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quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Câncer: os 6 alimentos que ajudam a reduzir o risco da doença, segundo médicos - O Globo

Utilidade Pública

Saúde

Entre eles, feijão, alho e brócolis; os alimentos ajudam o corpo a se defender do tumor

Feijão é fonte de proteína e fibras, cruciais para a saúde do intestino e do sistema imunológico
Feijão é fonte de proteína e fibras, cruciais para a saúde do intestino e do sistema imunológico — Foto: Freepik

Em média, mais de uma a cada três pessoas nos Estados Unidos desenvolverá câncer em algum momento de suas vidas, segundo a Sociedade Americana do Câncer, e muitos desses casos podem ser potencialmente prevenidos com mudanças na dieta.

Os cientistas têm uma boa ideia dos alimentos que devem ser evitados para reduzir o risco de câncer: carnes vermelhas e processadas, alimentos processados, álcool e bebidas açucaradas. Mas, de acordo com a pesquisadora de prevenção do câncer no Fred Hutchinson Cancer Center em Seattle, Johanna Lampe, saber o que comer nem sempre é fácil. -  — Muitos estudos de nutrição dependem de pessoas lembrarem com precisão o que consumiram até um ano atrás e é complicado entender como alimentos individuais podem influenciar a saúde quando fazem parte de uma dieta maior. Estilo de vida, ambiente, hormônios e genes também precisam ser considerados — explica.

Segundo o vice-presidente de pesquisa no American Institute for Cancer Research em Washington, Nigel Brockton, nenhum alimento isolado pode prevenir o câncer por si só, mas seguir uma dieta saudável pode reduzir o risco.

Aqui estão alguns alimentos que os especialistas dizem valer a pena adicionar ao prato.

Brócolis

Segundo Johanna Lampe, vegetais crucíferos — como brócolis, couve de Bruxelas, couve-flor e repolho — são ricos em isotiocianatos. Esses compostos vegetais ajudam as células a eliminar toxinas e se reparar, o que é crucial para a prevenção do câncer. -  Os brotos de brócolis, por exemplo, são ricos em isotiocianato sulforafano, que impulsiona as defesas naturais do corpo contra danos diários nas células. O composto tem sido associado à proteção contra vários tipos de câncer, inclusive de próstata, mama, bexiga e colorretal — acrescenta.

Pesquisas sugerem que consumir mais de quatro ou cinco porções de vegetais crucíferos por semana promove a redução do risco de câncer e outras condições crônicas.

Tomates
Estudos têm conectado há muito tempo os tomates ao risco reduzido de câncer de próstata
, devido às abundantes reservas de licopeno: um antioxidante que confere aos tomates a sua cor vermelha. Mas, de acordo com a professora assistente de nutrição na Baylor College of Medicine, Nancy Moran, o licopeno pode ser apenas um dos muitos compostos que ajudam a defender o organismo contra o câncer de próstata, mama, pulmão e colorretal. — Processar os tomates, como cortá-los ou cozinhá-los, ajuda na absorção do licopeno, que fica mais fácil do que quando os comemos crus. Consumi-los com gordura também ajuda. Comer os tomates cozidos, como em um molho ou com uma gordura saudável como azeite de oliva, pode aumentar os benefícios à saúde que obtemos — detalha.

Feijões
Variedades comuns de feijão —
como preto e vermelho — e legumes — como grão-de-bico, ervilhas secas e lentilhas — não são apenas ricos em proteínas. Nigel Brockton afirma que as leguminosas também são ótimas fontes de fibras, cruciais para a saúde do intestino e do sistema imunológico. — A fibra também está relacionada à prevenção do câncer colorretal. As bactérias em nosso intestino a convertem em combustível para as células que revestem o cólon, mantendo-as saudáveis e menos propensas a se transformarem em células cancerígenas — diz.

O diretor do Laboratório de Prevenção do Câncer na Universidade do Estado do Colorado, Henry Thompson, coloca que, em estudos com animais e humanos, o consumo de feijões e outras leguminosas foi associado à prevenção da obesidade, que está relacionada a vários cânceres. Um ensaio clínico em andamento em humanos testa se comer feijões enlatados reduz o risco de câncer.

Segundo o Brockton, os benefícios protetores da fibra começam após o consumo de cerca de 30 g por dia, o equivalente a cerca de duas xícaras de feijão-preto.

Nozes
As oleaginosas são ricas em gorduras saudáveis, proteínas e fibras,
e estudos descobriram que aqueles que as consomem tendem a ter riscos reduzidos de vários tipos de câncer, especialmente os do sistema digestivo.

As nozes, em particular, contêm níveis excepcionalmente altos de compostos vegetais chamados ellagitannins, que são convertidos por bactérias no intestino em metabólitos, que podem reduzir a capacidade do câncer de crescer e se multiplicar

O gastroenterologista na UConn Health, John Birk, realizou colonoscopias em pessoas em ensaios clínicos que investigam os benefícios à saúde do cólon das nozes. Ele afirma que identificar um "cólon de noz" era fácil.— A parede do cólon tem uma aparência mais saudável, uma espécie de reflexo brilhante da luz brilhando nela pelo endoscópio — define.

Estudos sugerem que comer cerca de um punhado de oleaginosas por dia é o ideal.

Frutas vermelhas
Frutas como morangos, mirtilos, cranberries, romãs e amoras
são repletas de antioxidantes que ajudam a proteger as células do estresse e danos no DNA, que podem aumentar o risco de câncer. — Compostos vegetais chamados antocianinas dão às frutas vermelhas suas cores vibrantes e robustez anti-inflamatória. Reduzir a inflamação é importante, porque ela é um grande impulsionador do câncer — afirma Nigel Brockton.

A professora de nutrição clínica na Universidade do Maine, Dorothy Klimis-Zacas, explica que um número crescente de evidências sugere que certos compostos nas frutas vermelhas podem ajudar a reduzir a capacidade do câncer de se desenvolver, crescer e se multiplicar. — Para obter os maiores benefícios anti-inflamatórios, o objetivo é consumir cerca de meia a uma xícara de frutas vermelhas frescas ou congeladas (idealmente orgânicas) por dia — indica Dorothy.

Alho
O alho contém altos níveis de alicina
, um composto rico em enxofre que é responsável pelo seu forte odor e suas habilidades de combate ao câncer.

Em um estudo de longo prazo com mais de 3 mil pessoas que vivem em uma região da China conhecida por ter altas taxas de câncer de estômago, os pesquisadores descobriram que, para cada um quilo de alho que os participantes consumiam por ano, eles tinham um risco reduzido de 17% de desenvolver a doença. Isso equivale a cerca de cinco dentes de alho por semana.

O câncer de estômago, embora em declínio nos Estados Unidos, ainda é uma das principais causas de morte por câncer globalmente.

Segundo a epidemiologista do câncer no Peking University Cancer Hospital, em Pequim, e autora do estudo, Wen-Qing Li, consumir alho cru — pressionado em óleo para tempero de salada ou em guacamole, por exemplo — ajudará a manter os sabores e suas substâncias químicas vivos.

Mais recente

Conheça 'superalimento' que reduz o colesterol, protege o coração e melhora a função cognitiva


O Globo - The New York Times — Nova York

 

 

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Hamas e paz: como o câncer está para a saúde. - Percival Puggina

         Tenho visto pessoas generosas, dotadas de virtuosa rejeição à violência e à guerra, clamar por paz ante o atual conflito entre Israel e o Hamas, ou entre Israel e as organizações terroristas de seu entorno, sem dizer de onde viria essa paz.

Ora, senhores! Hamas, Jihad Islâmica, Al-Fatah, Estado Islâmico, Hezbollah, etc., estão para a paz no mundo assim como o câncer está para a saúde. A pessoa com câncer pode acusar a doença de seus males, mas só terá saúde quanto for curada a fonte desse padecimento. Portanto, não há como clamar por pacificação no Oriente Médio enquanto o terrorismo, lado agressor do conflito, não for eliminado como forma de ação política. É impressionante como as principais obviedades desse conflito parecem escapar à compreensão de muitas pessoas movidas pelas melhores intenções! [COMENTÁRIO SEM VIÉS POLÍTICO, TENDO EM CONTA APENAS O ASPECTO HUMANITÁRIO: Israel foi atacado em 7 p.p., - há 19 dias - e até o presente momento seus bombardeios à Gaza continuam classificados como ações defensivas?

De todas as nações da terra, certamente Israel é a que mais precisa de paz. Precisa de paz para existir. O pequeno Israel sabe que sua existência causa desconforto religioso naquela região do mundo onde é um enclave e que jamais submeterá o imenso mundo islâmico em seu entorno. 
Pode até vencê-lo numa guerra, como já aconteceu, mas jamais submeterá vizinhos como Iraque, Síria, Jordânia, Egito, Líbia, Arábia Saudita, etc.
 
Sua segurança, portanto, depende de uma política de pacificação e boa vizinhança, como a que vinha sendo costurada com o Egito, claro. 
Mas depende de que reaja com vigor às agressões sofridas. 
Não se trata de mera retaliação, ou seja, na forma da Lei de Talião. Essa é a lei do empate; olho por olho, dente por dente. Seria, então, estupro por estupro, monstruosidade por monstruosidade?

Ou seja, para sobreviver, Israel precisa, quando agredido, reagir com todas as cautelas relativas às populações civis e em conformidade com as Leis da Guerra (jus in bello). Contudo, a proporcionalidade entre ataque e resposta ao ataque seria um estímulo à continuidade das ações do Hamas. Exposto a reiteradas agressões, Israel precisa conter definitivamente o terrorismo. [perguntamos: e o bombardeio implacável  à Gaza, secundado pelo bloqueio de alimentos, energia, água, remédios, trará a PAZ?, ou servirá apenas de estímulo para que o os nimigos do estado hebreu realizem mais ações agressivas contra  Israel, levando-o a reagir  matando mais civis em Gaza e 'queimando' o filme de Israel?]

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

UTILIDADE PÚBLICA - O que a alimentação dos centenários pode nos ensinar sobre viver muito? Veja o que eles comem

O Estado de S. Paulo

Pesquisadores identificaram cinco lugares do mundo onde as pessoas têm expectativas de vida excepcionalmente longas, as chamadas Zonas Azuis, e exploraram os seus hábitos; veja as conclusões

[Comentando: hoje, estamos preocupados com a LONGEVIDADE COM SAÚDE, começamos com CUIDADOS COM O CORAÇÃO e agora passamos a dar dicas de LONGEVIDADE COM SAÚDE;
Já que precisamos estar vivos para  ter saúde, lembramos que bandidos também matam, por isso propomos aumentar a população carcerária do Brasil em mais 400.000 criminosos - incluindo, sem limitar,  políticos corruptos.
Bandido para ser preso é o que não falta.
Não garantimos, mas a dieta do Mediterrâneo é  nossa conhecida de longa data e já conhecemos muitos longevos que a seguem ou seguiam.
BOA LEITURA.]

Não há como garantir que você vai viver até os 100 anos. Mas podemos aprender muito estudando os hábitos alimentares dos centenários do mundo.

Pesquisadores identificaram cinco lugares do mundo onde as pessoas têm expectativas de vida excepcionalmente longas – muitas vezes passando dos 100 anos de idade. Essas áreas, chamadas de “Zonas Azuis”, são a Península de Nicoyan, na Costa Rica, a cidade de Loma Linda, na Califórnia, e as ilhas de Okinawa, no Japão, Sardenha, na Itália, e Icária, na Grécia.

À primeira vista, as dietas, estilos de vida e hábitos das pessoas dessas Zonas Azuis podem parecer bem diferentes uns dos outros.

Muitas das pessoas longevas da Sardenha vivem em terreno montanhoso, onde caçam, pescam e colhem seus próprios alimentos – como leite de cabra, queijo pecorino, cevada e hortaliças
As pessoas longevas de Loma Linda fazem parte de uma comunidade adventista do sétimo dia que evita a cafeína e o álcool e segue uma dieta basicamente vegetariana. 
Já em Icária, o vinho tinto é um alimento essencial e as pessoas comem uma dieta mediterrânea típica, com muitas frutas e vegetais e quantidades modestas de carne e frutos do mar.
 
Os okinawanos historicamente consomem uma dieta baseada em vegetais. Muitas das suas calorias vêm da batata-doce, do tofu e dos vegetais frescos que eles costumam colher de seus próprios jardins. 
Eles também valorizam a carne de porco, que tradicionalmente guardam para ocasiões especiais. 
Enquanto isso, os centenários de Nicoyan tendem a seguir uma dieta tradicional da Mesoamérica, cheia de alimentos vegetais ricos em amido, como milho, feijão e abóbora.

Vários fatores parecem influenciar a expectativa de vida. Algumas pesquisas sugerem que a genética responde por cerca de 25% do tempo de vida da pessoa, com dieta, ambiente, exercícios e outros fatores de estilo de vida compondo o restante. E estudos mostram que, mesmo que você só comece a fazer melhorias na dieta na meia-idade ou depois, ainda pode adicionar uma década ou mais à sua expectativa de vida.

A dieta por si só não é o único fator associado a altas expectativas de vida.  
As pesquisas mostraram que as pessoas que residem em comunidades onde a vida longeva é comum geralmente têm fortes conexões com amigos e familiares, um senso de propósito e uma visão positiva da vida. 
Elas se envolvem em altos níveis de atividade física e passam muito tempo fazendo jardinagem, trabalhando na terra ou socializando com outras pessoas da comunidade, diz Dan Buettner, autor do novo livro The Blue Zones American Kitchen (A Cozinha Americana das Zonas Azuis, em tradução livre).
 
 Vários fatores parecem influenciar a expectativa de vida. Algumas pesquisas sugerem que a genética responde por cerca de 25% do tempo de vida da pessoa, com dieta, ambiente, exercícios e outros fatores de estilo de vida compondo o restante.
Vários fatores parecem influenciar a expectativa de vida. Algumas pesquisas sugerem que a genética responde por cerca de 25% do tempo de vida da pessoa, com dieta, ambiente, exercícios e outros fatores de estilo de vida compondo o restante. Foto: Pixabay

Buettner passou anos explorando, pesquisando e escrevendo sobre as Zonas Azuis. Ele também analisou estudos científicos detalhados sobre suas dietas. E descobriu que, embora seus hábitos alimentares sejam diferentes em muitos aspectos, eles compartilham pelo menos quatro denominadores comuns. Você pode incorporar esses princípios à sua vida fazendo o seguinte:

Coma uma xícara de feijão, ervilha ou lentilha todos os dias

As leguminosas são especialmente populares entre as pessoas que vivem nas Zonas Azuis. A soja é uma parte importante da dieta tradicional em Okinawa, assim como as favas na Sardenha e o feijão preto em Nicoya. As pessoas das Zonas Azuis tendem a comer uma variedade de feijões e outros alimentos vegetais ricos em fibras.

Estudos descobriram que comer muitos alimentos ricos em fibras promove a saciedade e melhora os níveis de colesterol e açúcar no sangue. Também protege contra câncer e diabetes e reduz o risco de morrer de doença cardíaca ou derrame, que são duas das principais causas de morte em todo o mundo.

Um estudo publicado no ano passado na PLOS Medicine descobriu que a pessoa média poderia ganhar anos de vida trocando uma dieta ocidental típica por uma dieta mais saudável – e que os alimentos que produziram os maiores ganhos na expectativa de vida eram feijões, grão-de-bico, lentilhas e outras leguminosas.

“Descubra como incluir uma xícara de feijão em sua dieta todos os dias”, diz Buettner. “Uma única xícara fornece metade de todas as fibras diárias de que você precisa.”

Coma um punhado de nozes diariamente

As nozes são ricas em vitaminas, fibras e minerais. São um alimento básico para muitos habitantes da Zona Azul. As amêndoas, por exemplo, são populares na Icária e na Sardenha, onde são usadas em muitos pratos. Os nicoianos adoram pistache, diz Buettner.

Um estudo no JAMA Internal Medicine que acompanhou 31 mil adventistas do sétimo dia descobriu que aqueles que comiam nozes mais de quatro vezes por semana tinham 51% menos probabilidade de sofrer ataque cardíaco e 48% menos probabilidade de morrer de doença cardíaca do que seus pares que comiam nozes não mais do que uma vez por semana.

Pegue um punhado de amêndoas, nozes, pistaches ou castanhas de caju. 
Para um café da manhã saudável, adicione manteiga de amêndoa a uma tigela de iogurte natural ou aveia. 
Ou polvilhe algumas nozes em cubos em cima de uma salada ou um refogado de legumes para o jantar.

Tome café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante pouco

As pessoas das Zonas Azuis tendem a comer a maior parte de suas calorias no início do dia, e não mais tarde. Os okinawanos tradicionalmente comem um grande café da manhã e um almoço moderado. “Eles nem jantam”, diz Buettner.

Os adventistas do sétimo dia que ele estudou tomavam um grande café da manhã às 10h e um almoço moderado às 16h. “E depois eles não comem mais nada”, disse ele. Buettner observou uma coisa em todas as Zonas Azuis que estudou: quando as pessoas jantam, normalmente é no final da tarde ou início da noite. “Eles não jantam tarde e não comem muito”, afirmou.

Esse padrão se alinha com nossos relógios inatos de 24 horas, os chamados ritmos circadianos, que fazem com que nosso corpo seja mais eficiente em metabolizar as refeições pela manhã e no início da tarde. Estudos mostram que, quando as pessoas ingerem a maior parte de suas calorias no início do dia, elas perdem mais peso e apresentam maiores melhorias nos níveis de colesterol e açúcar no sangue e outros fatores de risco metabólicos em comparação com pessoas que ingerem a maior parte de suas calorias no final do dia
Elas também queimam mais gordura e sentem menos fome.

Faça refeições com a família

Nas Zonas Azuis, é comum que as famílias comam pelo menos uma refeição diária juntas, normalmente a refeição do meio-dia ou a última refeição do dia. Embora seja compreensivelmente difícil para as famílias que levam vidas ocupadas jantarem juntas todos os dias, vale a pena tentar fazê-lo sempre que possível. “Famílias que comem juntas tendem a comer de forma muito mais nutritiva e mais devagar. Há boas pesquisas mostrando que as crianças têm menos problemas com distúrbios alimentares quando comem socialmente”, diz Buettner.

Pesquisadores descobriram que casais que priorizam as refeições em família relatam níveis mais altos de satisfação conjugal. Os pais e mães que rotineiramente fazem jantares caseiros com seus filhos consomem mais frutas e vegetais e seus filhos são menos propensos a desenvolver obesidade.

Embora você não possa mudar seus genes, fazer algumas mudanças na dieta e no estilo de vida aumentará as chances de você comemorar o 100º aniversário. O segredo da longevidade, como Kama da Nakazato, um centenário de Okinawa, explicou a Buettner, é bem simples: “Coma vegetais, tenha uma perspectiva positiva, seja gentil com as pessoas e sorria”.

TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Anahad O’Connor, colunista - O Estado de S. Paulo


sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Não à ozonioterapia - Receita de Médico

Ludhmila Hajjar


A Covid-19 deixou marcas indeléveis no nosso país. Perdemos mais de 700 mil vidas, sofremos as complicações da Covid longa, temos os desafios de lidar com o extenso número de pessoas nas filas para procedimentos cirúrgicos e exames diagnósticos, vivemos o aumento significante das doenças cardiovasculares e do câncer, e ainda temos que lutar diariamente contra a desinformação e contra a disseminação de tratamentos ilusionistas.

A sanção da Lei 14.648, de 04/08/2023, que autoriza a ozonioterapia no território nacional como tratamento complementar para uma série de doenças, remonta ao período do negacionismo que tanto combatemos. Trata-se de uma prática não baseada em evidências científicas, não regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que pode trazer lesões e efeitos adversos aos pacientes. Durante a pandemia, ganhou destaque por ser defendida como uma terapia eficaz contra o coronavírus por leigos e grupos anti-ciência que tanto fizeram para destruir as recomendações corretas e respaldadas para o controle da doença.

A Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa), desde 2022, declara que a ozonioterapia só pode ser utilizada na dentística, na periodontia, na endodontia e para auxílio à limpeza e assepsia de pele, uma vez que para outras finalidades não há comprovação de eficácia e de segurança. Entidades como a Academia Nacional de Medicina (ANM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) se posicionaram publicamente pelo veto diante da falta de evidências científicas que sustentem a indicação da prática.

Infelizmente, nos últimos anos, disseminam-se clínicas e consultórios oferecendo aplicações do gás ozônio através do ânus, da vagina e por via intravenosa como promessa de cura do câncer, de infecções virais, endometriose, doenças cardiovasculares e depressão, e inúmeros pacientes se veem explorados pagando altos preços por uma terapia inerte.

Em 2018, o Ministério da Saúde divulgou uma portaria que incluía a ozonioterapia à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento autorizava sem bases fundamentadas que a técnica fosse praticada por diferentes profissionais de saúde como terapia integrativa (e complementar) em doenças cardiovasculares, para alívio da dor, cicatrização de feridas, doenças inflamatórias crônicas, entre outras situações. No entanto, ainda em 2018, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução classificando a ozonioterapia como um procedimento de caráter experimental, cujo uso deveria ser limitado apenas para estudos e ao ambiente acadêmico.

O uso da ozonioterapia é bastante antigo: há relatos de que o gás ozônio, descoberto em 1840, tenha sido usado por soldados alemães para tratar feridas durante a Primeira Guerra Mundial.
Acredita-se que o ozônio atue para melhorar a oxigenação dos tecidos e para fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celulares em resposta a um estresse oxidativo. 
Porém, até o momento, a ozonioterapia para tratamento de doenças crônicas não significa nada além de crença, de misticismo, de ilusão. 
 
A ciência no Brasil sofreu uma redução de 7,4% em 2022 em comparação a 2021, registrando o pior índice entre 51 países analisados, comparável ao desempenho da Ucrânia, um país em guerra. 
Com 10 milhões de analfabetos e milhares de pessoas sem educação de qualidade, temos uma população vulnerável, que precisa ser protegida por políticas públicas sedimentadas e pela informação adequada. 
Não à ozonioterapia, não ao charlatanismo e sim à ciência.

Ludhmila Hajjar - Receita de Médico - Blog em O Globo


quinta-feira, 20 de julho de 2023

'Deixou de ser surpreendente ver infartos em pessoas de 30 e 40 anos. A história mudou', diz cardiologista -O Globo

O cardiologista Álvaro Avezum, do Hospital Oswaldo Cruz, está acostumado a ouvir uma cantilena de justificativas dos pacientes que chegam aos seus cuidados
Uns dizem que saúde vai mal porque é preciso trabalhar muito para acumular patrimônio rápido, ou então que não há onde fazer refeições balanceadas, daí a opção por alimentos com baixo valor nutricional.  
Há ainda os que fumam, alguns que não controlam o peso. 
Também aparecem os que não tomam conta do volume do estresse diário, entre outras derrapadas na cartilha de autocuidado.

O especialista explica que a vida regrada, embora pareça uma conversa pouco original, é justamente o atalho para anos bem vividos e para manter distância de problemas cardiovasculares sérios (leia-se infarto e o acidente vascular cerebral, o AVC, para ficar em dois exemplos). Único especialista brasileiro no recente estudo internacional, com 80 países, que avaliou os seis grupos de alimentos úteis para ficar longe do risco de doenças cardiovasculares, afirmou ainda que a pesquisa é importante para munir os brasileiros de informação. Conhecer, inclusive, os próprios indicadores de saúde é um caminho para ficar longe de complicações sérias, ele defende. 

Veja os melhores trechos da entrevista:

O que há de novo neste estudo internacional que determina os alimentos cuja falta está associada à piora de doenças cardiovasculares?

Sempre há alguma novidade em termos de dietas o que pode comer e não pode, o que leva a muitas dúvidas e incertezas para a população. Veja, até havia algumas informações de outros países, mas não necessariamente aplicadas à nossa realidade. 
Agora temos uma análise com representação da América do Sul e, claro, do Brasil. 
O foco do estudo foi justamente avaliar o que já é consumido de saudável pelas pessoas, assim elas não ficam confusas. Faz bem o consumo de frutas, vegetais e legumes, peixes, castanhas e laticínios integrais. E sobre o carboidrato, te digo: quanto mais, pior. 
 
Quais fatores são determinantes para desenvolver um quadro sério de doença cardiovascular?
Focando em infartos, AVC e insuficiência cardíaca, temos dez fatores que são responsáveis por 90% dos casos. São eles: 
- falta de prevenção e controle de pressão arterial, 
- obesidade abdominal, cigarro, baixa força muscular, diabetes, -    
- alimentação pouco saudável, baixa escolaridade, sedentarismo, colesterol e depressão. 
Repare que a maior parte dos fatores dizem respeito à prevenção e nós já sabemos do quê. Parece algo simples? Porque é. 
Quanto mais você estiver longe de pontuar nesses fatores negativos, mais distante você estará de ocorrências sérias. 
 
Como a baixa escolaridade afeta a saúde do coração?
Independente da qualidade do ensino em cada país, em estudos assim avalia-se a quantidade de anos que a pessoa passou na escola. Esse gradiente passa entre baixa escolaridade — os não alfabetizados ou com menos de quatro anos na escola — em comparação com quem tem nível superior. 
Esse fator interage com outras variáveis (como hipertensão e tabagismo), mas podemos considerar que esse individuo com baixa escolaridade pode entender menos o que é a prevenção, ou ter menos adesão terapêutica. São pessoas que podem estar sem o poder da informação para cuidar da própria saúde, portanto, vulneráveis aos eventos graves e à mortalidade. É algo bem sério. 
 
Como a displicência dos pacientes afeta o desfecho negativo dos quadros?
Aqui no Brasil, após o infarto, somente 30% dos pacientes que tiveram alta faz uso de aspirina (medicamento usado como anticoagulante) no caso da sinvastatina (para reduzir o colesterol), não chega a 10%. 
A adesão terapêutica é sim um problema, tem gente que acha que quando não está sentindo nada, não precisa tomar medicamento. Como se fosse uma dor de cabeça, só toma quando há problema. 
Temos que dizer às pessoas com pressão alta que mesmo não sentindo nada, elas terão que tomar remédio a vida inteira. 
É preciso explicar a essas pessoas que mesmo sem os sintomas, seguir com aquele remédio fará com que elas vivam mais e melhor. 
 
Falta empoderar o paciente com as informações que nós médicos temos. Nem todo mundo que conhece o tratamento segue à risca e quem não está informado seguirá menos ainda. Isso é algo muito sério. A cardiologia precisa ter a mesma visão em que há no câncer.  
Quando alguém recebe um diagnóstico oncológico, ele segue o tratamento, tem pavor em não segui-lo. E infarto e AVC tem maior mortalidade que muitos tumores, e a pessoa pega leve. Há uma visão muito pueril, muito adolescente sobre as doenças cardiovasculares. 
 
As doenças do coração estão rejuvenescendo?
Na minha época de residente, há uns 35 anos, o infarto era da quinta e sexta década da vida. O AVC, na sexta e sétima década
Quando a gente via um infarto em pessoas de 30 e poucos anos, chamávamos os colegas para ver o que estava acontecendo. 
Agora, isso deixou de ser surpreendente. A história mudou, há infartos nos 30 e 40 anos e AVC nos 40 e 50. A doença cardiovascular foi antecipada. A alteração do perfil de risco mudou. A população está colocando os pés nos fatores de risco antes. Estou falando de alimentação não saudável e do sedentarismo, mais prevalentes.  
E não subestime, também há impacto da forte carga estressora das profissões. 
Basta olhar nas escolas e faculdades o numero de jovens tomando ansiolíticos e antidepressivos. Nos colocamos num estilo de vida tóxico.
A vida contemporânea encaminha a gente pra justamente deixar esse equilíbrio de lado
 Ah, espera ai. A vida empurra ou a gente faz essas escolhas? 
Também escolhemos essa vida. Nessa rotina atual vamos entrar em rota de colisão (com a saúde) mais cedo que esperávamos? 
Sim. Você quer entrar em rota de colisão? Não. Então vai ter que mudar. Lógico que a mudança não acontecerá num estalar de dedos. É preciso topar a jornada.

O risco de doenças cardiovasculares é diferente para homens e mulheres?
Hoje a prevalência da hipertensão assola os dois sexos. O estilo de vida das mulheres hoje, comparado há 30, 40 anos, mudou para pior. O risco está empatando com o a gravidade para o homem. A prevalência de hipertensão é ligeiramente maior neles, mas na passagem da menopausa, você começa a ter similaridade na possibilidade de agravamento cardiovascular para ambos. Isso porque há uma alteração hormonal, que faz as mulheres terem mais gordura abdominal. Há ainda maior sedentarismo, estresse e depressão o que aumenta o risco de agravamento de doenças. É um tempo da vida que requer uma atenção maior para elas.

O Hospital Oswaldo Cruz tem um novo centro de ciência da longevidade. Quais são os fatores decisivos para viver muito?
Quando falamos de ciência da longevidade não estou falando só de aumento de anos de vida, mas de mais anos com qualidade. 
Anos de vida com qualidade significa menor ocorrências cardiovasculares, de câncer, menor ocorrência de doença respiratórias e neurológicas. É a compressão da morbidade. Aliado a isso, é importante retardar ou prevenir a ocorrência de déficit cognitivo. 
Podemos considerar ainda a saúde mental e a saúde espiritual, que envolve, por exemplo, a disposição ao perdão, propósito e a disposição com a vida. 
Por fim, há determinantes sociais que tem a ver com escolaridade e renda. Tudo isso influencia na longevidade.

Ser espiritualizado ajuda em tratamentos, mas a ausência de espiritualidade pesa pro lado negativo?
Sem dúvida. Quando falamos, porém, em espiritualidade, cada uma analisa com seu viés. Aqui consideramos os valores morais, mentais, emocionais que todos têm. Que norteiam o que pensamos e nossas atitudes. Como lidamos a gente mesmo e com os outros. Para chegar a essas conclusões avaliamos coisas passíveis de observação e de mensurar. Usamos questionários aprovados sobre, por exemplo, altruísmo e propósitos de vida. 

Ou seja, indivíduos que tem proposito, satisfação com a própria vida, disposição ao perdão, gratidão e integração social, viverão melhor. A ausência disso vai na direção oposta.

Medicina - Saúde - O Globo


quinta-feira, 15 de junho de 2023

Mais uma decisão de Moraes contra Roberto Jefferson

Ministro do Supremo Tribunal Federal proíbe Ana Lúcia Novaes de acompanhar o marido durante internação

alexandre de moraes x roberto jefferson

Ministro Alexandre de Moraes adota mais uma medida contra Roberto Jefferson | Fotos: Nelson Jr/STF / Pablo Valadores/Câmara dos Deputados 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi responsável por tomar mais uma decisão contrária ao ex-deputado federal Roberto Jefferson. Em parecer divulgado na quarta-feira 14, o magistrado negou o pedido para que a mulher do ex-parlamentar acompanhe de forma integral o tratamento dele no hospital.

Moraes rejeitou o pedido protocolado pela defesa de Jefferson. Na solicitação, os advogados alegaram que os problemas de saúde e o fato de ser idoso deveriam permitir a presença da mulher ao lado dele durante 24 horas na unidade hospitalar. Aos 70 anos, o ex-deputado apresenta quadros de desnutrição, desorientação e crises convulsivas.

 Jefferson é casado desde 2015 com a enfermeira Ana Lúcia Novaes. No dia 4 de junho, ele foi transferido, sob ordem de Moraes, do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste carioca, para o Hospital Samaritano de Botafogo, também no Rio de Janeiro. Entre outros problemas, laudo médico indicou a suspeita de tumores (câncer) no corpo do político.

Ao negar o pedido, o ministro do STF avisou: mesmo em tratamento hospitalar, Jefferson segue, aos olhos da lei, como presidiário. Segundo o magistrado, o ex-deputado deverá seguir às regras impostas aos demais presos preventivos, “inclusive no que diz respeito à visita do cônjuge em dias determinados e à liberdade de contratar médico de confiança pessoal, a fim de orientar e acompanhar o tratamento”.

Roberto Jefferson foi preso a mando de Moraes

Alexandre de Moraes x Roberto Jefferson
Roberto Jefferson está em hospital, mas voltará para a cadeia depois de tratamento médico. É, a saber, o que determina Alexandre de Moraes | Foto: Divulgação/SEAP

Atualmente em tratamento hospitalar, Roberto Jefferson foi preso, a mando de Alexandre de Moraes, em outubro de 2022. Na ocasião, o ministro do STF, que também é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, determinou que policiais federais se dirigissem à casa do ex-deputado, no município de Comendador Levy Gasparian (RJ).

De acordo com a decisão de Moraes em outubro do ano passado, Jefferson descumpriu medidas restritivas. Dessa forma, o ministro determinou a prisão preventiva. O político, contudo, não reagiu bem. A saber, ele chegou a atirar contra os carros da Polícia Federal. No fim das contas, entretanto, acabou preso.

Leia também: “Alexandre, o Supremo”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 164 da Revista Oeste


sexta-feira, 9 de junho de 2023

O risco da instrumentalização da Justiça por um partido - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi indiciado mais uma vez nesta quinta-feira (8), agora em nível federal e por supostamente ter mantido documentos confidenciais do governo após deixar a Casa Branca, segundo ele próprio publicou em rede social e foi confirmado pela imprensa americana.

Assim, Trump, que já era o primeiro ex-presidente indiciado por um crime na história do país, reforça o ineditismo e enfrentará o segundo processo criminal — ao menos, porque há outras investigações avançadas que podem colocá-lo no banco dos réus.

O esquerdista Guga Chacra, da Globo, divulgou a notícia em suas redes sociais: "Trump é denunciado no inquérito sobre documentos secretos. Líder nas primárias republicanas, o ex-presidente será réu pela segunda vez e esse caso tem um peso muito maior do que o anterior, sobre o pagamento à atriz pornô. Na Justiça civil, foi condenado em outro caso por abuso sexual".atriz pornô,

Guga considerava Trump alguém "mau" e Joe Biden alguém "normal", e por isso esperava uma era de tranquilidade geopolítica com a troca de comando, o que claramente não se concretizou. Assim como Guga, quase todos os jornalistas apresentam viés de esquerda e odeiam Trump. Por isso chegam a comemorar o que é evidente perseguição política.

Mas qualquer um preocupado com as instituições e a independência da Justiça deveria se mostrar incomodado com esse uso partidário de algo tão importante para fazer cumprir o império das leis. O governador da Flórida, Ron DeSantis, que vem sendo alvo de ataques fortes do próprio Trump, reagiu justamente nesse sentido, não em defesa do ex-presidente, mas das instituições:  A instrumentalização da aplicação da lei federal representa uma ameaça mortal para uma sociedade livre. Durante anos, testemunhamos uma aplicação desigual da lei, dependendo da filiação política. Por que tão zeloso em perseguir Trump, mas tão passivo em relação a Hillary ou Hunter Biden? A administração DeSantis trará responsabilidade ao DOJ, eliminará o viés político e acabará com a instrumentalização política de uma vez por todas.

Elon Musk, que também é odiado pelos jornalistas de esquerda por ter libertado o Twitter desse viés escancarado, comentou: "Parece haver um interesse muito maior em perseguir Trump em comparação com outras pessoas na política. É muito importante que o sistema de justiça refute o que parece ser aplicação diferencial ou perderá a confiança do público". Mas parece tarde demais: a confiança já vem desabando, principalmente entre republicanos e até independentes, pois todos podem notar o viés.

No Brasil, então, a situação está em estágio tão avançado que o câncer se encontra em metástase. 
 Não há mais qualquer critério objetivo ou algo que remeta a um resquício de império da lei, onde todos devem ser iguais. 
O símbolo da Justiça não tem olhos vendados por acaso. Mas para perseguir Bolsonaro e a direita em geral, o Poder Judiciário foi transformado num puxadinho partidário, e com os aplausos de vários jornalistas.
Quando esse grau de instrumentalização partidária ocorre, temos a morte da verdadeira Justiça, substituída pelo puro arbítrio, pelo abuso de poder.  
Não há mais a Força do Direito, mas sim o Direito da Força. 
E quando a força se impõe ao direito, não dá para falar em república. 
É algo tribal, coisa de clã, como acontece nos países fracassados africanos. Ver jornalista incentivando isso por ódio a Trump e Bolsonaro é simplesmente lamentável...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

domingo, 14 de maio de 2023

O Supremo monstro autoritário acusa os outros da sua imagem refletida no espelho

Todos que endossam seu projeto de perseguição, censura e arbitrariedades contra inimigos políticos são cúmplices e coniventes

É injusto acusar Alexandre de Moraes de ser o único no Supremo Tribunal Federal (STF) a ser autoritário, de massacrar as leis em nome de um projeto ditatorial hipócrita, em nome de uma falsa democracia.  
Todos que endossam seu projeto de perseguição, censura e arbitrariedades contra inimigos políticos e contra o Estado Democrático são cúmplices e coniventes. 
Especialmente os ministros do STF, cada vez menos discretos. Recentemente, o ministro Gilmar Mendes disse, a plenos pulmões, que a Lava Jato e o bolsonarismo são movimentos fascistas, que visam a eliminar pessoas e a destruir a democracia.  
Disse também que a Lava Jato usava do Estado para torturar pessoas, jogando-as na cadeia e só liberando-as mediante confissão do crime.  
É macabramente divertida a acusação de Gilmar, porque ele parece estar se olhando em um espelho e acusando os próprios abusos do Supremo. 
 
Pessoas presas por crime de opinião, jogadas no calabouço, sem o devido processo legal nem crime definido. 
Torturadas pelo poder do Estado, sem saber ao certo quando e como serão julgadas, praticamente obrigadas a confessar um crime que jamais cometeram. Com um adendo: na Lava Jato, houve farta comprovação de crimes cometidos pelos presos. Na Lava Jato, os tais presos eram corruptos notórios. 
 Os presos de hoje são presos políticos que estão trancafiados e torturados pela corrupção moral de uma lógica ideológica invertida ou financeira, ou de simples megalomania das autoridades que os trancafiam e torturam.
 
Os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes encararam e subvertem a regra do jogo democrático. Alexandre chega a dizer que “a extrema direita usa as redes para disseminar fake news e discurso de ódio para práticas de discursos nazistas e fascistas e de ataques à democracia”. Gilmar diz que o bolsonarismo é fascismo. 
Reparem na lógica: se você está lidando com pessoas a quem considera fascistas e nazistas, a lei pode ser interpretada ou mesmo ultrapassada em nome do combate a quem quer destruir a democracia. 
Você desumaniza o adversário para tratá-lo como um nazista, um assassino, um criminoso que quer te matar. Daí, você, como juiz supremo e garantidor da democracia, se investe de plenos poderes para calar, censurar e prender esta extrema direita nazista. 
Mas quem são estas pessoas de extrema direita ? 
Onde estão os nazistas brasileiros que querem destruir a democracia e assassinar povos inteiros? 
Eles identificam como qualquer pessoa que tenha apoiado Bolsonaro ou se colocado a favor da Lava Jato ou mesmo se colocado contra a eleição de Lula e a volta da cúpula de corruptos condenados petistas. 
É a tática de desumanização de adversários, para justamente usar de tudo para combatê-los e massacrá-los. Tática usada, aliás, pelo próprios nazistas para justificar a perseguição aos judeus na Segunda Guerra
 
Não à toa , os ministros supremos conduzem julgamentos coletivos sem individualização de conduta. 
Tratam pessoas que estiveram presentes na invasão do 8 de janeiro como gado
Não importa que haja, como provou a Revista Oeste, infiltradas de esquerda na invasão
Não importa que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional lulista tenha sido flagrado conduzindo os invasores.  
Não importa que haja depredadores e pessoas que nem lá estiveram no meio. 
Importa que sejam bolsonaristas de extrema direita desumanizados pelo próprio STF, que tenham de ser condenados perante toda a população, para provar que toda a direita brasileira é um câncer a ser extirpado do território brasileiro.
 
O mais assustador é que o processo de desumanização de uma classe política — que representa e dá voz a uma maioria de conservadores em todo o Brasil — não para no Supremo: é comungado pela maior parte da grande mídia tupiniquim. 
Para citar citar dois exemplos recentes: a apresentadora Daniela Lima, vendo a comemoração da soltura do ex-ministro Anderson Torres, caiu na gargalhada, debochando da alegria de pessoas a quem chamava de “extrema direita”
A extrema direita era um grupo de parlamentares e jornalistas censurados e perseguidos pela Justiça brasileira. 
Pessoas como Bárbara Destefani, que implorava para ter um tratamento justo, como o de um traficante ou assassino pela Justiça brasileira.  
Estas pessoas a quem Alexandre e Gilmar chamam de “extrema direita fascista”. Pessoas como o-ex ministro Anderson Torres, que ficou preso por meses, torturado pelo Estado, sem saber do crime que cometeu
O jornalista Reinaldo Azevedo, ex-antipetista e atual assecla do regime, justifica a perseguição, justifica a censura, justifica a prisão arbitrária e ilegal de pessoas, diante do que ele chama de um mundo paralelo de bolsonaristas que querem golpear a democracia.
 
De fato, o golpe está dado. Um golpe na democracia, comungado por juízes e jornalistas que invertem a realidade e demonizam cidadãos comuns e pessoas que clamam por liberdade. 
É a inversão mais diabólica que se viu na história da República brasileira. Juízes se unem em uníssono ao comunista ministro da Justiça, para chegarem ao grotesco de censurar uma rede social por ter publicado uma opinião. 
Não satisfeitos, obrigam a rede a se retratar e publicar uma opinião contrária à dela e igual ao desta junta de juízes ditatoriais. 
Ainda não satisfeitos, ameaçam multar quem OUSAR ver publicações desta rede em VPN caso a rede seja censurada. Notem: nem mesmo a ditadura chinesa ousou censurar a própria população neste nível. 
Seria aterrador, não fosse o surreal de haver jornalistas apoiando a aclamação deste estado de atrocidades praticadas pelo próprio Estado brasileiro. Seria já surreal, não fosse criminoso o silêncio de outros ministros do STF e o silêncio mesmo de alguns líderes da direita brasileira ao não berrarem para o Brasil e para o mundo que, no Brasil, se instala a pior ditadura da história do país.
 
Caetano Veloso dizia que Narciso acha feio o que não é espelho. Caetano, como Chico Buarque e outras fraudes ideopatas da arte brasileira, também parecem perceber a direita e o conservadorismo brasileiro como um mal a ser eliminado. 
Caetano, Chico, Gilmar, Reinaldo, Daniela e tantos outros da mídia, do Judiciário, do mundo cultural e artístico nacional se transformaram no monstro autoritário que dizem combater. 
Se olham no espelho como narcisos e adoram a própria monstruosidade persecutória, ditatorial, fascista. 
E atribuem a outros o caráter e o reflexo de sua própria monstruosidade.

Leia mais: “Alexandre, o Supremo”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 164 da Revista Oeste

LEIA TAMBÉM:  Gleisi ataca Estadão por críticas ao governo Lula  [essa esquerdista sabe que quando a mídia, ainda que a velha imprensa, começa a atacar um governo que antes defendia, é que está próximo do atacado - no caso a bagunça alcunhada de governo Lula - cair fora, deixar de fingir que governa; é público e notório que a produção expelida governo lulopetista é apenas atacar o governo anterior - que deixou de ser governo tem mais de 125 dias.
O Estadão finalmente divulga, através do que aquela senhora chama de "editoriais arrogantes, desinformados, mofados e raivosos", ter percebido, ainda que com atraso,  que defendia o lado errado, o lado do atraso, o lado contra o Brasil.]

Presidente nacional do PT xingou editoriais publicados pelo jornal

 

quarta-feira, 10 de maio de 2023

OAB, cadê você? - Marcel van Hattem

Vozes - Gazeta do Povo 


 Lula CPMI
Prerrogativas dos advogados de 8 e 9 de janeiro estão sendo violadas.| Foto: Andre Borges/EFE

Advogados de presos nos dias 8 e 9 de janeiro por ordem do ministro do Supremo Alexandre de Moraes estiveram nesta terça-feira (9) no Salão Verde da Câmara dos Deputados para denunciar os abusos e desrespeitos de suas prerrogativas que estão sofrendo. Desalentados, sem a quem recorrer uma vez que sequer a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lhes dá suporte – isso quando não demonstra estar aliada aos algozes dos profissionais que deveria representar e defender –, buscaram no Congresso Nacional espaço para dar voz a suas angústias. Felizmente, encontraram.
 
Em quase uma hora e meia de evento público, defensores regularmente constituídos revezavam-se com parlamentares para denunciar, diante da imprensa e dos demais presentes que se aglomeravam no salão, os abusos e desrespeitos às suas prerrogativas.  
Desde a negativa de acesso dos advogados às pessoas presas quando ainda estavam na Academia da Polícia Federal até o fato de que Alexandre de Moraes antecipou seu julgamento pelo Twitter qualificando todos os presos como terroristas e criminosos, indistintamente, e, mesmo assim, não ter se declarado suspeito para julgá-los, a lista de abusos elencados pelos representantes vai literalmente de A a Z, incluindo K, W e Y.

    Alexandre de Moraes trata seus perseguidos políticos pior do que a animais de abate, aos quais no Brasil também são garantidos direitos em lei.

Pior do que pau que nasce torto, o inquérito 4879, dos ditos “atos antidemocráticos”, não só é impossível de endireitar: ele também enverga nossa Constituição aos ditames de um único senhor.         Além da manifesta incompetência de um ministro da Suprema Corte de processar quem não tem foro privilegiado, é também humanamente impossível que Alexandre de Moraes, e apenas ele, cuide bem dos milhares de processos hoje em suas mãos
Ainda mais humanamente impossível é que uma decisão do magistrado de tornar réu um preso preventivo se dê apenas cinco minutos após o upload da sustentação oral de seu advogado, em uma decisão de 24 laudas. Cinco minutos, 24 laudas. A total ausência de critério e análise é patente, a perseguição política é inquestionável.

E é a esse lamentável ponto que chegamos: a preferência política dos presos, a maioria dos quais agora réus de baciada, é o que está claramente a determinar sua sina. Por terem se manifestado contrariamente à eleição e posse de um candidato à Presidência da República, algo que sempre foi garantido à oposição de qualquer partido ou candidato no Brasil, cidadãos seguem presos ou, os que soltos já foram, com restrições de liberdades como o uso de tornozeleira eletrônica e apresentação periódica às autoridades de suas circunscrições. Refiro-me obviamente a quem nada depredou e contra quem até o momento nem uma única prova de que teve participação nos eventos violentos do dia 8 foi produzida pelo Estado.

Tratar pessoas pacíficas, ordeiras, com profissão lícita e residência fixa, pior do que são tratados criminosos da pior espécie é negar-lhes o mais básico dos direitos humanos
Alexandre de Moraes trata seus perseguidos políticos pior do que a animais de abate, aos quais no Brasil também são garantidos direitos em lei. Infelizmente, não há sinal de recuo ou de reconhecimento do arbítrio e do abuso. Pelo contrário: pessoas com câncer e outras comorbidades, algumas das quais definhando no cárcere injusto após terem perdido mais de 15 quilos ; famílias destruídas, humilhadas por um Estado de exceção que as persegue até mesmo do lado de fora da prisão; e advogados que não contam nem com o apoio da OAB para enfrentar tamanho desrespeito com a própria profissão e ofício. Nada disso, até aqui, abalou a injusta e ilegal sanha persecutória de um ministro.
 
Esta é a íntegra da petição dos advogados presentes ontem à coletiva de imprensa. Infelizmente, apesar da grande presença de meios de imprensa nacionais no evento, até o momento a repercussão restringiu-se apenas aos veículos que já têm, felizmente, dado atenção ao assunto. Por outro lado, as redes sociais não param de replicar o clamor dos advogados por justiça e pelo respeito às suas prerrogativas
Por que será mesmo que Lula e o STF, com apoio vergonhoso de grande parcela da mídia, querem censurar as plataformas de mídias sociais?

É preciso seguir denunciando a ditadura do Judiciário que funciona a pleno vapor no Brasil. No caso do desrespeito das prerrogativas dos advogados, a Constituição é clara em seu artigo 133: "o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão nos limites da lei". 

Diante de tantas violações às prerrogativas daqueles que são fundamentais para que se faça verdadeiramente justiça no Brasil, pergunta-se: OAB, cadê você?

Marcel van Hattem, deputado federal em segundo mandato - Gazeta do Povo - VOZES