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sábado, 11 de maio de 2019

Lula fez, finalmente, a autocrítica: Culpa da Dilma e Ex-juiz de sucesso, Moro vira ministro frustrado




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Foi ao ar na emissora britânica BBC a segunda entrevista concedida por Lula na cadeia. Contém uma grande novidade. O presidiário petista fez, finalmente, uma autocrítica. Ainda não enxerga um culpado no espelho. Mas lamenta "não ter sido mais incisivo" com Dilma Rousseff em relação às derrapagens do governo dela. Eis o que declarou Lula a certa altura: "Uma pessoa cheia de confiança como a Dilma, na hora que o carro começa derrapar nem sempre tem a tranquilidade de parar e falar: peraí, vamos parar, vamos ouvir, vamos conversar". O comentário realça duas qualidades do entrevistado. Uma é conhecida: a maleabilidade. A outra, insuspeitada: a modéstia.

Lula é reverenciado no PT por sua fidelidade ao partido e aos companheiros. Na entrevista, mostrou-se maleável o bastante para demonstrar que a lealdade, como a honestidade, é uma virtude facilmente contornável. Se perguntarem a qualquer petista quais são as três lideranças mais importantes do PT, a resposta será fulminante: Lula, Lula e Lula. A despeito de não encontrar uma alma capaz de lhe fazer sombra no petismo, o preso foi modesto o suficiente para exagerar no poder atribuído à sua criatura. No tempo em que o PT ainda tentava fazer sentido, as coisas pareciam mais nítidas. Nessa época, Lula era Deus e Dilma era parte de sua criação. Hoje, a nitidez perdeu a função. Nada é o que parece. Se deixarem, Lula termina virando uma espécie de sub-Dilma. Por sorte, os fatos tornaram-se tão notórios que impedem o cinismo. Quaquer brasileiro de colo sabe que parte do desgaste moral da gestão de Dilma foi herdado de Lula. O mensalão e as petroroubalheiras nasceram nos mandatos dele. No início de sua primeira gestão, Dilma ensaiou uma pose de faxineira. Foi rapidamente enquadrada por Lula. Onde já se viu afastar aliados dos ministérios por algo tão banal quanto o desvio de verbas públicas?

Lula é responsável também pela corrosão técnica da administração Dilma, pois foi ele quem criou a fantasia de que madame era uma gerentona infalível. Em quatro anos de inépcia, a criatura colocou o país no rumo do brejo. Reeleita com o apoio do criador, consolidou a ruína. Feita por Lula, Dilma desfez o que restou da obra do seu benfeitor. Dilma era mesmo "cheia de confiança". Foi Lula quem inflou o seu ego. O carro realmente "derrapou". Culpa de Lula, que entregou o volante a condutora precária. Dilma, de fato, não era de muita conversa. Sorte do Brasil, pois Lula insistia para que ela se entendesse com Eduardo Cunha. O que teria prolongado o assalto.

Não é que Lula não consiga identificar os problemas. A questão é que ele só enxerga culpados dentro de sapatos alheios. A culpa pelo erros do verão passado é de Dilma. A responsabilidade pelos equívocos do presente é de Jair Bolsonaro, "um doente que acha que o problema do Brasil se resolve com armas." Não há dúvida de que o capitão põe o seu governo a perder. Mas ele está no poder há quatro meses. A sorte de Lula é sua barba. Se tivesse que se barbear todas as manhãs, o presidiário do PT precisaria cumprir um ritual para se certificar de que ainda existe, pois não faria sentido escanhoar o rosto de um fantasma. Se fosse obrigado a encarar diariamente o espelho, Lula teria de recitar o CPF e o RG para ter certeza de que continua sendo ele mesmo, não o impostor que se esconde atrás do cinismo.




Josias de Souza / Moro vai de ex-juiz de sucesso a ministro frustrado


Blog do Josias de Souza





sábado, 27 de outubro de 2018

A autocrítica que o PT nunca fez

Se partido tivesse falado sobre seus erros seria muito mais fácil prometer que nada disso aconteceria de novo

Só Fernando Haddad e o Partido dos Trabalhadores podem defender a República brasileira da ameaça Bolsonaro. Não, não é a situação ideal. 

Mas é o que temos para hoje. A República exige que os brasileiros tenham em quem votar contra Bolsonaro. Para se tornar essa opção, o PT precisa deixar claro que, se Fernando Haddad for eleito presidente, não repetirá os erros que causaram a queda de Dilma Rousseff em 2016.  O partido deveria ter feito uma autocrítica nos últimos anos. Se tivesse falado abertamente sobre os casos de corrupção envolvendo petistas ou sobre o desastre da política econômica do primeiro mandato de Dilma, seria muito mais fácil prometer que nada disso aconteceria de novo. 

Em primeiro lugar, o PT deveria ter reconhecido que desviou bastante dinheiro da Petrobras. Depois do que a Lava Jato revelou, sabemos que os esquemas que abasteceram o PT já existiam havia décadas; mas garanto que não foi o presidencialismo de coalizão ou a cultura política brasileira que obrigaram os petistas a aceitar subornos milionários do cartel das empreiteiras. Como disse Jaques Wagner, o partido lambuzou-se. 

O PT se defende dizendo que nenhum partido fortaleceu mais as instituições de controle, que os ministros que condenaram os petistas foram nomeados por Lula e Dilma e que foram presidentes petistas que assinaram a Lei da Ficha Limpa e a Lei das Delações Premiadas. Os fatos eram: o PT tomou iniciativas importantes contra a corrupção, mas também cometeu grandes crimes.

Para corrigir seu surto de estupidez pós-impeachment, o PT tem de se comprometer a respeitar a Lava Jato. [só pós-impeachment?] O PT não pode propor nada que enfraqueça o Ministério Público ou possa ser interpretado como ameaça à imprensa. Tem de propor, enfim, o mesmo respeito às instituições que demonstrou quando foi governo. 

(...)

O PT também deve desculpas ao público pela política econômica implementada por Dilma Rousseff em seu primeiro mandato, a chamada Nova Matriz Econômica (NME). A NME começou como um programa mais ou menos ideológico reivindicado pelo setor industrial — o que a economista Laura Carvalho chamou de “Agenda Fiesp” —, com redução forçada de juros e intervenções no setor elétrico. Deu errado e, conforme a eleição se aproximava, virou um negócio meio avacalhado, com desonerações de impostos para o empresariado. No fim das contas, o crescimento não veio, e o governo quebrou, processo bem descrito no livro Como matar a borboleta azul , da economista e colunista de ÉPOCA Monica de Bolle.

(...) 

E, finalmente, a Venezuela.
Esse talvez seja o erro mais estúpido do PT, porque, nesse caso, não há qualquer fator atenuante. Não há crise do euro, não há política do Fed, não há necessidade de montar alianças no Congresso, não há nada que tenha obrigado o PT a apoiar Nicolás Maduro.
Em 13 anos de governo, o PT não deu um único passo em direção à venezuelização. A imprensa investigativa, os tribunais, o Congresso, todos viveram uma era de ouro durante os governos petistas — e, no fim das contas, derrubaram Dilma em 2016. Não conseguiram a mesma coisa contra Temer, que muito mais o merecia. E ninguém investiga, condena ou derruba general.

Por que, então, defender Maduro? Os parentes ideológicos do PT são Mujica e Bachelet. Esses, sim, governaram no espírito da social-democracia que Haddad invocou em sua entrevista ao Jornal Nacional .

Celso Rocha de Barros é doutor em Sociologia pela Universidade de Oxford, Inglaterra
 
 


sábado, 9 de janeiro de 2016

Ano Novo, Mais Impostos, Velhos Tropeços

Ano novo, velhos tropeços

Como em 2015, Dilma aumenta impostos para socorrer as finanças públicas, mas não faz a sua parte na hora de cortar gastos do governo

Uma máxima da vida política americana diz que, quando tudo deu errado, você tem a seu favor o fato de se libertar das dúvidas: a única saída, afinal, é fazer exatamente o oposto do que vinha sendo realizado antes. A presidente Dilma Rousseff parece não concordar com essa teoria. Ela começou 2016 repetindo os velhos erros que fizeram de sua gestão em 2015 uma das piores da história da República. No ano passado, o declínio brasileiro – o PIB sofreu o maior revés em duas décadas e meia – sacramentou que a política econômica do governo estava equivocada. E o que fez Dilma agora? Adotou o mesmo famigerado receituário. Com as finanças públicas em situação falimentar, o governo recorreu a um velho freguês para dar um alívio a suas contas: o contribuinte.

No apagar das luzes de 2015, em edição extra do Diário Oficial publicada no dia 31 de dezembro, a presidente sancionou a medida provisória 690, que retirou a isenção tributária sobre equipamentos eletroeletrônicos. Ela também validou a mudança nas regras dos cálculos dos impostos sobre alguns tipos de bebidas. Com a canetada, Dilma encareceu os preços de artigos como computadores, tablets, smartphones, vinhos, uísques e cachaças (leia o quadro).  


Mais grave ainda: o pacote de maldades está longe de terminar. O governo  continua articulando entre os aliados a volta da CPMF, o velho imposto do cheque, com alíquota de 0,38% sobre qualquer transação financeira. A cobrança, impopular inclusive entre os parlamentares, penaliza sobretudo as pessoas mais pobres. Durante um café da manhã com jornalistas na quinta-feira 7, Dilma voltou a defender o tributo e também falou em aumentar a idade mínima para aposentadoria, como uma tentativa de solucionar o rombo da Previdência.

Em entrevistas recentes, Nelson Barbosa, o novo ministro da Fazenda, disse que será preciso o compromisso de toda a sociedade para ajudar o País a sair do atoleiro. O esforço coletivo seria justo se o governo fizesse a sua parte. Mas a presidente não parece disposta a dar a sua cota de sacrifício. Essa é a conclusão de um levantamento feito por ISTOÉ, que elencou as promessas da reforma administrativa anunciadas por Dilma no ano passado. De posse dos dados, a reportagem os enviou ao Ministério do Planejamento para descobrir o que realmente foi feito (ver quadro).


Em agosto, o governo anunciou o projeto que previa a extinção de dez dos 39  ministérios, mas só oito de fato desapareceram. Também foi alardeado com estardalhaço o enxugamento de 3 mil cargos comissionados, que são aqueles que não precisam de concurso público para admissão [destinados ao 'militontos' - a maioria semianalfabetos, incompetentes e preguiçosos -  que aparelham o desgoverno.]. Até agora, porém, foram eliminados apenas 370, ou 12% do prometido.

O símbolo da disposição do governo em cortar na própria carne seria a redução de 10% dos salários de ministros, da presidente e seu vice. No dia 6 de outubro de 2015, a Presidência enviou a proposta ao Congresso, mas o texto aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. [aí Dilma agiu igual outro mentiroso: Rollemberg, atual governador do DF, que prometeu reduzir seu salário e do vice, enviou projeto para a Câmara com a recomendação de 'apreciação em época oportuna'; fala-se que a 'época oportuna' seria meados de dezembro 2018, último mês do Rollemberg no governo do DF e, se espera, na vida pública.
Rollemberg é tão incompetente, mentiroso e falso que está conseguindo deixar boa parte da população - inclusive muitos que votaram nele (este escriba não votou no mentiroso e sim no Jofran Frejat e, se houver oportunidade,  repito o voto) com saudades do picareta do Agnelo. 
O pouco que ainda funcionava no DF parou total - não tem mais Saúde Pública, não tem mais Educação, piorou o Transporte Público e a Segurança Pública acabou de vez.] Na lista de ideias inusitadas para fazer caixa, a equipe econômica prometeu criar uma central de automóveis que diminuiria a frota, reduziria os gastos e otimizaria a prestação do serviço. A tal central jamais saiu do papel. O ministério do Planejamento diz que o tema está em estudo e deve ser implementado como um projeto-piloto ainda no primeiro semestre. 

Outros compromissos assumidos para a geração de receita foram a revisão de todos os contratos de aluguel da União e a venda de imóveis ociosos. Por enquanto, apenas 20 unidades estão em fase de leilão. Outras 119 construções devem ser colocadas à venda, segundo o Planejamento, “ainda em 2016”. [tem imóveis residenciais, pertencentes à União, em locais nobres do Plano Piloto,  que não foram vendidos e são cedidos a funcionários públicos apadrinhados,  por pouco mais de R$200, mensais - as vezes até menos.]

Diante desses dados, não é de se estranhar que a mais simples das iniciativas não esteja funcionando. Dilma anunciou que criaria uma Comissão Permanente de Reforma do Estado, composta por representantes de vários ministérios. Até dezembro nenhuma reunião conjunta havia sido realizada. A reforma administrativa é um exemplo acabado da ineficiência do governo. No desespero por conseguir mudar a agenda negativa, a equipe de Dilma anuncia projetos louváveis, mas parece não ter disposição para implementá-los. Na semana passada, esse tipo de atropelo mais uma vez entrou em cena. Para reaquecer a economia e estimular  a geração de empregos, o governo divulgou que vai incentivar a construção civil. Nenhum governista consultado pela reportagem conseguiu explicar de onde vai sair o dinheiro para isso. [lembrando que a grana que ainda resta no FGTS está sendo utilizada para financiar o Minha Casa Minha Vida.]
 
Além dos erros de gestão, uma característica pessoal da presidente tem se mostrado cara aos brasileiros: a falta de autocrítica. Ela continua colocando a conta das mazelas nacionais na crise externa e na instabilidade política. Os opositores pensam o contrário. “A ruína do País se deve ao fato de a presidente acumular o cargo de ministra da economia”, diz Antonio Imbassahy (PSDB-BA), líder dos tucanos na Câmara.

O senador e presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN), é ainda mais incisivo. “Esse governo é prisioneiro dos seus próprios erros e da máquina partidária que o obriga a praticá-los.”

Fonte:  Débora Bergamasco e Mel Bleil Gallo - Isto É