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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Bolsonaro promete rever regras do auxílio-reclusão

Presidente também voltou a defender a adoção de medidas que ampliem o poder de atuação das forças de segurança pública

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou a forma atual de pagamento do auxílio-reclusão, concedido a famílias de detentos, e prometeu rever as regras para desinchar a máquina pública e “fazer justiça”. Ele, entretanto, não detalhou como pretende fazer a mudança.  O benefício do Instituto Nacional do Seguro Social existe desde 1990 e é pago aos dependentes do preso em regime fechado ou semiaberto que esteja contribuindo com a Previdência na data da detenção. O segurado não pode estar recebendo salário, nem outro benefício do INSS.

De acordo com as regras, para que os dependentes do preso tenham direito, o último salário recebido pelo condenado deve estar dentro do limite previsto pela legislação. Atualmente, o valor de referência é de 1.319,18 reais.  Bolsonaro também voltou a defender a adoção de medidas que ampliem o poder de atuação das forças de segurança, como policias militares. Sem garantias necessárias para os agentes de segurança pública agirem em prol do cidadão de bem, a diminuição dos crimes não vai ocorrer na velocidade que o brasileiro exige. Os poderes legislativo, executivo e judiciário têm que assumir este compromisso urgentemente.”

O novo governo vai focar em medidas que não dependem da aprovação do Legislativo antes de apresentar uma proposta de reforma da Previdência. Uma dessas medidas é a implementação de uma carência para que o segurado do INSS receba o auxílio-reclusão. A ideia é estipular uma exigência de 12 contribuições mensais, carência não existente hoje. [importante: o cidadão de BEM, por uma razão qualquer, muitas vezes sem ter nenhuma culpa, é demitido e ele e a família que se danem, passem privações, etc, etc.
Já um individuo resolve fazer um assalto, mata a vítima para roubar = latrocínio = um dos crimes mais graves  = é preso e seus familiares passam  a receber mais de um salário mínimo mensal, a título de auxílio-reclusão.
Dirão os defensores dos direitos dos MANOS: não é para o bandido e sim para os familiares.
Nada disso: na maior parte das vezes o bandido determina quanto do valor vai para ele e o resto fica com a família - o marginal sempre fica com a parte do leão.

Estadão Conteúdo - Veja

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

No exterior, segurança de presídios passa por controle rígido de visitas


Maior controle das visitas diminui riscos à segurança pública. Ministro quer nova lei

Experiências internacionais bem-sucedidas mostram que o aumento na segurança dos sistemas prisionais passa por um controle mais rígido das visitas, ainda que aplicado apenas aos presos de maior periculosidade, e por uma melhora da estrutura das cadeias, o que facilita a vigilância e dificulta a corrupção de agentes penitenciários. De acordo com investigações, episódios recentes de violência no Rio foram deflagrados dentro de presídios. 

É o caso da invasão da Rocinha por uma quadrilha, ocorrida no último dia 17. A ação teria sido planejada pelo traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que cumpre pena na penitenciária federal de Rondônia, tida como uma das mais seguras do país. Suspeita-se que a ordem que detonou a guerra na favela tenha sido transmitida por meio de parentes ou advogados que o visitaram.

As regras dos presídios variam bastante nos países com grandes populações carcerárias, mas, embora existam problemas, em todos os casos estudados pelo GLOBO o sistema se mostra mais seguro. Na França, por exemplo, o Judiciário controla as visitas e pode vetá-las. Nos EUA, apesar de existirem regras diferentes entre os estados, aplica-se quase sempre um trabalho de inteligência para evitar que as visitas se tornem uma ameaça à segurança pública.
Nas unidades consideradas mais seguras mundo afora, há alguns pontos em comum: equipamentos de vigilância de ponta, celas individuais ou com poucos presos e a exigência de que os detentos trabalhem. [aqui no Brasil, a 'constituição cidadã' proíbe que os presos trabalhem - cláusula pétrea;
no Brasil, mesmo sem que os bandidos trabalhem, os familiares deles - esposa e filhos - recebem auxílio-reclusão cujo valor é superior a um salário mínimo.
Milhões de brasileiros decentes e honestos, ralam um mês inteiro para ganhar um salário mínimo.
Para a família de muitos bandidos eles ganham mais presos, sem trabalhar, do que se trabalhassem em uma atividade honesta.]
 
Jungmann: cadeias do país são ‘peneiras’
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, que vem fazendo uma campanha por regras mais rígidas nos presídios brasileiros, elevou ontem o tom das críticas aos métodos de controle de acesso às cadeias. Em entrevista ao GLOBO, ele disse existir “um acordo tácito entre determinados sistemas penitenciários, governos e grandes quadrilhas que dominam o interior desses aparelhos penitenciários”.
Muitos presídios do país são verdadeiras peneiras. Essa é a nossa realidade, que precisa ser enfrentada com urgência. O que vemos são pessoas presas fisicamente, mas livres em termos de comunicação com o mundo exterior. Como isso se dá? Como é possível que isso aconteça? É evidente que existe um acordo tácito, mais ou menos no seguinte termo: “não mexe comigo que eu não crio problemas para vocês” afirmou Jungmann.
O ministro vem conversando com representantes da sociedade civil e do Judiciário sobre uma proposta para restringir o contato físico entre visitantes e detentos no sistema penitenciário federal: eles se encontrariam apenas em espaços conhecidos como parlatórios, onde ficariam separados por um vidro. Além disso, Jungmann propõe a gravação das conversas — ideia que recebeu o apoio da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, mas que é contestada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). [o Governo tem que ter coragem e simplesmente ignorar a OAB.]
— A comunicação precisa ser registrada. Situações extraordinárias, como a que a gente está vivendo no Rio, exige medidas extraordinárias. O Congresso deve ser sensível ao nosso momento, para aprovar uma legislação mais rígida — disse o ministro. — As Forças Armadas fizeram mais de 30 varreduras em cadeias do país e constataram que um em cada três presos tem alguma arma branca consigo.
No mês passado, Jungmann ofereceu o apoio das Forças Armadas para varreduras nos presídios do Rio, mas o governador Luiz Fernando Pezão recusou a oferta.

Celulares, dinheiro, drogas e até pistola
Reportagens publicadas pelo GLOBO semana passada mostraram o alto grau de vulnerabilidade de presídios do Rio. Em fiscalizações de rotina realizadas este ano pelo Ministério Público estadual, foram encontrados telefones, drogas e armas, além de grandes quantidades de dinheiro dentro de cadeias. Na mais recente, realizada em 30 de setembro no Instituto Penal Benjamin de Moraes Filho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, promotores acharam cocaína, maconha, nove celulares e dezenas de chips de operadoras

E, na última segunda-feira, agentes penitenciários apreenderam uma pistola com munição no Presídio Jonas Lopes de Carvalho, o Bangu 4, onde está preso o traficante Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém. De acordo com investigadores, ele é suspeito de dar uma ordem para uma quadrilha participar da invasão da Rocinha, em apoio a um bando que seria comandado por Nem.
Estados Unidos. Videoconferência é opção
 A política prisional americana, como muitas coisas no país, varia de estado para estado, mas em geral recebe críticas da organização de direitos humanos. Se por um lado há um controle melhor das visitas, inclusive com o uso de tecnologia e inteligência, por outro há denúncias sobre o abuso do isolamento dos detentos e falta de contato humano. Em alguns locais, familiares sequer podem ter contato com presos, separados por grades ou vidros, dependendo do nível de periculosidade do detento.
Na maior parte dos estados, a estrutura é melhor que no Brasil: os presídios são mais seguros e os visitantes passam por controles iguais aos de aeroporto para entrar nas cadeias. Parentes dos presidiários têm histórico criminal analisado e, em muitos casos, há um acompanhamento policial dos visitantes. Mas muitos presidiários ficam desnecessariamente em solitárias, sem acesso às visitas. Alguns estados têm preferido o uso de videoconferência para as famílias em troca da visita, gerando críticas pela falta de contato humano com os presos. [enquanto houver preocupação com DIREITOS HUMANOS de bandidos o sistema penitenciária do Brasil será a droga que é;
tem que colocar na cabeça do bandido e familiares que bandido condenado perde a condição que lhe dá acesso aos tais de DIREITOS HUMANOS.]

"Prisioneiros em solitária têm frequentemente negado seu o direito a chamadas de telefone e visitas. Desde que o sistema de solitária entrou em vigor, ele tem sido usado como uma ferramenta de repressão", informou em relatório o Centro de Direitos Constitucionais, ONG que fiscaliza a situação prisional americana, afirmando que o isolamento excessivo atinge mais os negros. Além disso, pode gerar danos graves para os detentos, inclusive dificultando sua reinserção na sociedade e um alto índice de suicídio entre presos e ex-presos. Em alguns casos, entidades afirmam que esse isolamento pode ser comparável a um tipo de tortura.

O excesso de encarceramento - há cerca de 2,3 milhões de pessoas presas nos Estados Unidos, ou 25% de toda a população carcerária do mundo, no país que tem apenas 5% da população mundial - também faz parte dos debates. O governo de Barack Obama tentou reduzir o número de prisões por crimes de menor potencial ofensivo, sobretudo para o caso de menores, mas este tipo de programa foi parado no governo de Donald Trump. Fontes do próprio governo admitem, sob sigilo, que o país está longe de ser um modelo para o mundo nesse tema, apesar da segurança de seus presídios.

Por outro lado, assim como no Brasil, o contato de advogados é permitido, e o sigilo da conversa é garantido por lei. Desta maneira, em tese, pode ocorrer o controle de atividades criminosas a partir de presídios com o uso de advogados que se sujeitam a isso, porém é mais difícil o controle direto, por celular.

- Isso varia em cada estado, mas nos presídios que frequento como advogada aqui em Massachusetts vejo um uso melhor da tecnologia, da inteligência, uma estrutura muito diferente no Brasil. Como aqui em geral a corrupção e a lotação dos presidios é menor, o controle tende a ser mais efetivo -
afirmou a advogada carioca Rafaela Garrett Prats Serrano, que há mais de uma década atua em Cambridge. - Nunca vi, por exemplo, histórias de celulares dentro da prisão.

Alemanha. No xadrez, todos são iguais
- Existem na Alemanha 68 mil detentos em tempo integral e 11.500 em regime semiaberto. E a regra é clara: todos são iguais na cadeia. Por isso, os presídios não têm tratamento especial para acadêmicos, políticos nem executivos. Todos encontram na cadeia a mesma cela minúscula, o sanitário perto da cama e tempo de sobra para pensar. 

Para combater a violência, os estados alemães deram a cada prisioneiro uma cela própria, mas dois terços ainda vivem em unidades com mais de uma cama. Visitantes são controlados rigorosamente e não podem levar celulares, dinheiro ou bebidas alcoólicas. O encontro com os presos ocorre em uma sala com mesas e cadeiras, sem isolamento de parede de vidro, mas com a presença de guardas. A rotina também é a mesma para todos: os detentos acordam às 6h e têm as celas fechadas às 21h30m. 
França. Sem telefone nem internet
Toda pessoa detida em uma prisão francesa pode receber visitas. Em determinados casos, o diretor pode impor um elemento de separação entre o visitante e o preso. Um decreto de 2003 autorizou o uso de um sistema de reconhecimento biométrico, acompanhado de uma carteira de identidade para as visitas, que podem ser submetidos a instrumentos como o detector de metais. 
Durante as visitas, é obrigatória a presença de um agente. Se a visita ocorre em uma cabine, é corrente usar um dispositivo de escuta. Em alguns estabelecimentos, o dispositivo de controle é reforçado por uma câmera. São proibidos produtos alimentares, bebidas ou cigarros. Os presos não podem ter telefone, mas são autorizados a possuir um rádio e uma televisão em sua cela, bem como um computador sem acesso à internet.
Colômbia. Autoridades no controle
Há 20 anos, as forças de segurança colombianas não se atreviam a entrar nos presídios do país, à época controlados por cartéis do narcotráfico e, também, grupos paramilitares. Desde então, a situação mudou bastante, a segurança foi recuperada nas ruas das principais cidades colombianas e, dentro das prisões, as autoridades retomaram grande parte do controle perdido no passado. As regras nacionais (não existe uma lei) sobre o que está permitido dentro dos presídios continuam sendo violadas, mas, segundo jornalistas que acompanham o assunto diariamente, as ações planejadas e executadas por presos colombianos já não têm grande impacto do lado de fora porque os grandes grupos criminais perderam poder.
As normas variam de acordo ao tipo de presídio. Os de máxima segurança são mais rigorosos, por exemplo, em relação às visitas. Mas, em termos gerais, está proibida a utilização de celulares, a circulação de dinheiro, o consumo de drogas e bebidas alcoólicas e as visitas são apenas nos fins de semana.Os advogados podem ter acesso aos presos durante a semana e o contato, como no caso dos familiares, é direto. Não existem vidros nem telefones para os encontros nos presídios colombianos. As conversas, a menos que exista uma ordem judicial, não são gravadas.
No caso dos médicos, eles não podem ingressar às prisões, a menos que exista um pedido especial, autorizado por um juiz. Os detentos são tratados por médicos do sistema penitenciário ou levados para hospitais públicos. Mais uma vez, em casos excepcionais, liberados pela Justiça, os presos podem ir a uma clínica ou consultório privados. As visitas íntimas são um direito constitucional na Colômbia, explicou ao GLOBO o jornalista Jhon Torres, editor de notícias judiciais do “El Tiempo”.  - Algumas dessas normas não são respeitadas e existe, por exemplo, um grande mercado de celulares dentro das prisões. As autoridades tentam bloquear o sinal, mas, como muitas prisões estão em regiões centrais das cidades, os moradores se queixam e não é tão simples fazer esse bloqueio - disse Torres.
A grande conquista dos últimos governos colombianos foi a segurança e o fortíssimo golpe aos cartéis do narcotráfico (como Medellín e Cáli), grupos paramilitares e, mais recentemente, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), hoje um partido político. Continuam existindo grupos criminosos, mas seu poder, enfatizou o editor do “El Tiempo”, “reduziu-se drasticamente”.
- Ainda existem caciques dentro das prisões que administram as vendas de celulares e a violência entre os presos. Mas como seus chefes do lado de fora já não são tão poderosos, eles também têm menos influência - comentou Torres.
O grande drama da Colômbia hoje é a superlotação das prisões. O país tem 138 presídios, com capacidade para 76.553 pessoas. Em junho passado, de acordo com dados oficiais, o número de presos colombianos alcançava 117.018. Isso soma-se a denúncias de violações dos direitos humanos dentro das prisões. No caso da Argentina, existem três leis que regem o Serviço Penitenciário Federal. A mais antiga delas, número 20.416, foi aprovada em 1973.
As mais recentes em 1994 e 1996. A lei 24.660, votada pelo Congresso nacional argentino há 21 anos, estabelece as regras de relacionamento com familiares e advogados. De acordo com o artigo 158 da lei, o detento tem direito a comunicar-se “periodicamente, em forma oral ou escrita, com sua família, amigos, pessoas próximas ou advogados, assim como com representantes de organismos oficiais e instituições privadas”. Já o artigo 160, da mesma lei, diz que “as visitas, correspondências e comunicações telefônicas que os detentos recebam deverão se ajustar às condições, oportunidades e supervisão determinadas pelo regulamento. Ficam proibidas as comunicações telefônicas através de equipamentos móveis”.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Assessores de Temer amarelam e convencem Temer a fazer bobagem

Com receio de rebeliões, Temer é convencido a manter auxílio-reclusão de presos

Atualmente, benefício é concedido a cerca de 30 mil pessoas

- O presidente Michel Temer foi convencido pela ala política do governo a manter o chamado auxílio-reclusão, um benefício dado a parentes de presos, que economizaria R$ 600 milhões. O benefício é uma ajuda de custo a quase 30 mil dependentes de presos de baixa renda que contribuem para a Previdência Social. 
 A equipe econômica anunciou a suspensão do benefício na semana passada, dentro do pacote fiscal, mas na reunião da noite de domingo, no Palácio do Jaburu, Temer foi alertado de que isso poderia causar uma "rebelião nas cadeias". Segundo um dos participantes do encontro, Temer foi convencido pelos argumentos. [presidente Temer: rebelião em cadeia se controla no estilo CARANDIRU;
vale lembrar que cada bandido morto além de ser um bandido a menos é também uma boca a menos para o Estado sustentar, uma família a menos para receber auxílio-reclusão e uma vaga a mais no sistema penitenciário - reduzindo a superlotação.]
Quem precisa de auxílio desemprego são as famílias dos desempregados - o seguro desemprego quando muito dura 5 meses o ideal seria aumentar para pelo menos um ano e a grana do auxílio reclusão iria ajudar a dar esta esticada.
Privilegiar família de bandido em vez de família de trabalhador honesto desempregado???
Fazendo isto o senhor pisou na bola e nos tomates.]
O alerta partiu principalmente do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). A proposta da área econômica é de não dar novos benefícios. Os atuais seriam mantidos, a cerca de 30 mil pessoas. Mas o argumento político teria prevalecido.  O encontro no Jaburu durou longas horas, e houve um embate entre ala econômica e política, embora o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tenha ficado muitas vezes ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Temer está novamente reunido com ministros, para tentar fechar as contas.

A economia com o fim do que muitos batizaram de "bolsa cadeia", no meio político, geraria a economia de R$ 600 milhões. Mas, no encontro, chegaram a elevar essa previsão para R$ 900 milhões.


Fonte: O Globo 
 
 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Tem mais é que acabar com auxílio-reclusão e obrigar bandido preso a trabalhar

Governo limita auxílio-reclusão e salário-maternidade 

O presidente Michel Temer enviou segunda-feira (8) um projeto de lei ao Congresso que restringe o acesso ao auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria por invalidez. A proposta substitui uma medida provisória editada em julho, em que o governo alegava irregularidades na concessão dos benefícios e previa redução de R$ 6,3 bilhões por ano com esses gastos.

A MP perdeu a validade porque não foi votada a tempo. A previsão de economia agora, contudo, é bem menor: de R$ 2 bilhões em 2017 e R$ 2,3 bilhões em 2018, diz reportagem do Valor.

A proposta é assinada pelos ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra. "Há duas principais inovações no projeto em relação à proposta inicial do governo. A principal é limitar o auxílio-reclusão. O valor do benefício será reduzido de 100% para 70% da aposentadoria a que o preso teria direito (o teto passará a ser de R$ 848,40) e ele será obrigado a contribuir no mínimo 18 meses para a Previdência" - antes bastava um mês. [Enquanto fica querendo desvincular a aposentadoria mínima do salário-minimo o Governo gasta milhões e milhões dando auxílio reclusão para bandido preso. O bandido preso tem que trabalhar para ganhar uma pequena fração do salário mínimo para sustentar a família - caso ele tenha uma; não tendo deve trabalhar e o que ganhar ser utilizado para custear as despesas com sua manutenção.] 
 
"Com essas modificações, busca-se evitar que o acusado, prestes a ser julgado, realize uma contribuição para a previdência com o intuito de beneficiar sua família caso seja condenado. A redução também se justifica pelo fato de que o preso tem seu sustento provido pelo Estado, sendo um membro a menos da família a onerar as despesas domésticas", diz a justificativa da proposta. Não há estimativa individualizada do impacto dessa proposta.

A outra modificação é restringir o salário-maternidade, pago por quatro meses a seguradas do INSS durante a licença maternidade. Caso aprovado sem modificações, apenas as mulheres que contribuíram pelo menos 10 meses com a Previdência terão direito - ou seja, não será suficiente pagar somente no período de gravidez. Pela lei em vigor, bastava contribuir uma única vez para receber o benefício.

Além disso, estão mantidos os pilares da MP: a revisão do auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, que serão reavaliados para garantir que o beneficiário realmente não está mais apto a trabalhar. A carência também aumentará de um para doze meses no INSS."

Fonte: Yahoo! Notícias
 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

UTILIDADE PÚBLICA - Perde o Direito à Aposentadoria por Tempo quem paga 11% de Contribuição ao INSS



Perde o Direito à Aposentadoria por Tempo quem paga 11% de Contribuição ao INSS
Houve significativa reforma no âmbito da Previdência Social em relação à inclusão dos trabalhadores ou pessoas não protegidas pela Previdência Social. As modificações foram implementadas pela Emenda Constitucional número 47 eregulamentada pela Lei Complementar123/2006.

Em síntese, as referidas alterações reduziram os percentuais das contribuições dos contribuintes individuais (autônomos) e dos segurados facultativos (estudantes, desempregados, donas de casa). Os valores das contribuições foram reduzidos de 20% para 11% para os contribuintes individuais que trabalham por conta própria e para os segurados facultativos sem renda própria, podendo obter os seguintes benefícios:
  • Aposentadoria por Idade (60 anos para mulher e 65 anos para homem, mais 180 contribuições;
  • Aposentadoria por Invalidez;
  • Auxílio-Doença;
  • Auxílio-Acidente;
  • Auxílio-Reclusão para os seus dependentes;
  • Pensão por Morte para os seus dependentes.
O segurado necessariamente deve optar pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, conforme estabelecido no artigo 199-A, do Decreto 3.048/99, para realizar as contribuições com percentuais reduzidos.

Para os segurados que aderiram ao plano simplificado e que tenham interesse em se aposentar por tempo de contribuição, deverão complementar a alíquota paga de 11% para 20%, a qualquer tempo, pagando a diferença de 9% sobre o valor do salário mínimo da competência a ser paga.

A Lei 8.212/91, em seu artigo 21, estabelece ainda um percentual menor. Determinou a alíquota para o segurado facultativo de 5%, que exerce atividade exclusivamente no ambiente doméstico e que seja de baixa renda, assim como para o Microempreendedor Individual. O valor do benefício será necessariamente de um salário mínimo.

Fonte: JusBrasil