Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador agenda positiva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador agenda positiva. Mostrar todas as postagens

sábado, 14 de janeiro de 2023

Lula não tem “agenda positiva” e só mostrou até agora o que vai destruir - J.R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

O Brasil não pode passar o resto da vida vivendo em função das invasões e da depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF; o novo governo não pode ficar restrito a administrar um crime, por pior que ele tenha sido. 
O país não acabou no dia 8 de janeiro. Há todo um imenso trabalho a fazer na administração das questões nacionais, a começar pela prioridade das prioridades – a economia. Jamais houve tanta desconfiança no público, em relação à gestão econômica, quanto há agora; as pessoas não acreditam na capacidade do governo de manter o processo de recuperação iniciado no ano passado. 
Não acreditam porque não confiam na competência, e sobretudo nas intenções, da equipe que comanda o Ministério da Fazenda – a pior, possivelmente, que o Brasil já teve em qualquer época, com exceção do período inicial de demência do governo Collor. É urgente, para um governo que mal começa, comprovar com fatos que essas expectativas não procedem. Não adianta ficar se enchendo de fúria contra a baderna – rende cartaz no Jornal Nacional, mas não resolve nada. Para resolver, é preciso decisões. Onde estão elas?
 
Os crimes cometidos contra os prédios dos Três Poderes estão sendo processados, os criminosos estão sendo individualizados e o problema todo, no fundo, está superado - não vai acontecer de novo, porque foi causado por uma minoria extremista que jamais conseguirá fazer uma verdadeira política de oposição e não representa, muito simplesmente, o povo brasileiro.  
Mas nada disso vai influir na inflação do mês de janeiro, nem no nível de emprego, nem no acesso ao crédito. Não vai fazer aparecer investimento. Não influi nas exportações. Não afeta as cadeias produtivas. 
Para essas coisas tem de haver decisões acertadas do governo – e o governo, depois de dois meses de preparação, com a sua equipe de transição” de 900 “especialistas” e tudo o mais, só foi capaz, até agora, de dizer o que não vai fazer. Sabe-se o que o Sistema Lula anunciou que vai destruir – a privatização do Porto de Santos, o departamento de apoio ao agronegócio no Itamaraty, o programa de alfabetização e por aí afora. Não há o mais remoto sinal sobre o que vai construir.

Jamais houve tanta desconfiança no público, em relação à gestão econômica, quanto há agora

O presidente Lula, aparentemente, percebeu isso – acaba de pedir uma “agenda positiva” dos ministros, para sair da obsessão repressiva do momento e tentar mostrar que o seu governo não se limita a prender gente, dar multas, fazer censura e reduzir ao mínimo a liberdade de expressão e a livre manifestação do povo nas ruas.  
O que resulta, em dividendos políticos concretos, encher com 1200 presos um ginásio de esportes de Brasília – ou acabar com o programa de alfabetização? 
Alguém vai achar que Lula e o seu governo ficam melhores com esse tipo de coisa? 
Quantos votos vão ganhar por transformarem o Brasil numa delegacia de polícia, na qual se pune quem vai para a frente do quartel e se dá cada vez mais liberdade para os piores criminosos e os piores corruptos? O governo Lula tem de mudar de assunto.

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Lula volta a ser ‘o cara’



Tudo indica que Lula da Silva conseguiu finalmente subjugar sua criatura e assumir o comando político do governo. Não chega a surpreender, diante da mais do que comprovada incompetência política de Dilma Rousseff, que vinha comprometendo o futuro de seu frustrado preceptor e do PT. Assim, volta ao proscênio da política nacional o maior responsável pela crise política, econômica e moral que infelicita o País.

Quanto mais em evidência estiver, tanto mais serão cobradas de Lula explicações sobre seu papel no mar de lama que inundou a administração pública federal sob seu comando direto e, depois, sob o desgoverno do poste que inventou para, deliberadamente, desmoralizar as instituições e o regime. A notícia revelada ontem com exclusividade pelo Estado, de que o governo Lula estaria envolvido num cabuloso esquema de lobby para favorecer a indústria automobilística com a edição, em 2009, de MP que prorrogou o desconto do IPI sobre veículos, é apenas mais um elemento a fortalecer a evidência de que o então presidente da República, a exemplo de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, tem explicações a dar à Justiça e ao País. Até porque aponta um dedo acusador para Lula a recomendação de que quem enriquece na política deve ser observado sempre com alguma desconfiança.

A partir de agora Lula deixa de ser apenas um líder partidário generosamente determinado a dar sua contribuição para tirar o Brasil do buraco para se tornar o protagonista da ação governamental. Ninguém mais se dará ao trabalho de cobrar soluções para a crise de uma presidente da República que foi forçada a abdicar de seu poder político, que transferiu em comodato. Agora mandam Lula e as raposas peludas do PMDB, por intermédio de homens de confiança colocados em postos-chave do governo. É claro que, por uma questão até de bons modos, a Dilma será sempre oferecida a opção de concordar com as medidas adotadas pelo governo que ela não pode mais chamar de seu. E o que isso significa?

A julgar pelo que o dono do PT tem dito a interlocutores e proclamado ao distinto público, é preciso impor rapidamente uma “agenda positiva” para o governo, o que significa, na linguagem lulopetista, dizer coisas que as pessoas gostam de ouvir. Lula deve continuar imaginando que o brasileiro é idiota. 

Como ainda não inventou nada de novo e interessante para anunciar, gastou todo o tempo de uma inserção publicitária do PT na TV dias atrás jactando-se de ter tirado o Brasil do “mapa da miséria da ONU”, de ter promovido à classe média “mais de 40 milhões de brasileiros” e criado fantásticos programas sociais. O que havia de verdade em toda essa jactância populista está se dissipando com a crise, pois o que Lula e Dilma fizeram foi assistencialismo elementar, sem as medidas adicionais que de fato promovem a ascensão social. Um discurso populista requentado não renderá aplausos.

Pior é o fato de que, para manter coerência com a determinação de criar uma “agenda positiva”, será necessário reduzir ao mínimo as medidas de austeridade do ajuste fiscal, quase todas elas impopulares. Isso acabará inviabilizando o ajuste, que é precondição para a adoção de qualquer medida eficaz para a retomada do crescimento econômico. Pois o que o chefão do PT está propondo é a pura e simples repetição da “nova matriz econômica” que funcionou enquanto o Brasil surfava nas águas tranquilas da bonança econômica mundial. Uma fórmula cuja overdose acabou resultando na crise que colocou a economia brasileira na beira do precipício.

O estado atual da economia não permite que o “novo governo” vá simplesmente empurrando a situação com a barriga. Diante da enorme incoerência representada pela promessa de conciliar o inconciliável, a pergunta inevitável é a seguinte: afinal, o que Lula tem de fato em mente?
 
Agravar um impasse que, no limite, o libere para chutar o balde, botar toda a culpa em Dilma e no PMDB e virar oposição? É razoável supor que ele tenha fortes razões pessoais para obter as imunidades que imagina devidas a um salvador da Pátria. De quebra, presidiria o País, de novo, a partir de 2018. Que os céus nos protejam!

Fonte: Editorial – O Estadão

segunda-feira, 25 de maio de 2015

PT taxou os pobres até leva-los à insolvência e agora quer quebrar os ricos



Desgastado por ajuste fiscal, PT planeja taxar os mais ricos e agenda positiva
Petistas defendem medidas que, embora pouco relevantes na avaliação da Fazenda, ajudariam imagem do partido
Enfraquecido politicamente por causa do ajuste fiscal anunciado na última sexta-feira, o PT estuda propor novos impostos aos mais ricos, uma alternativa aos cortes orçamentários e à restrição de direitos trabalhistas adotados no início do segundo mandato de Dilma Rousseff. Além de impor agenda positiva, segundo o jornal O Estado de S. Paulo desta segunda (25), a partir de junho.

O PT sugere criar dois novos tributos e aumentar a alíquota de uma terceira taxa. O primeiro é direcionado a lucros e dividendos hoje isentos, que em 2014 somaram R$ 300 bilhões, segundo estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco) mencionado pelo partido. O segundo é uma marca histórica do PT, a tributação de grandes fortunas, que poderia incrementar as receitas do governo em R$ 100 bilhões ao ano com a taxação a partir de 1% sobre valores acima de R$ 1 milhão. O terceiro e último é o imposto sobre heranças, estadual, hoje em 4%, que o partido gostaria de aumentar para 15% e, com isso, arrecadar outros R$ 20 bilhões por ano.

Outra medida proposta pelo partido é o reforço de mecanismos contra a sonegação, que nas contas do Sindifisco chegaram a R$ 500 bilhões em 2014. Essas sugestões, apoiadas pela cúpula, serão encaminhadas no 5º Congresso Nacional do PT, marcado para 11 de junho em Salvador. A área técnica do Ministério da Fazenda é contrária aos novos impostos sobre os ricos, pois os considera pouco relevantes, mas petistas querem implementá-los mesmo assim como uma sinalização política de que os mais ricos também terão de contribuir para o ajuste fiscal.

Quanto à "agenda positiva", que o partido confia ter potencial para reduzir os danos à imagem do governo de Dilma Rousseff, vêm a partir de junho o anúncio do Plano Safra, grande programa nacional de investimentos em infraestrutura, e a terceira fase do Minha Casa Minha Vida. Novos planos de exportações e concessões também são aguardados pela cúpula petista.

Fonte: Revista Época