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terça-feira, 9 de julho de 2019

Lava Máfia

Sob pressão, Moro comemora a ação impecável da PF na prisão de mafiosos italianos

Depois de anos de estranhamento, Brasil e Itália retomam as relações a todo vapor, principalmente no combate ao crime organizado, e comemoraram ontem o sucesso da operação da Polícia Federal que prendeu em São Paulo dois importantes líderes mafiosos, Nicola e Patrick Assisi, pai e filho, os “fantasmas da Calábria”. [destacando o óbvio: estranhamento ocorrido durante a gestão lulopetista - afinal, criminosos se protegem mutuamente.]

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, comemoraram a operação impecável, o desfecho e a sinalização para brasileiros e para o mundo: “O Brasil não deve ser refúgio para criminosos”, declarou Moro. “O Brasil não é paraíso de mafioso”, disse Valeixo, sem precisar lembrar dos filmes estrangeiros em que o bandido, de camisa florida, foge, feliz, para o Brasil. Moro e Valeixo se reuniram com o procurador Antimáfia e Antiterrorismo da Itália, Federico Cafiero, que gravou vídeo recheado de elogios à PF brasileira. Bem... o fato de ser bem às vésperas da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara deve ser mera coincidência. Policiais da PF, da PRF, da Polícia Legislativa e da Polícia Civil pressionam o Congresso por uma aposentadoria camarada, equiparada à dos militares.

Sob pressão, por conta dos [supostos] diálogos com procuradores divulgados pelo site The Intercept Brasil, Moro estava todo saltitante ontem (na medida em que o contido Moro consegue ser saltitante), talvez por, enfim, inverter a pauta. Segundo ele, Nicola Assisi é “um dos maiores traficantes de cocaína do mundo” e a operação da PF foi impecável, merece todos os elogios. Valeixo endossa: “Foram meses de trabalho, de levantamento, apuração, checagem”, contou, particularmente satisfeito porque seus agentes conseguiram driblar o sofisticado sistema de segurança dos dois mafiosos, surpreendê-los e prendê-los sem que tivessem tempo de correr para o esconderijo do apartamento. E sem troca de tiros, mortos e feridos. Os alvos ocupavam três apartamentos duplex, com câmeras de monitoramento de última geração, e mantinham em casa um velho hábito de mafiosos na Itália: um cômodo com paredes reforçadas, antirruído e dissimuladas atrás de armários. Tinham, também, em torno de R$ 1 milhão, em dólares, euros e reais; 4 kg de cocaína pura e armas. Mas nada disso foi suficiente para escaparem da PF, que atuou em conjunto com a inteligência italiana.

Ao mover mundos e fundos para manter o terrorista Cesare Battisti no Brasil, contra a opinião de juristas e de pareceres do Ministério da Justiça e do Itamaraty, os governos do PT geraram irritação não apenas no governo e nas instituições italianas, mas também da própria opinião pública do país, sempre tão simpática ao Brasil e aos brasileiros. Os ventos mudaram, Battisti foi cumprir pena no país dele e os acordos e ações de cooperação deslancharam. Vale dizer que, sem uma ampla e intensa rede de cooperação mundo afora, a PF e o Ministério Público jamais teriam conseguido ir tão longe na Lava Jato, rastreando contas, depósitos, desvios. Foi graças à troca de informações com EUA e países da Europa, da Ásia, do Caribe e da América do Sul que a operação reconstituiu, por exemplo, todo o complexo e tortuoso caminho dos reais, dólares e euros da Odebrecht.

Quanto mais globalizado o mundo, mais difícil fica para doleiros e mafiosos. Nicola Assisi, foragido desde 2014, passou por Portugal e Argentina antes de se instalar no Brasil. Sua extradição já está assinada. A Itália e o combate ao crime transnacional agradecem. Sob o olhar preocupado das nações democráticas, pelas manifestações sobre meio ambiente, armas, radares, trabalho infantil, o Brasil ganha enfim boas manchetes na Itália. Não passou a mão na cabeça de criminoso, nem foi só para inglês ver.
 
 Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Operação antiterror na Bélgica deixa vários mortos, diz imprensa local

Governo belga informou que ação está "vinculada ao jihadismo"

A polícia da Bélgica lançou, nesta quinta-feira, uma operação antiterrorista em Verviers (leste do país), que teria deixado, segundo a imprensa belga, várias vítimas.  "Há uma operação em curso", informou à AFP a prefeitura de Verviers. Fontes do governo belga indicaram que há uma operação em curso, que "está vinculada ao jihadismo".
A operação foi realizada em uma antiga padaria pela polícia antiterrorista. Segundo o jornal "De Standard", um grupo jihadista se preparava para cometer um ataque. Três jovens que partiram para combater na Síria e que retornaram à Bélgica há uma semana tiveram seus telefones grampeados pela polícia, que decidiu agir rapidamente. As escutas indicavam que eles se preparavam para cometer atos terroristas, segundo o canal de televisão belga RTBF.


Outras operações estariam em curso também em Bruxelas. A prefeita de Molenbeek-Saint-Jean, Françoise Schepmans, informou que buscas estavam sendo realizadas na região, que possui uma grande comunidade de imigrantes. Em Verviers, vários tiros e explosões foram ouvidos no centro da cidade por volta das 18h (15h de Brasília), no bairro da estação de trem, segundo testemunhas.

A área foi isolada e ambulâncias estavam no local. Os moradores foram instruídos pela polícia a permanecer em suas casas. A RTL-TVI reportou três mortes, e a televisão pública RTBF, duas. Nenhum balanço foi confirmado por fontes oficiais. De acordo com a RTBF, não há agentes feridos, e a polícia fez várias detenções.

Fonte: AFP