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sábado, 29 de outubro de 2016

Bandidos corintianos (alguns ingênuos chamam de "torcedores") precisam continuar presos

Violência nos estádios precisa de resposta exemplar

Episódios de brigas entre torcedores, um fenômeno mundial, ganham proporção alarmante no Brasil. Prisão de corintianos precisa marcar uma mudança de protocolo no combate a badernas

A prisão de um grupo de torcedores do Corinthians que agrediram policiais fluminenses, na partida entre o Flamengo e o time paulista, foi uma resposta à altura da gravidade das cenas de violência promovidas pelos baderneiros. A polícia, que os prendeu num arrastão logo após o jogo, e a Justiça, que os recolheu preventivamente à cadeia, para evitar que as agressões entrassem no rol de tantos casos semelhantes que se espalham pelos estádios brasileiros, e que terminam em impunidade, não podiam mesmo deixar passar sem tais providências um episódio que chocou o país, pelo barbarismo das imagens captadas por câmeras de TV. [os marginais corintianos precisam ser punidos com rigor; não pode se repetir a impunidade dos assassinos corintianos que em um gesto de imensa covardia assassinaram impunemente um torcedor boliviano.]

Até aqui o poder público do Rio reagiu positivamente, impondo um exemplar protocolo de punição aos arruaceiros, mas resta esperar para ver a extensão das providências que decorrerão daqui para frente. Os estádios brasileiros têm sido palco, em suas arquibancadas e nos entornos externos, de crescentes manifestações de violência entre torcedores. Poucos dias após os conflitos no Maracanã, um homem morreu ao ser, de acordo com testemunhas, agredido por seguranças no Mineirão, durante uma partida entre Cruzeiro e Grêmio. Pelas escaladas dessas manifestações de bestialismo, credite-se à Providência o fato de outras mortes não terem ainda ocorrido nas arquibancadas.

O fenômeno da violência não é restrito ao futebol. Agora mesmo, no Rio, Flamengo e Vasco disputam as finais do campeonato estadual de basquete para ginásios vazios, pela impossibilidade de se juntar num mesmo ambiente torcedores dos dois clubes, sem que o encontro derive para agressões mútuas. Mas, nos estádios, a situação vem ganhando características alarmantes — e, nesse particular, o Brasil não está sozinho. Brigas entre torcedores são comuns em diversos países. 

A diferença do Brasil em relação a outras praças é que, por aqui, o fenômeno ainda não é atacado, de forma eficiente, em suas causas. É certo que a adoção do Estatuto do Torcedor, com punições aos clubes, tem contribuído para conter ações de violência. Mas a punição exemplar a torcedores baderneiros ainda perde para a leniência no âmbito da Justiça. 

Mesmo os clubes, a despeito do Estatuto, têm grande parcela de responsabilidade no acirramento de ânimos, ao compactuarem — quando não estimulam — com a existência de torcidas organizadas, que em geral estão na fonte dos conflitos. Muitas são centros de banditismo. A juíza que decretou a prisão dos corintianos, por exemplo, viu-se no centro de uma série de ameaças, numa ação sem dúvida orquestrada à maneira de quadrilhas de criminosos. 

A punição dos corintianos tem duas pontas. Numa, fica o temor de que seja mera ação pontual, cujos efeitos se exaurem quando a repercussão do episódio sair do radar da opinião pública. Na outra, a que deveria prevalecer, a prisão pode marcar uma ruptura na leniência com que clubes e poder público costumam reagir, com a implantação de um novo protocolo de reação contra a baderna.

Fonte: O Globo - Editorial