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terça-feira, 12 de outubro de 2021

A China está pronta para invadir Taiwan?

China estará pronta para invadir Taiwan em 2025, diz ministro da Defesa da ilha

Chiu Kuo-cheng classificou tensões militares como 'as mais sérias' em 40 anos; China enviou 150 aviões de guerra ao espaço aéreo de Taiwan

A China será capaz de montar uma invasão “em grande escala” de Taiwan até 2025, disse o ministro da defesa da ilha nesta quarta-feira (06). A declaração acontece dias após um número recorde de aviões de guerra chineses sobrevoarem a zona de defesa aérea de Taiwan. “No que diz respeito a encenar um ataque a Taiwan, eles atualmente têm a capacidade. Mas [a China] tem que pagar o preço”, disse Chiu Kuo-cheng, o ministro da Defesa, a jornalistas taiwaneses nesta quarta.

No entanto, ele disse que até 2025, este “preço” a ser pago será menor – e, com isso, a China será capaz de montar uma invasão “em grande escala”. Os comentários de Chiu foram feitos depois que a China enviou 150 aviões de guerra, incluindo caças e bombardeiros com capacidade nuclear, para a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ), de Taiwan, a partir de 1º de outubro.

Em uma reunião do parlamento, Chiu descreveu as tensões militares através do Estreito como “as mais sérias” em mais de 40 anos desde que ele entrou para o exército, informou a Agência Central de Notícias (CNA) de Taiwan. Na reunião, os militares de Taiwan apresentaram um relatório aos legisladores dizendo que as capacidades anti-intervenção e bloqueio da China em torno do Estreito de Taiwan se tornarão maduras em 2025, de acordo com a CNA. Os legisladores também revisaram um orçamento especial de defesa de US$ 8,6 bilhões para armas, incluindo mísseis e navios de guerra.

Falando a jornalistas após a reunião, Chiu observou que Taiwan não fez qualquer movimento para provocar um ataque em resposta às incursões aéreas chinesas. “Faremos os preparativos militarmente”, disse ele. “Acho que nosso exército é assim, se precisarmos lutar, estaremos na linha de frente.”

Taiwan e a China continental são governadas separadamente desde o fim de uma guerra civil, há mais de sete décadas, na qual os nacionalistas derrotados fugiram para Taipei, capital de Taiwan. No entanto, Pequim vê Taiwan como uma parte inseparável de seu território, embora o Partido Comunista Chinês nunca tenha governado a ilha de cerca de 24 milhões de habitantes. Pequim se recusou a descartar o uso de força militar para capturar Taiwan, se necessário, e culpa o que chama de “conluio” entre Taiwan e os Estados Unidos pelo aumento das tensões.

“Os EUA têm feito movimentos negativos com a venda de armas para Taiwan e fortalecimento dos laços oficiais e militares com Taiwan, incluindo o lançamento de um plano de venda de armas de US$ 750 milhões para Taiwan, o pouso de aeronaves militares dos EUA em Taiwan e a navegação frequente de navios de guerra dos EUA em todo o o Estreito de Taiwan”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, nesta segunda-feira (4).

O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou nesta quarta que o diplomata chinês Yang Jiechi e o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, se reunirão em Zurique para “trocar opiniões sobre as relações China-EUA e questões relevantes”.

O ministério não informou a data da reunião. A CCTV, TV estatal da China, disse que a delegação chinesa chegou a Zurique nesta terça-feira (5).

A redação da CNN, em Pequim, contribuiu para esta reportagem.

(Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)

Internacional  - CNN Brasil


sexta-feira, 29 de março de 2019

Rússia queria que seus aviões fossem vistos em Caracas

Normalmente, aeronaves russas aterrissam em bases militares, longe dos olhos do público

A visita à Venezuela de dois aviões militares russos, que aterrissaram em plena luz do dia no aeroporto internacional de Caracas, provocou o temor de que o Kremlin possa estar agindo mais abertamente para proteger Nicolás Maduro de um levante.
Funcionários russos e venezuelanos não fizeram comentários sobre a chegada, no sábado, dos aviões, que trouxeram suprimentos para a Venezuela. Normalmente, esses aviões aterrissariam em uma base militar, longe do público. De acordo com a agência estatal russa Ria Novosti e diplomatas russos, a visita está relacionada a contratos de cooperação militar assinados anos atrás entre a Rússia e a Venezuela. Um diplomata russo em Caracas disse, sob condição de anonimato, que a informação da agência estatal é verdadeira e não há nada incomum na visita.

No entanto, membros da oposição disseram que a visibilidade dos aviões militares russos foi incomum e teria como objetivo enviar uma mensagem. “O momento da visita indica que tanto os funcionários venezuelanos quanto os russos queriam converter uma parada técnica de rotina em uma demonstração de força”, disse Rocio San Miguel, analista de segurança venezuelana. "Eles queriam tornar a visita tão visível quanto possível. É um tipo de blefe em um momento estrategicamente importante para Maduro.” 

A Rússia tem se mostrado o principal aliado de Maduro desde que o líder opositor, Juan Guaidó, se proclamou presidente interino da Venezuela no fim de janeiro com o respaldo dos EUA e de outras 50 nações. Os russos têm contratos de manutenção do armamento vendido à Venezuela durante o governo do presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013, incluindo um sistema de defesa aérea, caças e tanques, que valem bilhões de dólares.

Sites de monitoramento de voos mostraram um jato Ilyushin Il-62 e um avião de carga Antonov An-124 voando do aeroporto militar de Moscou para o aeroporto internacional de Caracas, com uma escala na Síria. O avião de carga retornou à Síria na segunda-feira, segundo o site de monitoramento bosphorusobserver.com.
A chegada de assessores a Caracas ocorreu depois de a Venezuela ativar, na semana passada, o sistema de defesa aérea russo S300, disseram analistas da empresa ImageSat Intl. Recentemente, a Rússia também enviou esse mesmo sistema S300 à Síria.

O Estado de S. Paulo 

sábado, 3 de novembro de 2018

Se é difícil missão de paz, imagina guerra com Venezuela’, diz Heleno

A VEJA, futuro ministro da Defesa diz que ação das Forças Armadas no Rio 'não é nossa missão principal, mas tampouco é secundária'



Futuro ministro da Defesa, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira rejeita a ideia de que será um Golbery do Couto e Silva do governo de Jair Bolsonaro. Diante da referência à eminência parda do regime militar, mais conhecido como “o bruxo”, e dos comentários de que comandará também a política externa brasileira, o general de Exército mostrou-se indignado.
“Está doida! Estou fora, ainda mais de ser o Golbery do governo. Pode tirar o meu nome disso”, afirmou em entrevista por telefone a VEJA.

Na conversa, o general Heleno indicou que não haverá comunhão do futuro governo com as intenções dos Estados Unidos de intervir militarmente na Venezuela, para derrubar o regime de Nicolás Maduro. Mas esquivou-se de responder sobre outras questões de política externa, como a transferência da embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, confirmada por Bolsonaro, e os rumores de rompimento de relações do país com Cuba. “É constitucional que o Brasil não aceita ingerência de países estrangeiros nos assuntos internos e também não fará ingerência nos assuntos internos de outros países. Então, é isso aí”, afirmou o general sobre os rumores em torno da Venezuela.

Cogitado para ser vice-presidente, o general Augusto Heleno passou a ser a escolha de Bolsonaro para o Ministério da Defesa depois que seu partido, o PRP, rejeitou a aliança com o candidato do PSL, em julho passado. Durante a campanha, ele coordenou o programa de governo de Bolsonaro.  Aos 70 anos, Heleno é respeitado nas Forças Armadas, em especial por seu trabalho como comandante da missão de paz da ONU no Haiti. Para a Defesa, indicou que reforçará o Sistema de Monitoramento das Fronteiras (Sisfron), especialmente como meio de impedir que o Brasil se torne um “narcopaís”.
O general reiterou seu polêmico conceito [porém, correto]  de que “direitos humanos são para humanos direitos” e insistiu que “pessoas normais não têm desvios de conduta”. Mas defendeu uma imediata mudança no sistema penitenciário brasileiro, para permitir que os condenados possam ser recuperados.
Também indicou que a missão de Garantia da Lei e da Ordem no Rio de Janeiro terá prosseguimento no governo de Jair Bolsonaro.

O presidente-eleito fez anúncios importantes na área externa, como a mudança da embaixada em Israel para Jerusalém, que tem causado polêmica logo neste início de período de transição. Não é muito antecipado?  
Cada área tem de ser tratada pelo seu responsável para evitar choque de opiniões, fica desagradável de ver responsável da área desdizer o que foi dito antes. Esta área de Política Externa não foi tratada com muito espaço nem clareza porque ainda não há um ministro das Relações Exteriores indicado. Os comentários são muito díspares. Não há unidade de pensamento. Agora, é muito complicado dar opinião porque poderá entrar em choque com a do futuro ministro. Estou evitando.

A imprensa tem aventado vários nomes para o Ministério de Relações Exteriores. O senhor terá participação na escolha? Eu não fui perguntado sobre isso. Jogam o verde para colher maduro. Não tenho a menor ideia. Tenho muito pouco contato com o presidente. Falo com ele cinco minutos. Estou longe (em Brasília), não tenho condições de estar no Rio de Janeiro. Não tenho nenhuma participação nisso aí. Zero. 

Mas soube que o senhor seria o Golbery (general Golbery do Couto e Silva) do governo Bolsonaro.  
Está doida! Estou fora, ainda mais de ser o Golbery do governo. Pode tirar o meu nome disso.

O governo Bolsonaro vai cortar as relações diplomáticas com Cuba? 
 Não tenho a menor noção. No início de um governo, depois de uma eleição com dois candidatos bastante diferentes em termos de ideologia, de programa de governo e até de parceiros, é natural isso acontecer. É natural também isso ser resolvido. Não vai ficar no ar. Na hora que houver um ministro das Relações Exteriores, ele vai conversar com o presidente e dizer qual a orientação. Estão chutando muito. Hoje mesmo chutaram de novo essa história de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
 
PARA ENTREVISTA COMPLETA, clique  aqui
 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Delírio Tropical



Dilma lembrou-me, esta semana, de uma piada que li na velha revista Esquire. Alguém dizia para Nikita Kruschev na ONU: seu alfaiate deveria ser mandado para a Sibéria. No caso de Dilma não é quem faz a roupa, mas a agenda, que deveria passar um tempo na Sibéria. No auge da crise econômica, condenada por um rombo no orçamento que pode ser de R$ 50 bilhões, desemprego em alta, lojas fechando, carros oficiais sem gasolina, ela decide ir à Suécia reafirmar uma compra milionária de caças.

Compreendo que a Aeronáutica precise dos caças e que a opção pela tecnologia sueca tenha sido acertada. Sou, entretanto, de um tempo em que os presidentes analisavam o momento e, em função dele, definiam suas agendas. Qual o sentido, no auge dessa crise, de acenar, de novo, com a compra dos caças de US$ 4,5 bilhões? Não queriam provocar, creio. Talvez tenham pensado que esse gesto de Dilma, posando ao lado dos caças milionários, iria elevar o ânimo da galera no Brasil.

Montada no maior escândalo mundial, gastando US$ 10 mil com a diária, Dilma foi mais longe no seu delírio: deu a entender que tudo foi obra de um homem só, Eduardo Cunha. “Lamento que isso aconteça com um brasileiro.” “No meu governo não há corrupção.” São algumas de suas frases lapidares. Os fatos diários mostram ex-ministros encrencados com propina (como é o caso de Edson Lobão, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann), ministros atuais investigados pelo Supremo (Edinho Silva e Aloizio Mercadante), uma Petrobras arruinada, milhões de pessoas nas ruas protestando contra a corrupção. Isso não é com ela, nem com seu governo. É raro um momento histórico em que a verdade dos fatos seja espancada com tanto vigor e cinismo.

Às vezes, a verdade sofre grandes abalos, como mostra Isaiah Berlin em seu ensaio sobre o romantismo alemão do século XVIII. Naquele momento, tratava-se da afirmação de uma verdade subjetiva, uma espécie de inversão, de dentro para fora. Berlin aponta esse momento como um dos decisivos no pensamento ocidental. Os próprios modelos humanos se deslocavam. Saía de cena, o sábio que alcança a felicidade ou a virtude pela compreensão. 

E entrava o herói trágico que busca realizar a si próprio, a qualquer custo, sem se importar com as consequências. Para Berlin, isso era uma virada quase tão grande como a produzida pelas ideias de Maquiavel, para quem os valores políticos não são apenas divergentes, mas podem ser contraditórios, com os valores cristãos.

O que acontece hoje, no entanto, não me parece uma versão decadente dessas teorias que abalaram o pensamento ocidental. Os franceses descrevem a cara de pau dos políticos com a expressão langue de bois. E a definem como discursos cortados da realidade com o objetivo de manipular o interlocutor. O que acontece, na verdade, me parece um pouco mais com a descrição da linguagem infantil de Jean Piaget. Ele notou que, até uma certa idade, a linguagem das crianças era egocêntrica: falavam sem se preocupar em serem entendidas, falavam para si próprias.

A visão de que a luta política é uma sucessão de narrativas — eu crio a minha, você cria a sua e vamos em frente — acaba dando margem a uma conversa infantil e egocêntrica. Não importa se o outro acredita, essa é a minha verdade. Vou continuar repetindo-a, independentemente dos fatos. Eles são secundários, pois tenho uma narrativa.
Num país onde política e delinquência andam juntas, a atmosfera não está apenas coalhada de versões, mas de álibis. Para entendê-los, valho-me da experiência de repórter policial e não da política. Nesse campo, as negativas costumam ser radicais, como o criminoso que diz que estava fora de si, o corpo desobedeceu a mente.

Paulo Maluf diz que não tem conta na Suíça, a assinatura não é sua. Eduardo Cunha diz que apenas seu advogado pode dizer se tem ou não contas na Suíça. Dilma diz que no seu governo não há corrupção, Lula que não tinha intimidade com o pecuarista José Carlos Bumlai, a quem deu acesso livre ao seu gabinete.

Na verdade, não estão falando para a sociedade, mas para a polícia. Sua linguagem pode me parecer egocêntrica, pelos padrões de uma conversa adulta. Mas é a única que conseguem falar nesse momento. Os suspeitos seguem em cena e a vida do país se degradando, na economia com o desemprego, no meio ambiente com El Niño. 

Mais de uma centena de cidades do Rio Grande do Sul em emergência. Seca no Sudeste e no Nordeste. Em Minas, aumentou em 77% o número de incêndios em área de preservação ambiental. Três grandes metrópoles — São Paulo, Rio e Belo Horizonte vão ter menos água ainda. Falar de El Niño nesse universo político é arriscar o álibi uníssono; mas esse filho não é meu. Se as versões são livres, que tal esta, que o poeta Affonso Romano dizia, quando jovem pregador em Minas: “Arrependei-vos, ó raça de víboras, o juízo final está próximo”.

Fonte: Fernando Gabeira 


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Nem os petistas acreditam que a CPMF seja aprovada


Parlamentares ouvidos pelo site de VEJA duvidam que governo consiga articular um acordo para aprovar pacote, ainda mais com a iminência da reforma ministerial

A presidente Dilma Rousseff convocou senadores da base aliada para discutir o novo plano de ajustes - que consolida um pacote de medidas impopulares cuja cereja do bolo é a ressurreição da CPMF, o imposto do cheque. Depois de discutir o novo imposto com governadores de 19 Estados na noite de segunda-feira, e com deputados da base na manhã desta terça, à tarde a presidente tentou convencer o presidente do Senado, Renan Calheiros, da necessidade da aprovação do pacote que eleva impostos e corta gastos. Renan acenou com a possibilidade de apoio, mas deixou claro que a aprovação não será fácil e que o Congresso cobrará "metas, resultados e eficiência" do setor público. Dois pontos são vistos com extrema animosidade por aliados: além da ressurreição da CPMF, o uso de emendas parlamentares para suprir os cortes no Minha Casa Minha Vida. Parlamentares petistas ouvidos pelo site de VEJA afirmaram, nos bastidores, que duvidam que o governo consiga articular um acordo para amarrar a aprovação do pacote, ainda mais com a iminência da reforma ministerial, que deve sacrificar cargos, em especial de aliados como o PSD de Gilberto Kassab e o PMDB.

Se a oposição já foi taxativa ao negar a possibilidade de encampar o novo imposto, aliados e até mesmo partidários da presidente argumentam nos corredores do Congresso que o governo não tem uma estratégia bem definida para conseguir votos suficientes para aprovar a medida, cujo objetivo é render mais de 30 bilhões de reais aos cofres públicos. 

Como se trata de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o governo precisa angariar ao menos 60% dos votos de senadores e deputados para conseguir aprovar a volta do imposto do cheque. Isso significa pelo menos 308 dos 513 votos na Câmara e 49 dos 81 no Senado. Contudo, o ponto mais delicado, apontam parlamentares, é a falta de um articulador. Ao convocar reuniões com governadores, deputados e senadores, a própria Dilma tomou a frente da articulação, deixando o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em segundo plano. Diante da falta de traquejo político da governante - e de seu ministro -, a expectativa entre aliados é de que o embate se agrave, minando ainda mais a credibilidade fiscal do país.[o pacote exige a aprovação de 2 PEC - tem que ser aprovada a da recriação da CPMF e a outra da extinção do abono permanência para o servidor público.Clique aqui e saiba mais sobre a extinção do abono.]

PMDB - Depois da ruidosa saída do vice Michel Temer da articulação política e dos rumores cada vez mais fortes de rompimento político com o PT, o PMDB se afastou do varejo de cargos - e caciques do partido têm ventilado que não há qualquer possibilidade de recuo. A tal ponto que não há nem sequer um peemedebista em movimentação para assumir o posto. O mais cotado entre os petistas para assumir a articulação da volta da CPMF é o ministro da Defesa, Jaques Wagner - que também vem a ser o nome defendido por Lula. O problema da indicação, segundo assessores próximos às negociações, é que a presidente vê dificuldades em definir um substituto petista para Wagner no Ministério da Defesa. Com o início da construção, ainda este ano, dos caças que o Brasil comprou da sueca Saab, o Palácio do Planalto não está disposto a abdicar da pasta em favor de outro partido.

O deputado petista Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, falou que o Palácio do Planalto tem noção das dificuldades, mas que haverá "trabalho duro" para conseguir viabilizar as propostas. "Eu tenho experiência em CPMF. Participei em 2007, quando o caiu a CPMF no Senado. É uma questão que exige muito diálogo, muita conversa, muita capacidade de convencimento, mas todos nós temos ciência. Se falássemos que seria fácil, não estaríamos dizendo a verdade. Nós temos a noção nítida das dificuldades que temos de enfrentar", afirmou. [aliás o Delcídio tem também boa experiência em derrotas fragorosas. Recentemente Dilma perdeu uma votação no Senado por 62 a 0 e os senadores aliados do governo estavam sob a liderança do Delcídio - que também votou, o que diz tudo sobre o quanto é vantajoso para Dilma ter seu governo sob uma liderança desse tipo.]

Já o senador petista Humberto Costa, líder do partido na Casa, avaliou que a medida de repatriação de recursos, que deve ser votada no Senado em breve, poderia neutralizar a necessidade de criação da CPMF. "Esta é uma posição que eu particularmente defendo, que nós deveríamos aprovar o repatriamento. Esse deveria ser o nosso plano A", disse. "Quando o governo está bem, com uma base social forte, uma base parlamentar forte, já é difícil aprovar uma medida como essa. Imagina num momento como este que estamos passando por algumas dificuldades. Mas vamos trabalhar e vamos ver", disse. Na noite desta terça-feira, os senadores petistas Delcídio Amaral e Walter Pinheiro se reuniram com o ministro Levy para trabalhar pontos da articulação com o Congresso.

Já a oposição vem afirmando nos bastidores que a receptividade da CPMF entre o empresariado, ao contrário do que prega o ministro Joaquim Levy, foi péssima - e que o principal temor do setor produtivo é o aumento dos custos devido ao efeito cascata, caso a nova tributação seja aprovada. Segundo o senador tucano Aécio Neves, o governo foi desleal ao tentar repartir o ônus político do novo imposto com governadores, ao sugerir o direcionamento uma fatia da CPMF aos estados. Na segunda-feira, Aécio disse que o novo imposto era "inaceitável".

Fonte: Revista VEJA


 


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Militares: Desordem unida - Dilma recua e devolve atribuições a comandantes militares



 Podemos considerar tudo uma ‘baianada’, já que a responsável pela c ***** foi a ‘Dilma Baiana’ – legitima esposa do segundo em comando no MST
Com a correção, competência para atos relativos a pessoal fica delegada ao ministro da Defesa, mas está permitida a 'subdelegação aos comandantes das Forças Armadas' O governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 10, uma retificação do Decreto 8.515, publicado na sexta-feira, 4, da semana passada. O decreto tirou poder dos comandantes das Forças Armadas de editar atos relativos a pessoal militar, como transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos, reforma de oficiais da ativa e transferências para o exterior. 

Com a correção de hoje, a competência para esses atos fica delegada ao ministro da Defesa, mas está permitida a "subdelegação aos comandantes das Forças Armadas", o que na prática devolve aos titulares do Exército, Marinha e da Aeronáutica o poder de editar esses atos, conforme o Estado antecipou ontem.

 Planalto vai publicar errata de decreto  que tira poder de militares

Dilma retira poderes dos militares e é obrigada a recuar para não enfrentar nova crise. E logo com quem
Edição de decreto retirando poderes dos comandantes militares quase provoca uma crise desnecessária ... com as Forças Armadas. É mais uma amostra da forma atabalhoada com que Dilma conduz o governo.

A falta de rumo do governo Dilma Rousseff não é mais novidade para ninguém. Na última semana, não bastassem os problemas com o Congresso e a crise na economia, a presidente conseguiu a proeza de despertar a ira dos setores militares – que estavam quietos até então. Em mais uma demonstração da forma errática com que conduz o Brasil, na sexta-feira 4, Dilma assinou um decreto retirando dos comandantes militares o poder de decidir questões internas das Forças Armadas, como designação e dispensa de militares para missão no exterior, reforma de oficiais da ativa e da reserva, demissões e até promoção aos postos de oficiais superiores. 

Para a surpresa dos comandantes, as atribuições passariam para o petista Jaques Wagner, atual ministro da Defesa, que poderia, a seu critério, subdelegar as funções aos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. A decisão de tirar poderes dos comandantes e colocar um civil partidário da presidente à frente de questões importantes para a atividade militar criou um clima de revolta nas Forças Armadas. O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que estava ocupando o cargo de ministro interino da Defesa, e que viu seu nome publicado no Diário Oficial endossando o decreto, disse que não sabia da existência dele. “O decreto não passou por mim. Meu nome apareceu só porque eu era ministro da Defesa interino. Não era do meu conhecimento”, disse o comandante.

Os militares reagiram e ameaçaram tomar posição na crise política que aflige o Planalto, tornando-se mais um setor a trabalhar nos bastidores pela saída de Dilma Rousseff do comando do País. Para evitar um novo dissabor, a presidente não teve outra alternativa senão recuar. Cinco dias depois da publicação do decreto, o ministro Jaques Wagner disse que o governo faria uma errata devolvendo as prerrogativas confiscadas dos militares. As idas e vindas expuseram mais um erro de gestão presidencial. Embora o recuo tenha acalmado os ânimos da tropa, a tentativa de esvaziar o poder e a independência das Forças Armadas justamente no momento de crise política grave foi mal interpretada internamente.
 
Até porque, a proposta de decreto estava na Casa Civil havia três anos e nunca foi tirada do papel. “Há uma preocupação de que este decreto, que estava dormindo há anos, foi resgatado por algum radical do mal ou oportunista, com intuito de criar problema”, disse um oficial-general, ao lembrar que a publicação do texto foi “absolutamente desnecessária”. 

Os militares acusam a secretária-geral do Ministério da Defesa, petista Eva Maria Chiavon, de articular a edição da regra. Ela é casada com o número dois do Movimento dos Sem Terras, Francisco Dal Chiavon. Além de ser mulher do sub do MST, Eva Chiavon é uma velha conhecida da população baiana. Com a alcunha de “Dilma da Bahia”, pelo estilo de gerentona, Eva é acusada de validar uma série de licitações sob suspeita de irregularidades, quando respondia pela Casa Civil do governo da Bahia, comandado pelo petista Jaques Wagner.

SURPRESA
Comandante da Marinha, Eduardo Bacellar, viu seu nome endossando o decreto e não gostou
Um general ouvido por ISTOÉ lembra que as relações entre os governos petistas e os militares sempre foram conturbadas, com períodos de calmaria. Em 2010, dois assuntos criaram atritos entre o Planalto comandado por Lula e o setor. O primeiro foi em relação à compra de caças. O governo avisou que iria ignorar o parecer da Aeronáutica sobre os melhores aviões e realizaria aquisições com caráter político. Os militares reagiram e a compra foi adiada. O segundo impasse, esse bem mais grave, ocorreu quando os militares decidiram desobedecer às orientações do então ministro Nelson Jobim para discutir os casos de abuso de direitos humanos dentro de quartéis das Forças Armadas nos anos de ditadura. Apesar das divergências na era petista, ninguém esperava uma tentativa mal ensaiada da presidente de reduzir os poderes da tropa interferindo em suas decisões.

Transcrito do Blog do Sombra