos dois últimos anos, tive duas gripes fortes que atacaram meus pulmões.

“A morte me assusta. Ninguém gosta de pensar que o fim está chegando. É triste também lidar com a perda dos amigos. Daqui a pouco, vou eu. Talvez deixe um vazio nas pessoas”


O meio teatral já discriminou o senhor por atuar na televisão? Não, porque eu estava no início da minha carreira quando comecei nas novelas. Não era um astro como Raul Cortez ou Sérgio Cardoso. E o Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, ex-chefão da Globo), que ajudou a fazer a história da TV no país, sempre teve o cuidado de chamar bons atores de teatro para as novelas. Ele sempre quis os melhores. Na verdade, tive mais problemas com o cinema do que com a televisão. Não deveria ter feito a metade dos filmes que fiz. Poderia ter sido melhor nisso. Mas não falarei sobre eles.

(.....)

Certa vez, Glória Menezes declarou numa entrevista que, em nome do casamento, ela perdoou uma eventual escapulida do senhor. Como atravessar as turbulências num casamento tão longo? Ela não disse isso. Talvez você tenha interpretado assim.
Sim, ela disse. O casamento é entre mim e minha mulher. Isso não se explica nem se comenta. Um casamento é uma coisa muito particular. Eu amo minha mulher, e ela me ama também. Ao menos creio que seja assim, porque ela me aguenta há 56 anos. Um casamento feliz não se faz: ele simplesmente dura. Não somos os únicos, pois tem muita gente com um casamento mais estável que o nosso. Fora do meio artístico, é normal as pessoas ficarem casadas por tanto tempo.

Leia  MATÉRIA COMPLETA em VEJA

Publicado emVEJA,   edição nº 2664 de 11 de dezembro de 2019

segunda-feira, 13 de maio de 2019

O homem da cadeira de rodas

Que o Brasil tenha mais pessoas com a visão do general Villas Bôas!

O homem da cadeira de rodas fez o Brasil caminhar para a frente em momentos delicados da História recente. Soube enfrentar várias crises, sempre preocupado com o destino do País, enquanto bem maior a ser preservado. Nos últimos anos, o general Eduardo Villas Bôas foi acometido de doença degenerativa que o destinou a uma cadeira de rodas, sem que por isso tenha perdido sua mente de estrategista nem sua dignidade moral.

Já o vi, numa ocasião, falando em sua casa com o ex-presidente da República acerca da sucessão no Ministério da Defesa, defendendo com fidalguia a posição do Exército e das Forças Armadas em geral, com toda a sua dificuldade de locomoção. Nada disso afetava sua capacidade analítica. A janta transcorria normalmente, com sua mulher, dona Cida, dando-lhe de comer na boca. Fui tomado por um sentimento intenso de beleza moral, se posso utilizar tal expressão. A doença desaparecia pelo ato de amor dela e de sua filha. A conversa transcorria normalmente, como se isso fosse – como foi – um mero acidente.

Trago aqui o testemunho da amizade para melhor expressar a minha indignação com os ataques de que Villas Bôas foi objeto, vindos do ideólogo do presidente e de sua família. Recorrer à condição física do general como meio de insulto é abjeto. Que o digam outros deficientes físicos do País. E isso porque ousou tomar posição contra ataques que as Forças Armadas, e o Exército em particular, têm sofrido.

A situação é propriamente surrealista: um ideólogo que mora por decisão própria nos EUA tutela o grupo ideológico presidencial, criando conflitos intermináveis, enquanto o governo não consegue enfrentar os problemas mais básicos do País, como crescimento econômico, desemprego, investimentos e distribuição de renda. O Brasil tornou-se refém de posições ideológicas que nos impedem de andar para a frente. Sentado, em sua cadeira de rodas, o general caminha melhor do que aqueles que o atacam.

Nada disso é aleatório. Os militares vieram a participar do atual governo por iniciativa individual, pois acreditaram ter uma missão a cumprir. Apesar das aparências, não agem como um grupo. Não se encontram nem se reúnem regularmente. Muitas vezes nem se falam. Os seus opositores, porém, têm estrutura, constituem um grupo organizado com coordenação, ideologia, operadores digitais, e uma estratégia de considerar todos os que com eles não se identificam como inimigos.

E os inimigos escolhidos por esse grupo são atualmente os militares. Curiosamente, a narrativa política deslocou-se do PT para esses indivíduos fardados, como se eles o ameaçassem verdadeiramente. O vice-presidente Hamilton Mourão foi alvo dos maiores impropérios, que, de tão baixos, nem merecem ser reproduzidos. Atentam contra a sua honra pessoal e a farda que sempre vestiu. Mourão teve conduta exemplar no Exército, sendo um homem de convicções. O secretário de Governo, general Santos Cruz, tornou-se recentemente alvo de ataques do mesmo tipo. Santos Cruz foi um exemplo para seus companheiros de farda, com carreira ímpar de combatente, pessoa também da maior retidão moral. Não se pode senão qualificar de torpeza ética o que está acontecendo com eles.

Talvez o presidente da República não tenha atentado convenientemente para o fato de ser constitucionalmente comandante-chefe das Forças Armadas. Não é mais deputado, tampouco capitão. Ele se situa acima dos generais e, como tal, tem o dever de defender a instituição militar e os membros que a compõem. Não poderia, como fez, afagar o detrator-mor das Forças Armadas, até mesmo com a medalha da Ordem de Rio Branco, quando mais não seja, pelo fato de ser tal gesto contraditório com a função que exerce. Ou seja, o próprio presidente é atacado quando a instituição militar é dessa forma denegrida.

Para melhor compreendermos o que está acontecendo em termos de composição política e de ideias, não basta caracterizarmos o atual governo como formado por conservadores e liberais, pois algo falta aí. O grupo dito de conservadores é constituído por um conservadorismo de tipo ideológico, alicerçado na concepção do político enquanto distinção amigo/inimigo; por um conservadorismo, digamos, institucional, composto por militares e uma ala evangélica, que os apoia, e pelos liberais.

Os primeiros procuram criar uma situação de instabilidade permanente, sempre atacando e procurando um inimigo, contanto que haja um, por mais imaginário que eventualmente seja. Nada têm a propor além desses ataques sistemáticos, como se estivessem à frente de uma revolução, constituindo a sua vanguarda. Quando não consideram o outro como espelho de si mesmos, tomam-no por alguém perigoso. A insegurança deles se traduz pela instabilidade de sua ação política.

Os segundos têm como objetivo assegurar a prosperidade do País via conservação de suas instituições e de seus valores. Caracterizam-se pela preservação da ordem democrática, atentos a desvios que possam afetar o seu curso. O seu conservadorismo, nesse sentido, poderia ser qualificado como essencialmente institucional, colocando-se como liberais do ponto de vista da economia. A pergunta que deveria ser feita é: o que procuram os que os atacam? Qual seria o seu objetivo?

Os liberais estão, sobretudo, voltados para as necessárias reformas econômicas, não entraram na refrega política. Sabem que tal grau de confronto só prejudica o projeto reformista, sem o qual o País rumará para um futuro sombrio, com risco até mesmo institucional. Estão dando como pressuposto o liberalismo político que caracteriza as instituições democráticas brasileiras, embora se possa perguntar por sua capacidade de resiliência se a reforma da Previdência não for aprovada ou se o seu desfecho for pífio. Que o Brasil tenha mais pessoas com a visão do general Villas Bôas!

 

terça-feira, 7 de maio de 2019

Mara Gabrilli rebate fala de Olavo sobre Villas Bôas: ‘Cárcere mental’

Senadora tucana, que é tetraplégica, criticou publicação em que o ex-astrólogo diz que o general é um 'doente preso a uma cadeira de rodas'


A senadora Mara Gabrilli (PSDB) respondeu aos comentários ofensivos do escritor Olavo de Carvalho, guru da ala “ideológica” do governo, sobre o ex-comandante do Exército e assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Eduardo Villas Bôas. Em sua conta oficial do Facebook, Olavo chamou o general de “doente preso a uma cadeira de rodas”. A senadora, que é tetraplégica, criticou a atitude do ex-astrólogo.

“Estar em uma cadeira de rodas não é uma prisão. Ao contrário, a cadeira é o que garante o ir e vir. Sinônimo de liberdade para quem é bem resolvido consigo mesmo, como o general Villas Bôas, exemplo de grandeza, lucidez e produtividade. É lamentável que num país onde há grandes exemplos de pessoas com deficiência, ainda escutemos falas nocivas que ferem a dignidade humana. Quem usa a condição física de uma pessoa para atacá-la vive num cárcere mental, que ao contrário da cadeira de rodas, limita e desconstrói, escreveu a senadora tucana.


 Olavo de Carvalho, o encarcerado mental

Villas Bôas sofre de uma doença neuromotora degenerativa, que leva à perda de mobilidade e problemas respiratórios. Ele usa uma cadeira de rodas para se locomover desde o fim de 2017.  O embate público entre o general e Olavo de Carvalho é mais um capítulo da disputa entre militares e olavistas dentro do governo. A briga começou após Olavo publicar uma sequência de postagens no Twitter sobre o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, chamando-o de “merda”.
“Santos Cruz, não me meça por você mesmo. Você, sem seu cargo e sua farda, é um nada. Eu, pelado e esmagado sob uma jamanta, sou ainda o autor de livros que serão lidos por muito tempo após a minha morte”, escreveu o escritor. “O Santos Cruz não é capaz de imaginar o que seja um escritor. Só conhece politiqueiros e fofoqueiros de merda como ele mesmo”, complementou.

Após as declarações, Eduardo Villas Bôas declarou que “mais uma vez o sr. Olavo de Carvalho, a partir de seu vazio existencial, derrama seus ataques aos militares e a FFAA, demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia”, escreveu o militar em sua conta oficial do Twitter.
Olavo rebateu e disse que a defesa de Santos Cruz por Villas Bôas mostra que o ministro “se escondeu por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas”.

Revista VEJA

 

domingo, 17 de fevereiro de 2019

A militarização do governo

Enquanto Bolsonaro gera crises, generais executam uma política clara de ocupação de espaços

A queda estrondosa do ministro Gustavo Bebianno e a confirmação de que o Brasil vive a era da “filhocracia” reforçam uma tendência clara: quanto mais o presidente Jair Bolsonaro tropeça nos próprios pés, mais os militares se aprumam, ganham poder e se infiltram em todos os setores do governo, não mais apenas em áreas fortes do Exército, como a infraestrutura, mas até em política externa, educação e meio ambiente.
Ao anunciar nesta semana o fim da Superintendência do Ibama no DF e a substituição de exatamente todos os demais 26 superintendentes estaduais, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tem um objetivo muito claro: substituir pelo menos 20 deles por militares. “Não se pode brincar com isso, os superintendentes é que concedem licenças e alvarás e eu não sou obrigado a conhecer gente confiável em todos os Estados, no Amapá, no Acre, em tantos lugares em que nunca fui”, diz Salles.
Ele pediu ajuda ao Ministério da Defesa e aos generais do entorno de Bolsonaro para sugerir nomes. Como os militares têm boa formação e se aposentam cedo, como coronéis e capitães, não é difícil encontrar mão de obra. Eles, aliás, já ocupam cargos-chave no ministério de Salles, inclusive a chefia de gabinete.No caso da Educação, houve até quem sonhasse em ter um general no MEC, mas a ideia não vingou porque a reação poderia ser de surpresa, primeiro, e de confronto, depois. Mas o que não falta no governo é gente enaltecendo os colégios e institutos militares, que de fato são de excelência, e articulando um processo de longo prazo para militarizar o ensino público. [um dos melhores ministros do MEC foi o general Rubem Ludwig; 
Outro ponto que precisa ser ajustado é a decisão absurda da USP ao rejeitar alunos oriundos dos colégios militares do Exército, invocando dois argumentos absurdos, imorais mesmo:
- que os colégios militares não são escolas públicas;
- que receber alunos dos colégios militares prejudica os cotistas - temos que torcer para que os filhos do presidente Bolsonaro deixem o pai trabalhar e logo esse imoral e inconstitucional sistema de cotas seja extirpado do Brasil. 

Para a USP, que pretende ser a 'universidade dos cotistas' (quando deveria envidar todos os esforços para a meritocracia) os alunos dos colégios militares ocupam vagas dos cotistas.]
A experiência-piloto pode ser no Distrito Federal, onde o governador Ibaneis Rocha criou por portaria a “gestão compartilhada” das escolas, entre as secretarias da Educação e da Segurança, e assim empurrar policiais militares e bombeiros da reserva para 40 escolas até o fim do ano. Isso implica “mais disciplina”, com Hino Nacional todo dia, alunos de fardas e marchando. [o hasteamento da Bandeira Nacional não pode ser esquecido; 
o governador Ibaneis acertou bem com a politica da militarização das escolas do DF, que tem quer estendida para pelo menos metade das escolas públicas do DF e para todo o Brasil.]

Assustados com a violência que grassa no DF quanto mais violenta a região, mais violenta a escola –, pais e mães até se animam com a ideia, mas os pedagogos, assustados, argumentam que “militarização” das escolas é muito diferente de policiamento ostensivo para garantir a segurança de alunos e professores.
[esses pedagogos que ficam 'assustados' com a presença da polícia, devem ter sólidas razões para tanto: provavelmente são adeptos de uma cheiradinha ou de uma fumaça.

Onde já se viu pessoas de bem terem medo da Polícia?
Quem não gosta da presença da Polícia são os bandidos. Aluno, pai de aluno e professor que for contra a presença da Polícia precisa ser investigado.]
 
Aliás, fica uma dúvida: se o presidente da República pode usar chinelo e camiseta de time de futebol em reunião com ministros, com foto distribuída publicamente, por que alunos têm de vestir fardas, as meninas precisam andar de coque e os meninos de cabelo curto? [dúvida sem sentido, impertinente, visto que: enquadrando os alunos vestindo farda, meninos com cabelos cortados curto, padrão militar,  e meninas usando coque (evitando certos penteados horrorosos que são liberados atualmente), respeitando os Símbolos da Pátria, a disciplina surgirá, a violência será reduzida.

Para conhecimento dos nossos dois leitores:
- uma menina no DF, adolescente, aluna de escola pública, seguindo a regra que muitos defendem - meninos e meninas com liberdade para fazer o que quiserem - decidiu usar 'piercing', tudo maravilhoso, só complicou quando infeccionou o local da colocação do acessório, e a garota está paraplégica,  usando cadeira de rodas e com poucas chances de recuperação.]
Os generais que cercam (em vários sentidos) Bolsonaro no Planalto também têm posições muito claras sobre política externa e agem para o fim das maluquices e a volta do pragmatismo. Se combatem a “esquerdização” do Itamaraty após a era Lula, eles também não gostaram dos excessos do chanceler Ernesto Araújo para o outro lado e trataram de reequilibrar as coisas.
Enquanto recebiam representantes da China e do mundo árabe para amenizar o mal-estar causado pelo novo governo, também amansavam o próprio Araújo, que foi escolhido por Eduardo Bolsonaro, o 02 do presidente, e agora parou de escrev
er aquelas excentricidades. Ele parece bem mais razoável ao vivo do que por escrito.
Por fim, foram os generais Hamilton Mourão, Augusto Heleno e Santos Cruz que se investiram de uma função política ao tentar inutilmente, aliás – apagar o incêndio que está torrando o ministro Gustavo Bebianno, um dos dois únicos civis com algum poder no Planalto de Bolsonaro. O outro é Onyx Lorenzoni. Ele que se cuide, enquanto Paulo Guedes, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre se blindam da crise e tocam o que interessa: a reforma da Previdência e a recuperação da economia.

Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo
 

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

General Eduardo Villas Bôas: “No Brasil, todos os problemas tendem a se transformar em ideologias”

A Editora Insight, do Rio de Janeiro, promoveu o seminário “Brasil: Imperativo Renascer!”, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Levou lá, além do presidente do tribunal, Milton Fernandes de Souza, o presidente do BNDES, o titular da Fundação Getulio Vargas, o embaixador Jório Dauster, o sociólogo Wanderley Guilherme dos Santos.


 Foto Tiago Correa/ CMM

Mas a sensação do evento foi o general Eduardo Villas Bôas. De sua cadeira de rodas, tolhido pelos efeitos de uma lamentável moléstia degenerativa, o comandante do Exército brasileiro, de improviso, analisou com destreza e franqueza o momento nacional. O general partiu da análise do que seja o papel das Forças Armadas na atualidade. Mas foi bem além disso.  Villas Bôas examinou como transitam hoje as ideologias. Todo problema no país hoje tende a tornar-se uma ideologia, disse ele. Sem que se chegue à solução teoricamente desejada. Assim, “quanto mais ambientalismo, mais problemas ambientais temos. Quanto mais indigenismo, coitados dos nossos índios, mais são relegados ao abandono. Quanto mais luta contra o preconceito racial, mais racialismo. (…) Quanto mais luta ou quanto mais se discute as questões de gênero, mais preconceito nessa área se verifica e por incrível que pareça, até mesmo, está surgindo no nosso país intolerância religiosa”.

O general saltitou em terreno minado, sem detonar bomba alguma, ao abordar como funciona o imperialismo moderno que galvaniza estereótipos como a campanha mundial contra o desmatamento no Brasil, incorporada aqui inclusive pela esquerda.  “Temos 80% da Amazônia preservada e admitimos levar lições de países que têm 0,3% das suas florestas originais. A média mundial de preservação das florestas mundiais é de 25%, aproximadamente”, registrou, apontando a instrumentalização da ideologia ambiental que, como se sabe, visa proteger o mercado agrícola dos países que, todos somados, não dispõe da área agricultável que o Brasil tem.

Leia os principais trechos da palestra do general de Exército Eduardo Villas Bôas:
“Quando houve a queda do muro de Berlim, emblematicamente, marco do fim da Guerra Fria, passou a prevalecer nos países uma visão sistêmica de defesa em que ela deixou de ser uma exclusividade dos militares e passou a exigir a participação de toda a sociedade em seus mais variados segmentos.

Assim, a estrutura de defesa de um país será tão mais robusta quanto mais forte for a participação da área econômica das empresas, da área de ciência e tecnologia, da área acadêmica, do poder político e assim por diante.

Por outro lado, aos militares foi exigido também que eles não se restringissem apenas a se preparar para fazer face ao inimigo. Hoje, a visão consagrada no mundo é a de que as Forças Armadas devem estar em condições de atender qualquer demanda da sociedade. E não há países em que isso não se aplique. Alguém pode dizer, ah!, nos Estados Unidos as Forças Armadas compram esse tipo de atividade, porque lá eles têm a Guarda Nacional, que é praticamente força armada, inclusive as suas unidades são mandadas a participar dos conflitos e ela cumprem esse papel de trabalhar voltada para o território americano. ...

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui



terça-feira, 7 de abril de 2015

Depois de perder as ruas, PT tenta armar um circo. Palhaços principais: Vicentinho e Maria do Rosário

PT aproveita confusão na Câmara para armar espetáculo

A baderna armada por sindicalistas e manifestantes no Congresso virou mote para o PT encenar um espetáculo na Câmara dos Deputados. Enquanto trabalhava para adiar a votação do projeto de lei que muda o sistema de terceirização de trabalhadores, o partido pegou carona na confusão. A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que chegou à Câmara somente depois do tumulto, chegou a conversar com seguranças da Casa para tentar liberar o acesso dos manifestantes ao corredor que dá acesso ao plenário. O ex-sindicalista e ex-líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), também aproveitou os holofotes. 


O deputado Vicentinho (PT-SP) é retirado de de confusão durante protesto de Centrais Sindicais no gramado do Congresso(Zeca Ribeiro/Agência Câmara/VEJA)
 
Depois de o deputado ser atingido por spray de pimenta ao chegar ao Congresso, sua assessoria disparou fotos dele sendo atendido no gabinete pela equipe médica. Em seguida, circulou com uma cadeira de rodas até chegar ao departamento médico. No trajeto, passou justamente por onde cerca de quinze manifestantes tentavam cruzar a barreira policial. 

Por: Marcela Mattos, de Brasília