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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

“O nome da crise”

O nome da crise

A prisão do senador Delcídio chamou a atenção. Mas outra prisão, realizada ao mesmo tempo, envolve um personagem muito mais importante: o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual. Banqueiroe acionista do UOL, da área de Comunicações; banqueiro e sócio da Petrobras na exploração de petróleo na África; banqueiro ─ e dono de uma imensa rede nacional de farmácias, a Brasil Farma; banqueiro ─ e sócio de uma grande empresa que fornece plataformas à Petrobras. Banqueiro ─ e, principalmente, dono de um moderno jatinho intercontinental Falcon, da francesa Dassault, bem do tipo sugerido por Delcídio para que Nestor Cerveró voasse sem escalas, direto, refugiando-se em Madri.


Esteves se move nos mais diversos setores da economia. E transita bem na política. Doou para Dilma e Aécio, cimentou amizades em todos os partidos. Essa rede de bons relacionamentos, narra o ex-presidente da Federação do Comércio de São Paulo (e hoje seu presidente emérito), José Papa Jr., o ajudou a tornar-se controlador do Banco Panamericano, aquele de Sílvio Santos. O Fundo Garantidor de Crédito cuja função é garantir as contas de pequenos depositantes de bancos quebrados ─ colocou uns sete bilhões no Panamericano. E Esteves, que investiu uns 500 milhões, ficou com o banco, tendo a Caixa como minoritária. [entendam, caso consigam,  não conseguimos: o Fundo Garantidor de Crédito, sob responsabilidade do 'governo' , investiu SETE BILHÕES, catorze vezes mais que o Esteves cujo aporte foi de QUINHENTOS MILHÕES, e a Caixa, a representante do 'governo' na operação ficou como acionista MINORITÁRIA.
A propósito: a operação foi feita no governo Lula e, coincidentemente, na mesma época o SBT apresentou um folhetim contendo uma versão absurda do combate aos porcos terroristas durante o Governo militar  - um amontoado de mentiras, versões descabidas e cujo único resultado foi apresentar o primeiro beijo gay, feminino, na TV.]
 
Esteves tem estilo agressivo de negociar. Já teve de fazer acordo com a CVM, e pagar R$ 8 milhões, para evitar problemas quando se descobriu que transferia lucros do banco para a Romanche Investment. Uma empresa suíça.

As palavras do sábio
André Esteves é um empresário ágil, esperto. Como dizia Tancredo Neves, que conhecia o mundo, a esperteza, quando é muita, acaba comendo o esperto.

The way they are
Para entender o que se lê sobre o BTG Pactual, banco comandado por André Esteves, é preciso conhecer idiomas. Segundo as informações oficiais, ele é Chief Executive Officer do BTG Pactual, que atua em investment banking, sales & trading, corporate lending, wealth management, asset management e debt underwriting.

E BTG quer dizer “back to game”, volta ao jogo. Esteves, que tinha saído do Pactual, voltou triunfalmente, e colocou o BTG no nome do banco.

Acredite: mexeram-se!
Nesta sexta, dia 27, três semanas após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, o governo federal deu um sinal de vida: a presidente Dilma Rousseff convocou os governadores de Minas, Fernando Pimentel, do PT, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, do PMDB, para uma reunião. Objetivo: saber como está a região após o desastre ecológico e econômico.

Mas, caro leitor, tenha calma: não se precipite. Não é, obviamente, para tomar alguma providência em favor dos atingidos. É para montar a apresentação que a presidente fará em Paris durante a reunião da cúpula da comissão internacional de mudanças climáticas. A população nacional que se vire. O importante é fingir bem para os gringos.

Março é agora
Antes da prisão do senador Delcídio, os cálculos políticos indicavam que a crise teria uma parada gradativa: Renan e Cunha iriam sufocando devagar as CPIs, viriam as festas, o recesso (inclusive do Judiciário), o Carnaval. No ano que vem há eleições municipais, há os Jogos Olímpicos. Mas março seria um mês perigoso: depois do Carnaval, antes das temporadas olímpica e eleitoral.

Com a prisão de Delcídio, março já começou. A crise se mantém, e viçosa. O governo tem de matar um leão por dia (agora, por exemplo, votar o ajuste do orçamento, para não reentrar nas pedaladas fiscais). E se Delcídio falar?

Pagou e não levou
O problema de Dilma é que, para enfrentar essa crise, não tem base parlamentar. Ganhou algumas votações na Câmara, nestes dias, mas não por ter maioria: apenas porque a oposição não alcançou a maioria suficiente, de metade mais um, para derrubar seus vetos. Isso depois que deu aos partidos que, supõe, a apoiam, todos os cargos que pediram, buscando atender a cada uma das alas que os compõem ─ e existem exatamente para poder pedir mais boquinhas.

A oposição tem maioria, embora não tenha um projeto conjunto, nem lideranças competentes, o que facilitaria o trabalho dos governistas, se trabalho houvesse. Com essa base parlamentar, Dilma terá de enfrentar dias ruins daqui para a frente. E, repetindo uma frase anterior, o trabalho será muito pior se Delcídio falar. Ele sabe.

Ninguém sabe, ninguém viu
Delcídio Amaral sempre ganhou bem: engenheiro eletricista, trabalhou para a Shell na Europa por dois anos, foi diretor da Eletrosul, secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, ministro de Minas e Energia, diretor de Gás e Energia da Petrobras, secretário da Infraestrutura do governo de Mato Grosso; é senador desde 2002.

Sempre ganhou bem, mas sempre viveu de salário. Por mais que ganhasse, não seria suficiente para ter a casa que tem em Campo Grande ─ lá, no aniversário de 15 anos de sua filha, couberam 700 convidados, atendidos por seis chefs de cuisine, com divisões para comidas típicas de diversos países http://wp.me/pO798-96r

OS 15 ANOS DE MARIA EUGÊNIA DO AMARAL - https://marligo.wordpress.com/2015/11/27/trabalhando-ninguem-ganha-para-esbanjar-assim-veja-chocante-como-foi-a-festinha-de-15-anos-da-filhota-do-delcidio-em-maio/


Ninguém notou ─ nem políticos, nem jornalistas?

Fonte: Coluna do Carlos Brickmann - http://www.brickmann.com.br/