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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A pedra e a vidraça na política - Alexandre Garcia

Nada de mal em haver ideias opostas, o problema é a radicalização, com o se o oposto fosse sempre o mal. é o Deus e o diabo de religião transposto para a política

Essas pouco mais de três semanas do novo governo estão cheias de emoções. Para nós, jornalistas, para os de governo e para os da oposição, para investidores, empregados e patrões. Tempos extremamente difíceis para o trabalho exitoso de cartomantes, jogadores de búzios, detentores de bolas de cristal e afins.

Se "no Brasil, até o passado é imprevisível", parece que estamos nas mãos do acaso, que vai armando a cada dia um quebra-cabeças em que seguimos animados pelo consolo de que "a esperança é a última que morre". Tudo isso ainda sem o ingrediente mais barulhento da política, que vai ser jogado dentro do Legislativo, que reabre quando este mês terminar.

Na Argentina, repetiu-se o susto da moeda conjunta, tentando ligar o peso de quase 100% de inflação com o real de menos de 6%. E o BNDES vai ser de novo internacional — BIDES, talvez —, vai ajudar com quase R$ 4 bilhões um gasoduto para transportar gás de xisto, que é muito poluente, para o Brasil, que tem o seu gás do pré-sal.

Em Davos, foi o medo de termos 120 milhões de pedintes famintos e a sugestão de não se comprar nem um palito de fósforo dos empresários direitistas. Em Brasília, a surpresa de ter ao lado do presidente um comandante do Exército de inteira confiança numa sexta-feira e, no sábado, tê-lo destituído por falta de confiança.

E ainda temos a vergonha de ianomâmis vítimas principalmente de desnutrição 20 mil pessoas que ocupam um território igual ao de Pernambuco, habitado por 9 milhões. E quem aplica suas economias no mercado, ganha um susto adicional ao saber que a Americanas deu uma pedalada de R$ 20 bilhões. É chavão, mas não é um país para amadores. O problema é que faltam profissionais.

Isso sem falar nas consequências da catarse do dia 8, em que brasileiros destruíram seu próprio patrimônio, incluindo preciosidades históricas, artísticas e culturais. 
Agora, a Justiça não quer saber se a pessoa vivia um sonho impossível com fuga da realidade, pois muitos ainda não entenderam o que está acontecendo. 
Nada de mal em haver idéias opostas, o problema é a radicalização, como se o oposto fosse sempre o mal. É o Deus e o diabo de religião transposto para a política. Não há debate racional possível.

O país está dividido e não é de agora. Quem estava contra o governo nos últimos quatro anos agora é governo — é vidraça. Quem era vidraça, agora é pedra. Só que seria melhor manter a metáfora como uma imagem e não sair apedrejando vidros do Supremo ou do Palácio do Planalto literalmente.

Embora seja acaciano, oposição e situação são essenciais para o embate democrático. Nos últimos quatro anos, os dois lados se queixaram do adversário. A tentação agora é dar o troco, como oposição e como governo. Lula, ontem, na Argentina, falou em "tentações autoritárias que até hoje desafiam nossa democracia". Não nos deixeis cair em tentação, porque a carga de energia potencial anda beirando o limite.

Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense

quarta-feira, 24 de junho de 2020

"É da terra que vai sair a recuperação do Brasil" - Alexandre Garcia

 Correio Braziliense

É da terra que vai sair a recuperação do Brasil. Na recessão da Dilma, o agro atenuou o PIB e as contas externas; agora não apenas vai segurar, na beira do abismo, como também vai indicar o novo rumo

[importante lembrar: desde que os ambientalistas de araque, de auditório e palco, não atrapalhem - especialmente aqueles que destruíram as florestas de seus países e agora querem manter as do Brasil, que já é responsável por grande parte do abastecimento, com produtos agrícolas, do planeta.

Aos adeptos do 'quanto pior, melhor' tem um 'nuvem' de gafanhotos rondando a fronteira do Brasil com a Argentina que pode causar sérios estragos na produção agrícola.

A propósito: o  deputado Maia, autonomeado 'primeiro-ministro',  ontem ao comentar uma live que participou com não sei quem da França e não não sei quem de onde, assumiu postura de presidente da República.
Lembramos ao senhor Maia que antes de posar como primeiro mandatário do Brasil, a mais alta autoridade da Nação, ele precisa transformar os poucos mais de setenta mil votos que obteve em 2018 em algo próximo de 70.000.000 de votos.
Será uma ação tipo convencer cada um dos seus eleitores a conseguir mil votos, assim ele alcançará a vitória em 2022.
Ao deputado do DEM sobra empáfia, faltam limites (dá pitaco em tudo) e votos.
]
Nesses tensos tempos pergunta-se às bolas de cristal como e quando vamos nos recuperar deste caos. Paulo Guedes certamente gostaria de acertar a previsão de que virá do investimento privado. Mas investidores teriam que ter sobras, depois da pandemia, para aplicar na compra de estatais, ou em concessões. Acreditando no futuro, estão os investidores em renda variável, os operadores de bolsa. Este ano, aumentou em 38% o número de mulheres investidoras na Bolsa. Instinto feminino? Algum perfume já sentiram no ar, porque depois de despencar de 120 mil pontos para 60 mil, o índice da B3, ex-Ibovespa, já está chegando de novo aos 100 mil pontos. Penso que sentiram perfume de terra e a recuperação está em enterrar dinheiro — literalmente.

É da terra que vai sair a recuperação do Brasil. Na recessão da Dilma, o agro atenuou o PIB e as contas externas; agora não apenas vai segurar, na beira do abismo, como também vai indicar o novo rumo, a vocação do país que tem espaço territorial, clima e tecnologia para ser um gigante na produção mundial de alimentos. E não é apenas o que vai para a nossa mesa; já podemos alimentar uma boa parte da população do planeta. Além disso, a agropecuária brasileira gera uma cadeia econômica que vai muito além de suas porteiras.

Imaginemos a indústria de veículos de carga, máquinas agrícolas, implementos, adubos, fertilizantes, combustíveis; 
a construção de silos e armazéns, além do processamento de alimentos, algodão, celulose, fibras – uma gama sem fim de produtos de origem vegetal e animal
Sem falar na exigência de mais infraestrutura de transporte e escoamento: rodovias, pontes, ferrovias, portos, navios, trens, mais aviões na exportação de frutas. Estimulam-se também os serviços, setores que tanto têm sofrido com a quarentena: comércio exterior, atacado e varejo. E os benefícios ao consumidor, com preço mais barato pelo alimento abundante, com reflexo na economia doméstica e nos restaurantes.

A pesquisa, a tecnologia, a biotecnologia, a ciência — mais vagas para técnicos e cientistas voltados à produtividade, às variedades, à genética vegetal e animal. A valorização das profissões no campo cada vez mais informatizado e conectado, os agrônomos, veterinários, operadores de máquinas, consultores de mercado… um mundo novo brota no solo do Brasil. Basta que governos não atrapalhem, protejam o direito de propriedade, e que o agro e seus representantes políticos, no Congresso, nas assembleias e câmaras, estejam à altura do poder e da oportunidade que estão recebendo nesta pandemia.

Alexandre Garcia, jornalista - Correio Braziliense


terça-feira, 21 de julho de 2015

Futuro de Dilma na bolsa de apostas. Ela cai em 30, 60 ou 90 dias? ou não cai? mais cotado em 30 dias, 59% e menos cotado o não cai = 0,0002%

Futuro de Dilma vira bolsa de apostas

Com as bolas de cristal espatifadas – ninguém consegue de fato prever o que virá a seguir no enredo da crise política o futuro do governo Dilma parece ter virado o objeto de uma barulhenta bolsa de apostas.

Dilma fica e a economia se recupera a partir de 2016, sendo que em 2018 o oneroso ajuste atual seria uma lembrança vaga. Dilma fica, mas enfraquecida ou “sangrando” conforme o vocabulário da política. Dilma tem o mandato encurtado. Dilma sai com Temer. Dilma sai, Temer fica. Dilma fica, mas com parlamentarismo (este já rejeitado em dois plebiscitos populares, em 1963 e 1993). E por aí vai.[a rejeição do parlamentarismo em dois plebiscitos populares não deve ser interpretada como expressão de desaprovação do povo brasileiro àquele sistema de governo. 
Em 1963, além das condições serem completamente diferente das de agora - o que ocorria em Brasília em uma semana só alcançava os grotões do Brasil uma semana depois ... se sabia das greves pela não circulação de trens... o rádio era a fonte mais confiável e eficiente de notícias... - a capacidade de causas danos que o governo a ter seus poderes reduzidos pelo parlamentarismo era mínima.
Todos esses fatores reduzindo ao mínimo a divulgação das vantagens ou desvantagens do regime.
Em 1993, a situação era totalmente diferente. O Brasil estava, especialmente se comparado com agora, relativamente bem e o plebiscito foi mais fruto de uma exigência descabida dos autores da 'constituição cidadã'.
"[AGORA É DIFERENTE. SE TRATA DE SALVAR O BRASIL. E A SALVAÇÃO DA NOSSA PÁTRIA COMEÇA COM O AFASTAMENTO SUMÁRIO DA ATUAL PRESIDENTE.
Com Dilma na presidência o BRASIL SE ACABA. 

A Dilma tem que sair. Qualquer coisa é melhor que ela, ou, no mínimo,  menos danosa ao Brasil que ela.

Vale o Temer, vale o Eduardo Cunha, vale o Renan, vale até o Lewandowski. 
É questão de desespero mesmo, salvar o Brasil a qualquer custo. A corja petralha tem que ser afastada.
Vale até a INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL.]
 
A impressão que se tem é que, a cada nova rodada do pregão, os atores políticos lançam ao ar seus balões de ensaio. Esta é uma imagem recorrente na política. Desenha-se uma projeção de futuro, um enredo. O mais recente é a de que o país – após delações atingirem diretamente o presidente da Câmara e a PF fazer apreensões na casa de senadores viverá uma crise institucional com consequências imprevisíveis. Fim de Mundo. Precipício. 

Seja como for, a bolsa de apostas serve ao teste de teses, ao sopesar de possibilidades, à medição e avaliação de forças. A cada onda de boatos, a cada evento, um caco fica.  Talvez esteja aí, porém, um dos principais nós do quadro político atual: as forças estão fragmentadas. No Congresso Nacional são 28 partidos, muitos de tamanho médio. Os principais, divididos internamente. O PT é governo mas sua base denuncia o ajuste, centro atual da política econômica; o PMDB está dentro e fora do barco simultaneamente, beneficiando-se (eternamente) da ambiguidade; o PSDB não tem consenso sobre a agenda anti-Dilma, nem sobre pautas socialmente sensíveis como a redução de maioridade penal, entre outras; lideranças individuais, como Cunha, ganham agora os holofotes se equilibrando na corda bamba das delações.

O que dita o contexto é a imprevisibilidade. Em tese as próximas semanas arrefecerão o ritmo da crise, afinal o Congresso está em recesso. Mas quais novidades virão da Justiça em Curitiba? E do que está arquivado, sabe-se lá aonde e por quem, em formato de vídeos ou áudios, com novas e supostas “bombas”, o que será detonado e quando? Mas serão “bombas” de verdade ou factoides?

Fonte: Blog do  Rogério Jordão