Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador armas de foto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador armas de foto. Mostrar todas as postagens

domingo, 17 de maio de 2015

A posse e o porte de armas devem ser livres no Brasil. Só os bandidos podem andar armados? - o que inclui os bandidos do MST

Governo prejudica programa de desarmamento

Mesmo que o país tenha elevada taxa de violência, publicidade de programa de recolhimento voluntário de armas é cortada, com previsíveis e dramáticos efeitos

Um país com elevados índices de violência deveria ter, entre as prioridades, o controle da posse e porte de armas. Mas no Brasil tem ocorrido o oposto, mesmo que, apenas em 2012, 42 mil pessoas tenham sido assassinadas a bala. [o número de pessoas assassinadas a bala aumentou depois que o malfadado 'estatuto de desarmamento' entrou em vigor. 
É dado estatístico, podem apresentar de forma deturpada, mas, qualquer análise mostra que o número de assassinados a bala só aumentou.
O porte de armas sendo livre ocorrerão alguns homicídios em consequência da facilidade de alguma pessoa sacar uma arma em uma discussão boba - situação em que os contrários ao PORTE LIVRE DE ARMAS, poderão atribuir ao cidadão exercer o direito de possuir quantas armas desejar e ser  livre o porte das mesmas.

Mas, para compensar, os bandidos matarão menos, já que sabem que o cidadão tem condições de reagir e o bandido procura sempre atacar pessoas/locais em que as possibilidades de reação são menores.
 
Os Estados Unidos da América tem uma população bem superior a do Brasil, na maioria dos Estados a posse e porte de armas é livre - o que faz que haja milhões de armas nas mãos dos cidadãos americanos - e o número de assassinatos por armas de fogo é uma fração dos números do Brasil.]
Com uma taxa média de homicídios de pouco mais de 20 casos por cada grupo de 100 mil habitantes — o dobro do índice a partir do qual a Organização Mundial de Saúde considera a violência endêmica —, o que existe no Brasil para coibir a banalização do uso de armas tem sido atacado no Congresso com persistência e método, um trabalho sistemático de desconstrução do Estatuto do Desarmamento.

Existem situações localizadas terríveis. O índice de cerca de 20 homicídios/100 mil é médio, mas, em Alagoas, por exemplo, ele ultrapassa os 60. E entre jovens, o número é bastante elevado, um aspecto trágico para um país com a população em processo de envelhecimento em aceleração. Além de todo o drama humano, a violência tem graves implicações demográficas e econômicas.

Preocupa que, além da ação da “bancada da bala” no Congresso — parlamentares contrários ao controle de armas, alguns deles financiados pela indústria do setor —, o próprio governo federal tenha passado a tratar do assunto com descaso. É o que se conclui da informação, do GLOBO de domingo passado, de que o governo eliminou, em 2014, a verba de publicidade para a divulgação da campanha de entrega voluntária de armas. O programa foi lançado com a aprovação do Estatuto do Desarmamento, em 2003. Com forte promoção, ele teve grande adesão, e logo índices de violência começaram a refletir a saída de armas de circulação.

Regiões com maior adesão passaram a ter menos homicídios e os hospitais da área, a atender menos pessoas com ferimentos causados por arma de fogo. O impacto positivo sobre a rede do SUS foi grande, em termos de menos recursos financeiros e materiais mobilizados para atender vítimas desse tipo de violência.  Estudos comprovam que manter armas em casa potencializa o risco de acidentes graves. [possuir carros, também aumenta o número de acidentes de trânsito -  que no Brasil matam mais que as armas de fogo. Vamos então proibir a posse e a direção de veículos?] Além de parte dessas armas terminar, cedo ou tarde, nas mãos de bandidos.

Mesmo assim, a verba de publicidade para estimular o desarmamento voluntário terminou cortada, e os resultados preocupam: no ano passado, foram entregues 16.565 peças, enquanto no anterior haviam sido descartadas 31.264. Foi o mais baixo movimento desde que a estatística começou a ser calculada, em 2011. E este ano, a se considerar as 3.683 armas entregues até abril, o número deve ser menor que o de 2014. Não bastam apenas discursos políticos contra a “bancada da bala” ou a “agenda conservadora” que toma conta do Congresso. É preciso agir com medidas práticas. Uma delas, reativar a campanha pelo desarmamento.


Fonte: Editorial - O Globo