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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

O outro lado da praça - Nas entrelinhas

“Com o deslocamento da ala mais ideológica do centro do poder, o Palácio do Planalto deve ganhar mais coordenação e eficiência, porém, reforça seu distanciamento do campo político”


A confirmação da nomeação do general Braga Netto como novo ministro da Casa Civil, com o deslocamento do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) dessa pasta para o Ministério da Cidadania, reforça o viés bonapartista do governo Bolsonaro, o que não significa que esse seja o caráter do regime político brasileiro. Como se sabe, o bonapartismo se caracteriza pela centralização do poder na figura de um líder populista que se coloca acima das classes sociais e procura se legitimar através da comunicação direta com as massas. Estamos longe, porém, de um regime autoritário e militarista, porque o Brasil é uma democracia de massas, na qual o Congresso e o Judiciário têm grande protagonismo.

A mudança no Palácio dos Planalto completa uma troca de guarda: saiu a tropa de assalto e entrou a de ocupação. Os militares que darão as cartas no Palácio do Planalto — além do general Braga Netto, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva — sempre trabalharam juntos e são mais novos e bem mais moderados do que o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que já não tem a mesma ascendência sobre Bolsonaro do começo do governo.

Em termos de imagem, a ida de mais um general para o Planalto agrega ao governo valores identificados pela opinião pública como atributos positivos dos militares, como austeridade, competência e patriotismo. Com o deslocamento da ala mais ideológica do governo do centro do poder, o Palácio do Planalto deve ganhar mais coordenação e eficiência, porém, reforça seu distanciamento do campo político propriamente dito. [o distanciamento da política costuma ser vantajoso; ser político ou fazer política é uma atividade extremamente séria, tanto que poucos 'políticos' são capazes de executar - por ser tão séria não deveria ser exercida por políticos. Mas.... ]


Entretanto, as pesquisas de opinião estão mostrando que a estratégia de Bolsonaro de manter a polarização com a esquerda, ignorar a imprensa e manter distância dos políticos está dando resultados positivos em termos eleitorais. O presidente da República mantém grande vantagem em relação aos seus principais adversários nas pesquisas, como candidato à reeleição, enquanto o governo, que sofre desgastes por causa de suas crises, recupera pontos na aprovação. Manter-se como um político antissistema não deixa de ser uma proeza de Bolsonaro, já que está no vértice do próprio sistema.

O outro lado dessa moeda, porém, é o fortalecimento do Congresso como poder político. A postura avessa às articulações políticas de Bolsonaro levou de volta ao Congresso a negociação dos interesses da sociedade e a liderança das reformas. O presidente da República já deu demonstrações de que sua agenda prioritária é a dos costumes e de combate aos movimentos identitários, não só com declarações, mas com atos administrativos. Mas essa pauta não prospera no Congresso, muito menos no Judiciário. [pouco a pouco decisões judiciais e mesmo postura de alguns parlamentares (que julgam ser o Congresso) estão sendo coibidas. 
Decisões recentes do Poder Judiciário, sensatas por expressar o que determinam a Constituição e as Leis, começam a mostra que as atribuições discricionárias do presidente da República não podemser cassadas por decisões judiciais de instâncias inferiores.] 
 
Disneylândia
Bolsonaro também não se entusiasma com as propostas de reformas que podem causar desgastes com os setores que o apoiam, como policiais, caminhoneiros e evangélicos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, que lidera as reformas econômicas no governo, também não ajuda muito, por causa de declarações bombásticas, como comparar os servidores públicos a parasitas. A última de Guedes foi um comentário desastroso sobre o câmbio, que revelou grande preconceito em relação aos mais pobres. “Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vou exportar menos, substituição de importações, turismo, todo mundo indo para a Disneylândia. Empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma festa danada. Mas espera aí? Espera aí. Vai passear ali em Foz do Iguaçu, vai ali passear nas praias do Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai para Cachoeiro do Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu. Vai passear no Brasil, vai conhecer o Brasil, que está cheio de coisa bonita para ver”, disse.


Com essas e outras, o fato é que o Congresso ganha cada vez mais protagonismo, porque os políticos sabem agarrar as oportunidades com as duas mãos e resolveram assumir como bandeiras as reformas da economia, principalmente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Vão matar no peito a reforma tributária e a reforma administrativa, das quais o governo já abriu mão. A ironia, porém, é que o grande beneficiário das reformas, em termos eleitorais, será Bolsonaro. Enquanto o Congresso arcará com o desgaste das maldades, o presidente da República colherá os louros dos seus benefícios para a economia. Mas é do jogo. [exato = é do jogo; "se o desafeto de alguém resolve se suicidar, cabe a esse alguém apenas se afastar do local" - já dizia Maquiavel - se não disse, deveria ter dito.]

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense


 

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

PT sabe que Bolsonaro é favorito no segundo turno

  [É imperioso que este POST seja enviado a equipe do Bolsonaro e seja realmente seguido.

Ao nosso entendimento consideramos perfeito.]

Os brasileiros dedaram mudança na urna eletrônica. A disputa de segundo turno será entre Jair x Já Era. Com 49 milhões de votos (46%), Jair Bolsonaro (PSL) por pouco não venceu a eleição presidencial no primeiro turno. Seu adversário/inimigo será Fernando Haddad – o poste do Presodentro Lula. Embora tenha obtido 31 milhões de votos (29%), O PT registrou o pior desempenho desde 1998, quando Lula conquistou 31% dos votos válidos.



O Brasil saiu geograficamente dividido do pleito. Bolsonaro ganhou nas regiões Norte (exceto Pará), Centro Oeste, Sudeste e Sul. Haddad venceu, expressivamente, em todos os estados do Nordeste. A boa votação, no entanto, não esconde a gigantesca e consolidada rejeição ao petismo e afins, exceto entre os eleitores nordestinos. O antipetismo tende a ser derrotado novamente. Bolsonaro desponta como favorito para a loteria do segundo turno, no dia 28. Seu eleitorado é fiel e o voto útil contra o PT deve prevalecer.



No entanto, todo cuidado é pouco, porque a petelândia já conta com adesão quase natural de Ciro Gomes, Marina Silva e Guilherme Boulos. [a corja da esquerda, notadamente Ciro e Marina, mais os fracassados Alckmin, Meirelles e afins,  deveriam aproveitar a experiência do Boulos em organizar 'movimento' e fundar o MSV - Movimento dos Sem Votos.] Fernando Haddad vai nesta segunda-feira à cela improvisada da Polícia Federal, em Curitiba, para receber os parabéns e as orientações de seu chefão Luiz Inácio da Silva. Dificilmente, o PT conseguirá uma guinada ao “centro” para ampliar alianças. Bolsonaro tende a herdar alguns apoios. Os eleitores se dividirão, e muitos optarão pela anulação ou pelo voto útil anti-PT.



Bolsonaro é favorito. Só que precisa tomar alguns cuidados. Terá de aprimorar as articulações pessoais com os deputados e senadores eleitos, além de afinar os acordos com quem ainda tem mandato, voto e poder nos estados, sobretudo onde haverá segundo turno. Bolsonaro tem de evitar declarações zangadas e mal-humoradas. O “Mito” precisa adotar uma postura de líder da Nação e definir algumas propostas claras de governo que pode implantar imediatamente, sem necessidade de apelar ao Congresso Nacional. [é conveniente que Bolsonaro fique alerta e neutralize o 'fogo amigo' - uma boa ideia seria destacar o general Mourão para um périplo pelas embaixadas do Brasil na Europa, Ásia ou obter do general sua palavra de que permanecendo no Brasil guardará obsequioso silêncio.
O Paulo Guedes ontem, na manifestação de Bolsonaro, comportou-se como cabe a um possível futuro ministro - vale também para candidato a vice-presidente - em silêncio - de boca fechada não costuma sair inconveniências.]



Talvez não seja recomendável indicar quem serão seus nomes fortes para os ministérios que serão reduzidos. Melhor não gerar desgaste prévio para os indicados. Bolsonaro tem de avaliar, cuidadosamente, a participação em “debates”. O enfrentamento radical e raivoso interessa ao PT, não ao candidato do PSL. [o perda total ou partido das trevas = PT, entra em qualquer debate como derrotado, qualquer dano só atinge o que entra como vencedor = PSL = BOLSONARO.]  Bolsonaro tem de deixar claro e ressaltar que seu governo vai se pautar pela Austeridade, Transparência e Honestidade. Haddad não tem condição moral de prometer a mesma coisa...



Para Bolsonaro é fundamental uma campanha inteligente, sem agressões desnecessárias. O “Mito” deve recomendar a seus eleitores que não cometam o erro de compartilhar piadas ofensivas contra os nordestinos que não votaram nele e apoiaram o PT de modo consolidado, que não deve ser revertido no segundo turno. Mesmo que não tenha grande efeito eleitoral agora, Bolsonaro deve apresentar mais propostas para agradar os nordestinos.



É preciso repetir por 13 x 13: Bolsonaro não pode incorrer, em nenhum momento, em discursos de ódio, por mais que seja provocado pelos inimigos. Junto com o aliado Ciro Gomes, Fernando Haddad fará o diabo para colar em Bolsonaro o falso conceito de “candidato fascista”. Bolsonaro tem de insistir no compromisso do diálogo franco e aberto para a pacificação nacional.



Se não cometer deslizes idiotas e imperdoáveis, apesar da natural oposição midiática, sairá vencedor também no segundo turno. O óbvio ululante é não cair em armadilhas retóricas da decadente esquerda que já comprovou sua incompetência de gestão e abuso de corrupção para governar o Brasil. Enfim, novamente, Bolsonaro só perde a eleição para ele mesmo. A prioridade é cuidar da saúde, não deixar a vaidade subir à cabeça e não falar besteira. Bolsonaro tem de se mostrar um estadista pronto para substituir o Presidencialismo de coalizão pelo Presidencialismo de Conciliação – sem colisão.



Balanço final     


Os Institutos de pesquisa falharam feio e foram os grandes derrotados da eleição. As metodologias precisam ser revistas. Até porque os resultados (equivocados) têm poder de influência direta sobre a vontade do eleitorado. Os números (errados) induzem o voto.

Outro ponto negativo da eleição foi a  votação usando o sistema biométrico. Muitos equipamentos não conseguiram fazer a leitura da impressão digital dos eleitores. A falha atrasou a votação em muitos lugares.



Bacana do primeiro turno? Muita gente que se julgava previamente eleita entrou pelo cano. A dedada foi cruel para alguns. Acontece que aquela sonhada super-renovação não ocorreu. Basta analisar a listagem dos eleitos nos Estados.


A bronca dos eleitores fez uma pequena limpeza. 

Transcrito da Edição Extra do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Criticar o PT, agora, é fácil

Outros, depois de haver preparado o caminho do petismo ao poder como esfregadores de gelo no jogo de curling, e segurado a barra ao longo de 13 anos, agora se posicionam contra. Mas não mudam de lado!

Com a crise multiforme se expandindo em todas as dimensões da vida política, econômica e social, com os escândalos vindo a lume como saem os lenços, amarradinhos um ao outro, da cartola do mágico, com a crise pedindo passagem a bordoadas e deixando pelo caminho as vítimas da inflação, da recessão e do desemprego, aí, meu caro leitor, é muito fácil criticar o governo petista.

Dureza foi apontar os males do petismo quando, antes de assumir poder político real, ele era o megafone de todas as reivindicações, perante os portões das fábricas e dos palácios. Difícil era confrontá-lo quando, como grande inquisidor das condutas de seus adversários, orientava os mais candentes sermões em favor - lembram? - da moralidade e da austeridade. O petismo, então, se vestia de justiça, solidariedade, direitos humanos, superação dos desníveis sociais; e atraía multidões. Os ouvidos da CNBB, por exemplo, se encantaram para sempre. A partir de então, vá o partido para onde for, a entidade marcha ao seu lado. Até frei Betto largou o PT de mão. Mas a CNBB, não.

À luz da história, analisando partidos políticos com condutas semelhantes, era fácil perceber para onde estávamos sendo conduzidos. Ante o que acontecia no Brasil, não. Aqui, tendo em vista a fragilidade das nossas instituições e a pouca credibilidade dos partidos políticos já afeitos ao exercício do poder, era mais complicado perceber que o petismo significava o canto das sereias, atraindo a nação para os rochedos e para o naufrágio.

Em 2003, o PT chegou ao poder e em 2005, quando estourou o mensalão, tornou-se comum encontrar com leitores que me paravam na rua para afirmar que eu profetizara. Mas era bem o contrário. Bastavam as entrelinhas e o entreouvido e, principalmente, ler o passado. Aquelas ideias e aquele modo de fazer política, em toda parte, produziram o resultado que passávamos a observar por aqui. Não obstante, foram necessários outros 12 anos, um descomunal estrago, e uma crise do tamanho da que aí está, para que, finalmente, ampla maioria da população compreendesse o que já deveria estar bem sabido. [o risco é que a Dilma fique impune, consiga concluir o mandato, deixe o Brasil em frangalhos e o estrupício do Lula consiga ser reeleito. O risco é imensurável pela simples razão que tem políticos procurando formas de livrar a cara do Lula e deixar Dilma concluir o mandato. Para o Brasil ter salvação, é necessária a EXCLUSÃO POLÍTICA, TOTAL do Lula e Dilma.
Parece absurdo se pensar nisso, mas, quem escolhe o presidente da República são  brasileiros, classificados como eleitores, que na maioria não sabem votar e estão prontos a vender o voto a troca de qualquer Bolsa miséria.]

"Coxinhas! Golpistas! Lacerdinhas! Ultradireitistas! Fascistas!". É assim que argumentam, hoje, muitos defensores do governo. Xingam os que afirmam algo tão óbvio quanto que o governo acabou e que as instituições precisam resolver a encrenca. Conduta rasteira, chã, mas eu os entendo. Não há argumento que lhes lave as mãos e lhes limpe os calçados. Outros, depois de haver preparado o caminho do petismo ao poder como esfregadores de gelo no jogo de curling, e segurado a barra ao longo de 13 anos, agora se posicionam contra. Mas não mudam de lado! Para estes, o governo não serve. E a oposição tampouco. São os mais perigosos porque se alinharão, ao fim e ao cabo, com algo ainda pior do que isso que aí está.