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sábado, 14 de janeiro de 2023

Prisões pós-8 de janeiro já bateram o recorde do regime militar

Alexandre Garcia - VOZES  - Gazeta do Povo

Vandalismo em Brasília

Detidos são levados da Academia da Polícia Federal para o Presídio da Papuda.| Foto: EFE/André Coelho

Vamos atualizar os dados de prisões em Brasília. Em primeiro lugar, temos de dizer que não há registro de morte entre as pessoas que foram presas. Há muita fake news por aí sobre uma senhora de 77 anos, anônima; não dão o nome porque, se dão um nome, as pessoas podem conferir. Usaram uma foto de uma senhora que pegaram nas redes sociais. Houve, sim, muito atendimento médico, inclusive com pessoas internadas: foram 433 atendimentos de enfermaria e 33 hospitalizações.

O total de presos é de 2052, ultrapassando o máximo do governo militar, que foi no dia 12 de outubro de 1968, quando 400 policiais cercaram 800 estudantes no 30.º Congresso da UNE, em Ibiúna (SP). José Dirceu foi um dos presos; nas suas memórias, ele afirma que eram 800 presos. Então, a atualidade já superou a maior prisão em massa do governo militar. Desse total, 209 foram presos no domingo, já recolhidos, e 1.843 foram levados para a Academia Nacional de Polícia Federal, dos quais 684 foram liberados por terem mais de 60 anos, estarem doentes ou serem mães de crianças que lá estavam. 
Mas vão responder em liberdade por terrorismo o que é muito estranho, porque a lei sobre terrorismo não se aplica ao que aconteceu domingo –, associação criminosa, atentado contra a democracia, golpe de Estado, perseguição e incitação ao crime
O ex-ministro do STF Marco Aurélio está discordando dessas prisões, já fez várias declarações nesse sentido, e argumentou que isso não contribui para a paz social, que é o objeto da Justiça.

Lula diz que pessoas de dentro do Planalto ajudaram vândalos

O presidente Lula, num café da manhã com 38 jornalistas, disse que houve muita conivência por dentro, que abriram as portas do Palácio do Planalto, pois elas não foram arrombadas, e que é preciso identificar todo mundo. Afirmou que no acampamento montado na frente do QG do Exército passavam o dia inteiro pedindo golpe. Na verdade, pediam “intervenção militar”, que é sinônimo de golpe. 
E acrescentou que não decretou a Garantia da Lei e da Ordem para não entregar a um general a sua autoridade de presidente da República
E disse aos jornalistas que “as Forças Armadas não são poder moderador como pensam que são. Elas têm um papel definido na Constituição, que é a defesa do povo e da soberania contra conflitos externos. É isso que eu quero que elas façam bem feito”.
Lula disse ainda que que vai continuar no hotel, ele, a Janja e dois cachorros, se não me engano, porque nem o Palácio do Alvorada nem a residência oficial do Torto – ele poderia optar por um ou outro – estão em condições de habitabilidade.

Prorrogação de isenção de imposto sobre gasolina será decisão política
Por fim, uma notícia que interessa todo mundo que abastece o carro com gasolina. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a decisão de prorrogar a isenção de PIS/Cofins sobre a gasolina, feita pelo governo Bolsonaro e que está mantida até 28 de fevereiro (a isenção do diesel e do gás está confirmada até o fim do ano), não será dele. Não será uma decisão técnica da Fazenda, mas uma decisão política, ou seja, do presidente da República, que pelo jeito vai manter a isenção para não provocar atrito nesses momentos em que uma boa parte do país está de cabeça quente.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

terça-feira, 1 de maio de 2018

O silêncio dos candidatos



Sem propostas objetivas para resolver a crise na Saúde, candidatos se expõem às consequências de um ‘estelionato’ eleitoral. O ronco das ruas de 2013 ainda ecoa alto e claro 

Faltam apenas 20 semanas para as eleições gerais. E os 146 milhões de eleitores continuam na absoluta escuridão, sem ideia de qual é o Brasil imaginado por candidatos e partidos. Tem-se 18 nomes listados nas últimas sondagens de intenção de voto para a Presidência da República, mas, até agora, nenhum deles sequer demonstrou preocupação em submeter ao eleitorado uma proposta alternativa para a crise do Sistema Único de Saúde (SUS), do qual dependem diretamente 150 milhões de pessoas. [Segurança Pública é importante, essencial mesmo e Bolsonaro tem a solução - bandido não pode encontrar moleza; mas a Saúde Pública é até mesmo mais necessária (apesar de ser inaceitável que pessoas sejam assaltadas na fila enquanto aguardam atendimento médico).

Portanto, senhores candidatos - o que inclui, sem limitar, Bolsonaro, o futuro presidente do Brasil - comecem a apresentar planos para resolver o problema de milhares de pessoas padecendo, morrendo mesmo, nas portas de hospítais; 
nada de apenas promessas nem ideias tipo milagre (prometer milagre tem que antes fazer acordo com Deus)

Lembrem-se que também vocês precisam ter planos que sejam exequíveis e eficientes  para à  Educação e resolver o problema do desemprego (ou pelo menos colocar em níveis civilizados).

Não se assustem que é dificil mesmo; fosse fácil eu também seria candidato.]

Mantêm silêncio, da mesma forma, sobre suas ideias para acabar com a irracionalidade dominante nas relações entre os 50 milhões de brasileiros que não dependem do SUS, porque têm acesso a planos de saúde, e as mais de 800 empresas operadoras médico-hospitalares. Na crise da Saúde, não há rota de fuga disponível a candidatos e partidos. Eles sabem que a situação do sistema é insustentável e, por isso, precisam dizer logo aos eleitores como pretendem resgatá-lo ou liquidá-lo — nesse caso, explicando o que planejam pôr no lugar.

O SUS é uma obra de arte política. Nasceu há exatos 30 anos, em circunstâncias de rara unanimidade parlamentar, em torno da ideia de saúde gratuita para todos. Os resultados estão visíveis no acesso irrestrito à rede pública de hospitais, no aumento da expectativa de vida, na redução da mortalidade infantil, na prevenção (vacinações), nos transplantes de órgãos e no tratamento de infecções pelo HIV. Suas deficiências são indicadas como principal problema nacional desde junho de 2013, quando centenas de milhares de pessoas saíram às ruas, em todo o país, em protesto contra a inépcia nos serviços públicos básicos. Detalhe relevante nessas pesquisas é a boa avaliação do SUS pela massa que dele depende, quando consegue atendimento. 

Na origem da crise da Saúde está a apropriação privada de fatias do Orçamento público. União, estados e municípios investem R$ 230 bilhões por ano, o equivalente a 3,7% do Produto Interno Bruto, metade da média dos gastos registrados em sociedades ricas. Seria irracional propor tão somente um aumento de despesas numa etapa de virtual falência governamental. Mas a saída, certamente, começa pela higienização do poder político sobre os contratos. A degradação acelerada nos serviços é consequência do predomínio de interesses particulares, da regulação até a fila de pagamentos às empresas. 

Os governos Lula, Dilma e Temer usaram a saúde coletiva como moeda no Congresso. Permitiram a expansão do loteamento partidário em áreas-chave do Ministério da Saúde, da Funasa e da agência setorial ANS. Os principais beneficiários (PT, PMDB e PP) estenderam sua influência aos estados e municípios.  É eloquente que um partido como o PP do senador Ciro Nogueira — recordista em investigados na Operação Lava-Jato (41% da atual bancada) —, comande o ministério e a ANS. Ou ainda, que o líder do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), tenha recebido de presente a nomeação da mãe no comando da Funasa na Paraíba, 24 horas depois de ter sido denunciado ao Supremo por corrupção.

Sem propostas objetivas para resolver a crise na Saúde, candidatos e partidos se expõem às consequências de um “estelionato” eleitoral. O ronco das ruas de 2013 ecoa alto e claro, cinco anos depois.

José Casado, O Globo
 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Mentor de estupro coletivo no Piauí é agredido na cadeia



Adão Souza levou um soco de outro preso na Casa de Detenção durante o banho de sol. Ele é mantido em isolamento por causa do risco de ser atacado pelos demais detentos
Acusado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de ser o artífice do estupro coletivo de quatro adolescentes e da morte de uma delas em Castelo do Piauí, o traficante Adão José Silva Souza, de 39 anos, foi agredido nesta quinta-feira na Casa de Detenção Provisória de Altos (PI), onde aguarda julgamento. A agressão ocorreu no mesmo dia em que Gleison Vieira da Silva, um dos menores infratores condenados pelo estupro, morreu após ser espancado pelos comparsas do crime no Centro Educacional Masculino, em Teresina.


 O traficante Adão José Silva Souza, de 39 anos, mentor do crime(Polícia Civil do Piauí/Divulgação)
Outro que logo será executado; um método adequado para punir o que ele fez é sessões de sufocação com saco plástico. Cada sessão sendo precedida de um intervalo para recuperação e mais demorada que a anterior, tornando a morte mais lenta
Adão se desentendeu com outro preso durante o banho de sol e levou um soco. O ferimento foi leve. O gerente da unidade, Leandro Oliveira, disse que foi instaurado um inquérito policial. Souza permanece isolado em uma cela separada na Casa de Detenção. A unidade foi inaugurada em maio e tem capacidade de 142 vagas. Ele recebeu atendimento médico e fez exame de corpo de delito.

O traficante nega participação no estupro, mas foi apontado como mentor pelos quatro menores infratores de 15 a 17 anos que confessaram o crime.

Adão Souza responde por quatro estupros, três tentativas de homicídio, um homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa e corrupção de menores. Ele foi denunciado, mas não apresentou defesa ao juiz Leonardo Brasileiro, de Castelo do Piauí. O juiz encaminhou o caso para a Defensoria Pública nesta quinta e aguarda resposta para agendar as primeiras audiências na Justiça.

O Ministério Público estima que ele possa pegar até 151 anos e dez meses de prisão, embora a legislação penal brasileira permita a prisão por no máximo trinta anos. Souza deve ser levado a júri popular ainda neste ano.

Fonte: Revista VEJA