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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

A arma de Pacheco - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O senador Rodrigo Pacheco subiu o tom e falou em resgate da independência entre os poderes. 
Pacheco sugeriu limitar a possibilidade de interposição de recursos ao Supremo. 
Recentemente, o senador já havia defendido mandatos para os ministros do STF e falado em "equívoco grave" na postura da corte.

De acordo com o presidente do Senado, não há como permitir ao Judiciário que formate leis, porque isso é atribuição do Legislativo. A separação dos Poderes, segundo Pacheco, deve ser respeitada, evitando crises desnecessárias. Mas ele afirmou que não se trata se uma retaliação...

E não é mesmo! Sei que tem direitista animado com a mudança de tom do presidente do Congresso, mas eu me reservo o direito de manter os dois pés atrás. Pacheco tinha pretensões de ser indicado para o próprio STF e, descartando essa possibilidade agora, deve mirar no governo de Minas. Por isso precisa adaptar seu discurso.

Nada como a pressão de eleitores. Se Pacheco tem alguma pretensão de ser eleito para qualquer cargo, então precisa mesmo começar a mudar de comportamento
Hoje ele é visto por muitos como pusilânime, quiçá cúmplice dos abusos supremos. Tanto que foi vaiado no dia das eleições.

Mas a subida de tom em alguns decibéis não me comove. E isso por uma razão muito simples: se Pacheco falasse sério mesmo sobre restabelecer a independência entre os poderes, bastava ele fazer uma coisinha apenas, e nada mais, que é levar ao plenário algum pedido de impeachment de ministro supremo para votação dos senadores.

Instrumento constitucional, mecanismo idealizado de freio e contrapeso para impedir justamente uma tirania de toga, o impeachment de um ministro como Alexandre de Moraes seria a melhor forma de conter os abusos supremos. 
O fator pedagógico seria crucial: não são deuses acima da Constituição da qual deveriam ser os guardiões!

Portanto, Pacheco tem em suas mãos uma arma constitucional carregada, e cabe somente a ele puxar o gatilho. Um mero gesto e ele deixaria claro que realmente quer mudar de atitude. Enquanto ele não fizer isso, tudo que vem de suas falas não passa de ladainha, em minha visão. Discurso político, eleitoral.

Não me seduz e não me anima. Sou calejado e tenho lugar de fala: sou alvo dos abusos de Alexandre, e apenas quando o ministro for responsabilizado por esses abusos, num legítimo processo de impeachment pelo Senado da República, vou começar a acreditar na reversão dessa tirania instaurada em nosso país. 

Até lá, vejo Pacheco como parte do problema, não da solução.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 25 de abril de 2023

Lula é alvo de protestos em Portugal: ‘lugar de ladrão é na prisão’

No Legislativo português, deputados de oposição ergueram cartazes contra o presidente brasileiro 

 O presidente Lula e o presidente do Parlamento português, Augusto Santos Silva

O presidente Lula e o presidente do Parlamento português, Augusto Santos Silva - 25/04/2023 (PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP)
 
O último dia de visita de Lula em Portugal foi marcado por protestos da oposição portuguesa contra o petista. Logo no início das solenidades, o presidente brasileiro ouviu gritos de “fora Lula”. [já era previsto que o 'estadista de araque' seria repudiado pelo povo português; eles já tiveram um presidente ladrão -Sócrates, ainda preso - e agora não aceitam ladrão ainda que visitante. Tanto que, diplomaticamente, ele já havia sido desconvidado.]

No Legislativo português, deputados ergueram cartazes com as frases “chega de corrupção” e “lugar de ladrão é na prisão”.

O petista foi defendido pelo presidente da Casa. “Senhores deputados que querem permanecer na sessão plenária tem que se portar com urbanidade, cortesia e educação que é exigido de qualquer representante do povo português. chega de insulto, chega de degradar as instituições, chega de colocarem vergonha no nome de Portugal”, disse Augusto Santos Silva.

Radar - Coluna Revista VEJA


terça-feira, 14 de março de 2023

Silêncio: a mídia tucana está descobrindo o abuso supremo e o PT - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Por pragmatismo, será que a direita deveria fingir que os tucanos não fizeram o L sabendo muito bem quem estavam ajudando a recolocar no poder, só para somar no esforço antipetista agora?  

Eu não consigo agir assim. Acredito que, no longo prazo, faz-se necessário o lado pedagógico da coisa, para lembrar que tucanos são oportunistas dispostos a tudo para tirar a direita do poder.
Penso nisso quando vejo a quantidade de tucanos "arrependidos" ou "assustados" com o novo governo. 
É como se Lula tivesse surgido em cena agora, e seu PT fosse o Novo, não o velho esquema de corrupção e socialismo que todos já conhecemos. É muito cinismo, e isso não pode ser tolerado ou esquecido.
 
Vejam, por exemplo, essa chamada do Estadão: "Denúncias de 8/1 ignoram condutas individuais, têm textos idênticos e põem garantias em risco". Correto. Mas cabe perguntar: 
- por onde o jornal andou nos últimos meses? 
Não percebeu o arbítrio supremo em curso no país?
Não achou importante denunciar os métodos, só porque o alvo era Bolsonaro?

João Luiz Mauad comentou: "Sabe o que mais incomoda nessas matérias tardias da mídia militante? É que elas tratam o leitor como um idiota, incapaz de ver que tudo isso só aconteceu devido à complacência e o incentivo do próprio jornalismo, cujo único propósito era enterrar o bolsonarismo, não importa como".  
Direto ao ponto! É esperar muito pouco do público, achar que ele não vai perceber o truque.

Diz essa outra chamada do mesmo Estadão: "Lula abre ‘porteira’ de cargos a União Brasil e MDB para ganhar aliados e barrar CPI". No subtítulo consta: "Presidente deu sinal verde para nomeações após ser alertado por Arthur Lira de que o não atendimento aos aliados pode levar a derrotas significativas no Legislativo". Pergunta: isso não era o alarmado "orçamento secreto" tratado como escandaloso durante a campanha, para prejudicar Bolsonaro?

Tudo, absolutamente tudo que a mídia tucana condenava como absurdo durante o governo Bolsonaro piorou e muito, em grau e forma. Isso sem falar do resto todo, que era bom no governo anterior, e também virou desgraça no atual. Mas a velha imprensa fez vista grossa por "ojeriza" a Bolsonaro, e ajudou a colocar no poder essa turma. Agora parece que estão descobrindo quem é Lula, pela primeira vez...

Isso é ridículo demais, um circo tupiniquim. E olha que o Estadão tucano ao menos tem dado esta guinada na esperança de que ninguém vá notar. Pois outros veículos de comunicação nem isso fizeram ainda, com seus malabarismos incríveis para defender o indefensável desgoverno.   
Não será catastrófico assim, alegam, mas também não será bom! Risos? Ou choro, muito choro?

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Mentiras tóxicas sobre o agronegócio - Revista Oeste

 Edilson Salgueiro

 Apesar dos sabotadores, os produtores rurais brasileiros alimentam quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e alavancam a economia do país

O agronegócio brasileiro é alvo constante dos sabotadores, dos militantes e dos ideólogos. Embora produza alimentos para 800 milhões de pessoas em todo o mundo e alavanque a economia do país todos os anos, o setor é frequentemente difamado pelas organizações não governamentais (ONGs), pelas redações da velha mídia e pelas agências de publicidade. Uma das mentiras mais difundidas por esses grupos é que os defensivos agrícolas utilizados no Brasil são proibidos em países desenvolvidos. Mas a realidade prova o contrário.

Trator pulveriza pesticidas em uma plantação de milho | Foto: Reprodução/Shutterstock

Trator pulveriza pesticidas em uma plantação de milho | Foto: Reprodução/Shutterstock

Antes de desmentir as falácias sobre o tema, é necessário entender o atual sistema regulatório da União Europeia (UE). Na Diretiva nº 414, de 15 de julho de 1991, os integrantes do bloco determinaram que todos os ingredientes ativos (IAs) — a principal substância química dos pesticidas — deveriam ser avaliados pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA). Esse processo poderia durar até 12 anos.

A partir dessa medida, criou-se uma lista com aproximadamente 900 IAs a serem examinados. Os produtos seriam aprovados somente depois das avaliações. No entanto, mais de 500 moléculas não foram analisadas pela EFSA no prazo estipulado. Por isso, foram consideradas “não aprovadas” — ou, no linguajar de quem gosta de contestar os fatos, banidas”. Mas a aprovação não está necessariamente relacionada com os riscos de toxicidade ou com as exigências regulatórias. Na verdade, a “não aprovaçãose refere a substâncias que nunca foram avaliadas pelas autoridades governamentais de um país; que nunca tiveram pedidos de renovação ou de registro; e que foram canceladas por ausência de pagamentos de taxas para manutenção de registro.

Portanto, os ingredientes ativos retirados do mercado europeu não foram banidos. Apenas ainda não foram avaliados.

Brasil versus mundo
De acordo com o estudo “Aprovações e Proibições de Agrotóxicos em Diferentes Países”, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), há 279 IAs registrados no Brasil. O relatório mostra que várias dessas moléculas estão sendo utilizadas em outras nações, incluindo Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e UE. Uma única dessas substâncias não está registrada em nenhum dos países citados: a sulfluramida, usada para o controle de formigas. Segundo a CropLife Brasil, associação de empresas de defensivos agrícolas, o uso desse produto é seguro no país.

É comum haver a “aprovação” de determinados defensivos em alguns países e a “não aprovação” dos mesmos produtos em outros. Isso porque as condições agrícolas das regiões, em relação à flora, à fauna e ao clima, apresentam cenários distintos. Em ambientes diversos, surge uma variedade de insetos, pragas e ervas daninhas nas lavouras. Assim, o controle eficaz é possível apenas com substâncias específicas.

Dos 279 ingredientes ativos registrados no Brasil, 228 podem ser usados na Austrália, 218 nos EUA e no Canadá, 205 no Japão e 136 na UE.

(...)

Em contrapartida, há 90 ingredientes ativos registrados na UE que não podem ser utilizados no Brasil. Ao todo, 77 substâncias nunca tiveram o pedido de registro solicitado, nove não foram aprovadas por não apresentar seus fabricantes e quatro ainda precisam ser analisadas pelas autoridades responsáveis.

Na prática, isso significa que os defensivos estão sendo avaliados individualmente, conforme a necessidade dos países e as legislações nacionais. As culturas agrícolas e a quantidade de aplicações das substâncias, que variam de acordo com o clima, com o tipo de solo e com o tamanho da área, levam a diferentes conclusões nas análises.

A necessidade de modernizar as leis

(...)

“Um cidadão com 85 quilos, por exemplo, precisaria consumir 20 quilos de pimentões contaminados, em apenas 24 horas, para sofrer algum tipo de intoxicação crônica”

A fim de agilizar os processos de análise, a Câmara dos Deputados aprovou, no início de fevereiro, o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002. O texto estabelece que, se os pesticidas não forem aprovados em dois anos, a empresa dona de uma molécula nova poderá solicitar a autorização temporária de registro. A concessão será feita apenas se o produto tiver sido aprovado em pelo menos três países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Caso obtenham a autorização temporária, os agricultores poderão utilizar o novo defensivo agrícola. Durante esse período, os órgãos federais continuarão a analisar o pesticida. Se indeferirem o pedido ao fim do processo de avaliação, o produto será proibido.

Atualmente, os países da UE demoram entre dois e quatro anos para validar um defensivo agrícola, o que permite o registro contínuo de novas moléculas — mais eficientes e menos tóxicas. Na contramão, o Brasil submete os produtores a oito anos de espera.

Comida boa, barata e de qualidade
Como mostra reportagem publicada na Edição 100 da Revista Oeste, os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são avaliados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
(...)

O mundo precisa dos defensivos agrícolas
A população mundial deve chegar a 10 bilhões de pessoas até 2050, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse cenário, serão necessários mais carnes, frutas, legumes, verduras e cereais. E o Brasil, com sua vocação natural para a agropecuária, deverá assumir as rédeas e alimentar boa parte do planeta.

Para que o agronegócio brasileiro cumpra sua missão, o uso dos pesticidas é indispensável. Isso porque aproximadamente 40% da produção agrícola mundial é perdida todos os anos, em virtude dos ataques das pragas. Estima-se que as perdas mundiais causadas por doenças das plantas atinjam US$ 220 bilhões, enquanto as pragas fazem os produtores rurais perderem US$ 70 bilhões.

Embora seja apontado como um dos maiores utilizadores de pesticidas do mundo, o Brasil não encabeça (proporcionalmente) o ranking de países que mais gastam com defensivos agrícolas por quantidade de alimentos produzidos. O Japão lidera a lista, com apenas 8 quilos colhidos para cada dólar investido. Na Europa, a média é de 58 quilos (na França, por exemplo, são 50 quilos), e, nos Estados Unidos, de 94 quilos/dólar. O Brasil produz mais de 140 quilos de alimentos para cada dólar investido em pesticidas, graças à eficiência tecnológica de sua produção.

No ranking de países que mais usam defensivos por hectare, o Brasil está em sexto lugar (menos de 5 quilos por hectare/ano). A Holanda ganha a medalha de ouro, com cerca de 20 quilos por hectare/ano. Seguem-se Japão (17,5), Bélgica (12), França (6) e Inglaterra (5,5).

(...)

Mesmo assim, os produtores rurais brasileiros reduzem anualmente a dose média de pesticidas utilizados por hectare. A dose média dos produtos lançados a partir do ano 2000 corresponde a 12% da dos produtos anteriores à década de 1970. Em linhas gerais, há mais eficiência e menos riscos.

Ideologia, a pior praga
Conforme diz Lohbauer, o boicote à agricultura convencional e aos pesticidas é impulsionado pela agenda da “sustentabilidade”. “Isso se transformou numa agenda corporativa”, disse o presidente da CropLife Brasil. “Centenas de milhares de organizações não governamentais, think tanks e grandes corporações trabalham para promover as pautas verdes. Há muito dinheiro envolvido. Essas mesmas ideias destruíram o Sri Lanka.”

Reportagem publicada na Edição 121 da Revista Oeste mostrou que o colapso do país asiático é resultado de décadas de incompetência de governos socialistas e do lobby ecologicamente correto de multinacionais, universidades e ONGs. O Sri Lanka aderiu à agricultura orgânica, sob o argumento de não causar danos ambientais ao planeta, e seguiu à risca as práticas sustentáveis de Environmental, Social and Governance (ESG). De acordo com um relatório da consultoria World Economics, que avalia o índice de emissão de gases do efeito estufa em todos os países, a ilha asiática ultrapassa a marca de 98 pontos — considerando que 100 é a melhor nota, e zero é a pior. Suécia (96), França (92), Alemanha (90), Brasil (84), Rússia (54), EUA (51) e China (43), por exemplo, ficaram para trás.


Na prática, as políticas “sustentáveis” resultaram em escassez de energia, inflação e pobreza. Aproximadamente 30% das terras agrícolas de Sri Lanka foram inativadas no ano passado, em virtude da proibição de pesticidas e fertilizantes. Como resultado, 85% dos agricultores sofreram perdas nas safras. A produção de arroz caiu 20%, enquanto os preços subiram 50% em apenas seis meses. Mas não é só isso. O governo precisou importar US$ 450 milhões em arroz, apesar de o país ser autossuficiente na produção do cereal. Há apenas 2 milhões de agricultores na ilha asiática, mas 15 milhões de habitantes dependem direta ou indiretamente das frutas, dos legumes e das verduras produzidos pelos trabalhadores rurais.


De lá para cá, o país desceu ladeira abaixo. Segundo a ONU, 30% dos 22 milhões de cingaleses correm o risco de não ter acesso a alimentos, remédios nem combustíveis. A economia está em frangalhos, e o governo suspendeu o pagamento de empréstimos estrangeiros.

Os brasileiros não podem deixar os sabotadores, os militantes e os ideólogos transformarem este país em um grande Sri Lanka.

Leia também “Uma revolução verde”

Edilson Salgueiro, colunista - Revista Oeste


domingo, 27 de dezembro de 2020

A régua que mede o inchaço pós-vacina - Por Laryssa Borges

Diário da Vacina - VEJA

Um alvo com raio de sete centímetros foi distribuído aos voluntários para que medissem o inchaço que a vacina poderia provocar após a aplicação

26 de dezembro, 16h48: ‘Seu braço esquerdo pode ficar inchado e com dor no local da aplicação da vacina’, me informou a médica após aplicar, há exatos 39 dias, uma ampola da vacina experimental desenvolvida pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. Explicação corriqueira para todos que, em campanhas nacionais de vacinação, recebem imunizantes. Mas no caso de uma voluntária como eu a coisa muda de figura. Para medir a extensão do possível estrago, recebi uma régua larga, de 12 centímetros com uma ponta em forma de alvo. Neste alvo, um raio de sete centímetros marca o que talvez a equipe de cientistas considere o pior cenário possível: 14 centímetros de inchaço e vermelhidão no local onde foi injetada a substância em testes.

Não tinha examinado a régua até poucos dias atrás. Ele ficou esquecida no meio de oxímetros, termômetros e da papelada que detalha o estudo em busca do medicamento anti-Covid. Deve ser desesperador ver seu braço chegar ao ápice do inchaço previsto no alvo. No meu caso, nada aconteceu. Nem um mísero pontinho vermelho. Dor, febre, vermelhidão, nada. Mas, se a régua existe, é porque algumas pessoas que testam a vacina apresentam este tipo de reação adversa. O inchaço, aliás, é um dos 22 efeitos colaterais mais comuns de imunizantes em geral.

O único e importante efeito adverso que senti desde que recebi minha dose em um centro de pesquisa no Rio de Janeiro foi dor muscular e nas articulações. Torço para que aquela sensação de ter sido atropelada por um caminhão seja um indicativo de que tomei a vacina verdadeira, e não o placebo.

17h26: Falta um mês para voltar, mais uma vez, à clínica que me selecionou como voluntária em busca de uma vacina contra o novo coronavírus. A equipe de pesquisadores quer medir se, neste intervalo, desenvolvi anticorpos e os mantive como proteção contra o patógeno ou se, por eventualmente estar no grupo que recebeu placebo, continuo vulnerável. Uma das médicas havia ficado particularmente preocupada com a possibilidade de eu contrair Covid-19 em Brasília, onde moro, e eles, do estudo clínico, estarem no Rio.

Todo voluntário que acaba infectado tem acompanhamento médico domiciliar e, estando médico e paciente em cidades diferentes, isso obviamente não é possível. Minha solução: manter isolamento social extremo para, no caso de ter recebido soro fisiológico no lugar do imunizante experimental, ficar menos exposta ao vírus.

E uma nota mental: perguntar a eles se houve muitos relatos de pacientes medindo danos colaterais com a régua em forma de alvo.

Diário da Vacina -  Laryssa Borges - VEJA On-line

 

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

‘A polícia não mata. É alvo de disparos’, diz Major Fabiana, secretária de vitimização - O Globo

A PM, que contabiliza atendimento a 150 pessoas, responde a perguntas do GLOBO


Major Fabiana (PSL-RJ) contabiliza atendimento a 150 pessoas Foto: Gabriela Fittipaldi / Agência O Globo
Major Fabiana (PSL-RJ) contabiliza atendimento a 150 pessoas Foto: Gabriela Fittipaldi / Agência O Globo

Empossada há 17 dias como secretária de Vitimização do governo de Wilson Witzel, Major Fabiana (PSL-RJ) contabiliza atendimento a 150 pessoas. Elas são de famílias de policiais, criminosos e inocentes mortos ou feridos durante confronto entre agentes de segurança e bandidos. A pasta foi criada com objetivo de prover assistência médica e jurídica. Em entrevista ao GLOBO, a Major fala sobre o sequestro na Ponte Rio-Niterói, e também sobre a política adotada pelo estado no combate ao crime organizado.


Recentemente, seis inocentes foram mortos a tiros no Rio. Não se sabe de onde partiram as balas. Alguma família recusou assistência da secretaria?
As famílias da Tijuca e de Niterói recusaram. Ressalto que esses casos ainda estão sendo investigados. Mas, independentemente de serem ou não envolvidos com o tráfico, o foco da pasta é nas pessoas que ficam. Recuperar o coração dilacerado dessas famílias.
“A polícia não mata. É alvo de disparos. Ela tem ordenamento jurídico e regulamento para seguir. O bandido, não. A polícia não atira para matar. Ela revida para salvar a própria vida e a de terceiros”
Major Fabiana
Secretária estadual de Vitimização
Como major da PM, o que recomenda para reduzir mortes de inocentes?
A polícia não mata. É alvo de disparos. Ela tem ordenamento jurídico e regulamento para seguir. O bandido, não. A polícia não atira para matar. Ela revida para salvar a própria vida e a de terceiros. 

LEIA: Rio terá mais mortes causadas por ações policiais até dezembro, diz secretário de Polícia Civil
 
O governador estimula que a polícia atire para matar.
Quando ele fala que quem está com fuzil tem que ser abatido, quero que você me diga: uma pessoa que porta fuzil que outro resultado se não a morte ela deseja?

Voltando aos inocentes, o que fazer para evitar essas mortes?
O governo já tem feito: investir em projetos sociais que envolvam policiais nas comunidades e um excelente trabalho integrado das polícias Civil e Militar.

Como secretária de Vitimização, a senhora apoia a política de abate do governo?
Sou uma entusiasta da política de segurança do governador. Os números provam que é exitosa. O número de homicídios ainda não é o ideal, mas caiu imensamente.

O Globo


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

STF julga pedido de suspeição de Janot para atuar nas investigações sobre Temer

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar hoje (13) pedido feito pela defesa do presidente Michel Temer para seja declarada a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para atuar nas investigações relacionadas ao presidente. A sessão está prevista para começar às 14h.  Durante o julgamento, a Corte também deve deliberar sobre a validade das provas obtidas a partir dos acordos de delação premiada do empresário Joesley Batista, dono da JBS, preso nesta semana após a Procuradoria-Geral da República (PGR) abrir procedimento de revisão da colaboração.

Além disso, deve ser discutido outro pedido da defesa de Temer para suspender uma eventual denúncia contra o presidente, a ser apresentada por Janot, que deixará o cargo na próxima segunda-feira (18) e será sucedido por Raquel Dodge.  No pedido de suspeição, o advogado Antônio Mariz, representante de Temer, reafirma que, nos casos envolvendo o presidente, Janot está impedido de conduzi-los por extrapolar os “limites constitucionais e legais inerentes ao cargo que ocupa”.

“No afã de envolver o senhor presidente da República em fatos incertos e não determinados, uma série de ‘certezas’ foi lançada pelo chefe do parquet [Ministério Público], que dificultou sobremaneira uma análise isenta e desprovida de influências que só agora tem vindo à tona, sendo certo que toda a contextualização ora sintetizada, mas amplamente esmiuçada na exordial, evidencia a clara suspeição do dr. Rodrigo Janot para a condução, no âmbito do Ministério Público Federal, de casos envolvendo o ora agravante [Temer]”, sustenta a defesa.

Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual Janot disse que “enquanto houver bambu, lá vai flecha”, fazendo referência ao processo de investigação contra o presidente.  “Parece pouco interessar ao procurador se o alvo a ser atingido, além da pessoa física de Michel Temer, é a instituição Presidência da República, as instituições republicanas, a sociedade brasileira ou a nação”, afirma o defensor.

Antes de chegar ao plenário, o pedido de suspeição de Janot foi rejeitado individualmente pelo relator, ministro Edson Fachin. Ao apresentar defesa no caso, Janot disse que as acusações dos advogados de Temer são “meras conjecturas”.  Na resposta, o procurador também afirmou que atua com imparcialidade no caso que envolve Temer. “A arguição de suspeição somente procede quando robusta prova a demonstra insofismavelmente. Não merece acolhida quando expressa por meio de meras conjecturas destituídas de elementos idôneos de convicção. Sem dúvida, o caso em exame se enquadra nessa última hipótese”, argumentou Janot.

Fonte: Agência Brasil

sábado, 8 de agosto de 2015

Lula recusa ser ministro de Dilma. Caso Lula aceite será a desmoralização total do Barão do Rio Branco

PT sonda, mas Lula recusa virar ministro de Dilma

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi sondado por líderes petistas e representantes do governo sobre a possibilidade de ocupar uma vaga no Ministério da presidente Dilma Rousseff. Até agora, no entanto, ele tem se mostrado refratário à ideia, dizendo que prefere passar os próximos meses viajando pelo Brasil para fazer a "defesa da democracia" e de uma agenda nacional de educação.

Segundo aliados, o caminho natural de Lula seria o Ministério das Relações Exteriores. Integrantes do governo, no entanto, também citam as pastas da Defesa e da Casa Civil entre as possibilidades. Pelo menos dois ministros do governo Dilma, além de parlamentares e dirigentes petistas, sondaram Lula nos últimos dias. O titular da Defesa, Jaques Wagner, foi um dos que conversaram ontem com o ex-presidente sobre o assunto.

A pressão mais forte vem de setores do PT, em especial a bancada do partido na Câmara, que vê em Lula um reforço de peso na articulação política do governo. Para tentar convencê-lo, argumentam que no Ministério o petista passaria a ter direito à prerrogativa de foro na Justiça e sairia do raio de ação da Operação Lava Jato. Embora os integrantes da força-tarefa afirmem que o ex-presidente não é nem sequer investigado, aliados avaliam que Lula é o alvo real da operação e deve se proteger.

Pessoas próximas ao petista dizem que ocupar uma pasta "é a última coisa que ele quer neste momento" e ressaltam que até agora Dilma não manifestou abertamente o desejo de tê-lo no Ministério. Pessoas contrárias à ideia alegam que uma nomeação de Lula decretaria o fim do governo Dilma, já que o ex-presidente é quem exerceria o poder.

Abraço
Ontem, cerca de 400 pessoas foram até a sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, para um ato em solidariedade ao ex-presidente. Na semana passada, o local foi alvo de uma bomba caseira. O caso foi tratado pelo PT como um "ataque político".

Entre os participantes estavam os ministros da Comunicação Social, Edinho Silva, da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e Jaques Wagner, além de dirigentes petistas, sindicalistas, lideranças de movimentos sociais, ex-colaboradores, parentes e admiradores em geral.
Em clima de festa, eles entoaram gritos como "pode tremer, aqui é a infantaria do PT" e deram um abraço simbólico no instituto. "A oposição irresponsável tem alimentado estes grupos fascistoides", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Enquanto o ato ainda ocorria, Lula fez duas reuniões políticas. Uma com Wagner, o preferido de Lula para ocupar a Casa Civil numa possível reforma ministerial, e outra com Edinho e Mercadante, que deixou o local irritado e evitando a imprensa. Líderes petistas se mostraram refratários à possibilidade de o partido perder espaço no governo para o PMDB. "O PT já tem muito pouco espaço no Ministério", disse o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. 

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".