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sexta-feira, 23 de junho de 2023

A bola fora de Alexandre de Moraes sobre Mauro Cid

Entenda

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu uma baita bola fora em sua última decisão sobre Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Ao impor novas sanções ao tenente-coronel – preso desde maio sob suspeita de ter fraudado cartões de vacinação -, o magistrado errou na mão. 

Alexandre de Moraes estranhou a “excessiva quantidade” de pessoas se encontrando com o militar, pediu a lista dos visitantes e descobriu que mais de 70 pessoas foram à sua “cela”. 

Como mostrou VEJA, entre elas… estavam “ilustres” que, assim como Mauro Cid, eram do círculo mais próximo de Bolsonaro – a exemplo do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e do ex-vice-pre­sidente Hamilton Mourão

Sim, gera estranheza. Ainda mais quando envolve o Exército. 

Mauro Cid está preso em um batalhão em Brasília e, sabemos, transparência não é, digamos assim, o forte da força armada. O quartel garante que ninguém entrou sem registro, mas se há um lugar em que isso poderia acontecer é num batalhão.

Ocorre que Alexandre de Moraes pesou demais a caneta e proibiu até que os pais de Mauro Cid o visitassem. Aí não. A Alta Cúpula do Exército, ainda segundo VEJA, precisou negociar com o ministro para que os pais pudessem visitá-lo. 

Mesmo sendo filho do general Mauro Lorena Cid, colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras na década de 1970, o tenente-coronel tem esse direito. E fim de papo.

PS – Todas as outras pessoas terão de pedir uma autorização prévia ao ministro, que passará a controlar o entra e sai 

Matheus Leitão, coluna em VEJA 

 

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Institutos de pesquisa acertaram (no seu alvo)-Percival Puggina

Principal elemento de informação sobre as viabilidades eleitorais dos candidatos às eleições majoritárias, os institutos de pesquisa são os regentes das desafinadas orquestras em que se convertem as campanhas eleitorais.

É possível que tenha havido algum recruta de passo mais ou menos certo nesse batalhão. Fique essa análise por conta dos veículos que têm funcionários para fazê-la. No entanto, falharam desastradamente nas previsões os ditos grandes institutos, cujo prestígio e destaque dados aos resultados que divulgam crescem na proporção de seus erros. Mas acertaram em seu próprio alvo.

Conseguiram apresentar um ex-presidiário como líder político competitivo enquanto prognosticavam para Bolsonaro a mais desoladora derrota.

Assim agindo, por meses a fio, naturalizaram o absurdo!

Ressuscitaram um cadáver político, deram vitalidade eleitoral a quem faltava a coragem de se medir pela régua da opinião pública e pôr o pé na calçada por onde passam os transeuntes do Brasil que trabalha, que não rouba, que paga todos os preços, todos os prejuízos, todas as contas. Inclusive a da desinformação que recebem.

Agora, para o futuro da nação brasileira, há um novo partidor. Novo risco foi traçado no chão. 
No entanto, as forças que durante os últimos quatro anos atuaram contra o presidente e seu governo se manterão em plena atividade
Voltarão os institutos de pesquisa às suas artes, manhas e artimanhas. Voltarão os grandes grupos de comunicação à sua infâmia. 
Voltarão TSE/STF à sua desnivelada interferência na política partidária muito bem expressa pelos afagos de Lula nas bochechas de alguns ministros. 
Voltarão as plataformas das redes sociais a sufocar nossa liberdade de opinião com a imposição de sua própria opinião (que atende com o nome supraconstitucional de “diretrizes da comunidade”).
 
Novas, porém, serão as forças políticas que atuarão em favor da reeleição de Bolsonaro.  
Novos governadores, senadores, parlamentares se incorporarão ao trabalho daquele que será o mais decisivo outubro verde e amarelo.

Nascido vermelho, como partido dos operários, dos sindicatos, das metrópoles, consolidou-se o PT como o partido do Nordeste brasileiro, dos grotões mais atrasados e mais tolerantes com a corrupção das elites políticas. 

Nesses grotões se desconhece a guerra cultural, a Nova Ordem Mundial, a importância dos bens morais, espirituais, sociais, políticos, econômicos em jogo na voracidade das urnas. 
A eles não chegam as consequências do combate que seus senhores travam, nos gabinetes e plenários, contra os fundamentos da nossa civilização.

Não é contra eles, mas por eles que temos que nos mobilizar.

Não solte a ponta da corda. Redobremos nossos esforços. Que o Senhor Deus abençoe o Brasil e o livre de todo mal. Amém.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

sábado, 24 de setembro de 2022

Pandemia de intolerância - Revista Oeste

Augusto Nunes Edilson Salgueiro

A Jovem Pan está na mira dos democratas de manifesto 

A ofensiva contra a liberdade de expressão juntou um grupo de militantes esquerdistas disfarçados de especialistas em malandragens digitais, um jornal que vai naufragando por falta de comando e excesso de passageiros sem neurônios, figurões da campanha presidencial de um corrupto solto por amigos togados, uma revista mantida na semiclandestinidade pela tiragem anêmica e companheiros infiltrados no Tribunal Superior Eleitoral. O alvo principal era um canal de notícias que ousa contestar o pensamento único estabelecido pelo consórcio da imprensa velha, e o ataque deveria começar por um programa jornalístico condenado à morte por democratas de manifesto. Confiada a uma tropa brancaleônica, o que deveria ser uma operação devastadora produziu tantos estragos quanto um rojão de festa junina.

Ataque à Jovem Pan | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock/Divulgação

Ataque à Jovem Pan | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock/Divulgação

A marcha da insensatez começou com a divulgação pela Folha de S.Paulo de um estudo produzido por ativistas homiziados na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Julgavam-se sumidades em malandragens digitais. Não passavam de cientistas de botequim. 
Depois de algumas incursões pelo universo cibernético, os jalecos a serviço do PT concluíram que era para privilegiar uma emissora reduzida a bolsão bolsonarista que o YouTube vinha recomendando aos internautas, com suspeitíssima frequência, uma visita aos vídeos da Jovem Pan. Nenhum dos acadêmicos sequer desconfiou que o algoritmo do YouTube se limita a remeter os usuários aos conteúdos com maior número de visualizações.  
Como a íntegra do programa e trechos extraídos de Os Pingos nos Is são campeões nacionais de audiência, é natural que liderem o ranking dos mais indicados.
 
Tampouco sabia disso a jornalista da Folha premiada pelos autores com uma cópia da pesquisa mambembe.  
Ela viu numa ode à ignorância a prova mais robusta de que o YouTube agia em cumplicidade com o veículo jornalístico qualificado pelo jornal onde trabalha de “voz do bolsonarismo”. 
A divulgação do besteirol devolveu à frente de combate a repórter da revista piauí que, em agosto, enxergara na Jovem Pan “o braço mais estridente do bolsonarismo”. Esse apoio ao candidato à reeleição, garantiu, era uma forma de encurtar o caminho que leva às verbas publicitárias da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).
 
A realidade estraçalha a fantasia. Desde o início do governo Bolsonaro, a Jovem Pan recebeu R$ 4 milhões em verbas publicitárias. Tal valor é inferior ao registrado nas gestões de Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. No primeiro mandato de Lula, foram R$ 6 milhões. Entre 2007 e 2010, mais R$ 8 milhões. Dilma destinou ao grupo empresarial R$ 7,5 milhões no primeiro mandato. Entre 2015 e 2018, foram R$ 8 milhões. Em contrapartida, o Grupo Folha abocanhou R$ 371 milhões nos dois mandatos de Lula. Dilma e Temer, somados, transferiram R$ 156 milhões.  
No governo Bolsonaro, a catarata de reais secou: apenas R$ 2 milhões irrigaram o caixa da Folha. O fim da farra ajuda a entender a hostilidade do jornal ao presidente da República.

Foto: Cortesia JovemPan/Reprodução
O batalhão de trapalhões foi engrossado por advogados do ex-presidente Lula, que acionaram o Tribunal Superior Eleitoral “para impedir que o YouTube siga privilegiando os vídeos da Jovem Pan”. 
Confiante no pronto socorro dos juízes de estimação, o ex-presidiário também exigiu que a Google Brasil, proprietária do YouTube, adote as medidas necessárias para “cessar a irregularidade”
Incontrolavelmente ansiosa, a repórter da piauí jurou que o YouTube havia limitado a publicidade do canal de Os Pingos nos Is. “Isso se deve à inadequação do conteúdo para os anunciantes da plataforma”, explicou. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, celebrou a colunista social da Folha. O bloqueio jamais ocorreu.

“O Grupo Jovem Pan repele, enfaticamente, as falsidades divulgadas em suspeita parceria pela revista piauí e pela Folha de S.Paulo”, começa o editorial com que a emissora rasga as fantasias. “Ao contrário do que afirmam a publicação semiclandestina que se arrasta em menos de 30 mil exemplares e o jornal decadente, as relações entre a Jovem Pan e o YouTube são exemplarmente normais.”  
Esses textos derivam da indignação provocada em tais publicações pelo sucesso de uma instituição que completou 80 anos de existência. 
É compreensível o inconformismo da Folha, reduzida a 60 mil exemplares por dia, com o êxito da TV Jovem Pan News, que, com menos de um ano, se consolidou como o segundo maior canal de notícias e se aproxima rapidamente da liderança.”

A imprensa velha desmorona
Além dos concorrentes diretos, jornais e revistas de papel contemplaram com desdém o nascimento da TV Jovem Pan News, em 27 de outubro de 2021.  
Aos olhos estrábicos da imprensa velha, o caçula dos canais de notícias tinha tudo para dar errado. Aparentemente, faltavam estúdios, equipamentos e gente. A programação era insuficiente para fechar a grade, sobretudo nos fins de semana. 
Como enfrentar os colossos alojados no topo do ranking liderado pela balzaquiana GloboNews? 
Como desbancar da segunda colocação a CNN, fruto de investimentos siderais, que entrara no ar em março de 2020, depois de trabalhos de parto que consumiram quase seis meses de ensaios?
 As previsões agourentas foram revogadas já na primeira semana pela performance da emissora recém-nascida.

Um dos bordões publicitários da Jovem Pan repetia havia muitos meses que a rádio virara TV. Nenhum exagero, confirmou a sequência de proezas. O uso intensivo de imagens ampliara extraordinariamente a audiência de atrações como o Jornal da Manhã, Pânico e Os Pingos nos Is. Nesses horários, pouco depois da estreia a Jovem Pan News já tinha desbancado a CNN por larga margem e encostado na GloboNews.      Hoje, consolidada no segundo lugar, a emissora recém-nascida alcança com extraordinária frequência o topo do ranking. Paralelamente, publicações impressas despencam. Pouco mais de 430 mil exemplares foram colocados em circulação nos primeiros seis meses de 2022. Há sete anos, eram 1,3 milhão. A queda mais perturbadora foi protagonizada pela Folha: 16%. A tiragem oscilava pouco acima de 60 mil exemplares. Desabou para desoladores 55 mil.

Tampouco as revistas impressas vão bem das pernas. Segundo o Instituto Verificador de Comunicação (IVC), a circulação sofreu uma queda de 28% ao longo de 2021. A Veja, por exemplo, já foi a terceira maior do mundo ao imprimir 1,2 milhão de exemplares. O tombo mais recente levou-a a perder 51 mil — e amargar, pela primeira vez desde o nascimento, uma tiragem que mal atinge a faixa dos 90 mil. Todas as revistas hoje lutam pela sobrevivência. Menos a piauí, que não depende de leitores. Depende da herança do dono, o banqueiro João Moreira Salles. A bolada parece muito longe do fim. Tanto assim que, mesmo bancando os rombos mensais da revista, tem dinheiro de sobra para figurar na lista dos dez maiores doadores da campanha de Lula. É compreensível que sonhe com o desaparecimento de quem é suspeito de inclinações bolsonaristas.

Escravos da ideologia ignoram fatos
Decidido a silenciar a Jovem Pan, o bando que agrupa advogados do candidato e jornalistas devotos do ex-presidiário alega que os programas jornalísticos ora mobilizam comentaristas que alternam elogios a Jair Bolsonaro e fake news concebidas para manchar a imagem de Lula.        Como sabem até os microfones já aposentados, a emissora é a única que mantém em seus quadros profissionais que criticam fortemente o presidente da República. Não há na GloboNews, na CNN, nas páginas da piauí ou da Folha, por exemplo, uma única e escassa voz que recorde alguma das incontáveis ladroagens em que Lula se meteu. Todo o tempo é consumido pela pancadaria imposta ao adversário fascista, homofóbico, misógino, inimigo da democracia e golpista de nascença.

Nenhuma surpresa. Um levantamento recente da Universidade Federal de Santa Catarina constatou que 80% dos jornalistas brasileiros se declaram de centro-esquerda, esquerda ou extrema esquerda. Só 4% se consideram de centro-direita, direita e extrema direita. O escritor e analista político Flavio Morgenstern afirma que a proliferação de jornalistas engajados deformou o comportamento profissional: “Não se vigiam mais os políticos. Age-se com os políticos para vigiar a sociedade”. Para Morgenstern, o objetivo da Folha “vai além da tentativa de monopólio das narrativas: quer-se criar uma versão ‘oficial’ dos fatos — e isto só pode ocorrer censurando-se desabridamente quem não siga a cartilha”.

“O jornalista de hoje quer demonizar seus concorrentes ideológicos, para que sejam perseguidos pelo estamento judicial”, acrescenta Morgenstern. “As críticas da Folha querem ter peso de lei, e seus jornalistas agem como esbirros a apontarem quem deve ser constrangido pela lei.” A esses tumores se soma a doutrinação marxista nas universidades de jornalismo”, acredita Carlos Alberto Di Franco, doutor em Comunicação e especialista em Jornalismo Brasileiro e Comparado. “Educação é formação em um ambiente de liberdade, de abertura, de diálogo, de debate”, lembra Di Franco. “A universidade e o ensino básico estiveram, e penso que ainda estão, muito dominados por uma matriz marxista. Uma matriz militante, ativamente militante, samba de uma nota só. Isso tem consequências. Quando a ideologia domina o processo de conhecimento, o que desaparece é o conhecimento.”

Sem espaço para divergência
No faroeste à brasileira, é o bandido que persegue o xerife.
Não chega a ser surpreendente que também no jornalismo prevaleça o avesso das coisas. A TV Jovem Pan News abriga comentaristas de todos os espectros ideológicos, mas é qualificada pelos arautos do pensamento único de “bolsonarista”, “disseminadora de fake news” e “propagadora de discurso de ódio”. A Folha, que torce pela morte de Bolsonaro, proíbe contestações à verdade oficial e inventa verbos delirantes para esconder os avanços econômicos do país, apresenta-se como “imparcial”, “fiel aos fatos” e “defensora da democracia”.

Na GloboNews e na CNN Brasil, não há comentaristas políticos “de direita”, “liberais” e “conservadores”. Nas duas concorrentes, ninguém murmura algum contraponto ao incessante bombardeio que alveja o atual chefe de governo. “Se antes, pela falta de termo de comparação, o público talvez não notasse os truques sujos e as manipulações perpetrados diariamente pela imprensa autoproclamada ‘profissional’, hoje ele percebe”, acredita o escritor e antropólogo Flávio Gordon. “Quando a redação se torna uma bolha na qual o radicalismo ideológico de uns retroalimenta o dos colegas, o senso de cumprimento de uma missão política em vista de um mundo melhor sobrepuja qualquer preocupação com a prática jornalística tradicional, que, nessas condições, passa a ser vista até mesmo como reacionária.”

Como observa J.R. Guzzo, o “crime” da Jovem Pan é não se submeter ao pensamento único que a esquerda quer impor a todos os brasileiros. Virou uma religião, com pecado mortal, excomunhão e o castigo do inferno”, constata o colunista. “Trate de obedecer — caso contrário, você será denunciado por subversão da ordem politicamente sagrada.” Com notável clareza, Guzzo localiza a questão-chave escancarada pelo surto autoritário:

“E se a Jovem Pan e seu programa condenado forem mesmo a favor do presidente Bolsonaro — ou de qualquer outro personagem da cena pública, ou de qualquer posição política? Qual seria o problema? Por acaso é proibido ser a favor de Bolsonaro? Ou ser contra seus adversários? É isso, exatamente, o que propõem os autores da agressão: um veículo de comunicação, segundo eles, não tem o direito de publicar aquilo que seus editores decidem levar ao público, conforme lhes está garantido na Constituição. A liberdade de imprensa, na sua maneira de ver as coisas, não pode existir para todos. Veículos como a Jovem Pan, o programa Os Pingos nos Is e os colegas que ali trabalham são tidos como algum tipo de delinquente, gente fora da lei que deve ser denunciada e, em consequência dos seus delitos, proibida de se manifestar”.

É isso. O resto não passa de conversa fiada. Discurseira de intolerantes mal cobertos pela fantasia de democrata em frangalhos.

Leia também “Corporativismo midiático”

 Augusto Nunes e  Edilson Salgueiro

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Ministro diz que linha de comando da PM do Rio precisa ser investigada

Ministro da Justiça critica Segurança Pública do RJ e aponta ligação de autoridades com o crime organizado

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, desafiou autoridades a provarem que ele está errado

[o atual ministro da Justiça, em que pese ser auxiliar direto do governo Temer, demonstra no seu modo de agir ter grande afinidade com o ex-procurador geral Janot, qual seja: a mania de acusar sem provas, fazer afirmações sem preocupação em comprová-las.

Age igual o Janot quando acusa a PMERJ de práticas criminosas e desafia os acusados a que provem que está errado - o correto é quem acusa, apresentar provas.

Outro caso de afirmação inconsequente foi quando alguns dias após sua posse deixou claro que iria substituir o atual diretor-geral da PF, se valendo de ser o ocupante daquele cargo demissível  'ad nutum'; só que  não se aprofundou no 'balão de ensaio' 'esqueceu' tudo (se havia algo a ser esquecido) e parece que desistiu da ideia - que tudo indica era daquelas ideias sem noção.

Seu estilo é: acusa sem provas e depois desafia os acusados a provarem que ele está errado = essa conduta se chama inversão do ônus da prova, que não cabe na atual pendenga do ministro com as autoridades do RJ.]

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, criticou a Segurança Pública do Rio de Janeiro e apontou ligação de autoridades do Rio e comandantes da PM com o crime organizado. As declarações de Torquato foram dadas em entrevista ao jornal O Globo, publicada na manhã quarta-feira (1º). Após declarações ao site UOL, no qual fez menções ao tema, o ministro sofreu duras críticas do governador do estado, Luiz Fernando Pezão, de deputados estaduais e do comando da PM. 

Diante da reação, ele desafiou as autoridades a provarem que sua fala está errada, além rebater declarações do governador.
“Lamento a repercussão e extensão que teve [as declarações feitas ao site UOL]. Fiz uma crítica institucional pessoal. Mas se estou errado, que me provem”, provocou. Para Torquato, a “própria história da instituição” aponta a ligação do comando da PM com o crime organizado. “Em algum momento, este ano, de uma única vez, foram presos 93 policiais de um batalhão em São Gonçalo. Alguns dias mais tarde, mais alguns. E qual foi a consequência disso? A polícia tem que revelar, tem que contar. (Tem) a questão de vazamento de informações”, apontou na entrevista.

No entanto, de acordo com ele, a investigação da corporação não é de responsabilidade da autoridade federal, mas da Corregedoria da própria Polícia Militar local. Para Torquato, há toda uma linha de comando que precisa ser investigada. ”Nós temos informação: R$ 10 milhões por semana na Rocinha com gato de energia elétrica, tv a cabo, controle da distribuição de gás e o narcotráfico. Em um espaço geográfico pequeno. Você tem um batalhão, uma UPP lá. Como aquilo tudo acontece sem conhecimento das autoridades?”, questionou o ministro que associou o caso a uma autorização “informal” e fez menção ao filme Tropa de Elite, que mostrava toda uma organização envolvida.”Em algum lugar, voltamos à Tropa de Elite 1 e 2″.

Sobre as críticas do governador do Rio, o ministro afirmou ter dito apenas sua opinião e disse ter conversado com as autoridades locais, em mais de uma reunião. Torquato contestou a negativa de pezão, de que não teria conversado sobre o assunto com o ministro: “Eu tenho melhor memória”.  Questionado pela jornalista Renata Mariz sobre políticos do Rio que querem que ele apresente nomes sobre a conexão entre deputados, crime organizado e a polícia, Torquato disse que a questão não é apontar nomes. “No mapa eleitoral do Rio de Janeiro, você tem cerca de 840 zonas mais perigosas onde moram um milhão de cariocas. Pelos dados oficiais, você sabe quem são os mais bem votados. E isso está sendo estudado pelo TSE com a participação do Ministério da Justiça, do GSI, da Defesa, da Abin e da PF”, disse ao site.

Fonte: Consultor Jurídico
 

quinta-feira, 12 de março de 2015

Um batalhão de PMs mortos



Entre 2001 e 2014, 1.715 policiais militares foram assassinados no Rio, mostra estudo inédito da Secretaria de Segurança Pública
Levantamento feito pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro mostra que entre 2001 e 2014 1.715 policiais militares foram assassinados, em serviço ou durante suas folgas. No mesmo período, 9 mil PMs ficaram feridos em assaltos, emboscadas ou confrontos com criminosos. A partir do levantamento, a secretaria calculou a taxa anual de homicídios para cada grupo de mil policiais e concluiu que desde 2012 o índice vem aumentando.


 O enterro do cabo da PM do Rio Rogério Pereira da Silva, de 39 anos, em fevereiro. Ele foi morto em confronto (Foto: Arion Marinho/Parceiro/Agência O Globo)

Em 2014, bandidos mataram 96 policiais (18 no trabalho e 78 de folga). Como o efetivo da corporação era de 48,5 mil militares, a taxa de homicídio foi de 2 mortos a cada grupo de mil agentes. Apesar do agravamento desde 2012, o resultado de 2014 não é o pior do período pesquisado. Os anos mais críticos foram 2003 (com 176 assassinatos) e 2004 (com 161), com índice acima de 4 assassinatos a cada grupo de mil policiais –naqueles anos, o efetivo da corporação era de 37,5 mil homens.

A pesquisa mostra ainda que um PM tem quatro vezes mais chances de perder a vida durante a folga. Nos últimos 14 anos, 1.375 foram assassinados nos dias de descanso contra 340 mortos em serviço. O grande risco para um PM não fardado é ser rendido por assaltantes. Mesmo que não reaja, ele possivelmente será morto se o bandido descobrir sua identidade.

Entre os 18 policiais mortos no trabalho em 2014, oito estavam lotados em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas em favelas cariocas, antes dominadas por traficantes de drogas. Em dezembro passado, ÉPOCA revelou como os bandidos passaram a montar emboscadas contra os militares das UPPs, numa tática de guerrilha. Os criminosos também usam menores de idade na linha de frente. Adolescentes de apenas 15 anos viraram gerentes do tráfico.

Em cinco anos, os policiais brasileiros mataram 11.197 pessoas. Mais do que os policiais americanos mataram nos últimos 30 anos.

 No ano passado, mais de 50 mil pessoas foram vítimas de homicídio doloso (quando há intenção de matar) no país – um acréscimo de 1,1% em relação ao ano anterior.  O agravamento da insegurança e a violência policial têm raízes parecidas: segundo o sociólogo Michel Misse, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em segurança pública, as polícias brasileiras não foram concebidas para conduzir investigações. Incapaz de solucionar os casos de homicídio, o poder público não consegue criar políticas criminais que reduzam o problema. “Há uma concepção de combate, de punição. Não uma concepção de investigação”, afirma Misse. [ao comparar o número de bandidos mortos pela polícia brasileira nos últimos 30 anos com os mortos pela polícia americana em igual período e omitir o número ínfimo de policiais americanos mortos por bandidos nos trinta anos da pesquisa,  o trabalho revela seu objetivo básico: criminalizar a conduta da polícia brasileira.
Reforça sua intenção quando alega que a polícia brasileira mata para não ser treinada para investigar.
Inexplicavelmente, atribui que os bandidos procuram matar os agentes por receio de serem mortos. Esquece que o bandido ao cometer o roubo ou qualquer outro ato criminoso é quem provoca a ação policial.
E quando reage obriga a polícia a usar a força necessária para se defender – vale o axioma: entre a mãe de um policial chorar e a mãe do bandido, que a do bandido  chore.]

Essa postura policial prejudica também os agentes. No último ano, 369 policiais foram mortos em serviço. Em 2009, foram 186. A letalidade da polícia gera reação semelhante dos bandidos: “No Brasil, há a suspeita, por parte dos criminosos, de que eles podem morrer caso se entreguem”. Por isso, preferem o confronto. Segundo Misse, para melhorar a segurança, é importante modernizar a polícia. E despi-la de seus aspectos militares.

ÉPOCA – A polícia brasileira, em cinco anos, matou mais que a americana em 30. Qual a explicação para essa taxa de letalidade?
Michel Misse –
 A polícia brasileira é uma polícia construída para o combate. Há uma concepção de combate, de punição. Não uma concepção de investigação. A Polícia Militar é a principal, embora não a única, responsável por esses dados. Ela não fazia esse tipo de trabalho, até o regime militar – foi quando virou uma força de policiamento ostensivo. O problema é que ela carregou seus aspectos militares, inadequados para o trabalho de investigação, que deveria ser próprio da polícia.