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segunda-feira, 13 de junho de 2022

Não pode e não pode - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Embate político no Brasil deixou de ter nexo. Passou a ser um exercício de fanatismo.

O preço do barril de petróleo acaba de passar dos US$ 120. Um ano atrás, no meio de junho de 2021, estava em US$ 75. 
Esse é o preço internacional, ou seja, quanto um barril realmente vale no mundo dos fatos objetivos. Fala-se, aqui, num “preço brasileiro”, que deveria refletir os custos de produção internos e ser aplicado para o petróleo extraído no Brasil, mas essa é apenas uma miragem a mais. 
O mundo é um só e o preço real é um só, US$ 120 pelas últimas cotações, e isso quer dizer, muito simplesmente, que o petróleo custa hoje 60% mais caro do que custava há um ano.  
É possível acontecer um negócio desses e não haver consequência nenhuma no preço dos combustíveis para a população? É claro que não – mas é exatamente isso que “a sociedade”, por meio dos políticos, dos formadores de opinião e das classes intelectuais, está exigindo.
Quando um produto tão vital para a economia e o bem-estar das pessoas como o petróleo sobe 60% no espaço de um ano, está claro que não vai haver solução feliz.
Quando um produto tão vital para a economia e o bem-estar das pessoas como o petróleo sobe 60%  no espaço de um ano, está claro que não vai haver solução feliz. Foto: Alex Silva/Estadão
A gritaria, como sempre, é para “o governo” resolver o problema. 
Os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha “não podem” estar tão caros, e “o governo” tem de fazer “alguma coisa” para resolver isso – e fazer sem que haja sacrifício para as populações “menos favorecidas”, para a classe média, para o sistema de transportes, para a indústria e para as finanças dos 26 Estados que hoje são os maiores beneficiários, via imposto cobrado direto na bomba, dos preços calamitosos a que o petróleo chegou. 
Admite-se, com muita má vontade, que o governo não pode fazer nada para mexer nos US$ 120 que custa o barril. Mas exige-se que, a partir daí, a autoridade pública dê um jeito para vender combustível pelo preço do ano passado – e, ao mesmo tempo, que mantenha intacta a sua integridade fiscal, não atrapalhe as contas públicas e, mais que tudo, não faça demagogia num ano eleitoral. Preço baixo, sim. Aplausos por baixar o preço, não.
 
 Quando um produto tão vital para a economia e o bem-estar das pessoas como o petróleo sobe 60% no espaço de um ano, está claro que não vai haver solução feliz. Está claro que alguém vai se machucar, e que não é possível ir a lugar nenhum com a ideia geral de que vão se resolver problemas de preço com o avanço da justiça social e outras coisas virtuosas. Mas no Brasil de hoje exige-se não apenas a solução a custo zero; ela também não pode ser creditada ao governo, pois isso seria propaganda eleitoral. 
Reduzir impostos, por exemplo, ou ressarcir os Estados pelos cortes que eles fizerem em seus tributos, como o governo propôs – não pode. É fazer campanha. É populismo. É piorar os problemas.

O embate político no Brasil deixou de ter nexo. Passou a ser um exercício de fanatismo.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


terça-feira, 21 de dezembro de 2021

NÃO SEI DO QUE SE TRATA, MAS O CULPADO É BOLSONARO

Vaterlucio Campelo

Pertenço ao clubinho cada vez menor dos que não encontram respostas Simples para problemas complexos. Depois que tive a oportunidade de conhecer umas três ou quatro linhas de Edgar Morin e umas duas ou três sobre sistemas complexos, tento dar as costas ao simplismo que contamina certas declarações, especialmente de políticos e analistas a respeito de temas importantes. Confesso que nem sempre consigo.

Dou como exemplo a volta insistente do aumento de preços, o velho dragão da inflação, que estava praticamente dominado desde o plano real, um dos mais elaborados e complexos planos econômicos experimentados no mundo. Hoje, convenhamos, nenhum brasileiro está tranquilo perante a situação econômica, os preços sobem e sobem. O mundo todo, aliás, incluindo o Tibet, se encontra em alvoroço.

Há, contudo, quem se satisfaça dizendo que é culpa do Bolsonaro e pronto. Diz essa bobagem e vai dormir sossegado. 
Crise energética na China? Crise de combustíveis? Desorganização das cadeias de suprimento? Inflação e taxa de juros nos EUA? Crise na oferta de fertilizantes? Restrições ambientais? Crise hídrica? Expansão monetária para cobrir despesas e proteger pobres e empresas? Tudo isso e muito mais ocorreu em escala global e os vermelhinhos, disfarçados ou não, estão lá berrando com pose de especialistas que a culpa é do Bolsonaro que não usa máscara.

Quando em março de 2020 já gritavam “finkincasa” que a economia resolvemos depois”, exigindo somas sem fim e sem controle para o sistema de saúde, ou quando acharam pouco o socorro financeiro sem contrapartida laboral para milhões de necessitados, não pensaram na inflação. Ou será que pensaram e empurraram só para que ela acordasse e hoje justificasse o novo berro?

Não tenho muita paciência, aliás, não tenho nenhuma paciência para ser professor, algo que só experimentei entre 21 e 23 anos de idade, mas vou contar umas coisinhas aqui na “sala” dos leitores.  O barril de petróleo está na casa dos 80 dólares você queria que Bolsonaro fizesse como a Dilmanta, [Dilma x Anta] segurasse os preços dos combustíveis artificialmente e quebrasse a Petrobras, mandando a conta para TODOS os pagadores de impostos?

A Crise energética na China, fabricante até daquela argola que seu filho usa nas ventas, danou a oferta global gerando escassez de brinquedos a chips para seu celular. Resultado: Aumento de preços.

– O preço do gás natural na Europa, dependendo do país, subiu até 300% no último ano por causa da política ambiental adotada na Europa que hoje está, por causa disso, de joelhos para o Putin, que se ficar mais “putin”, com o inverno chegando, fará a rainha da Inglaterra voltar aos tempos de dois ou três banhos por ano. Resultado: Aumento de preços.

– A Rússia limitou drasticamente a oferta de nitrogenados. Sabe o que é isso não? É fertilizante que importamos de lá mais de 20% do que usamos. Resultado: Aumento dos preços.

O Bolsonaro já enfiou o pé na jaca keynesiana até onde pode, e hoje tem 50% a mais de papel moeda circulando na economia brasileira. Precisa explicar que mais moeda sem níveis elevados de crescimento econômico e alta demanda implica inflação?

Enquanto o mundo todo tenta se refazer da peste de crises (desculpem o trocadilho), os babacas daqui fecham o site do UOL ou do G1 e saem papagueando “a culpa é do Bolsonaro!”. Culpa de quê, homem de Deus? 
Você não entendeu nem a primeira sílaba da palavra pandemia, passou mais de um ano em casa gastando a tecla do celular, engordou feito um leitão (falei que não tenho paciência) e quer agora mais dinheiro na economia e menos inflação? Pior ainda é acompanhar esse “raciocínio” e em seguida ouvir que o programa Auxílio Brasil é eleitoreiro, mas R$400,00 não dá pra nada.

Outros, aplaudem e alimentam diariamente a insegurança do país, apoiam as decisões judiciais que causam insegurança jurídica, torcem pela prisão dos jornalistas decentes, vibram com CPI’s de araque e trocentos pedidos ridículos de impeachment que causam instabilidade política, fazem da questão sanitária uma espécie de guerrilha anti-governo, desgraçam a democracia com decisões por cima e por baixo da Constituição e “inocentemente” se assustam com a alta do dólar “Ui, não posso comprar o iphone 13 que minha filha pediu, culpa do Bolsonaro!”

O sujeito entra com gosto na guerra da pandemia e quer sair ileso, quem sabe, contabilizando despojos. 
Preste atenção, amiguinho: Se você ficou em casa e não estava naquele consórcio lá do Nordeste, ou em outro rolo qualquer de compras sem licitação, perdeu, playboy! 
Sim, porque mesmo sendo servidor público, a inflação lhe tomou a picanha da feira. Não notou?

Já que o Congresso não está disposto a fazer reformas econômicas que propiciem liberdade e crescimento econômico, parece certo que o Banco Central vai ter que dar mais porrada pra cima na taxa de juros. É o jeito. É necessário que uma política monetária restritiva seja mantida a fim de que não percamos o controle da moeda. Entrar 2022 com IPCA na marca de 10% seria péssimo sinal.

Alta inflação em ano eleitoral, com mídia, justiça e políticos contra, será explorado como descontrole e estabelecerá descrédito na equipe econômica. Por outro lado, ao elevar a taxa Selic para uns 9-10% como prevê o mercado, o Banco Central – guardião da moeda, estará enviando um recado às empresas para que adiem seus planos de investimentos. A tendência é enxugar o mercado.

Do lado do consumidor, uma Selic mais alta fará elevarem-se os juros bancários diminuindo também o consumo, situação que não pode ser sustentada no longo prazo sob pena de dano estrutural na economia, desinvestimento, desindustrialização, desemprego, aumento da pobreza e perda de arrecadação, sem falar no custo da dívida pública.

Este cenário, difícil, turbulento e ameaçador, rapidamente esboçado como permite este espaço, é realmente dramático, mas é hoje a regra na maioria dos países. Talvez um jovem de vinte e poucos anos, que não sabe o que é viver sob alta inflação, tenha o direito de traduzir sua raiva culpando estupidamente o governo, porém, seu pai ou sua mãe, se não perdeu a memória ou age de boa-fé, não pode culpar Bolsonaro com a simplicidade de quem o acusa de não usar máscara.

Sim, eu sei. Tem um monte de gente torcendo para o “quanto pior, melhor”. A única forma de voltarem ao poder é desgraçando o país e com isto eles não se importam, já que estarão (?) no andar de cima. Mas, pelo menos, poderiam ser um pouco mais honestos. Por favor, tenham respeito e não tratem a economia com a ligeireza e a expertise de quem frita um ovo.

Publicado originalmente em https://ac24horas.com/2021/11/12/nao-sei-do-que-se-trata-mas-o-culpado-e-bolsonaro/

valbcampelo@gmail.com  Valterlucio Campelo


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A irmandade do suborno

Petrobras não consegue dimensionar suas perdas 


Todo dia a Petrobras compra e vende petróleo e derivados no mercado mundial. Durante a última década e meia, negociou em média 400 mil barris a cada jornada de 24 horas, a preços variáveis.  Agora descobriu-se que parte dessas transações não teve qualquer registro e deu prejuízos à empresa estatal, mediante subornos pagos a funcionários, intermediários, políticos do PT e outros partidos políticos.

Eles receberam propinas entre dez centavos e US$ 2 por barril de petróleo e derivados nas negociações diárias, com pagamento à vista, e em contratos de longo prazo — mostram os novos processos abertos na Operação Lava-Jato.  O grupo fazia a Petrobras comprar a preços acima de mercado e a vender a preços mais baratos. Numa negociação de 300 mil barris, por exemplo, acertavam com o cliente estrangeiro “comissão” de US$ 1 por barril e embolsavam US$ 300 mil. Chegaram a “sumir” com 17,5 mil toneladas métricas de combustível da estatal embarcadas em três navios. Em 2012, celebraram o recorde de US$ 2 de propina sobre uma carga levada a Fortaleza.
A Petrobras não consegue dimensionar suas perdas na área, onde obtém dois terços do seu faturamento. Contou ao Ministério Público, em abril: 

“Não é possível localizar todas as aprovações (dos gestores), visto que algumas ocorreram em despachos presenciais ou por telefone, principalmente para os casos mais antigos.” São 15 anos de contratos informais, diários, sem controle de auditores e de órgãos como CVM e TCU. Entre os principais beneficiários se destacam três trading companies, irmãs na hegemonia sobre o mercado mundial de petróleo e derivados. Vitol, Trafigura e Glencore somam receitas de quase US$ 500 bilhões por ano, seis vezes mais que a estatal brasileira, equivalente ao PIB de Minas. 

Os processos deixam claro que “a alta cúpula dessas empresas tinha total consciência do que estava ocorrendo”. Devem ir a julgamento no Brasil, nos Estados Unidos e na Suíça.


José Casado, jornalista - O Globo



 

domingo, 19 de junho de 2016

A maldição do petróleo

A  crise econômica que levou o Estado do Rio a decretar o estado de calamidade tem, sem dúvida, como analisei ontem aqui, a responsabilidade fundamental da crise do petróleo mundial, que afetou a base da economia do Rio como maior produtor do país. Mas contou com um ingrediente de irresponsabilidade administrativa que está sempre presente nas crises de países (ou Estados) que têm abundância de recursos naturais.

No caso do Brasil, o governo abandonou projetos de combustíveis alternativos como o etanol, porque considerava que havia tirado o bilhete premiado com o pré-sal. Essa situação recorrente é conhecida como a "maldição do petróleo", que gera desperdícios em meio à corrupção. Foi o que aconteceu no Brasil e também no Rio, onde os gastos correntes cresceram, e o Estado se endividou acima de sua capacidade.

O ex-governador Sérgio Cabral declarou que a mudança no marco regulatório do pré-sal causou esse desequilíbrio econômico no Estado, mas ele, que reagiu inicialmente à mudança do sistema de concessão para o de partilha porque prejudicaria a distribuição de royalties para os estados produtores, acabou fazendo um acordo com o governo federal em troca de ações na infraestrutura.

Sem dúvida, o Estado e o município do Rio, devido à Olimpíada, obtiveram muitos investimentos federais: PACo comunidades, Minha Casa, Minha Vida, Metrô, BRT, VLT, entre outros. Mas, com base nas receitas futuras do pré-sal, o governo do Estado endividou-se acima de suas possibilidades, ficando com um déficit de R$ 20 bilhões entre receita e despesas, além de uma conta negativa de cerca de R$ 5 bilhões de restos a pagar com fornecedores.

Com o barril de petróleo a 100 dólares, o governo do Rio endividou-se pegando R$ 1 bilhão no Banco do Brasil, R$ 2.3 bilhões na Caixa Econômica Federal e até mesmo R$ 2.3 bilhões em debêntures nos Estados Unidos, e acabou ficando com uma dívida até 2022, difícil de pagar com a queda do preço do barril. Com a crise da Petrobras, e a queda do preço internacional do petróleo, o Estado do Rio perdeu receita, teve a indústria naval afetada, os incentivos fiscais para as montadoras aumentando a crise com o preço do combustível congelado pelo governo federal reduzindo a arrecadação do ICMS do Estado em cima dos derivados. O Pólo Petroquímico de Itaboraí e o Comperj também foram afetados pela crise do petróleo.

A Rio Previdência acabou tendo uma sobrecarga com planos de cargos e salários dados pelo governador Luiz Fernando Pezão. A folha salarial foi a R$ 23 bilhões e os inativos consomem outros R$ 17 bilhões, e os royalties acabaram sendo usados para esses pagamentos. O deputado estadual Luiz Paulo discute na Agência Nacional de Petróleo o preço de referência para o pagamento dos royalties, para amenizar a crise. Mas considera que a irresponsabilidade gerencial pode ser até razão para um impeachment. 

O especialista Mauro Osório, atualmente presidente do Instituto Pereira Passos do município do Rio de Janeiro, em recente artigo no Globo ressalta os desafios que teremos esse ano, como o término das obras relativas às Olimpíadas e o aumento das demissões na construção civil.  Um desafio para o Estado do Rio é diminuir a dependência das receitas de royalties do petróleo, diz ele, e para tanto “será necessário aprimorar o planejamento público, buscando o adensamento produtivo e o aumento da base para arrecadação de ICMS”.

Para Osório, as principais janelas de oportunidade encontram-se em torno dos complexos produtivos de turismo, entretenimento, esporte, cultura e mídia; da economia da saúde; e do petróleo e gás.  É importante, também, analisar as prioridades dos gastos públicos, alerta. Em 2014, por exemplo, o gasto público per capita para o conjunto das atividades vinculadas ao Legislativo e ao Judiciário no Estado do Rio foi em torno de 70% maior do que as despesas verificadas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Não é à toa que o governador em exercício Francisco Dornelles, depois de ter decretado o estado de calamidade para viabilizar um financiamento de R$ 3 bilhões do governo federal, promete medidas duras.

Fonte: O Globo - Merval Pereira 

 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O mi-mi-mi do preço da gasolina

Na interpretação da imprensa, quem não repassa para a gasolina a baixa do preço internacional do petróleo não tem outro interesse que o de fazer caixa às nossas custas 

Quase seis meses atrás fiquei muito bem impressionado com um comentário dos mais lúcidos na minha opinião, é claro que ouvi de Viviane Mosé. Foi no programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil, sobre como as coisas viram ou não preocupações nacionais, dependendo das notícias que nos chegam e do que não é noticiado pela imprensa. 

Tenho lembrado muito disso cada vez que ouço as comparações que nossa imparcial mídia faz entre o preço do litro de gasolina no Brasil e o preço do barril de petróleo no mercado internacional.  Para todos os efeitos, segundo o que se lê todos os dias nos jornais e se vê todas as noites nas TVs, nós, pobre motoristas, estamos sendo passados para trás por um governo às voltas com seus déficits e por uma Petrobras corrupta. Os dois se recusam a passar para as bombas que abastecem nossos carros as fortíssimas reduções de preço que o petróleo vem experimentando nos últimos meses. E esse mantra, repetido à exaustão pela chamada grande mídia, faz o maior sucesso nas rodas de conversa Brasil afora.

Realmente, existem fatos que não se pode contestar. O preço do barril de petróleo no mercado internacional, que passou de 110 dólares em meados de 2014, aproxima-se hoje dos 30 dólares. Enquanto isso, no mesmo período, o preço da gasolina no Brasil saiu de 2,97 para 3,65 reais. Para sermos mais precisos, coisa que a imprensa nem sempre tem interesse em fazer, é recomendável usarmos a mesma moeda. Então estamos falando de uma pequena queda no preço da gasolina comum, de 1,30 para 0,90 dólares.

Opa… Quer dizer então que a gasolina não subiu em termos reais? O efeito é o da variação cambial? Isso não parece muito bom para ser publicado. Porque essa notícia – da alta do dólar – já foi dada. Então é preciso manter cada coisa na sua moeda, para não diminuir o impacto. Mas, convenhamos, as variações ainda são muito díspares mesmo usando só o dólar. A relação entre o preço mundial do barril de petróleo o preço do litro de gasolina no Brasil era de 86,2 em junho de 2014 e hoje é de 34,0. Por que não pagamos o que o mundo inteiro paga?

Se nossa imprensa colocasse o interesse em esclarecer acima de outros interesses, possivelmente iria esmiuçar o que a ANP e a Petrobras divulgam sobre o tema e traduzir em linguagem simples e acessível os mecanismos de formação de preços dos combustíveis. Mais ainda, iria mostrar como a Petrobras, fazendo jus ao “bras” que carrega em seu nome, trabalha com a absorção das variações de preço, às vezes ganhando, às vezes perdendo, para reduzir os impactos em nossos bolsos das mais diversas guerras (nem sempre meramente comerciais) travadas nos palcos internacionais.

Não fosse assim, poderíamos estar pagando hoje meros 2 reais pelo litro de gasolina comum, mas teríamos pago 7 no mesmo junho de 2014. Ou poderemos vir a pagar muito mais num futuro próximo, se as relações entre o Irã e a Arábia Saudita continuarem azedando e uma nova guerra for deflagrada na região. É isso mesmo que queremos?

De tudo isso, há que se reconhecer um ponto de absoluta coerência: a chamada grande imprensa dá à questão dos preços dos combustíveis o mesmo tratamento raso e simplório que dispensa ao aumento nas tarifas de transporte público – que, nos telejornais e nos veículos impressos, não passa de uma rusga entre polícia e black blocs.

Fonte: Paulo Cesar Marques da Silva, engenheiro - O Globo 
 

sábado, 16 de maio de 2015

Como a Petrobras quase produziu o barril de petróleo mais caro do mundo

Como a Petrobras quase produziu o barril de petróleo mais caro do mundo

Óleo processado pela Refinaria Abreu e Lima sairia por US$ 80 mil, afirmou Graça

O superfaturamento na refinaria Abreu e Lima, o maior desfalque entre as falcatruas reveladas pela Operação Lava-jato, colocou a Petrobras em rota de produzir um único barril de petróleo a quase US$ 80 mil. O cálculo feito pela então presidente da estatal, Maria das Graças Foster, e revelado em áudio de reunião obtido pelo GLOBO, levou em conta o montante investido no empreendimento (US$ 18 bilhões) e a capacidade de produção (230 mil barris) que teria a refinaria. O enredo que levou aos números inflados começou assim...

Os custos do projeto antes orçados em US$ 2 bilhões saltaram para cerca de US$ 18 bilhões após uma enxurrada de aditivos indevidos aos contratos.

Para efeito de comparação, se a obra da refinaria fosse concluída pelo valor inicialmente previsto, o custo inicial de cada barril seria bem menor, de US$ 8.695.
 
Com os US$ 80 mil do barril de petróleo mais caro do planeta daria para comprar, por exemplo, 145 relógios inteligentes da Apple
 
Consumidor testa Apple Watch em Palo Alto - REUTERS
Mas nem os US$ 80 mil, nem os US$ 8.695 correspondem ao preço de venda do barril. Os valores ajudam a dar a dimensão se o investimento inicial na construção da refinaria foi feito com cuidado e eficiência, gerando retorno no longo prazo. Diferentemente do preço do barril de petróleo cru cotado em Bolsa, que serve de referência para a negociação da commodity no mercado. O barril do tipo Brent foi cotado na quinta-feira a US$ 66,75.
 
Por exemplo, uma reforma numa casa pode usar um piso mais caro ou mais barato; a mão de obra contratada pode realizar os serviços por um tempo mais longo, e mais custoso, ou mais curto; e um bom conhecimento da planta pode evitar gastos extras, como um cano quebrado. Essa combinação de fatores vai influenciar no valor por m² e indicar se a obra foi eficiente, assim como na refinaria.
 
Para Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, uma refinaria como a Abreu e Lima, dado à tecnologia empregada, deveria produzir a um custo inicial de investimento um barril refinado a no máximo US$ 35 mil, menos da metade dos US$ 80 mil.  O alto custo desse investimento inicial, demonstrado num barril de US$ 80 mil, está relacionado diretamente às perdas de ativos de Abreu e Lima, orçadas em R$ 9,143 pela Petrobras. — É um investimento que não se recupera mais. Não se dá para vender 1 litro de gasolina a um valor exorbitante. Não funciona repassar ao mercado o mau gerenciamento — ressalta Pires.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Empresário denuncia a Janot e Moro que Lula, Dilma, Lobão, Gabrielli e Costa decidiam tudo na Petrobras



“O Poder Judiciário não vale nada, o que vale é a relação entre as pessoas”.

É com esta frase atribuída ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o empresário Auro Gorentzvaig abre uma denúncia que fez no dia 2 de fevereiro ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e ao juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba. O antigo controlador da Petroquímica Triunfo pede que seja investigado o processo de criação da Braskem, sociedade de propósito específico entre a Petrobras e o grupo Odebrecht.

Tal notícia é censuradíssima na grande mídia. As dez páginas da reclamação de Auro Gorentzvaig a Janot e Moro vazaram de Washington, capital dos EUA. O antigo controlador e conselheiro da Petroquímica Triunfo pede que a investigação parta do Inquérito Policial 1114/2014 da Delegacia da Polícia Federal na capital paranaense. Será que Lula terá coragem de interpelar Auro judicialmente, principalmente pela sentença infeliz que lhe queima ainda mais o filme perante a magistratura brasileira? Ou Lula deixará para lá, como sempre faz, alegando que de tudo nada sabia? Não! Ele já negou tudo, da mesma forma que a Braskem e demais denunciados...

Além da indiscreta frase de Lula contra o Judiciário, que na versão do empresário foi dita em uma reunião com ele e Paulo Roberto Costa, em 26 de Fevereiro de 2009, às 16h30, na sede do Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, Auro Gorentzvaig formalizou uma denúncia "contra Dilma Vana Rousseff, presidente da República Federativa do Brasil; Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República; José Sérgio Gabrielli de Azevedo, ex-presidente da Petrobras; e o "colaborador premiado" Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Petroquímica da Petrobras". O indignado Auro derruba a inconsistente tese construída pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que "não há nenhum fato, absolutamente nenhum fato, que demonstre, que indique ou que gere indícios de que a presidente da República tenha qualquer envolvimento nesses fatos seja de maneira dolosa (intencional), seja de maneira culposa". Como ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras na gestão Lula da Silva, Dilma responde solidariamente por todos os problemas. Na Justiça dos EUA, se for acatada denúncia contra ela, será citada e vai a julgamento, com alto risco de condenação a pagamento de multas ou até prisão - o que seria um vexame interplanetário.

O empresário sustenta que integrantes do governo praticaram crimes que o prejudicaram na Petroquímica Triunfo, sociedade entre a Petrobras e a Petroplastic no Rio Grande do Sul. Na denúncia a Janot e Moro, Auro Gorentzvaig atribui responsabilidades a atual Presidenta: "Dilma Rousseff, ex-secretária de Energia do Governo do Rio Grande do Sul, na gestão do petista Olívio Dutra, iniciou o assédio à nossa empresa, já naquele período. A Triunfo e o Copesul estão localizadas na cidade de Triunfo, no Rio Grande do Sul. Já na condição de Conselheira da Petrobras e Ministra do Governo Lula, a agora presidente reeleita Dilma Vana Rousseff deixou claro, em várias ocasiões, que seguia ordens do então presidente da República para concentrar o monopólio do sistema Petroquímico Brasileiro nas mãos da Odebrecht, beneficiando o estado da Bahia na arrecadação de impostos".

Auro denuncia que era Lula quem estava por trás de Paulo Roberto Costa: "A decisão de falar pessoalmente com o presidente da República se deu pelo fato de que todas as decisões do setor petroquímico no País passam pelo gabinete presidencial. Todos os empresários do setor, incluindo eu, sabiam que Paulo Roberto Costa funcionava como operador de Lula dentro da Petrobras. Meses antes, Paulo Roberto Costa, hoje um dos réus nos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, que apura desvios na Petrobras, comandou reunião na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, com a presença de Boris Gorentzvaig, Caio Gorentzvaig e Auro Gorentzvaig, representantes da Petroplastic.”

Na ocasião, Paulo Roberto Costa, diretor da área de petroquímica nos informou: ´... No setor Petroquímico já estava definido que só empresas atuariam no setor: uma era a Odebrecht, a outra será definida´. Ao que perguntei : ´E a Petroquímica Triunfo?´ Ele respondeu: `A Triunfo será eliminada, conforme as diretrizes estabelecidas pelo presidente da República´. A saída, então, foi conversar com quem de fato dava as ordens a Paulo Roberto Costa: o então presidente Lula".

Ainda na acusação a Lula, Auro arrasa: "Na condição de Ministro das Minas e Energia do Governo Lula, o maranhense Edison Lobão também deixou claro que Paulo Roberto Costa, Dilma Vana Rousseff, José Sérgio Gabrielli de Azevedo e ele próprio seguiam as determinações do presidente Lula. Reforçou também que era Lula quem determinava como deveriam ser tocados os esquemas dentro da Petrobras. Hoje, com as estarrecedoras descobertas da Operação Lava-Jato, vemos que tudo o que nos foi dito era verdade. Edison Lobão dizia que Lula mandava fazer. Não dava atenção à Lei, como o então presidente deixou claro ao afirmar, em seu gabinete provisório no Centro Cultural do Banco do Brasil, que o Poder Judiciário não vale nada”.

Auro Gorentzvaig  leva sua denúncia ao limite: "Durante anos fomos convidados a fazer parte de um esquema criminoso que funcionava na Petrobras. Acionistas das empresas recebiam, inclusive, os dividendos em pagamentos por fora. Por rechaçar a oferta ilegal, fomos sistematicamente atacados pela presidência da Petrobras, através de José Sérgio Gabrielli de Azevedo, pelo diretor Paulo Roberto Costa, pelo Conselho de Administração, sob o comando de Dilma Vana Rousseff. Todos faziam questão de ressaltar que tinham costas quentes: o então presidente Lula. Quem aceitou fazer parte do jogo de corrupção, agora comprovado pela Operação Lava-Jato, recebeu aportes bilionários".

O empresário pega pesadíssimo contra José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras: "Sindicalista e nascido na Bahia, José Sérgio Gabrielli de Azevedo foi o executor do monopólio que beneficiou o grupo Odebrecht. Coube a ele, durante anos a fio, facilitar o acesso da companhia baiana em várias obras de grande porte e negócios superfaturados feitos nas altas esferas da Petrobras. A Operação Lava-Jato demonstra, depois de meses de investigações, que o grupo Odebrecht participou de esquemas bilionários e criminosos dentro da estatal".

Também não poupa o delator premiado Paulo Roberto Costa: "Réu em vários processos decorrentes da Operação Lava-Jato, Paulo Roberto Costa fez acordo de delação premiada, instrumento jurídico contemplado pela legislação nacional e que obriga o acusado a relatar o que sabe em troca de redução de pena. Operador do esquema de corrupção que funcionava em algumas diretorias da Petrobras, Paulo Roberto Costa confessou que recebia propina de várias empresas, entre elas justamente o Grupo Odebrecht, para facilitar negócios superfaturados e, na sequência, repassar recursos a partidos políticos, como o PT, o PMDB, PP, entre outros".

Auro Gorentzvaig  segue na ofensiva: "Paulo Roberto Costa sempre nos procurou para ofertas escusas. Diante de nossa recusa em participar dos esquemas criminosos, hoje claramente revelados pela Operação Lava-Jato, o então diretor da estatal transferiu a Petroquímica Triunfo de forma graciosa para a Braskem, beneficiando de maneira escandalosa o Grupo Odebrecht, assim como o Estado da Bahia na arrecadação tributária, em detrimento de outros estados da federação. Realizada de forma ilegal, a operação criminosa envolve cifras bilionárias, em claro prejuízo aos cofres públicos e ao povo brasileiro".

Auro protesta em seu documento que "o monopólio do setor foi idealizado por Emílio Odebrecht, que disse ao então presidente Lula que deveria ter crescimento de escala na indústria petroquímica para participar do mercado global: "É o marketing superando o direito. Lula, Dilma, Edison Lobão, José Sergio Gabrielli, Paulo Roberto Costa, juntamente com os grupos Suzano, Ipiranga, Unipar e Odebrecht criaram então a Braskem, que tem como sócia minoritária a Petrobras, com 49,99% e o Grupo Odebrecht como sócio majoritário com 50,01%, com contrato de exclusividade de 25 anos! Como uma indústria de base de tal importância pode estar concentrada nas mãos de uma única família?”

O indignado Auro Gorentzvaig prossegue questionando no texto: "Como a Petrobras pode ter como sócia, na Braskem, o Grupo Odebrecht, envolvida em crimes de corrupção conforme revela a operação “Lava Jato”?  Pagando propina de US$ 23 milhões para o diretor da estatal, Paulo Roberto Costa? A quem interessa que poucas empresas controlem o setor?  Quem ganha com isso? Basta verificar quanto o Grupo Odebrecht gasta com o financiamento de muitas campanhas eleitorais dos partidos políticos flagrados na Operação Lava-Jato? Em quanto a Braskem e o Grupo Odebrecht, o Grupo Suzano foram beneficiados com financiamentos públicos através de bancos como o BNDES, Banco do Brasil e Caixa, com juros subsidiados?".

Auro frisa que a Triunfo foi eleita a melhor empresa do setor petroquímico brasileiro de 1989 a 2009, conquistando todos os prêmios das revistas especializadas, com caixa permanente de US$ 100 milhões, para um plano de futuro desenvolvimento. O empresário lembrou como ficou na pior: "Em audiência de conciliação na Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, a Petrobras pediu R$ 355 milhões pela sua parte na Petroquímica Triunfo. Em juízo, a Petroplastic concordou em pagar (oferta vinculante) o valor pleiteado pela petroleira nacional. A Petrobras recuou em sua decisão e, oito meses após a audiência de conciliação, repassou de maneira ilegal 100% das ações da Petroquímica Triunfo, transação avaliada em R$ 117 milhões. Ou seja, recusou R$ 355 milhões em dinheiro à vista, por 85% do capital social da empresa, operação que causou prejuízo de R$ 305 milhões à Petrobras, aos cofres públicos e ao Tesouro Nacional, um claro crime de lesa pátria em benefício da Braskem, do Grupo Odebrecht".

O empresário sustenta que a Petrobras desrespeitou de forma flagrante o direito de preferência da acionista Petroplastic e o Programa Nacional de Desestatização do governo federal: "A Petrobras, na qualidade de promotora da iniciativa privada brasileira, assume a administração da Petroquímica Triunfo em 1985 com um marketing share de 24% do mercado nacional e transfere para a Braskem a maior fatia do setor, reduzindo a participação da Triunfo para 3% do mercado nacional em 2009. Ou seja, a incorporação, além de ser feita por um preço bem menor do que realmente valia, provocou uma diminuição da importância da Triunfo no mercado, centrando força apenas na Braskem".

Auro expõe o crime de conflito de interesses: "Como pode a Petrobras, sócia institucional na Petroquímica Triunfo, trabalhar para a concorrente Braskem? Isso é uma clara demonstração de que a estratégia da Petrobras, da Presidência da República e do Grupo Odebrecht era usar dinheiro público e da estatal na compra e eliminação de concorrência, repassando o monopólio do setor para a Odebrecht, em clara e inconstitucional concentração de mercado".

O lesado na Triunfo também sugere que houve crime de improbidade administrativa: "Não poderiam os funcionários da estatal Petrobras prejudicar a Petroquímica Triunfo e trabalhar em prol da Braskem. Hoje, boa parte deles trabalha justamente na Braskem. Ou seja, transferiram patrimônio público para uma empresa privada para, em seguida, serem contratados pela Braskem, que foi a beneficiada em um negócio bilionário no setor petroquímico".

Por fim, Auro lança um desafio: "Todos os fatos aqui descritos foram por mim presenciados e vivenciados como cidadão e empresário. Sendo o presente relato a máxima expressão da verdade, coloco-me, desde já e em qualquer tempo, à disposição das autoridades brasileiras para novos e esclarecedores depoimentos e apresentação de documentos, fotos, ações judiciais e tudo o mais necessário para o completo esclarecimento de como um esquema bilionário montado dentro da Presidência da República prejudicou os cofres públicos, a Petrobras, o País e o povo brasileiro".

A denúncia bombástica, por escrito, de Auro Gorentzvaig pode ser aquele indício que faltava para que o santo nome do mito Luiz Inácio Lula da Silva acabe metido no meio de um dos inquéritos da Operação Lava Jato. Lula não tem mais foro privilegiado. Perdeu o privilégio de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal, que ontem preferiu deixar o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, "soltinho da Silva".

Suspeito de ter cometido corrupção passiva e lavagem de dinheiro nos desvios bilionários nos negócios da Petrobras com o "clube de empreiteiras", Duque teve a cara livrada pelo relato do ministro Teori Zavascki: "Há elementos indicativos de crimes graves, não há dúvida quanto a isso. Entretanto, não houve a indicação de ato concreto que demonstre a intenção de o investigado furtar-se à lei penal. O fato de o agente manter cifras no exterior não indica risco de fuga".

Por todas essas idas, vindas e denúncias cada vez mais escandalosas, o Petrolão vem se transformando em um desastre institucional que ajuda a alimentar a crise da economia brasileira, com a combinação trágica entre a corrupção sistêmica e a incompetência governamental. Os acionistas da Petrobras pagam a conta com a assustadora desvalorização dos papéis da estatal. Os consumidores arcam com uma das gasolinas mais caras do mundo, quando todo planeta baixa o preço dos combustíveis, pela baixa na cotação do barril do petróleo. E os trabalhadores das 16 empreiteiras enroladas na Lava Jato, ou das empresas subcontratadas por elas, amargam atraso de pagamentos e perspectivas de desemprego.

Espera-se que, depois do carnaval, o Procurador-Geral faça as tão esperadas denúncias que acabarão ou atrapalharão a folia de muito político corrupto. Enquanto isso, Dilma segue ingovernável em um País desgovernado. Na prática, carimbada como "mentirosa" pela opinião pública, ela já caiu muito antes de sofrer qualquer impeachment.

Fonte: Blog Alerta Total – Jorge Serrão