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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O PT deu bastante trabalho



 Lula e o desemprego
No fim da manhã de 24 de junho de 2006, enquanto milhões de brasileiros se preparavam para passar a noite celebrando outra noite de São João, 4.000 fiéis de uma seita debilitada festejavam desde cedo  desde cedo, no auditório do Minas Tênis Clube, em Brasília. Eram os participantes da Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores. A animação chegou ao clímax à 12h22, quando um suado Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco para anunciar que seria candidato à Presidência da República pela quinta vez. Naquele momento, o Mensalão já completara um ano e a oposição se dera conta de que, assolada por brigas fratricidas, havia perdido o bonde da história.


Lula empunhou o microfone por mais de 90 minutos, recheados de autoelogios. Cercado por um punhado de gente que hoje preferiria não estar naquela foto, vangloriou-se de ter gerado mais empregos formais no Brasil “do que eles”. Eram tempos alvissareiros os que antecederam a desastrada “nova matriz econômica”. A casa parecia arrumada economicamente, embora já fosse assombrada pelo fantasma da corrupção.

Segue um trecho do discurso, sempre sublinhado pelo obsessivo “nós contra eles”.
“Nos oito anos de governo deles, a taxa de desemprego aberto aumentou 41%. Nos nossos três anos e meio, a taxa de desemprego aberto diminuiu 13,7%. E o mais importante: enquanto eles criaram, em média, 8.300 empregos por mês, nós estamos criando uma média de 102.000 empregos mensais. Por isso, já criamos mais de quatro milhões de empregos com carteira assinada, um montante superior ao que eles criaram nos seus oito longos anos de inércia. Se somarmos as vagas abertas no mercado informal e no setor público, o número de empregos criados por nós é de 5 milhões e 600 mil. Para não cansá-los com outros números, resumo o restante numa frase: fizemos em 42 meses mais que eles em 8 anos.”

No fim da manhã de 20 de janeiro de 2016, o governo Dilma Rousseff admitiu que ampliara a coleção de recordes negativos: nos últimos doze meses, 1,5 milhão de brasileiros perderam o emprego, marca só comparada às registradas em 1992, nas trevas da gestão de Fernando Collor de Melo. Lula não fez comentários sobre a árvore que plantou e voltou a regar em 2014.

Nem a mais otimista das cartomantes se arriscaria a antecipar um prazo para que o Brasil saia da UTI. De qualquer forma, em 2018 — se Dilma durar até lá pela primeira vez a carteira de trabalho azul não será exibida durante a campanha presidencial, seja quem for o candidato a herdeiro do malogro petista. O tema será o desemprego.
Em 2006, deslumbrado com os números da economia, Lula aproveitou para condecorar-se com a medalha que atestava a competência técnica da Petrobras.  

Em tempo: na época, a estatal era comandada por gente da estirpe de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, sob a regência de um cartel de empreiteiros bandidos e as bênçãos do companheiro Delcídio Amaral, que hoje fazem parte da população carcerária.
Voltemos ao discurso do candidato à reeleição em 2006: “Depois da experiência pioneira, nas décadas passadas, com o etanol, chegamos agora a era revolucionária do biodiesel e do Hbio, este último uma maravilhosa invenção brasileira, fruto da competência técnica da Petrobras. Parte disso só foi possível porque nos últimos três anos e meio, a Petrobras deu um salto sem precedentes.”

Faltam seis meses para que a anunciação do Brasil potência imaginado por Lula complete uma década. Até junho – ou até antes —, é provável que uma ação da Petrobras valha menos do que uma nota de um dólar.

O PT deu bastante trabalho.

Por: Silvio Navarro