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sábado, 11 de fevereiro de 2017

Acordo não fracassou, aliás, não houve acordo; governo capixaba ´tentou dividir para reinar, só que não colou

Após acordo fracassado, ministro da Defesa faz apelo aos PMs grevistas do ES

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, fez neste sábado (12) um apelo para que os policiais militares do Espírito Santo encerrem a greve que chega ao oitavo dia. "Fazemos um apelo a todos os bons policiais que honrem suas fardas, que honrem seu juramento e que venham para as ruas para defender o povo", afirmou em pronunciamento feito no 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória.

O pronunciamento fora anunciado como entrevista coletiva, mas o ministro se recusou a responder perguntas dos jornalistas. Jungmann disse que a região metropolitana começou a voltar à normalidade, com parte do sistema de transporte e das lojas funcionando, mas admitiu que o retorno dos PMs ao trabalho continua pendente.

Na noite de sexta-feira (11), o governo do Espírito Santo havia anunciado um acordo com associações que representam os policiais. O acordo previa a volta ao trabalho até as 7h de hoje, sem punições aos grevistas.  Os policiais militares, no entanto, mantiveram a paralisação. O ministro disse que o cabe ao governo estadual conduzir as negociações com os policiais. "Cabe ao governo do estado a coordenação das ações. Vamos dar apoio às decisões do governo do Estado."

 [a verdade é que não houve acordo; um acordo só existe quando firmado entre partes com capacidade legal de representação.

O governo capixaba espalhou aos quatro ventos que firmou um acordo com as entidades que representam os policiais militares do Espírito Santo e as entidades receosas de punições aceitaram a divulgação do acordo, mesmo cientes de que a paralisação da PM-ES é imposta por ações das esposas dos policiais.

O governo tenta dividir o movimento policial, finge negocias com as esposas de policiais ao tempo que divulga ter firmado acordo com as associações de classe.
E o resultado só podia ser o que foi: a paralisação continua.
O governador Hartung tem antes de tudo que dizer a verdade, não mentir e tentar negociar com seriedade.

O mais grave é que as FF AA tem condições de assumir o papel da PM no Espírito Santo mas se o movimento passar para outros estados fica complicado.
Se for para as Forças Armadas agirem como polícia, substituindo a PM, o processo é mais demorado e está começando a funcionar no território capixaba por ser o efetivo da PM pequeno, se iniciar em outro estado a coisa complica.
As Forças Armadas podem cumprir a missão, mas precisam de algum tempo para se adaptar.]

O governador em exercício, Cesar Colnago, fez um rápido pronunciamento antes do ministro. Ele agradeceu o apoio do governo federal e disse que fará o necessário para resolver o problema da greve. Colnago e Jungmann têm uma reunião hoje.  Jungmann reconheceu que as reivindicações salariais dos policiais capixabas são justas, mas disse que a corporação tem o dever de proteger a sociedade. A greve levou a um aumento da criminalidade no Estado.

O ministro também afirmou que 3.130 homens da Força Nacional e das Forças Armadas foram enviados ao Espírito Santo, o que, segundo ele, proporcionaria um policiamento maior do que em dias normais. Ainda de acordo com Jungmann, as tropas ficarão no Estado pelo tempo necessário.  Os policiais que não retomaram as atividades estão sujeitos a indiciamento pelo crime militar de revolta, que leva a expulsão do militar e prevê pena de 8 a 20 anos de prisão. Setecentos e três policiais foram indiciados por revolta até ontem.

Entenda a crise no Espírito Santo

No sábado (4), parentes de policiais militares do Espírito Santo montaram acampamento em frente a batalhões da corporação em todo o Estado. Eles reivindicavam melhores salários e condições de trabalho para os profissionais.  Na segunda-feira (6), o movimento foi considerado ilegal pela Justiça do Espírito Santo porque ele caracteriza uma tentativa de greve, o que é proibido pela Constituição para militares. As associações que representam os policiais deverão pagar multa de R$ 100 mil por dia pelo descumprimento da lei. [antes é preciso provar que as associações está promovendo a paralisação.]

Ao longo de todo o movimento, a ACS-ES (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo) afirmou não ter relação com o movimento. Segundo a associação, os policiais capixabas estão há sete anos sem aumento real, e há três anos não se repõe no salário a perda pela inflação.  A Sesp-ES (Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo) contesta as informações passadas pela associação. Segundo a pasta, o governo do Espírito Santo concedeu um reajuste de 38,85% nos últimos 7 anos a todos os militares e a folha de pagamento da corporação teve um acréscimo de 46% nos últimos 5 anos. [até na divulgação de números o governo capixaba tenta confundir. 
Se o reajuste nos últimos sete anos totalizou 38,85%, como se explica que folha tenha aumentado em 46% nos últimos 5 anos - as parcelas resultantes de 38,85% dividido por 7, conseguiram a proeza de apenas 5 delas ultrapassar o dividendo?
Se a folha aumento nos últimos 5 anos mais do que o total do reajuste concedido, fica óbvio que o aumento da folha - se é que a folha aumentou! - foi resultado do acréscimo do efetivo da PM e não de aumento salarial.]
 
 Fonte: UOL/Notícias