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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Afastamento da presidente é questão de dias – com ela nada será aprovado e a tendência é o temido ”pior do que ontem e melhor que amanhã”


"UM GOVERNO NO LIMITE"
Nos corredores do poder em Brasília, no Congresso, no meio empresarial, entre economistas, juristas e no establishment político dos senadores aos deputados, aliados e opositores - e mesmo entre membros do governo, ministros e assessores, de forma crescente em toda a sociedade, não se fala em outra coisa: o afastamento da presidente Dilma. O mais breve possível. Pelo bem geral da Nação. O assunto é discutido abertamente e as manifestações nesse sentido espocam por todos os lados, como um anseio que beira a unanimidade. Nem Temer, nem Lula escondem mais a contrariedade com o rumo traçado e a criticam publicamente. Como suportar outros três anos nessa toada? Não dá mais. E, talvez, só Dilma não tenha percebido. Seu governo representa hoje a soma de todos os erros. Imobilizado, agoniza.

A mandatária perde-se numa gestão temerária, confusa e hesitante, cercada por corrupção e mentiras, acuada pela inabilidade no Palácio do Planalto, acusada por pedaladas fiscais, estelionato eleitoral e doações ilegais de campanha. Tomada pela soberba e temperamento explosivo, peculiares a sua natureza, rejeita críticas. Não admite nem remorsos. Ao contrário. A capacidade de a presidente gerar estragos parece não ter fim e assim ela arrasta consigo o País inteiro para uma crise implacável e extenuante. Sob a sua batuta constrói-se um cenário de iniquidade econômica, social e política cujas proporções ainda são desconhecidas. Dilma teima em persistir nos equívocos, ignorando consequências. Inviabiliza saídas. Ao que tudo indica, perdeu qualquer condição de liderar no cargo a busca por soluções para os problemas nacionais que aparecem em cascata. É bem verdade que no seu mundo fantasioso nada disso existe. A crise é “transitória”, fruto de “dificuldades externas”. Há muito tempo Dilma desligou-se da realidade.

Entrou em modo de negação. Na semana passada, diante do rebaixamento da nota de risco do Brasil – por culpa e obra de suas decisõesela lançou mais uma pérola: “não temos um cenário de catástrofe”. A falta de credibilidade das declarações que emite não ajuda a tranquilizar ninguém. Dilma agora se desmente quase diariamente. A cada proposta que lança e contraria logo depois. Mandou às favas o último bastião de campanha: os programas sociais, que foram de vez para a faca dos cortes orçamentários. O Minha Casa, Minha Vida”, as bolsas do Ciência sem Fronteiras”, as verbas da saúde, o Pronatec, sem exceção, serão enxugados brutalmente. E o pacote de maldades não para por aí. A ideia de aumentar impostos para uma população exaurida pelo desemprego e por uma carga fiscal que não se reverte em direitos sociais decentes é, para dizer o mínimo, um desatino.

Vinda como proposição de uma mandatária com índices quase zero de aprovação, beira a sandice. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que o governo está “se autodestruindo” ao fazer “mal aos poucos”. O do Senado, Renan Calheiros, estabeleceu que o Estado é quem deve oferecer daqui para frente a sua cota de sacrifício. A tradição de governos petistas de preservar uma custosa máquina pública, repleta de cargos e recursos, para atender simpatizantes minou as contas do Tesouro. E, mais uma vez, o governo quer ir atrás dos contribuintes, revelando sua sanha arrecadatória, para fechar o buraco que ele mesmo criou. Injustiça em larga escala! Não há sinais claros de que ele vai frear a gastança com o toma-lá-dá-cá. Pede sacrifícios a quem já entregou tudo. E abandona à própria sorte eleitores que votaram no seu programa partidário.

Por essas e outras, a agenda do impeachment está definitivamente reaberta. No Parlamento, um bloco suprapartidário quer iniciar o processo já em outubro. E poucos ali parecem se opor. O retrato do isolamento de Dilma ficou explícito durante a parada de Sete de Setembro, dias atrás, quando a presidente mandou erguer uma barreira com placas de metal, tal qual um “muro da vergonha”, separando palanque e populares que protestavam do lado de fora. Não ousou nem discursar, temendo vaias. Afinal, ninguém mais parece querer ouvi-la

Fonte: Editorial – IstoÉ – Carlos José Marques


domingo, 15 de março de 2015

Dilma, uma presidente acuada

Sem força na economia, na política e, agora, nas ruas, Dilma Rousseff vive seu pior momento na presidência - e parece apoplética, sem saber como sair dele

O governo acredita que os protestos recentes não são isolados, mas o início de um movimento 

Dilma despreza tanto os nordestinos (que, devido as bolsas, são os principais eleitores dela) que declarou, em reunião ministerial, que o bairro de Aldeota - bairro nobre de Fortaleza, Ceará - fica no Recife, Pernambuco.

Ronald Reagan - presidente dos Estados Unidos e grande estadista - tinha desapreço semelhante  pelo Brasil, tanto que falando sobre Brasília, em Buenos Aires, disse ser Brasília capital da Bolívia.  Mas, Ronald Reagan fazer tal confusão foi algo normal, até mesmo por não ser brasileiro, Dilma, que se diz brasileira e está presidente do Brasil, mostra o quanto ela está desorientada.

A presidente Dilma Rousseff não estava muito confortável naquele momento da conversa com líderes de partidos aliados, ao final da tarde da última segunda-feira. Sentada à frente de uma mesa grande, no Palácio do Planalto, Dilma dizia que os protestos ocorridos durante seu pronunciamento de 15 minutos em cadeia de rádio e TV, na noite anterior, haviam sido “uma coisa concentrada em alguns bairros” de São Paulo, referindo-se a  locais de classe média alta. Acrescentou que, em Brasília, os protestos ocorreram “no Sudoeste e em Águas Claras”, também bairros de classe média. “Em Recife foi só na Aldeota (outro bairro nobre)”, disse. “Aldeota é em Fortaleza, presidenta”, corrigiu o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. Dilma foi então interrompida por um novato nesses encontros, o senador Omar Aziz, do PSD, ex-governador do Amazonas. “Presidenta, no domingo não vai ser assim...”, disse Aziz. Um novato permitia-se contradizer a presidente da República. Aziz prosseguiu: “Eu queria prestar minha solidariedade à senhora porque envolveram a senhora neste roubo na Petrobras, que é o maior roubo da história do Brasil. É uma vergonha fazerem isso com a senhora”. Constrangida e sem paciência, Dilma admoestou Aziz: “Governador (na verdade, Aziz agora é senador), o senhor está equivocado”.


 
 
 
 
 
 
A conversa estava tensa. Em outro momento, Dilma alertou os líderes: “Nós temos de ter cuidado porque a política está muito criminalizada”. Parecia o ex-presidente Lula falando. Ele usa esse argumento sempre que um companheiro é acusado de corrupção. Em tempos de petrolão, é quase todo dia. Dilma, então, narrou os dissabores de quem vive sob a ameaça das vaias dos contribuintes que povoam as ruas do Brasil e enxergam a criminalização na política. Contou aos parlamentares o caso da ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster, sua amiga, que deixou o cargo em fevereiro após uma temporada exposta pelas investigações do petrolão. “Ela não pode sair de casa nem para ir à padaria”, disse Dilma. Graça vive hoje uma vida de aposentada no Rio de Janeiro, mas não tem sossego.

Omar Aziz é um político engraçado, um piadista que usa palavrões para descontrair a conversa e não se prende às mesuras do mundo político. Faria sucesso em reuniões com Lula. Entretanto, o fato de ele e outros terem tido abertura para dizer tanto a Dilma é sinal de que o governo enfrenta tempos difíceis. Sempre avessa a políticos, para seus padrões Dilma já fazia uma grande concessão ao recebê-los; sujeitar-se a ouvir conselhos beirava o inaceitável. Na semana passada, ouviu muitos. “A senhora tem de dialogar com o Congresso, o diálogo está obliterado”, disse o senador Fernando Collor, do PTB, um dos participantes. Collor, quanta ironia, serve às analogias políticas mais simplistas com Dilma: ignorava o diálogo com o Congresso e foi alvo de maciços protestos populares em 1992 – até sofrer o impeachment. “A senhora tem de ter humildade de pedir desculpas pelos seus erros”, disse. Que cena.

Dilma só se sujeitou às perorações dos políticos porque precisa deles para atravessar seu momento mais difícil na Presidência da República. A semana passada foi, provavelmente, a mais tormentosa de seu governo, ameaçado por uma crise econômica grave e uma inoperância política de grandes proporções. Dilma foi acuada por vaias ao visitar uma feira de construção em São Paulo que nem estava aberta ao público. Contrariada e com semblante tenso, discursou para uma plateia semivazia. Comparecer ao evento era parte de uma estratégia traçada há um mês, para tentar recuperar a popularidade de Dilma, em queda livre desde a reeleição. Mas o cenário mudou rapidamente. No final da semana, Dilma cancelou a visita que faria a um evento em Belo Horizonte. O governo afirma que mudou os planos não por medo de vaias, mas porque a mãe da presidente, Dilma Jane, de 90 anos, não passava bem.


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