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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A sociedade tem de se indignar com a morte de PMs

Estudo da Comissão de Análise de Vitimização Policial da PM mostra que 3.234 policiais morreram de causas não naturais no Estado do Rio entre 1994 e 2016

Dezessete policiais militares foram mortos no Estado do Rio em janeiro deste ano, o que dá uma média de um PM assassinado a cada dois dias. A estatística se torna ainda mais dramática quando se tem notícia de que 3.234 policiais morreram de causas não naturais no estado entre 1994 e 2016, segundo estudo da Comissão de Análise de Vitimização Policial da PM. O número corresponde a 3,59% do contingente empregado no período, percentual que, de acordo com o levantamento, é maior do que o de soldados americanos mortos nas duas guerras mundiais (2,46% e 2,52% respectivamente). Incluídos na conta os feridos (14.452), esse percentual sobe para 19,65%. “Há 765 vezes mais chances de ser ferido aqui do que lutando nessas guerras. Precisamos de ajuda, seja da sociedade, da imprensa, de todos os segmentos", desabafou o coronel Fábio Cajueiro, que preside a comissão.

Os números mostram o lado mais trágico do problema. Mas há outros, não menos inquietantes. No ano passado, foram concedidas 1.398 licenças psiquiátricas a policiais militares, motivadas principalmente por estresse e depressão. Segundo o Núcleo Central de Psicologia da PM, em 2016 foram prestados 20 mil atendimentos a 2.296 pacientes. Muitos têm menos de cinco anos de serviço, trabalham em áreas de conflito e sofrem hostilidade de moradores. “Ele se sente dando a vida por alguém que não o reconhece. O policial se expõe ao perigo extremo e não sente retorno. Essa conta dentro dele não fecha. Está muito desigual", analisa o tenente-coronel Fernando Derenusson, psicólogo e chefe do núcleo.
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A Polícia Militar do Rio contabiliza mais de 200 anos de história foi criada por Dom João VI, em 1809, como Divisão Militar da Guarda Real de Polícia da Corte. Mas a imagem da instituição tem sido arranhada nas últimas décadas. Os motivos são muitos: corrupção envolvendo membros da corporação, inclusive oficiais; operações desastradas que resultam na morte de inocentes; grande número de civis mortos em supostos confrontos (os chamados autos de resistência) e participação em crimes, como ocorreu no caso Amarildo. [não há prova conclusiva de que o Amarildo foi morto por PMs - sequer há prova que ele morreu.
O que ocorreu foi que ONGs antipoliciais e pró bandidos  com auxílio de policiais preocupados com o 'politicamente correto' decidiram que o Amarildo morreu - sem que tenha sido encontrado o menor vestígio de cadáver ou qualquer outra prova de morte - que o servente foi assassinado por PMs e os militares foram punidos.
Provas que Amarildo morreu e se houve assassinato ele foi vítima de PMs não foram apresentadas - por não existir.] Isso contribui para minar a confiança da polícia junto à população.

Mas não se pode tomar a parte pelo todo. O Estado do Rio tem cerca de 47 mil policiais militares que, a despeito de receberem seus salários com atraso, arriscam suas vidas diariamente — muitas vezes com armamento inferior ao usado pelos bandidos — em defesa da sociedade. De uma sociedade que se mostra indiferente a essa matança. A indignação, nesses casos, costuma ficar restrita à família, ao círculo de amigos e à corporação.  Desde os anos 80, a violência no Rio é um problema a ser enfrentado por toda a sociedade. E os policiais militares, por estarem na linha de frente, são peça fundamental nesse combate. A sociedade precisa confiar nos PMs. Sem eles, os cidadãos ficam ainda mais vulneráveis.

Fonte: Opinião - O Globo