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quinta-feira, 20 de abril de 2023

Com tantos atropelos, Lula faz jorrar combustível no tanque da oposição

Há perguntas demais sem resposta no caso que resultou na demissão do ministro do GSI

A demissão do general Gonçalves Dias, primeiro ministro a cair neste terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, sacramentou uma realidade difícil para o governo.  
O presidente chegou ao Palácio do Planalto com uma oposição ideologicamente enfraquecida, embora bastante aguerrida e validada por boa parte do eleitorado. 
Lula tinha tudo para ver seus inimigos sofrerem aos poucos um processo de atrofia. 
Em vez disso, é do governo que sai o combustível que mantém o bolsonarismo aceso.

É ministro passeando em feira de cavalos com diárias da Presidência, anúncios atabalhoados sobre voltar atrás em reformas, bravatas sobre barrar serviços de carros por aplicativo, divulgações apressadas sobre a taxação das compras nas tremendamente populares varejistas chinesas como Shein e Shopee. Só para citar alguns exemplos.

Ontem, a bomba de gasolina jorrou mais forte após a veiculação das imagens obtidas pela CNN Brasil, mostrando Gonçalves Dias no interior do Palácio do Planalto, no auge do quebra-quebra bolsonarista. A versão difundida ontem à tarde pelos auxiliares do presidente, de que ele não sabia de nada e teria sido enganado pelo auxiliar, vem cheia de buracos.

Lula teria pedido ao ministro que lhe entregasse as imagens das câmeras de TV após os ataques e sido ignorado. Aos olhos desta colunista, já soa bem estranho que um presidente da República, diante da gravidade dos fatos, tenha aceitado pacificamente a recusa de um auxiliar em fornecer essas imagens.

Além disso, o ministro teria dito que a câmera em frente ao gabinete presidencial estava quebrada.  
Lula teria pedido para ver especificamente as imagens da câmera do gabinete presidencial? Com que propósito? 
Não seria natural ter confiado nos seus ministros e pedido uma seleção de trechos onde houve depredação?
 
Pela tese petista, o ministro se recusou a fornecer as imagens, disse que uma câmera em especial estava quebrada e ficou por isso mesmo. 
Ainda assim, o mesmo ministro entrega espontaneamente todo o conteúdo do circuito interno a órgãos de investigação? 
Ao menos foi o que o próprio disse ontem após pedir demissão.
 
Ainda assim, pessoas próximas a Lula insistiam no fim da tarde de ontem em descrever Gonçalves Dias como um homem fiel ao presidente.  
Um aliado que jamais teria agido em conjunto com os bolsonaristas nos ataques. 
Mas, se o ministro mentiu para o presidente como está sendo dito, o que o torna merecedor de tamanha confiança?
 
Outro ponto mencionado frequentemente é que Gonçalves Dias tinha acabado de assumir e, portanto, o time do GSI que estava sob seu comando naquele dia ainda era herdado da gestão de Jair Bolsonaro. Supostamente, o ministro teria sido traído por sua equipe
Como mostram as imagens, ele estava dentro do Planalto no momento dos ataques. 
Portanto, deve ter assistido ao ocorrido e procurado identificar quem agisse em desacordo com o que se espera da segurança presidencial.  
Houve uma investigação posterior? 
Essas pessoas foram chamadas pelo ministro a dar explicações? 
Alguém foi punido?

Fica no ar a sensação de que o governo quis agir rápido. Diante da força das imagens veiculadas ontem, a situação do ministro teria ficado insustentável e o melhor seria estancar logo a sangria. 

Mas são perguntas demais que seguem sem resposta.

+Saiba mais: Escândalo do chefe do GSI traz uma antiga assombração para Lula

Clarissa Oliveira - Coluna Revista VEJA


quinta-feira, 9 de março de 2023

Quem é mesmo fanfarrão? - Alex Pipkin, PhD

O ex-presidente Bolsonaro, não há um fiapo de dúvida, é imprudente com as palavras.

Muitas vezes, parecia-me que sua intenção era mesmo positiva, mas sua retórica deixava muito a desejar.

Muitos o classificavam como fanfarrão. Eu, porém, o apelidei de “rei do tropeço nas palavras”. Tá certo que, segundo sua estratégia, ele jogava para a turma bolsonarista-raiz.

Deve-se considerar que a grande pequena mídia, quase na totalidade, omitia e transformava notícias a fim de prejudicá-lo. Inegável. No entanto, ele falava mesmo em demasia e de forma não raras vezes inoportuna.

Contudo, não deverá existir na história desse país um presidente tão fanfarrão, populista, incompetente com o português e com as ideias, nem mentiroso, como esse tal de Lula da Silva.

A propósito, assisti a um vídeo em que o “pai dos pobres” chamava Bolsonaro de “fanfarrão”, cruzes!
O show presidencial de horrores de verborragia, de bravatas, de mentiras e de projetos estapafúrdios, é diário.

É surreal o que esse ser incivilizado e tosco é capaz de produzir em suas falas. E há quem o considere um grande orador! Só se eu estiver ouvindo o que ele diz quando embriagado.

Não é por acaso que esse sujeito quer regular a mídia! Dessa forma, só poderá ser notícia a “verdade rubra” e o que lhe convém.

Esse sujeito, dotado de um vocabulário em que inexiste plural, afirmou agora que há pessoas que são pagas para criticá-lo. Bem, eu não tenho recebido um centavo sequer. [Nem este Blog Prontidão Total - falamos de graça, apenas pelo prazerosa obrigação de mostrar VERDADES; o maligno presidente, este sim é pago com o polpudo salário de presidente para mentir e falar bobagens. Ele falou, TENHAM CERTEZA,  é MENTIRA, BOBAGEM ou BAZÓFIA o  produto expelido.]

Com sua boca que equivale a uma metralhadora de disparos automáticos de asneiras e de erros a cada momento em que a abre, é tarefa singela criticá-lo.

É surreal o que esse cidadão fala - e pensa!

Faz pouco, o ex-presidiário afirmou que os aplicativos exploram os trabalhadores. Exploração + trabalhadores, palavras-mágicas da seita ideológica.

Fanfarrão é café pequeno para esse sujeito. O negócio inovador de aplicativos funciona melhor exatamente pela não interferência da mão pesada e equivocada do Estado.

Há uma relação voluntária entre empregados e empregadores. Nela, caso os empregados não estejam satisfeitos com a relação, podem abdicar das respectivas atividades. Os próprios motoristas de aplicativos, por exemplo, estão repudiando os eventuais “projetos” desse (des)governo.

Toda vez que Ofélio abre a boca, a chance de prejudicar os trabalhadores e as indústrias envolvidas, é abissal.
O desastre é que não há luz no fundo do túnel, e a metralhadora giratória de asneiras, de ignorância econômica e de mentiras não tem previsão de encerramento.

Homens públicos, a meu juízo, deveriam ter rigoroso cuidado com as palavras e com as ideias. Aqui, porém, quase tudo se dá de maneira invertida.

Aliás, juízes da suprema pequena corte se comportam aqui como verdadeiros superstars, que tristeza.

Aprontemo-nos, pois mais e mais pérolas virão da boca do grande “pai dos pobres”. 

A única semelhança, tristemente, é a incorreção no uso do idioma pátrio…

Alex Pipkin, PhD

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Vacinação sem vacina - Guilherme Fiuza

Revista Oeste

Falar em obrigar a população inteira a se vacinar — com uma vacina que não existe — significa o quê? Um negócio da China?

A discussão sobre a vacina contra covid-19 está avançada. Muito mais avançada que a própria vacina, mas isso é detalhe. O debate está tão acelerado, com autoridades já anunciando seus planos de imunização, que é capaz de, quando a vacina chegar, já estar todo mundo vacinado. Eis aí uma excelente proposta: chega de espera, vamos vacinar a população antes da vacina. Mas como isso funcionaria exatamente? Muito simples: é só pegar as manchetes, os discursos, as profecias, as bravatas, comprimir tudo numa seringa e mandar pra dentro do povo. Adeus, covid.

A vacina desenvolvida mais rapidamente na história foi a da caxumba — que levou quatro anos para ficar pronta. A do sarampo levou dez anos. Mas naquela época não tinha internet, Tedros, Doria e outras maravilhas da ciência. Hoje em dia o papo é de seis meses e vamos arregaçando as mangas, ou baixando as calças, para resolver logo isso. É só uma picadinha, depois a gente estuda com calma o que foi injetado em você.

Na gripe suína, a vacina gerou enfermidades piores do que a própria doença — para ficar num exemplo histórico mais recente. Um dos trunfos para tentar acelerar a vacina contra covid é o uso de uma técnica inovadora — o RNA mensageiro, que atua na base genética do indivíduo. A ação consiste em induzir o organismo a uma produção imunológica artificial, sem que se precise inocular o vírus atenuado (método tradicional).

Ninguém sabe se isso funcionará e o que vai causar às pessoas. Mas você está ouvindo autoridades falando em iniciar a vacinação neste ano — e já pode começar a ficar na dúvida se vai ter que chamar o médico ou a polícia. Vamos tentar decifrar o RNA mensageiro dos hipócritas?

Tudo isso se dá num ambiente de total transparência — com vacinas relâmpagos brotando das ditaduras chinesa e russa. Vai tomar a Sputnik do Putin? Com essa divertida temática espacial é possível você nem sentir a picada. “Olha o foguetinho…” E quando viu já tomou. Se o pessoal está curtindo máscara personalizada, tipo “I love my dog”, por que não entrar na onda da vacina estilizada? Estética é tudo. Já a vacina chinesa se antecipou às marchinhas carnavalescas. Laboratórios incapazes de conter um vírus que se espalhou pelo planeta inteiro são naturalmente as instituições mais confiáveis para oferecer uma vacina. Esse seria o refrão do bloco mais debochado do Carnaval 2021 se a realidade não tivesse roubado a cena e caído no samba antes da hora.

O Ministério da Saúde entrou na disputa com os governadores mais afoitos para ver quem faz a promessa mais leviana. As “projeções” para o início da vacinação andam oscilando entre o final deste ano e o começo do próximo — sacramentando como única certeza científica o fato de que os cidadãos estão sob o comando de autoridades irresponsáveis. A rigor, já há uma segunda certeza científica: a de que isso não pode acabar bem. E, já que a irresponsabilidade foi oficializada, os tiranetes mais tarados, como João Doria, resolveram declarar que a vacina será obrigatória para todos. Nada de mais. Para quem já inventou número de vidas salvas tentando justificar seus surtos totalitários, um disparate a mais contra a população não faz diferença. A não ser que a população desista de ser o brinquedo predileto de Joãozinho Tranca Rua e seus colegas.

A letalidade da covid-19 abaixo dos 70 anos é inferior à da gripe sazonal, como acaba de confirmar um estudo produzido na Universidade Stanford. Neste cenário, falar em obrigar a população inteira a se vacinar — com uma vacina que não existe — significa o quê? 
Mais uma marchinha roubada? 
Um negócio da China? 
O tão aguardado surto fascista?

Responda aí você, que estamos ocupados decifrando o RNA mensageiro dos hipócritas.

Guilherme Fiuza, jornalista - Revista Oeste 23 outubro 2020


domingo, 10 de março de 2019

Marielle, um ano sem resposta ]- todas as vidas tem o mesmo valor, qual a razão de priorizar a investigação de uma morte?]

Na próxima quinta, o assassinato da vereadora [e de seu motorista]  faz um ano. Até aqui, a apuração revelou mais sobre a polícia do Rio do que sobre o crime

Eram quase cinco da madrugada quando a Mangueira revelou o segredo. Na última ala da escola, grandes bandeiras em verde e rosa exibiram o rosto de Marielle Franco. Era a surpresa do desfile que já começou a homenagear a vereadora no samba-enredo. “Brasil, chegou a vez / De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, Malês”, dizia o refrão, que embalou o 20º título da Estação Primeira.
 Em 10 de maio de 2018, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, inaugurou a série de bravatas. “A investigação do caso Marielle está chegando à sua etapa final, e eu acredito que em breve nós devemos ter resultados”, anunciou.

[mais de 50.000 homicídios,  dos mais de sessenta mil ocorridos em 2017, estão sem solução; o atentado contra Bolsonaro, presidente da República continua sendo investigado.

O que fundamenta priorizar uma investigação de um, digamos, homicídio comum?

Curioso é que desde o assassinato da vereadora e seu motorista, quando está próximo o dia 14,  é feito um 'auê' danado, até uma representante de uma ONG, 'anistia internacional', faz seus comentários 'especializados', exigindo providências das autoridades brasileiras para punir dois assassinatos - sendo que em 2017 ocorreram mais de 60.000 assassinatos´a maioria impunes,  e em 2018 o nosso presidente sofreu grave atentado, até hoje com investigação em curso.

O que justifica tanto cobranças por duas mortes, com milhares impunes?]

Em 31 de agosto, foi a vez do general Braga Netto, que comandava a intervenção federal no Rio. “Estamos perto. Até o fim do ano, quando a intervenção tiver sido concluída, o caso já deverá estar solucionado”, prometeu. Em 1º de novembro, o delegado Rivaldo Barbosa garantiu que o crime estaria “muito próximo de sua elucidação”. Três semanas depois, o então secretário estadual de Segurança, Richard Nunes, disse que o caso seria resolvido até o fim do ano. “Alguns participantes nós temos, com certeza”, assegurou o general.
O ano acabou, a intervenção passou, e as promessas continuaram a ser lançadas ao vento. Em 12 de janeiro, o novo governador, Wilson Witzel, disse que os investigadores estavam “próximos da elucidação do caso e, evidentemente, da prisão daqueles que estão envolvidos”. “Talvez isso aconteça até o final desse mês”, acrescentou. Na campanha, Witzel participou de um ato em que dois aliados quebraram uma placa com o nome de Marielle. Um deles, o deputado estadual Rodrigo Amorim, circulou pela Sapucaí como bicão na noite em que a Mangueira homenageou a vereadora.[a placa, ilegal, foi removida e destruída;
pela legislação vigente, quem determina o nome das ruas são as autoridades municipais e após o decreto aprovado é que é confeccionada a placa, seguindo o modelo padrão, e devidamente afixada.
 
Aliás, os seguidores da vereadora cometeram dois crimes:
- remover ilegalmente a placa existente que homenageava outra pessoa;
- afixar, ilegalmente, a placa homenageando a vereadora.]
Até aqui, a apuração revelou mais sobre a polícia do Rio do que sobre o crime que ela deveria resolver. No mês passado, a PF fez buscas para desvendar “ações que estariam sendo praticadas com o intuito de obstaculizar as investigações”. Em português corrente, isso significa que houve uma operação abafa para encobrir mandantes e autores dos assassinatos. O governo federal guarda um estranho silêncio sobre as execuções. [a investigação de crimes comuns, o que inclui entre milhares de outros, o assassinato da vereadora e seu motorista, é de competência da polícia estadual e, por consequência, o assunto está afeto ao governo ESTADUAL.] Essa atitude remete a um ano atrás, quando Jair Bolsonaro foi o único candidato à Presidência que se recusou a comentar o caso. Dos 70 deputados estaduais, seu filho Flávio foi o único a votar contra a concessão da Medalha Tiradentes como tributo póstumo à vereadora.
Uma das linhas de investigação liga o assassinato de Marielle ao Escritório do Crime, grupo de extermínio chefiado por milicianos. Em janeiro, vieram à tona os laços do clã presidencial com Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como fundador da quadrilha. Ex-capitão do Bope, ele foi condecorado por Flávio e elogiado por Jair na tribuna da Câmara. Sua mãe e sua mulher ganharam cargos no gabinete do primeiro-filho, hoje senador. Nóbrega está foragido há 47 dias. 

 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Estado de alerta



O PT, Luiz Inácio da Silva à frente, resolveu reeditar o discurso da vítima de perseguição política para tentar se precaver do que vier adiante em decorrência da Operação Lava Jato. Pura falta de melhor argumento no momento. Quem esteve com o ex-presidente nesta semana no Instituto Lula – precisamente no dia em que o tesoureiro João Vaccari Neto foi levado a depor na Polícia Federalpode aquilatar que ele tem perfeita noção da gravidade da situação. A luz amarela acendeu no Instituto Lula.

Ao contrário do Palácio do Planalto, onde a presidente Dilma Rousseff não perde a oportunidade de repetir – e agradece a quem puder fazê-lo por ela em público – que não “tem nada a ver” com Vaccari, no escritório do ex-presidente sabe-se perfeitamente que todo mundo no PT “tem a ver” de alguma forma com o tesoureiro do partido. 
Na sexta-feira, dia seguinte ao depoimento de Vaccari, ressurgiram os antigos bordões sobre “golpes”, urdiduras para “criminalizar” o PT, alertas para a possibilidade de “julgamentos políticos e não jurídicos” e as inevitáveis comparações com o mensalão, aquele caso que só existiu na mente dos conspiradores.
 Soaram especialmente estapafúrdias as suspeitas levantadas a respeito da conduta da PF ao conduzir o tesoureiro de maneira coercitiva para depor, porque contrastam com o esforço feito pela presidente Dilma Rousseff para convencer o País de que o escândalo da Petrobrás só existe porque o governo dela não dá trégua à corrupção. 
Ao saber que a polícia queria do tesoureiro informações sobre doações legais e ilegais feitas por empresas que tinham contratos com a Petrobrás, o presidente Rui Falcão foi dos primeiros a atestar que no PT não tem caixa 2, só recursos devidamente contabilizados.  Isso agora que o pessoal dos recursos não contabilizados já está condenado e não precisa mais da tese do crime eleitoral para negar corrupção. Nessa altura pouco importa a coerência ou verossimilhança das alegações. Nem os petistas acreditam de fato na narrativa do “golpismo” tantos são os fatos que deixam o partido atarantado diante de um governo que comete um erro atrás do outro e, além disso, não se comunica para dentro nem para fora. 
O PT simplesmente não tem o que dizer no momento além de atribuir culpas a inimigos difusos. Fosse falar a verdade do que se diz internamente, os responsáveis pelas agruras seriam outros: a presidente e os ministros “da casa”, Aloizio Mercadante, Miguel Rossetto e Pepe Vargas.
A presidente da República nada diz que guarde relação com a realidade. Sobre as questões importantes Dilma se cala e, com isso, dissemina inquietação no PT.  O ex-presidente Lula tem ouvido de correligionários apelos para que comande algum tipo de reação. Na política.  As declarações dele na reunião do diretório nacional do partido em Belo Horizonte obedeceram ao modelo antigo, mas não traduzem o real estado de espírito de Lula sobre os rumos do governo, a administração (ou falta de) das crises e os desdobramentos da Lava Jato. O blazer, a calça e a camisa pretos refletiram melhor. 
As bravatas ditas em público sobre a necessidade de o partido “reagir aos ataques” são apenas bravatas.  Na realidade nua e crua há noção da gravidade e da imprevisibilidade da situação.  Os petistas falam em defender Vaccari como se o alvo fosse a pessoa física. Lula disse que “na dúvida” ficava com o “companheiro”, Rui Falcão externou confiança de que ele “nunca pôs dinheiro no bolso”.
Não é disso que se trata. O que se investiga é o repasse de uma parte de dinheiro de contratos da Petrobrás para partidos políticos. 
Entre eles o PT do qual Vaccari seria, segundo os delatores, o encarregado de intermediar as operações. Não é ele quem está sendo acusado de receber propina, é o partido.

Fonte: Estadão - *Dora Kramer,  colunista