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domingo, 22 de outubro de 2023

Governo coloca sob sigilo voos de ministros do STF em jatinhos da FAB arranjados por Dino - Lúcio Vaz

Gazeta do Povo

Lúcio Vaz

Foto de perfil de Lúcio Vaz

O blog que fiscaliza o gasto público e vigia o poder em Brasília

 Ministros do STF realizaram 54 voos sob  sigilo em jatinhos da FAB

Ministros do STF realizaram 54 voos sob sigilo em jatinhos da FAB| Foto: Johnson Barros
 
Os voos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em jatinhos da FAB, solicitados pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, estão sob sigilo. 
A sua divulgação poria em risco a segurança de “altas autoridades”, justifica o Ministério da Justiça. 
Já foram realizadas 54 viagens, sendo 40 com apenas um passageiro – como um “Uber aéreo”. O custo já supera os R$ 800 mil. 
Quem mais viaja é o ministro Alexandre de Moraes.
Atendendo a pedido do STF, Dino solicitou ao Ministério da Defesa, em fevereiro, apoio aéreo aos ministros do Supremo
Os voos dos ministros estão camuflados com a classificação de voos “à disposição do Ministério da Defesa”. 
O registro de voos da Aeronáutica não informa o nome nem o órgão desses passageiros. Hoje, Dino é forte candidato ao cargo de ministro do STF.
 
No início de março, o blog revelou com exclusividade a existência desses voos camuflados e solicitou esclarecimentos ao Ministério da Justiça. Não houve resposta. 
Como essas viagens viraram rotina, sempre camufladas, o blog solicitou, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), a relação dos ministros que fizeram as viagens – quase a totalidade entre Brasília e São Paulo nos fins de semana.
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Lula. O pedido de informação chegou ao Comando da Aeronáutica e foi repassado ao Ministério da Defesa, que também o passou adiante. O Serviço de Informação ao Cidadão registrou que a informação solicitada era de competência do Ministério da Justiça, “o órgão demandante do pedido de apoio aéreo”.

O Ministério da Justiça, finalmente, assumiu a autoria do pedido e respondeu ao pedido de informação: “A solicitação de aeronave da FAB por esta pasta, em favor de ministros do STF, teve como propósito a garantia da segurança devido a ameaças que foram identificadas contra tais autoridades”.

O ministério de Dino registrou que o pedido da lista de passageiros encaminhado pelo blog “encontra-se classificado em grau de sigilo”, conforme diz o Decreto 7.724/2012, que regulamenta a Lei de Acesso à Informação. “São passíveis de classificação as informações consideradas imprescindíveis à segurança do Estado ou da sociedade, cuja divulgação ou acesso irrestrito possam pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares”, diz o decreto.

“Pelo exposto, uma vez que o voo em aeronave da FAB ao qual se deseja obter a lista de passageiros ocorreu em caráter de segurança, comunica-se a impossibilidade de fornecimento da lista”, sentenciou o Ministério da Justiça.

Brecha legal permite voos secretos
O ministério também registrou que a solicitação é amparada pelo Decreto 10.267/2020, que especifica quais autoridades federais têm direito ao transporte aéreo oficial. São citados expressamente o vice-presidente da República, os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do STF; os ministros de Estado, os comandantes e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. Não são citados os ministros do Supremo.

Mas o parágrafo 2.º desse artigo abre uma brecha generosa no decreto. Diz que o ministro da Defesa “poderá autorizar o transporte aéreo de outras autoridades, nacionais ou estrangeiras”. O decreto também fixa a ordem de prioridade na utilização das aeronaves da FAB: emergência médica, segurança e viagem a serviço.

Flávio Dino também viaja para sua casa no Maranhão, em fins de semana, sem agenda oficial, em jatinhos da FAB. Até junho, ele havia feito 12 desses deslocamentos de ida e volta para São Luís. Ao todo, havia feito 46 voos nas asas da FAB. A justificativa para a mordomia é a mesma: “motivo de segurança”.


Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
 
Lucio Vaz, jornalista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 
 

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Delegado reclama da falta de apoio aéreo na ação que encontrou esconderijo de Fat Family na Maré



Um policial da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga foi baleado durante confronto
Um policial da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga foi baleado durante confronto na Favela de Nova Holanda, onde desde cedo várias especializadas realizam buscas pelo traficante conhecido como Fat Family, que foi resgatado por bandidos no domingo. De acordo com o diretor das Especializadas, delegado Ronaldo Oliveira, o problema aconteceu por falta de apoio aéreo às operações. Segundo ele, os policiais estão trabalhando no limite. O policial foi atingido por um traficante que atirou de uma laje. Isto não teria acontecido se estivéssemos trabalhando com apoio aéreo. A situação é crítica devido à falta de recursos. Os caveirões estão em estado precário e não contamos mais com helicópteros, o que para uma operação como esta, prejudica muito a ação — afirmou Ronaldo Oliveira.

Até o momento, pelo menos três traficantes morreram, cinco foram presos e foram apreendidas armas, drogas, além de carros e motos roubados.

A Polícia Civil localizou nesta sexta-feira a casa onde o traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, conhecido como “Fat Family", estava escondido desde que foi resgatado. O endereço fica na Favela Nova Holanda. No local, foram encontrados medicamentos, mas Fat Family já havia escapado. Equipes vasculham a comunidade. Desde segunda-feira, policiais militares de vários batalhões percorreram comunidades do Centro, zonas Sul, Norte e Oeste, além de outros municípios da Baixada Fluminense e Região Metropolitana e até na Região dos Lagos. Na ação de quarta-feira, cinco pessoas morreram em confronto com a polícia na comunidade do Rola, em Santa Cruz, na Zona Oeste. De acordo com a PM, no início da operação, criminosos atiraram contra os policiais, que revidaram. Um outro suspeito ficou ferido e foi levado para o hospital, sob custódia. 

O traficante Fat Family, que havia sido preso estava internado devido a um ferimento no rosto causado durante um confronto com a polícia. Segundo a Secretaria estadual de Administração Penitenciária, ele estava em liberdade desde 28 de abril de 2016, por força de absolvição, concedida judicialmente. Ele havia sido preso em agosto 2011.

O resgate do traficante, na madrugada do último domingo, teve diversos criminosos envolvidos e resultou na morte de Ronaldo Luiz Marriel de Souza, filho de um oficial da Marinha que chegava na unidade para atendimento em companhia de um amigo Policial Militar. O PM e um enfermeiro também foram atingidos por tiros e estão internados na unidade. O estado de saúde do policial é estável, já o profissional de saúde está em estado grave.

Fonte: O Globo