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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Segurança pública - Ninguém no governo está interessado em combater os bandidos - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo

O Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, tem operado bem abaixo de sua capacidade há vários anos.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Hoje eu começo com dois assuntos de segurança pública. O Conanda, que é o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, quer propor um programa nacional de combate à letalidade policial. Quer dizer: o órgão se propõe a combater quem combate a letalidade dos bandidos
Combater a polícia, e não o bandido. De que lado está esse conselho? [do lado do mal = resultado do PERDA TOTAL = pt = governando.]
 
O outro assunto tem a ver com a visita do presidente Lula ao Rio de Janeiro, acompanhado pelo ministro Márcio França, dos Portos e Aeroportos. O ministro assinou uma portaria estabelecendo que a partir de janeiro o aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, não pode mais receber voos de Brasília, de Guarulhos, de Belo Horizonte; só da ponte aérea e voos curtos por ali, 400 a 500 quilômetros de distância.  
Vai ser um transtorno na vida de passageiros habituais, de companhias aéreas, de lojistas que se estabeleceram atraídos pelo movimento do Santos Dumont.
 
Por que isso? O Galeão está às moscas, apenas 15%, 20% de sua capacidade está sendo usada. 
 É um aeroporto seguro, com excelente estrutura, uma pista sensacional, extensa, que permite pousos mesmo em caso de problemas, que não tem o Pão de Açúcar pela frente. 
Mas, se é assim, por que o Galeão está esvaziado? Pela falta de segurança pública nas vias de acesso, como a Avenida Brasil, a Linha Amarela e a Linha Vermelha.

Não seria melhor resolver o problema dos bandidos?  
Mas, como vimos ali no caso do Conanda, o pessoal prefere combater a polícia, e não os bandidos. 
Seria muito melhor eliminar os santuários da bandidagem, do narcotráfico no Rio de Janeiro, esses territórios alheios à jurisdição do Estado brasileiro. Seria tão mais simples, vantajoso para todos, e aí o Galeão estaria recuperado, as pessoas voltariam a usar o aeroporto. Porque hoje as pessoas que pousam no Galeão não sabem se chegarão em casa. 
Quem vai para o Galeão também não sabe se vai chegar lá. Esse é o verdadeiro problema.
 
O ministro Alexandre de Moraes soltou 100 homens e 62 mulheres, presos políticos que estavam detidos havia sete meses sem terem sido condenados. Terão de usar tornozeleira. 
Um grupo de mulheres apareceu no noticiário cantando, fizeram uma canção falando sobre prisão ilegal. 
Elas não têm nenhum motivo para cantar, ficaram privadas da liberdade durante sete meses, e a maioria não sabe sequer o porquê. 
A imprensa, sob rédeas, os chama de “terroristas”. Não são nem “supostos terroristas”, como costumam dizer quando falam de “suposto homicida”, “suposto assassino”, “suposto bandido”. Já são terroristas.
 
Gostei muito de uma manifestação de Arthur Virgílio no Twitter. Ele foi secretário-geral da Presidência da República no governo Fernando Henrique, é diplomata de carreira, foi governador do Amazonas e senador. Tem peso. Ele escreveu o seguinte: “Fiquei feliz, ministro Alexandre, com seu gesto de liberar tantas pessoas sofridas e sem o melhor e maior direito de todos, que é a liberdade. Complete o gesto justo e libere os demais. Vire essa página de dor que Lula poderia ter preventivamente evitado. Tinha informações da Abin e do GSI. Claro que tinha. 
Você sabe que trabalhei intimamente com esses dois órgãos e tudo chegava antecipadamente às mãos do presidente Fernando Henrique e às minhas. A viagem de Lula a Araraquara foi pura desfaçatez, queria ver o circo pegar fogo pra depois se fazer de atrasado e dizer o tradicional ‘eu não sabia’”.

Na quinta eu conversei com o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, com ex-ministros do Supremo, e todos eles querem exatamente isso, que o próprio Supremo, em nome da história da instituição, tome providências e volte a respeitar a Constituição, o artigo 2.º da Carta Magna – como me disse um ex-presidente, respeitar os pesos e contrapesos dos três poderes de Montesquieu.


Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 



quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Ministros de Lula criam agenda às sextas para voltar para casa de jatinho da FAB - O Estado e S. Paulo

Apuração do ‘Estadão’ mostra que 74 voos da Aeronáutica foram deslocados para ir e voltar dos Estados de origem de cinco ministros nos finais de semana

Ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm usado aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para passar o final de semana em seus redutos eleitorais. 
 É como se coincidentemente quase toda sexta-feira o ministro tivesse agenda de trabalho sempre no mesmo local – sua cidade natal – com volta para Brasília na segunda-feira.

Há casos em que o ministro nem sequer registra agenda de trabalho para justificar viajar de jatinho e não de avião de carreira, o que exigiria embarcar pelo aeroporto como qualquer pessoa, chegar com antecedência, entrar em fila, sentar em poltronas apertadas e enfrentar muitas vezes atrasos das companhias aéreas.

O uso de avião da FAB é regulamentado por um decreto presidencial. O texto prevê uma ordem de prioridade. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço. As regras em vigor não permitem solicitar o jato para passar o final de semana em casa. 
O custo dessas viagens aos cofres públicos chega a custar R$ 70 mil. Uma viagem em voo comercial sai em média entre R$ 1 mil e R$ 3 mil, considerando o preço cheio.
 
A Comissão de Ética Pública da Presidência nomeada pela gestão Lula acaba de punir um ministro justamente por entender que ele burlou a regra para ir de aeronave para casa com dinheiro público.  
No caso, contudo, o ministro era do governo Bolsonaro. O colegiado não viu o mesmo problema no uso da aeronave da FAB pelo atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que foi de FAB para assistir leilões de cavalo, como revelou o Estadão. Nem há análise em curso da conduta dos demais atuais ministros.

O Estadão identificou cinco auxiliares de Lula que fizeram 74 voos em avião da FAB tendo como destino os locais onde moram. Os dados foram levantados pelo jornal com base em registros do Comando da Aeronáutica e cruzados com a agenda oficial das autoridades públicas.

O cientista político André Rosa, do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), observa que a manobra representa um gasto desnecessário de logística e recursos públicos
Um único voo de jatinho chega a custar R$ 70 mil aos cofres públicos. “Imagina os atores públicos da administração pública organizando viagens para buscar um ministro na segunda-feira, em um dia de trabalho, na sua casa?”, afirma.

“Eu vejo isso como uma prática patrimonialista das grandes oligarquias que sempre estiveram presentes no nosso País. Entra governo e sai governo os problemas são os mesmos”, complementa.

Luiz Marinho vai de FAB para São Paulo com a esposa
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, foi oito finais de semana para São Paulo usando aviões da FAB. 
Em quase todas as ocasiões, embarcou na Base Aérea de Brasília em sextas-feiras e voltou para a capital federal nas segundas. 
As únicas exceções foram quando ele retornou em uma terça-feira após o feriado do Dia Internacional do Trabalhador, que neste ano caiu em uma segunda.

Grande parte das suas agendas foi em São Bernardo do Campo, município em que foi prefeito entre os anos de 2009 e 2016. Na cidade, realizou reuniões com sindicalistas e integrantes do Partido dos Trabalhadores. Em quatro viagens, o ministro teve compromissos oficiais apenas nas sextas, dia da semana em que embarcava para São Paulo. Porém, Marinho “esticou” a sua permanência na capital paulista, retornando para Brasília apenas no início da semana seguinte. Em apenas uma das oito vezes, o ministro retornou para a capital federal com custos próprios.

Em um documento obtido pelo Estadão via Lei de Acesso à Informação (LAI), o nome de Nilza Aparecida de Oliveira, esposa do Marinho que atua como Secretária-Adjunta da Casa Civil da Presidência, está na lista de passageiros de sete viagens. Seis delas foram de ida e volta com o ministro nos finais de semana para São Paulo, enquanto que uma foi apenas para voltar para Brasília em uma segunda-feira.

Na primeira vez que Marinho foi levado para São Paulo em um fim de semana, ele não tinha agendas oficiais no Estado. Segundo a FAB, o transporte ocorreu para garantir a segurança do ministro. A ida foi no dia 13 de janeiro, uma sexta-feira, e a volta no dia 16, uma segunda. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) alegou que Marinho usa os aviões da FAB de acordo com seus compromissos oficiais.

Haddad também vai às sextas para SP
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viajou 14 finais de semana em São Paulo em aeronaves da FAB. O petista trabalha da capital paulista nas sextas-feiras e retorna a Brasília geralmente no início da semana.
 
(...) 
 
Mulheres de 5 ministros de Lula são nomeadas para cargos públicos com salário de até R$ 37,5 mil

Nísia e suas visitas ao Rio
Residente no Rio de Janeiro antes de se tornar a ministra da Saúde do governo Lula, Nísia Trindade mantém o costume de passar os finais de semana na capital carioca. Dos 30 finais de semana posteriores à posse presidencial, a ministra requisitou nove vezes aviões da FAB.

Juscelino pega avião sozinho para ir a São Luís

Em três finais de semana, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi para São Luís com um avião da FAB. Em duas ocasiões, o ministro foi para a cidade para cumprir compromissos na Superintendência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) do Maranhão. A Anatel possui prédios administrativos nos 27 Estados, mas Juscelino visitou, desde o início do mandato, apenas a do seu Estado de origem e a de São Paulo, uma única vez.

No outro final de semana que Juscelino foi ao Maranhão pela FAB, ele estava sozinho no avião governamental. A sua agenda era uma cerimônia de posse no Ministério Público do Estado, realizada no dia 28 de abril, e que começou cinco minutos antes do chefe da pasta das Comunicações chegar na Base Aérea de São Luís.

Segundo a assessoria do ministro, o atraso não impediu a participação do ministro em seu compromisso. Perguntada sobre a sua ida solitária no transporte da Força Aérea, a sua equipe informou que é “praxe” que os funcionários do ministério não o acompanhem em todos os percursos aéreos.

(...)

Flávio Dino, sem agenda
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que foi governador do Maranhão, foi 12 finais de semana para São Luís de jato da FAB. Desse total, ele não teve agenda em 10 ocasiões no Estado, segundo registro de compromissos oficiais divulgados pelo próprio ministério.

MATÉRIA COMPLETA

 O Estado de S. Paulo

 

 

domingo, 16 de julho de 2023

Acusado de ofender Alexandre de Moraes presta depoimento à PF e Moraes relata agressões - O Globo

Lauro Jardim 

 Ministro representou à PF a respeito do episódio em que os membros de uma família o hostilizaram

  Roberto Mantovani Filho

 Roberto Mantovani Filho Reprodução

O empresário Roberto Mantovani Filho, de Santa Bárbara d'Oeste (SP), apontado pela Polícia Federal como um dos três brasileiros responsáveis pelas ofensas a Alexandre de Moraes e pela agressão ao filho do ministro ontem no aeroporto de Roma está prestando depoimento no inquérito aberto para apurar o ocorrido.

Lauro Jardim, colunista - Blog em O Globo

 

Malu Gaspar

Moraes relata agressões à PF: 'Bandido, comunista e comprado'

Polícia Federal intima para depor agressores de Alexandre de Moraes em aeroporto

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (STF) representou à Polícia Federal pela apuração do episódio em que um grupo de brasileiros o hostilizou no aeroporto internacional de Roma na última sexta-feira.

Os quatro membros da mesma família foram intimados a depor neste domingo e são esperados ainda nesta manhã na delegacia da PF em Piracicaba, a 150 km de São Paulo.

Três são descritos na representação do ministro como agressores: o empresário Roberto Mantovani Filho, sua mulher, Andréia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta. Segundo a representação, o filho do casal, Giovani Mantovani – também intimado a depor pela PF – tentou conter os outros três.

De acordo com o relato de Moraes à PF, ele estava na área de embarque do aeroporto por volta das 19h da noite de sexta quando Andreia Munarão se aproximou o chamando de “bandido, comunista e comprado”.

Em seguida, diz a representação, Roberto Mantovani Filho, "passou a gritar e, chegando perto do meu filho, Alexandre Barci de Moraes, o empurrou e deu um tapa em seus óculos. As pessoas presentes intervieram e a confusão foi cessada". 

Moraes relatou à PF que, momentos depois, "a esposa Andréia e Alex Zanatta, genro do casal, retornaram à entrada da sala VIP onde eu e minha família estávamos e, novamente, começaram a proferir ofensas".

O ministro não estava acompanhado de escolta policial no momento da abordagem, quando voltava de uma palestra na Universidade de Siena, onde participou de um fórum internacional de direito.

Na representação, ele contou ainda que foi falar com o grupo para pedir que parassem com as agressões. "Alertei que seriam fotografados para identificação posterior, tendo como resposta uma sucessão de palavras de baixo calão." As fotos foram incluídas na representação.

Depois disso o ministro e sua família entraram na sala VIP e os agressores ficaram do lado de fora.

São essas informações que a Polícia Federal vai buscar confirmar nos depoimentos de hoje. Conforme o resultado da apuração, os três poderão ser indiciados por crimes contra a honra, agressão e possivelmente por atos antidemocráticos.[Comentários e uma pergunta de leigos:
- atos antidemocráticos? nos parece dificil,  visto que as ações ocorreram na Itália - local em que no nosso entendimento de curiosos em 'DIREITO' seriam tipificados, no limite, como crimes contra a honra, injúria;
- se espera que desta feita os atos sejam apurados fora do inquérito do fim do mundo, já que agora, pela reportagem,  o ministro é vítima como pessoa física.
E  nos socorrendo do tradicional 'perguntar,não ofende', indagamos se as despesas da viagem do ministro, de sua esposa e de seu filho foram custeadas pela Universidade de Siena, pelo ministro ou correram por conta do STF?]
De acordo com a PF, mesmo tendo ocorrido no exterior, os crimes podem ser apurados no Brasil.

No ano passado, o TSE decidiu reforçar a segurança de todos os seus integrantes, inclusive dos ministros substitutos, em meio ao recrudescimento dos ataques de Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral, conforme informou a coluna.

Na terça-feira, PF vai ouvir os outros dois agressores: Andreia Mantovani e Alex Zanatta, respectivamente mulher e genro do empresário. Foi Andreia quem iniciou o tumulto ao chamar Moraes de "bandido, comunista e comprado".

Malu Gaspar, colunista - Blog em O Globo


quinta-feira, 30 de março de 2023

Bolsonaro volta ao Brasil em momento nada joia para Lula - O Estado de S. Paulo

Não fosse a âncora fiscal, [lembrando que a tal âncora fiscal ainda não é lei.] presidente teria pouca coisa a mostrar até agora, além da bateção de cabeça entre ministros, do fogo amigo do PT e da reprise de programas sociais  [OPS... a única coisa que o petista tem a mostrar  - além do aumento do desemprego, aumento dos combustíveis, queda do PIB, recessão - é o reajuste de R$ 18, que concedeu ao salário mínimo e a suspensão dos dos empréstimos consignados aos aposentados do INSS (a segunda proposta - a primeira foi rejeitada pelos bancos, incluindo BB e CEF  bancos oficiais - que apresentou e reduziu a praticamente nada a redução, ainda não foi aceita pelos bancos)  

Teve o ridículo da inauguração do letreiro do 'ministério da cultura'  - não tem obras para apresentar,  monta um circo e inaugura uma placa de um órgão que apelida de 'ministério', mas ficaria ótimo e adequado se fosse uma subsecretaria = apêndice do Ministério da Educação.]

O retorno de Jair Bolsonaro ao Brasil dá munição aos adversários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a onze dias de o governo completar 100 dias, ainda à procura de um rumo na política e na economia.
 Ex-presidente ao lado de parlamentares em reunião logo após chegada no Brasil

 Ex-presidente ao lado de parlamentares em reunião logo após chegada no Brasil (Foto: Reprodução)
 
Nos últimos dias, Lula marcou um gol contra ao dizer que Moro, ex-ministro de Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato, teria participado de uma “armação”.  
O comentário foi feito logo depois de ministros como o da Justiça, Flávio Dino, elogiarem a isenção da Polícia Federal, que descobriu um plano da facção criminosa PCC para sequestrar e matar Moro, além de outras autoridades.

A intenção do governo, agora, é isolar o ex-presidente, Moro e os radicais que apoiaram o vandalismo na Praça dos Três Poderes, mas, ao mesmo tempo, falar com a ala do bolsonarismo da qual Lula precisa se aproximar, como a do agronegócio e a dos evangélicos. Mas isso foi combinado com os russos? Ao que tudo indica, não. Tanto que, nas redes sociais, petistas de alto escalão se apressaram em jogar os holofotes sobre Bolsonaro e manter acesa a chama da polarização.

Apesar de desconstruído, o ex-presidente que perdeu capital político após a tentativa de golpe de 8 de janeiro e do escândalo das joias recebidas da Arábia Saudita ainda atormenta Lula e o PT nessa volta dos Estados Unidos. [cabe perguntar: tentativa de golpe? fosse verdade, tão absurda mentira, quem assumiria a presidência, se o beneficiário natural do hipotético golpe estava fora do Brasil?]   A Polícia Federal marcou para quarta-feira, 5, o depoimento de Bolsonaro no inquérito que apura a entrada ilegal de joias cravejadas de diamantes no Brasil, mas, por enquanto, ele não é alvo da investigação. Trata-se, porém, de uma história muito mal contada, que levanta suspeitas de peculato.[sugerimos que a ilustre repórter que, provavelmente, faz uma narrativa, e não uma reportagem - premida pela obrigação de cumprir pauta - procure se inteirar  dos termos técnicos, tanto os jurídicos quanto os econômicos, que utiliza.]  Afinal, por que o regime saudita teria tanto interesse em dar presentes de R$ 18,5 milhões a Bolsonaro?

Mesmo assim, longe de estar morto politicamente, o capitão reformado do Exército que sempre se apresentou como um homem simples, admirador de tubaína – ainda pode chacoalhar a oposição, se o governo Lula permanecer refém do Centrão e não se aprumar.[esqueceu a articulista de recomendar que o Lula pare de falar bobagens, m ... cale a boca e, que tal... renuncie por incompetência e para o bem do Brasil.] E, nesse caso, de nada vai adiantar a ironia de dirigentes do PT ao perguntar: “Tudo joia?”

Coluna Vera Rosa - Política - O Estado de S. Paulo 


quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

O autor confessa - Percival Puggina

A quem interessar possa, confesso que sou portador de um pacote de anomalias que me fazem ser a favor da instituição familiar e contra os que a depreciam, a favor da liberdade e contra arreganhos totalitários, a favor da sociedade e contra a bandidagem. Podem me olhar de cara feia, mas é assim que sou.

Também sou pobre de mimcontra a miséria e, por isso, a favor do desenvolvimento econômico. Podem me chamar de porco capitalista, mas me sinto mal ao ver um miserável papeleiro fazendo tração animal, puxando carroça, porque o município não lhe proporciona outro modo de recolher papéis pela cidade, tendo preferindo zelar pelo cavalo e não pelo papeleiro. [um pequeno adendo: muitos dos que usavam animais para puxar carroças, maltratavam em demasia os animais e grande parte t economizava na manutenção do animal, reduzindo a comida. Sem contar os espancamentos para forçar os animais famintos, doentes, alguns já no final da vida, a puxarem com rapidez uma  carroça sobrecarregada em longas jornadas.

Pior é se ver em plena Capital da República, seres humanos - filhos de DEUS - revidando latas e sacos de lixo para colher alimentos estragados para se alimentar e aos seus familiares.]  Podem me chamar de direitista – não de fascista porque, como se sabe, fascista é a mãe de quem chama –,  no entanto, não consigo discutir sobre política com quem vive no mundo da lua.

A propósito, outro dia, disse-me alguém que a discussão entre esquerda e direita não define rigorosamente o quadro político brasileiro porque existe uma esquerda democrática e uma direita democrática e as duas posições são igualmente legítimas.  Aí já comecei a vislumbrar o cidadão sentado à borda de uma cratera lunar, balançando os pés e olhando a Terra azul. No mundo real, disse a ele, não existe esquerda e direita ideal. Existe uma direita real e uma esquerda real. Esta última, a que existe no Brasil, a que vai às urnas, a que faz voto e disputa o poder, é representada por dois ou três partidos que se definem como adversários da democracia liberal, representativa, que chamam “burguesa”, e querem promover mudanças para a, assim dita, “democracia popular”. Com esse mesmo rótulo, aliás, foram comercializados os regimes totalitários no leste da Europa e da Ásia, durante décadas, a partir de 1948.

Em toda democracia, mas de modo muito especial numa sociedade pluralista e de escassos consensos como a nossa, é preciso, sim, haver uma esquerda e uma direita democráticas. Acontece que a esquerda que governou o Brasil fez o que se sabe e o que se sabe é apenas parte do que fez. Por todos os modos tentou criar sua “democracia popular”, aparelhou toda a máquina pública com seus sovietes (conselhos), tomou conta das universidades, semeou discórdia onde havia união etc., etc., etc.. Não fez diferente no Rio Grande do Sul nas duas ocasiões em que governou o Estado causando catástrofes econômicas, fiscais e sociais.

Tenho 76 anos e nem um único minuto desse tempo todo estive em cima do muro.  Não me parece sensato instalar-me sobre  ele, como se a política fosse um jogo em que eu, neutro como uma biruta de aeroporto, me movimentaria segundo o vento das circunstâncias. Sou culpado? Quem sabe? Nesta terra, disparate é a sensatez. E vice-versa.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O Brasil é como filme ruim, que vaiamos. Mas, o filme não muda. Continua ruim

O Brasil é como um filme ruim. Lembra o historiador Marco Antonio Villa.

O sujeito está no cinema, não gosta do filme e vaia. Mas o filme não muda. Continua ruim. Grande metáfora.  O cidadão esperneia porque Lula, o maior ladrão do Brasil, permanece solto e debochando dos trouxas, nós que pagamos impostos para sustentar uma  máquina corrupta.

Resultado de imagem para fotos Marco Antonio VillaO Supremo Tribunal Federal solta os corruptos que a Lava Jato revelou que são ladrões do dinheiro do povo. Quando são presos. Porque alguns, como Lula, sequer estão no xadrez. Lula continua operando ostensivamente e gozando do judiciário e do cidadão honesto.

O cidadão esperneia porque banca um Congresso Nacional com 594 integrantes 'espertos', 'Espertos' eleitos por nós democraticamente nas urnas.

O cidadão esperneia porque sustenta um Supremo Tribunal Federal que solta corruptos presos por assaltarem o bolso do povo.

O cidadão esperneia porque sustenta um Tribunal Superior Eleitoral que aprova contas de pilantras.

O cidadão esperneia porque sustenta tribunais de contas da União e dos Estados. Tribunais constituídos por figuras oriundas do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, de Câmara de Vereadores... cujas folhas corridas...

O cidadão esperneia porque sustenta quase duas centenas de estatais ineficientes e corruptas.

O historiador Marco Antonio Villa tem razão. Estamos no cinema vendo um filme ruim. Vaiamos. Mas, não há como mudar o filme.

Quer dizer...  O aeroporto parece a única saída. Quem  pode, já está nos Estados Unidos, na Europa e até na Ásia.   E ainda tem gente que fala que as nossas instituições estão funcionando.  Funcionam apenas para manter os privilégios de corruptos e servidores públicos.

Em tempo: aposta-se que a elite política corrupta será varrida nas eleições de 2018. Será? O Estado do Amazonas acaba de eleger Amazonino Mendes governador. Adversário dele, Eduardo Braga é ex-ministro de Dilma 'trambique', a vigarista 'honrada'... Num país sério, Amazonino e Braga estariam em cana. Há décadas. 

 

Fonte: Rota 2014 - Blog do José Thomaz

segunda-feira, 18 de julho de 2016

A morte política de Lula - do 'cara' de Obama a prestigiado líder, de araque, só restou um farrapo humano e uma cela o espera

O ocaso de Lula: desprestígio, abandono e suspeitas

Seis anos depois de deixar o poder, petista convive com o descrédito político, o sumiço dos amigos e os inquéritos da Lava Jato

 ENTREATOS - Lula com militantes sem-terra em Pernambuco, na semana passada: maior inclinação para reminiscências (Cristiano Mariz/O ocaso de Lula: desprestígio, abandono e suspeitas)
A METAMORFOSE: de 'o cara' de Obama a um farrapo humano, um alcoólatra
 
Às 7h50 da última quarta-feira, um segurança do ex-presidente Lula chegou ao Aeroporto Oscar Laranjeira, em Caruaru, no agreste de Pernambuco. Diligente, comunicou que um Gulfstream G200, avião executivo de luxo e alta performance, estava a caminho da cidade. Minutos depois, dois representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) estacionaram seus carros no local. Estavam apreensivos, porque não havia militantes para oferecer uma recepção calorosa a Lula. “Eles vão chegar. Pode ficar tranquilo”, disse um dos líderes do MST ao segurança, tentando amenizar a tensão. Uma hora mais tarde, só oito pessoas aguardavam o ex-presidente. “Vamos partir para o plano B. Acho melhor receber o Lula no hotel. Manda o pessoal para lá”, ordenou o guarda-costas. 

Em seguida, ele trancou a porta de entrada do saguão do aeroporto, que é público, para evitar que alguém fotografasse o deserto que aguardava Lula, aquele que já foi um dos políticos mais populares do mundo. “O cara”, como disse o presidente americano Barack Obama, numa ocasião em que se encontraram. Lula desembarcou às 9h13 acompanhado do senador Humberto Costa (PT-PE). Driblou as poucas pessoas curiosas que o aguardavam e deixou o aeroporto pelos fundos. “Pensei que ele fosse ao menos pegar na minha mão e me cumprimentar”, reclamou Augusto Feitosa, funcionário do aeroporto. Os tempos são outros. A popularidade e o prestígio de Lula também. Caruaru é testemunha dessa transformação. Em 27 de agosto de 2010, o então presidente desembarcou no mesmo Oscar Laranjeira ao som de uma orquestra formada por estudantes de uma escola pública. O saguão estava lotado. 

Sorridente, Lula abraçou eleitores e posou para fotos ao lado de autoridades como Fernando Haddad, então ministro da Educação, hoje prefeito de São Paulo, e a então primeira-­dama do Estado de Pernambuco, Renata Campos. Em seu último ano de mandato, Lula beneficiava-se do crescimento econômico, que atingiu 7,5% em 2010. Nem o céu parecia lhe servir de limite. “Se a gente continuar mais dez anos do jeito que está, daqui a pouco chega a Caruaru e pensa que está em Paris, em Madri, de tão chique.”

Caruaru continua Caruaru. Figura entre as doze piores cidades para viver no Brasil. E Lula deixou de ser Lula. Lidera no quesito rejeição entre os nomes cotados para disputar a Presidência em 2018. Na quarta-feira passada, Lula discursou em Caruaru num auditório com capacidade para setenta pessoas. A plateia era formada por militantes do MST e da CUT, que preferiram tomar o café da manhã do hotel a esperar o petista no aeroporto. A programação previa uma coletiva de imprensa. Não ocorreu. Só Lula e áulicos falaram. Mas o ex-presidente mantém um fotógrafo e uma equipe de documentaristas, sempre a postos para captar as melhores cenas. Enquanto estava no hotel, um militante rompeu o cerco de seguranças e tirou uma foto com Lula, mas a equipe do ex-presidente o obrigou a apagá-la. A imagem mostrava uma garrafa de uísque ao fundo. Não pegaria bem nas redes sociais, foi a justificativa apresentada.

Depois do evento, Lula saiu pela garagem, num carro com os vidros fechados, e percorreu um trajeto de apenas 400 metros até o trio elétrico que o esperava para um novo discurso. “Ele parece estar meio distante do povo, com um olhar desconfiado”, observou a funcionária pública Concessão Pessoa. Em cima do trio elétrico Pantera Fashion, Lula discursou para 2.000 pessoas. Cinco ônibus, com capacidade para cinquenta passageiros, foram fretados por 1.000 reais cada um, pagos em dinheiro vivo, para postar a claque diante da estrela petista. A programação da semana passada, por exemplo, previa uma passagem pela cidade do Crato, no Ceará, onde ele receberia o título de doutor honoris causa da Universidade Regional do Cariri. A segurança fora informada de que estava sendo organizado um protesto de alunos contra a concessão da honraria. A visita foi cancelada.

Em Caruaru, Lula foi ainda a um assentamento agrário do MST. Uma banda de pífanos, também contratada por cerca de 1.000 reais, animou a festa. À mesa, famílias convidadas puderam se servir de macaxeira, jerimum, cuscuz, carne guisada e suco de acerola. Lula bebia cachaça e água. Estendia o braço direito para o alto, com o punho cerrado, e discursava contra o “golpe” que derrubou Dilma. No fim da tarde, às 17 horas, o ex-presidente partiu para o Recife no avião de prefixo PR-WTR, o mesmo que as empreiteiras Odebrecht e OAS usavam para transportá-lo ao exterior. À noite, na capital pernambucana, num evento em praça pública, Lula criticou o presidente interino Michel Temer e o juiz Sergio Moro, que em breve julgará um pedido de prisão contra ele. Falou à plateia e também à equipe que produz um documentário sobre o “golpe”. Com a chuva, os militantes começaram a se dispersar, e Lula teve de encerrar o espetáculo.

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