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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Eduardo Cunha e o impeachment de Dilma



O problema não é se Eduardo Cunha continuará forte o suficiente para atanazar a vida do governo mesmo depois de denunciado ao Supremo Tribunal Federal por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  O problema é: ele terá tempo de agendar a votação de um pedido de impeachment da presidente Dilma antes de começar a perder parte da força que ainda tem? É isso o que de fato importa.

E para tal pergunta a resposta é: de princípio, sim. Terá tempo.  A senha para o impeachment será dada em breve pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que julgará as contas do governo relativas a 2014. Se o TCU aprovar as contas mesmo com mil ressalvas, o governo ganhará uma sobrevida mais longa.  Mas se ele as rejeitar, o provável é que a Câmara dos Deputados também as rejeite e, em seguida, o Senado. Não é o que quer a maioria dos brasileiros, segundo pesquisas de opinião pública? O Congresso é sensível ao ronco das ruas.

Aí um Eduardo ainda forte jogará um papel importante para a aprovação do impeachment. É por isso que a oposição não quer a cabeça dele. Uma vez que pule a fogueira do julgamento das contas pelo TCU, a presidente sabe que seu destino será regulado pela marcha da economia.  A economia vai mal. O ajuste fiscal fracassou. O desemprego está em alta, e permanecerá em alta. E o mau humor nacional, idem.

Hoje, Dilma é rejeitada por 7 em cada 10 brasileiros. Não haverá por que a rejeição dela diminuir até o fim do ano. Pelo contrário.  O que será melhor para o país?  Que Dilma sangre no poder até o fim do mandato? [jamais; Dilma pode até apodrecer,  mas fora do mandato. Foi por deixar Lula sangrando, na expectativa de que a sangria fosse até o final do mandato, que o Brasil se danou todo e está na merda de agora.  ... E o autor do maldito conselho foi FHC.] Ou que dê a vez a quem possa governar melhor e com base em um acordo nacional que ela parece incapaz de liderar?

Caiu a ficha de Michel Temer, o vice-presidente. Ele devolverá à Dilma a coordenação política do governo que jamais pôde exercer direito. Aguardará, paciente, o que o futuro lhe reserva.

Fonte: Ricardo Noblat – Blog do Noblat