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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Não há previsão de saída de brasileiros de Gaza, diz embaixador em Israel

O embaixador do Brasil em Israel, Fred Mayer, afirmou que o Itamaraty está em “compasso de espera” e que “inexiste previsão (por enquanto) do dia de retirada dos brasileiros de Gaza”. 

O diplomata deu as declarações em conversa com a coluna. Na nova lista de estrangeiros que podem deixar a Faixa de Gaza nesta quinta, 2 – através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito -, não constam brasileiros. [Em nossa opinião, NÃO EXISTE A MENOR MOTIVAÇÃO para os brasileiros terem prioridade para voltar ao Brasil. Estavam na região como turistas e devem ser tratados como os turistas dos demais países. Além do mais o desempenho medíocre do Brasil na presidência do CS, só motiva a que os brasileiros não tenham qualquer preferência sobre os demais.Outro absurdo é que nós, os pagadores de impostos, estejamos bancando o regresso dos turistas brasileiros - nos demais países a passagem é cobrada normalmente, aqui é tudo de graça.]

São 576 pessoas autorizadas a atravessar a fronteira, sendo 400 dos Estados Unidos.

Cidadãos do Azerbaijão, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade também poderão sair da região em guerra.

Segundo a embaixada do Brasil na Cisjordânia, 34 pessoas pediram a ajuda do Brasil para deixar a região controlada pelo Hamas, sendo 24 brasileiros e dez palestinos que pretendem imigrar para o Brasil. A guerra Israel-Hamas já matou ao menos 10 mil pessoas – em sua maioria civis.

Matheus Leitão, Blog em VEJA
 

sexta-feira, 15 de abril de 2022

TSE busca observadores internacionais para aplacar ataques às eleições

A estratégia ocorre em meio a discursos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que questionam o resultado das urnas

Sob pressão política no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu recorrer a observadores internacionais para aplacar ataques à lisura das eleições deste ano. A Corte disparou ofícios com convites para autoridades e organizações do exterior acompanharem a disputa pelo Planalto. [seria mais transparente se o TSE solicitasse aos partidos políticos, incluídos e especialmente os que apoiam Bolsonaro e ao próprio presidente, a indicação de nomes de ONGs e pessoas físicas, e convidasse os indicados.
Se os convites não forem enviados a organizações  idôneas, isentas, há  o risco de parte dos convidados serem do tipo dos integrantes daquele comitê da ONU que pretendia soltar Lula.
Sorteio entre pessoas e organizações escolhidas aleatoriamente  é uma forma de garantir  isenção.
Em nossa opinião convidar União Europeia, Carter Center além de ser uma péssima escolha no tocante à isenção, é um indicativo que pretendem convidar organizações tipo 'anistia internacional',  'human rights watch', cuja posição contra o governo Bolsonaro é conhecida - apesar de não fundamentada em fatos e sim em interpretações.
Com o devido respeito aos que pensam diferentes, ainda estamos entre os que consideram o registro impresso do voto = voto auditável = a forma mais eficiente de transparência.]  
 
A estratégia ocorre em meio a discursos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que questionam, de forma antecipada, o resultado das urnas. As respostas aos chamamentos da Justiça Eleitoral devem começar a chegar no fim deste mês.

Entre os convidados notórios estão a União Europeia, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Carter Center, organização fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter na área dos direitos humanos.

A reação foi imediata. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse, na quarta-feira, que o eventual convite à comunidade europeia destoa do modo de funcionamento convencional das missões de observação.

No comunicado, o Itamaraty disse “não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte”. Ainda cita, por exemplo, o fato de que a União Europeia “não envia missões eleitorais a seus próprios estados membros”. No TSE, porém, prevalece o interesse de poder contar com grandes organizações internacionais.

Diferentemente dos observadores comuns, as Missões de Observação Eleitoral (MOE) têm como objetivo “contribuir para o aperfeiçoamento do processo eleitoral, ampliar a transparência e a integridade, bem como fortalecer a confiança pública nas eleições”. Esses grupos também celebram acordos com o compromisso de produzir relatórios, em até um ano, com as conclusões e eventuais recomendações à Justiça Eleitoral brasileira.

A OEA atuou como missão observadora nas eleições presidenciais de 2018 no Brasil. Na ocasião, parabenizou os esforços do tribunal contra as fake news. Foi um gesto de cortesia. Naquele ano, a Justiça Eleitoral brasileira foi criticada por não tomar iniciativas concretas contra a proliferação de notícias falsas. O Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, instalado pelo TSE naquela ocasião, sequer se reuniu presencialmente durante a disputa.[lembrando que naquela ocasião não havia pandemia.]

Outros convidados de destaque foram o Parlamento do Mercosul (Parlasul), a União Interamericana de Organismo Eleitorais (Uniore), a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) — este último confirmou em reunião com o presidente do TSE, Edson Fachin, que enviará uma missão de observação ao Brasil.

O TSE também tem se colocado à disposição de outros países para reforçar o intercâmbio observador, como já fez em anos anteriores. A Corte deve ter um de seus ministros efetivos escalado para acompanhar as eleições presidenciais da França, cujo segundo turno será disputado em 24 de abril.

Coordenadora-geral da Transparência Eleitoral Brasil, Ana Cláudia Santano ponderou que não é função dos observadores eleitorais “validar resultados”. “Caso aconteça a contestação do resultado das eleições, existe um universo de medidas, mas quem tem que validar o placar é a autoridade eleitoral”, afirmou ela, que tem experiência como observadora no exterior. “Não cabe aos convidados internacionais fiscalizar e defender resultados. Os observadores não emitem opinião. Cabe a eles reunir elementos sobre o processo.”

Queda gradativa 
Com o passar dos anos, o número de observadores internacionais nas eleições brasileiras caiu. Levantamento feito pelo TSE mostra que, nos pleitos municipais de 2020, apenas seis convidados estrangeiros, de quatro países da América Latina, estiveram no Brasil para acompanhar a qualidade do processo eleitoral. Na eleição de 2018, vieram para cá 36 convidados e quatro organizações de 14 países diferentes — a maioria africanos e latino-americanos em situação democrática menos consolidada do que a do Brasil; as exceções foram Portugal e Coreia do Sul. Os números, porém, nem se comparam com as votações de 2014 e 2010, quando mais de 50 autoridades de 20 nacionalidades diferentes fiscalizaram o sistema eleitoral brasileiro. 

Política - Correio Braziliense
 
 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Por que o sexo pode causar morte súbita em homens e mulheres jovens - O Globo

Estudo sugere que em pessoas com menos de 50 anos, as principais causas de óbito durante a atividade sexual são a síndrome da morte súbita arrítmica ou as cardiomiopatias
 
Uma vida sexual ativa está associada a um estilo de vida saudável. Em geral, o sexo tem muitos benefícios físicos e psicológicos, incluindo redução da pressão alta, melhorar o sistema imunológico e ajudar a dormir melhor. O ato libera oxitocina, substância conhecida como hormônio do amor, que é importante na construção da confiança e do vínculo entre as pessoas. Mas há um lado sombrio: é possível morrer durante ou logo após o sexo, mesmo se você for uma pessoa jovem.

Saiba mais:Reposição hormonal não é o ‘elixir da vida’

Segundo informações do site especializado The Conversation, a incidência disso, felizmente, é extremamente baixa e representa 0,6% de todos os casos de morte súbita. Na maioria dos casos, a morte associada à atividade sexual é causada pelo esforço físico, medicamentos prescritos (como aqueles para tratar a disfunção erétil) ou drogas ilegais, como cocaína – ou ambos.

O risco aumenta à medida que as pessoas envelhecem. Um estudo feito na Alemanha, que analisou 32.000 mortes súbitas, durante um período de 33 anos, descobriu que 0,2% dos casos ocorreram durante a atividade sexual. Em geral, as vítimas eram homens, com em média 59 anos de idade e a causa mais frequente foi um ataque cardíaco. Trabalhos de morte súbita cardíaca e atividade sexual dos EUA, França e Coréia do Sul mostram achados semelhantes

Pessoas jovens também correm risco
ataque cardíaco

Entretanto um estudo recente, publicado na revista JAMA Cardiology, mostrou que esse fenômeno não se limita apenas aos homens de meia-idade. Pesquisadores da Universidade de Londres investigaram a morte súbita cardíaca em 6.847 casos encaminhados ao centro de patologia cardíaca de St George's entre janeiro de 1994 e agosto de 2020.

Destes, 0,2% ocorreram durante ou dentro de uma hora após a atividade sexual. A idade média média das vítimas foi de 38 anos e 35% dos casos ocorreram em mulheres, o que é maior do que em estudos anteriores

Queiroga:'Quero que a história me defina como o homem que acabou com a pandemia'

Outro dado interessante: essas mortes geralmente não foram causadas por ataques cardíacos, como visto em homens mais velhos. Em metade dos casos (53%), o coração foi estruturalmente normal, mas um ritmo cardíaco anormal súbito chamado síndrome da morte arrítmica súbita ou SADS foi a causa da morte

A dissecção da aorta apareceu como a segunda maior causa, responsável por 12% dos óbitos. O problema ocorre quando as camadas na parede da grande artéria do coração que fornece sangue ao redor do corpo se rompem e o sangue flui entre as camadas, fazendo com que ele inche e estoure.

Alerta:Na maior UTI de Covid-19 do Brasil, mais de 90% dos casos graves são em não vacinados

Os casos restantes foram devidos a anomalias estruturais, como cardiomiopatia (uma doença do músculo cardíaco que torna mais difícil para o coração bombear sangue para o resto do corpo) ou de um grupo raro de condições genéticas conhecidas como canalopatias.

Apesar dos resultados, David C Gaze, professor sênior de Patologia Química na Universidade de Westminster ressalta, em artigo publicado no The Conversation, que a baixa incidência de morte nesses estudos sugere que o risco de morte súbita durante o sexo é muito baixo, mesmo em pessoas com problemas cardíacos existentes. Ele também recomenda que adultos jovens que foram diagnosticados com essas condições, procurem aconselhamento de um cardiologista sobre o risco associado à atividade sexual.

Saúde - Ciência - O Globo


quarta-feira, 12 de maio de 2021

Tese de que Bolsonaro influencia a Anvisa cai por terra na CPI - VOZES [sugestão ao relator Renan]

Gazeta do Povo

Depoimento

O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, deu um baile nesta terça-feira (11) na CPI da Covid. Ele falou o oposto do que os senadores esperavam e também não levou nenhum desaforo para casa. Foi muito interessante.

Eu estava curioso sobre a história que queriam mudar a bula da cloroquina para dizer que o medicamento também serviria para tratar a Covid-19. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na mesma CPI que o presidente Jair Bolsonaro pensou nisso e disse ter visto o esboço de um decreto para alterar a bula.

Eu achei estranho isso porque a bula não é feita pela Anvisa e muito menos pelo Palácio do Planalto. Quem faz a bula é o laboratório, que comprova com documentos de pesquisa que o texto do folheto está correto sobre contraindicações, posologia (dosagem), serventia e reações adversas.

A bula do medicamento passa por aprovação da agência reguladora antes de chegar ao consumidor final, mas ela não tem o poder de alterar a bula. Isso é maluquice. Não entendo quem estava pensando que havia essa possibilidade. Mas o relator Renan Calheiros (MDB-AL) perguntou a Barra Torres se eles estavam alterando a bula. O presidente da Anvisa afirmou que eles estavam em uma reunião de rotina de combate à Covid-19, criada por lei, e a médica Nise Yamaguchi, que estava presente, perguntou se havia a possibilidade de a bula da cloroquina recomendar que o medicamento é eficaz contra o vírus. Ele disse que achou estranha a pergunta da médica pois o órgão não tem esse poder e explicou o procedimento padrão. A militância está fazendo as pessoas acreditarem em situações absurdas.

[sugestões para o relator imposto,  senador Renan Calheiros,  reduzir os efeitos danosos do baile que levou do presidente da Anvisa e apresentar ao prefeito do DF, algumas perguntas, que poderão enrolar os trabalhos da CPI
- convoque o governador do DF, Ibaneis Rocha - a cada dia mais conhecido pelo vulgo ENganês -  a comparecer à CPI da Covid-19 , se necessário conduzido no padrão recomendado por um ex-decano do STF (debaixo de vara) e declare (sob juramento) qual sua motivação para no final de 2020, se ausentar do Capital Federal,  ir até uma cidadezinha próxima, pilotar motocicleta sem máscara e sem capacete - pergunta mais abrangente do que a feita pelo relator ao presidente da Anvisa = dois possíveis crimes; 
- aproveite o furor interrogativo e questione àquela autoridade qual o motivo de em recente visita a uma UPA retirar a máscara e ser seguido por um séquito de 'aspones', a maioria seguindo o exemplo do governador = desobediência do governador ao seu decreto impondo o uso de máscaras, ilicito sujeita à multa e incitação de outros ao mesmo crime;
- aproveite e pergunte também qual o interesse do Ibaneis em  doar material de EPI, essencial aos servidores da SECRETÁRIA DE SAÚDE do DF, para uma cidade lá do PI, onde parece Ibaneis foi criado.

Sem má vontade com a Sputnik V
Os parlamentares da CPI também perguntaram sobre a não autorização da importação da vacina Sputnik V. Mas todos já sabem que o relatório da Anvisa foi de que o imunizante usa um adenovírus que pode se reproduzir e ser prejudicial ao corpo humano. Barra Torres afirmou que se o laboratório russo comprovar que não há essa multiplicação, a agência reguladora irá aprovar.
 
Cai mais uma tese
A CPI da Covid tinha uma tese pré-formada de que o presidente Jair Bolsonaro influencia as decisões da Anvisa por sua amizade que tem com Barra Torres. Mas o presidente da agência disse discordar de Bolsonaro durante seu depoimento na comissão em diversos temas. É mais uma tese dos senadores da CPI que cai por terra.

Agora a notícia é que Torres discorda de Bolsonaro. No entanto, para mim, a notícia é que ele derrubou a tese do Senado de que ambos os presidentes tinham uma relação nada republicana e que um laço pessoal iria intervir numa relação profissional.

Planejamento chinês
A China fez um planejamento nacional até 2060. Até lá, o país pretende ser líder em tecnologia e inovação, a maior economia do mundo, quer garantir autossuficiência. São todas metas bem definidas. Já o planejamento do Brasil só vai até 2031. As nossas prioridades são infraestrutura, economia, área institucional e social e meio ambiente. Só que todas essas metas são na verdade intenções.
 
A palavra de ordem do país asiático é paz e desenvolvimento e do Brasil já foi segurança e desenvolvimento. 
Bem semelhante.
Nosso país andou, nós tivemos um milagre econômico, já crescemos mais que a China, 14% em um ano. 
Contudo, hoje é ao contrário, ficamos para trás. Estamos perdendo no PIB para o Canadá e para a Coreia do Sul, o que é uma pena.
[o articulista esqueceu de citar que além da atual praga da pandemia, o Brasil padeceu por 13 anos - 2002  a 2015 de uma das maiores maldições = tipo as 7 pragas do Egito e outras = que um país pode sofrer: ser governado pelo pt, perda total, sob a maldição maldita do Lula e da Dilma.]

Alexandre Garcia, jornalista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 18 de março de 2021

Município do Rio Grande do Norte Zera Óbitos Por Covid Usando Tratamento Precoce Com Ivermectina

O município de Maxaranguape (RN) não registrou nenhum óbito e não teve nenhum caso de UTI e urgência devido à covid desde o início da segunda onda da pandemia do vírus chinês. 
Em entrevista na semana passada, o prefeito da cidade afirmou que o sucesso no combate à pandemia deve-se ao tratamento precoce com ivermectina e outras iniciativas, incluindo barreiras sanitárias e fiscalização.
 
Segundo o prefeito Luís Eduardo, até o dia 08 de março havia 96 casos suspeitos de contaminação pelo vírus chinês no município. 
Antes disso, 511 casos foram descartados, 264 confirmados, sendo destes 3 óbitos de pacientes que apresentavam alguma comorbidade. 
Além disso, o município registra 248 recuperados, e atualmente 13 pessoas encontram-se em tratamento em isolamento, porém, sem necessidade de serem internados.

 


Maxaranguape zera óbitos por Covid-19 com Ivermectina e barreiras sanitárias

A prefeitura de Maxaranguape comprou cerca de 15 mil comprimidos de Ivermectina para uma população de cerca de 13 mil habitantes. O medicamento é distribuído gratuitamente na farmácia do município sob prescrição médica. A Ivermectina é um vermífugo que, juntamente com a hidroxicloroquina, tem se mostrado o mais eficaz medicamente para uso off label para a prevenção e tratamento precoce da covid.

As alegações de que estes medicamentos não possuem “comprovação científica” são falsas e cínicas, e refletem tão somente o descompromisso com a vida e os interesses escusos de natureza política ou econômica de quem as profere. Experiência como a do município potiguar de Maxaranguape (RN) espelham experiências semelhantes bem-sucedidas de cidades como Porto Feliz (SP) [Saiba mais], Porto Seguro (SC) e inúmeras outras.

É inexplicável e inaceitável, portanto, que diante de evidências empíricas inquestionáveis sobre a efetividade do tratamento precoce e preventivo com medicamentos como ivermectina e hidroxicloroquina, o Governo Federal não tenha tido competência para implementar em âmbito nacional as experiências bem-sucedidas destas cidades no combate a covid. Milhares e milhares de vidas teriam sido salvas se tivéssemos tido um titular à frente do Ministério da Saúde que fizesse valer sua autoridade institucional e determinasse como política de Estado do Governo do Brasil a adoção ampla e generalizada do tratamento precoce e preventivo contra a covid. Rússia, Índia e Coreia do Sul adoram estas políticas e salvaram milhares de vidas de seus concidadãos.
 
 Mas em vez disso, desde o início da pandemia do vírus chinês, a despeito do posicionamento correto do Presidente Bolsonaro em favor do tratamento precoce, não tivemos em momento algum um Ministro da Saúde à altura dos desafios do cargo para o momento da pandemia.
 
[competência? autoridade institucional? o Governo Federal do Brasil, que vice sob a égide do 'estado democrático de direito' não tem autonomia para decidir sobre tais assuntos.
Pensou o Poder Executivo da União em decidir sobre saúde ou assunto correlato, e logo um governador  - pretenso a pretenso futuro candidato em 2022 - ou um partideco sem votos, noção, programa de governo, etc... logo ingressa na Justiça para bloquear o pensamento do Presidente da República, e o assunto pensado é proibido.]

Em vez disso, todos os titulares que passaram pela pasta foram omissos, renderam-se ao lobby internacional das vacinas, e capitularam ante à pressão da grande mídia e do governadores, e em momento algum nenhum deste titulares teve coragem o bastante para fazer o que precisava e precisa ser feito.

Critica Nacional  - Transcrito em 18 março 2021


terça-feira, 16 de março de 2021

Abertura já! - Valor Econômico

Edmar Bacha

O país tem uma conta de capital aberta, mas uma conta de comércio fechada. É uma receita pronta para o crescimento empobrecedor

É significativa a alta dos preços das mercadorias desde o início da pandemia. A causa principal é a forte desvalorização do real. Os preços dos serviços, que embutem basicamente o custo da mão de obra, nem de perto sobem na mesma proporção. A razão é o enorme desemprego provocado pela pandemia. Não obstante o alto desemprego, são frequentes as demandas para que o Banco Central comece a “normalizar”, ou seja, a aumentar a taxa de juros para combater a alta de preços. Será que devia mesmo?

O que se observa é um aumento dos preços das mercadorias em relação aos dos serviços. Essa mudança de preços relativos pode gerar um surto de inflação ou não, ainda não sabemos. A indexação impulsiona, mas o desemprego segura. Por isso, não é claro que essa mudança deva ser combatida com um aumento preventivo da taxa de juros, que não diferencia mercadorias de serviços. Juros mais altos reduzem igualmente a demanda por mercadorias e por serviços, agravando o desemprego.

Há outros instrumentos à mão. O mais interessante seria uma redução de impostos sobre as mercadorias importadas e de outras barreiras (antidumping e sanitárias, por exemplo) que impedem que as importações possam fazer baixar os preços no mercado interno. Deixem entrar o aço da Argentina, as bananas do Equador, a carne do Paraguai, o café robusta da África. Essa redução das barreiras à importação uniria o útil ao agradável. Pois contribuiria para o tão necessário aumento da produtividade, além de reduzir as pressões inflacionárias.

Aumentos da produtividade dependem de empresas que usem tecnologia de última geração com insumos modernos, que explorem economias de escala, que se especializem em linhas de produção para as quais são mais qualificadas, e que atuem num ambiente de concorrência. Essas características somente se obtêm com participação nas cadeias internacionais de valor. Uma vez perguntaram a Carlos Ghosn porque os Renault produzidos no Brasil não eram tão bons quanto os da França. Resposta dele: deixem-me importar partes e peças da Europa que eu faço Renault tão bons quanto os de lá.

Desde a Segunda Grande Guerra, doze países conseguiram sair da renda média para se tornarem países ricos. Coreia do Sul, Hong Kong, Israel, Cingapura e Taiwan chegaram lá com exportações industriais. Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal, com exportações de serviços. Austrália, Nova Zelândia e Noruega, com exportações de recursos naturais. As características dos produtos variam de acordo com as respectivas vantagens comparativas, o fator comum é a integração à economia mundial. O Brasil é grande e diversificado o suficiente para não ter que escolher entre setores de atividade, como foi o caso desses países. À semelhança dos EUA, pode tê-los todos - agricultura, mineração, indústria e serviços -, desde que integrados ao comércio internacional.

Esses doze países têm mercados internos menores do que o do Brasil. Mas países maiores que o Brasil são também grandes exportadores: Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, França e Reino Unido. Já o Brasil, que em 2018 tinha a oitava maior economia do mundo, era apenas o 25º maior exportador. O PIB do Brasil representava 3% do PIB mundial, mas suas exportações apenas 1,1% das exportações mundiais. Um gigantinho em termos de PIB, o Brasil é um anão em termos de exportações.

O que se constata nas exportações se repete nas importações. Em 2018, a parcela das importações no PIB brasileiro foi de apenas 11,6%, o menor valor entre os 164 países considerados pelo Banco Mundial. Trata-se de uma situação paradoxal, porque em 2018 o Brasil foi também o sexto destino mais preferido para o investimento direto estrangeiro no mundo. O país tem uma conta de capital aberta, mas uma conta de comércio fechada. É uma receita pronta para o crescimento empobrecedor. As multinacionais e seus empregados prosperam ao explorar o mercado interno protegido, mas o resto do país empobrece ao ter seus recursos aplicados na substituição ineficiente de importações em lugar de se dedicarem à expansão das exportações.

O momento para a abertura é este. A balança comercial é positiva. Jamais tivemos uma taxa de câmbio tão desvalorizada. A indústria tem dificuldade de aumentar a produção não por falta de demanda, mas pela dificuldade de conseguir peças e componentes. O Ministro da Economia parece ter sucumbido aos lobbies empresariais, declarando que só pensará na abertura comercial depois da reforma tributária. O argumento é falacioso, pois impostos altos e distorcidos aplicam-se igualmente aos produtos nacionais e aos importados.

Senti isso pessoalmente no mês passado. Face ao agravamento da pandemia, resolvi comprar máscaras com maior nível de proteção. Li no New York Times que a KN95 era equivalente à N95. Não a encontrando para venda em lojas brasileiras, encomendei cem unidades a varejista americano. Face à pressa, fiz porte aéreo, o que aliás me poupou de pagar o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante.

Entre o preço da mercadoria e o frete aéreo, as cem máscaras custaram R$ 1.064, 51. Qual não foi minha surpresa quando o entregador me disse que ainda devia R$ 1.205,62 de impostos. 
Como assim, um produto essencial sem similar nacional, devia haver isenção. 
Qual nada, apesar de estar prevista, como a importação foi via aérea a alfândega carioca simplesmente ignorou a isenção e lascou 60% de imposto de importação
Se eu quisesse reclamar, teria que devolver o produto. 
Em cima dos 60%, mais ICMS e Fundo de Combate à Pobreza. Havia também o desembaraço aduaneiro, isto é, o custo de verificar meu CPF, de calcular os impostos e mais a tarifa aeroportuária de armazenagem. Tudo junto, 113% sobre o preço do produto mais frete.

Moral da história: por uma máscara que me custaria 79 centavos de dólar em Nova York tive que pagar o equivalente a 4 dólares e 20 centavos no Rio de Janeiro - 5,3 vezes o preço americano. Agruras brasileiras. Mas também uma singela indicação do enorme impacto que um alívio dos encargos sobre as importações poderia ter para reduzir a inflação. A esperança está no presidente do Banco Central. Por que não levanta ele a bandeira da abertura da economia dentro do governo? Teria assim um poderoso instrumento adicional à Selic para combater a inflação. Seria uma bela adição à Agenda BC#!

EdmarBacha, economista - Valor Econômico

 

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Anvisa reage à pressão do Congresso para aprovar vacinas contra covid

Correio Braziliense

Agência não aceita trechos do texto, aprovado pelo Congresso, que pretendem acelerar a liberação de imunizantes sem estudo clínico de fase 3 no país e que também reduz poderes reguladores da autarquia. Caso não sejam vetados por Bolsonaro, Barra Torres pode recorrer ao STF 

Abrir mão de exigir que somente vacinas com o estudo clínico em fase 3 no Brasil possam entrar com pedido de uso emergencial não foi suficiente para diminuir as pressões sobre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo assim, ao aprovar o projeto originário da Medida Provisória 1003/20 cujo ponto central é autorizar a adesão do Brasil ao consórcio multilateral Covax Facility —, o Congresso não reavaliou emendas que flexibilizam, ainda mais, compras e uso de medicamentos e imunizantes contra a covid-19. Alegando que tais medidas invalidam o papel regulador da agência e comprometem a segurança da população, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, espera vetos do Executivo ao texto e ameaça acionar a Justiça “se for necessário”.

[apesar da nossa notória falta de saber jurídico, ops... saber medicamentoso, pedimos permissão para dar um PALPITE  sobre a batalha que estão querendo armar entre a Anvisa e o Congresso - podendo envolver o presidente da República, caso ele não vete parte do Projeto de Lei de Conversão da MP 1003/20.
O que tem sido noticiado por parte da mídia -  incluindo a TV em noticiário veiculado em  horário nobre - cuida de uma 'rebelião' da Anvisa contra decisão do Congresso Nacional. 
Temos convicção de que nesse imbróglio existe muita precipitação ou má fé. 
A Anvisa sob comando de um contra-almirante - oficial-general, duas estrelas - jamais iria se rebelar contra uma Medida Provisória convertida em lei e sancionada pelo presidente da República. 
O mais correto, natural é que por seu presidente a Anvisa apresente ao presidente da República ponderações sobre pontos da MP convertida que possam trazer prejuízos ao trabalho institucional daquela Agência.
Não senso as ponderações acatadas, cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária obedecer a LEI - DEVER de todo brasileiro, seja pessoa natural ou jurídica e assunto encerrado.
Excepcionalmente, caso a nova legislação resultante  do PLV acarrete riscos à SAÚDE da população ou danos de igual relevância, pode a Anvisa denunciar o fato de forma oficial e tentar levar o tema para apreciação do Poder Judiciário.
Sendo a alteração de pequena monta - o que parece ser o caso =   a Anvisa resiste em aprovar, em apenas cinco dias, o uso no Brasil de vacina =  aprovação concedida com apoio no fato do imunizante ter sido aprovado por agência reguladora de país  que conste da lei resultante do PLV em comento =  cabe àquele órgão regulador apenas cumprir a LEI.] 

Em entrevista ao Correio, Barra Torres informou ter enviado à Casa Civil um documento cujo objetivo é tentar reverter pontos do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 43/2020, que contém o texto-base da MP, por meio de vetos do presidente Jair Bolsonaro. E negou que já haja um acerto com o chefe do Executivo para que o pedido seja acatado. “Não tem nada acordado com ninguém. Entendemos que essa medida provisória implicará em risco à saúde da população, se for aprovada integralmente, e vamos até as últimas consequências para provar isso”, garantiu Barra Torres, caso o texto seja mantido.

As principais ponderações da agência estão concentradas no artigo 5º do PLV, que determina o prazo de até cinco dias para que a Anvisa conceda “autorização temporária de uso emergencial para a importação, a distribuição e o uso de qualquer vacina contra a covid-19” aprovada, em caráter temporário ou definitivo, por agências da Rússia, Coreia do Sul, Canadá, Argentina, Estados Unidos, União Europeia, Japão, China e Reino Unido. Na alteração feita pela agência, na última quarta-feira, a avaliação para fármacos sem estudo clínico no Brasil poderia levar 30 dias.  “Este prazo (de cinco dias) não sabemos de onde vem. Qual a fonte? Está previsto em algum organismo internacional? Foi acordado entre os países? É da convicção de alguma agência regulatória do porte da Anvisa? A resposta para tudo isso é não”, argumentou o presidente da agência, ao defender a ampliação do tempo de análise.

Cerceamento
Outro ponto questionado no texto é o caráter meramente concessivo da aprovação do fármaco, e não de análise para, aí sim, proceder a liberação. “Se a agência só pode conceder autorização, não é a agência reguladora, é uma agência de atividade cartorial”, salientou Barra Torres, afirmando que a redação no PLV cercearia o trabalho dos servidores e feriria um preceito constitucional.

Mesmo assinalando não saber se Bolsonaro vetará integralmente ou parcialmente o PLV, na live da última quinta-feira, que contou com a participação do presidente da Anvisa, o chefe do Executivo comentou a aprovação do texto pelo Congresso e indicou a abertura para possíveis mudanças. E disse que a decisão final ficará nas mãos dos parlamentares. “Vai passar por uma possível sanção minha. Posso vetar também. Como a Anvisa vai interpretar isso daí, se esses prazos forem diminuídos demais?”, questionou Bolsonaro.

Fabricante reconhece ineficácia
A farmacêutica Merck, responsável pela fabricação da ivermectina, emitiu um comunicado na última quinta-feira afirmando que não existem dados que apontem para a eficácia do medicamento contra a covid-19. A empresa ressaltou que não existe base científica para dizer que o medicamento tenha efeito contra a doença, tampouco evidências significativas de eficácia clínica em pacientes infectados com o novo coronavírus. Como um terceiro ponto, a Merck ressaltou que existe uma “preocupante falta de dados de segurança na maior parte dos estudos” relativos ao uso do remédio contra a doença. “Nós não acreditamos que os dados disponíveis respaldem a segurança e a eficácia da ivermectina além das doses e população indicada nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora”, salientou.

A ivermectina é usada no tratamento de infecções causadas por parasitas, como piolhos. Um levantamento recente feito pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) mostrou que as vendas do medicamento cresceram 557,26% de 2019 para 2020 no Brasil. Isso porque, durante a pandemia, o governo federal tem propagandeado que o remédio deve ser usado contra a covid-19, como um “tratamento precoce”, em associação com a cloroquina.

Em janeiro deste ano, por exemplo, na semana em que o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso por falta de cilindros de oxigênio nas unidades hospitalares, e pessoas estavam morrendo asfixiadas nos leitos que deveriam salvá-las, o Ministério da Saúde lançou na capital do Amazonas o aplicativo TrateCOV, no qual a ivermectina era recomendada para quem apresentasse os sintomas da covid-19. Já retirada do ar, a plataforma permitia que qualquer um cadastrasse indícios e comorbidades e, em seguida, o site sugeria a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.

Diante das informações replicadas pelo governo sobre o uso do medicamento contra a covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu, em julho do ano passado, um comunicado dizendo que o remédio não dá o resultado que, agora, a Merck reconhece. (BL, MEC e ST)

Fármaco da Fiocruz só chega em março
Apesar de tentar conseguir agora outra vacinas para não depender exclusivamente da CoronaVac, o governo federal deverá contar, ainda por algum tempo, apenas com o imunizante desenvolvido pela Sinovac e replicado pelo Instituto Butantan –– centro de pesquisa ligado ao governo de São Paulo. Ontem, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que, mesmo com a chegada, hoje, do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), vindo da China, para começar a reproduzir a vacina de Oxford/AstraZeneca, a instituição só conseguirá entregar 15 milhões de doses ao Ministério da Saúde a partir de meados de março. Depois disso, só em abril o laboratório Bio-Manguinhos conseguirá fornecer vacina em grande escala ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

No cronograma apresentado pela primeira vez, ontem, pela Fiocruz, a instituição esclareceu que, com o IFA que deve começar a desembarcar logo mais, no Rio de Janeiro, produzirá 15 milhões de doses ainda este mês. Mas as entregará ao ministério somente em março, sendo que a previsão do primeiro lote é de apenas 1 milhão de doses, entre os dias 15 e 19.  Em abril, a Fiocruz planeja entre 27 milhões de doses, outras 28 milhões em maio e a mesma quantidade em junho, somando 100 milhões. A partir de julho, a fundação pretende entregar mais 112,4 milhões totalmente produzidas no Brasil, sem IFA importado da China.

No último sábado, o Ministério da Saúde anunciou que havia recebido uma carta do consórcio Covax Facility –– iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir vacina ao mundo de forma equitativa ––, prometendo entre 10 milhões e 14 milhões de imunizantes Oxford/Astrazeneca “a partir de meados de fevereiro”. Mas, na última quarta-feira, o consórcio divulgou que o Brasil receberia 10,7 milhões de doses e não deu data para isso.

Sputnik: 10 milhões
Com apenas 2 milhões de doses da vacina de Oxford no Brasil e mais de 9,8 milhões da CoronaVac circulando, a pressão para a liberação da Sputnik V aumentou e o Senado aprovou, na noite da última quinta-feira, medida provisória que facilitava a compra da vacina russa. A decisão foi tomada um dia depois de a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) excluir a necessidade de realização do estudo fase 3 no Brasil, medida que beneficia diretamente o imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, de Moscou.

Ontem, o Ministério da Saúde reuniu-se com representantes da União Química, responsável pela produção no Brasil da Sputnik V, e “manifestou interesse” em comprar 10 milhões de doses, desde que o preço seja plausível e haja autorização da Anvisa. Entretanto, a farmacêutica se comprometeu a entregar ao governo brasileiro apenas 400 mil doses uma semana depois do fechamento do contrato, caso seja firmado neste mês. Daí, mais 2 milhões de unidades virão a partir de março e o restante ao longo do segundo e do terceiro mês, fechando 10 milhões de doses prontas.

Além da Sputnik V, a Saúde busca contrato com a Precisa Medicamentos, representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, que produz a vacina Covexin. Ontem, o ministério afirmou que, no encontro conduzido pelo secretário-executivo Elcio Franco, a pasta recebeu a garantia de que o Brasil receberá 20 milhões de doses em um cronograma de entregas que começará com 4 milhões de unidades 20 dias após a assinatura do contrato. E, segundo a Saúde, quantidades iguais serão enviadas 30, 45, 60 e 70 dias depois da primeira entrega. (BL, MEC e ST)

Brasil - Correio Braziliense


domingo, 31 de janeiro de 2021

A saúde no centro da economia - Míriam Leitão

O Globo

O Brasil precisa garantir 400 milhões de doses de vacina, o Butantan e a Fiocruz têm de ser financiados, o Ministério da Saúde deve contratar todas as doses possíveis do Butantan, para dar previsibilidade ao instituto e ter fluxo de produto para o programa. O governo está fazendo tudo errado e tardiamente. Além de ter sido um negociador débil com grandes produtores internacionais. Essa é a visão de André Medici, especializado em economia da saúde, e que foi por muitos anos do Banco Mundial.

Medici acompanha tudo o que se passa no setor, sempre o fez, muito mais agora que o mundo vive a pior pandemia em um século. Recentemente, lançou um livro virtual sobre o desafio da cobertura universal nos Estados Unidos, de Barack Obama a Joe Biden. O interessante é a força da ampliação da cobertura de saúde, com seguros em parte subsidiados. Por mais que o ex-presidente Donald Trump tenha feito, ele não destruiu a proposta do Partido Democrata. O ex-presidente Obama conseguiu ampliar em 50 milhões de pessoas a cobertura dos seguros de saúde. Com Trump, saíram cinco milhões.

A economia da saúde com todas as suas ramificações está no centro do debate atual aqui e no mundo. No Brasil, nos últimos dias, o que se viu foi um novo absurdo do Ministério da Saúde. O governo Bolsonaro decidiu fazer mais uma guerra contra o governador João Dória usando como bucha de canhão a saúde dos brasileiros. O Butantan precisa de recursos e previsibilidade e por isso quis que o Ministério da Saúde antecipasse decisões de compra. O governo disse que só em maio responderia. [para malhar Bolsonaro vale tudo - não chega nem a ser malhação e sim calúnia, injúria e difamação - até 'manusear', adaptar, a notícia. 
O FATO É: O Ministério da Saúde firmou um contrato  com o Butantan - com certeza, apesar do petismo e do esquerdismo burros, grande parte dos brasileiros sabe que um contrato estipula obrigações para as partes que o firmam, que devem ser cumpridas sob pena de sanções pecuniárias e até penais - e, no contrato foi ajustado que o MS tinha até MAIO/2021 para decidir quanto compraria daquela farmacêutica.
Devido a situação, digamos, 'enrolada' no tocante a prazos do consórcio Sinovac x Butantan  o MS preferiu trabalhar com um prazo flexível, dando preferência ao interesse público, do Brasil e dos brasileiros, em vez do interesse dos políticos paulistas e dos comerciantes chineses.
Até a data convencionada em contrato o Butantan tinha a obrigação de manter disponível o total de doses ajustado contratualmente. 
As partes concordaram, assinaram, e o contato se tornou lei entre elas. 
Só que a incompetência, o improviso que tem caracterizado a gestão Joãozinho,  na prefeitura e no governo estadual, seguidos como lei pelo diretor do Butantan, impediu que percebessem ( ou preferiram não perceber) que estavam aceitando uma expectativa de possível compra, como compra. Quando perceberam o quanto foram incompetentes, até desidiosos na defesa dos interesses do Butantan, tentaram dar pra trás. Com a generosidade típica dos estadistas, Bolsonaro e Pazuello optaram por antecipar, de fato, a data aprazada.]

Seria mais um crime de Bolsonaro e Pazuello contra a saúde dos brasileiros. A posição ficou insustentável com a pressão da opinião pública e na sexta-feira à noite eles anunciaram a compra de mais 54 milhões de doses. Mas o fato mostra como esse governo decide. Pensa apenas na briga política.

No mundo, o mercado está intenso e nervoso. A União Europeia em disputa com a AstraZeneca aumenta a preocupação no Brasil, porque essa é a mesma vacina da qual dependemos na Fiocruz. [Na Fiocruz a dependência é entre empresas, quanto ao Butantã,  eles dependem, apenas... do governo chinês = uma ditadura em que o interesse comercial, a ganância pelo lucro, está cima de tudo e de todos.],O governo Joe Biden aumentou muito o volume de compras esta semana. — Biden já fez encomendas que podem chegar a 700 milhões de vacinas. Eu não sei por que tão grande — diz Medici.

A boa notícia, ressalta o economista, é que tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos começam a cair as taxas de novos contágios, ainda que não de mortes.  — Há uma hipótese entre especialistas que seja consequência já do começo da quebra da cadeia de transmissão pela vacinação. Os Estados Unidos vacinaram até a semana passada em torno de 25 milhões de pessoas, 7% da população. Mas Biden está acelerando. Ele começou falando em um milhão por dia, aumentou para um milhão e meio e os especialistas acham que ele tem que chegar a três milhões — diz o economista.

No mundo inteiro, a pandemia movimenta o mercado de vacinas. Além das 10 em uso, sendo duas já aprovadas e oito com autorização emergencial, há 67 em fases distintas de testes clínicos em humanos e quatro foram abandonadas após os primeiros resultados de laboratórios, segundo o “New York Times”. Um ponto importante para o Brasil refletir neste momento: é que viramos apenas licenciadores por não investirmos em biotecnologia. Coreia do Sul, Tailândia, Canadá, França, Rússia, China, Turquia, Israel e, claro, Estados Unidos e Reino Unido desenvolveram vacinas ou estão em estágios dois ou três de testes clínicos. O Brasil, tendo excelentes institutos, ficou atrasado na produção. E pior, se atrasou até nas compras. — Quando as vacinas estavam na fase dois de testes clínicos, lá para agosto, os países fizeram suas encomendas. O Brasil, que já perdeu esse momento, tem que garantir a maior quantidade possível de doses da Coronavac e da AstraZeneca. Tem que ser rápido e decisivo — diz André Medici.

Países de renda média que não se apressaram ficarão perdidos. Os ricos estão garantindo suas vacinas. Os países pobres podem ser atendidos pela iniciativa de Bill Gates com o Consórcio ACT. A iniciativa de Gates está destinando muito dinheiro para vacinas, US$ 16 bilhões, de um total de US$ 38 bilhões. E o principal objetivo é atender aos países mais pobres. Existem alguns países de renda média que se posicionaram bem. — diz Medici.

A pandemia mostrou claramente que a saúde está no centro da economia.

Míriam Leitão, colunista - O Globo - Com Alvaro Gribel, de São Paulo

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Nova Zelândia entra em 2021 sem restrições; veja celebrações pelo mundo

País na Oceania conteve a pandemia e festejou a entrada no Ano Novo com certa normalidade

Exemplo na luta contra a pandemia do novo coronavírus, a Nova Zelândia entrou em 2021 com sua tradicional queima de fogos na torre do edifício SkyCity e luzes comemorativas na Ponte do Porto, ambos em Auckland, maior cidade do país na Oceania. Ao contrário de boa parte do mundo, por lá pessoas comemoraram nas ruas e sem máscaras de forma autorizada.

Outras nações do Sul do Pacífico foram os primeiros a saudar a chegada de 2021. A Austrália, ao contrário da vizinha Nova Zelândia, não liberou a presença do público na queima de fogos no Porto de Sydney, próximo à famosa casa de ópera da cidade. Cidades como Melbourne, porém, registraram aglomerações e pessoas nas ruas.

Em Seul, na Coreia do Sul, o governo cancelou, pela primeira vez desde 1953, a tradicional festa de Réveillon na região de Jongno, que costumava receber em torno de 100.000 pessoas por ano. Restrições e pedidos de que as pessoas evitem aglomerações também pautaram a chegada do novo ano no Japão. Oficiais foram fotografados nas ruas de Tóquio com placas dizendo que a contagem regressiva para o Ano Novo nas ruas estava cancelada.

Cidades com tradicionais queimas de fogos nas festas de Ano Novo tiveram de se adaptar. O Arco do Triunfo, em Paris, e a iluminada Las Vegas, este ano, não vão soltar fogos. Já a festa na Times Square, em Nova York, será sem plateia, apenas transmitida pela TV e internet.

Mundo - Revista VEJA

 

sábado, 5 de setembro de 2020

Gastos militares - O Globo

Ascânio Seleme


É ofensivo aumentar gastos militares num país como o Brasil, assaltado por corruptos de todos os matizes políticos, com 15% da sua população vivendo abaixo da linha da miséria
É ofensivo aumentar gastos militares num país como o Brasil, assaltado por corruptos de todos os matizes políticos, com 15% da sua população vivendo abaixo da linha da miséria, com quase a metade dos seus lares sem água encanada e esgotamento sanitário, com escolas e hospitais públicos caindo aos pedaços, com a pior segurança e os piores índices de violência da América do Sul. É mais do que ofensivo, é escandaloso.
O projeto de Lei Orçamentária enviado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso prevê R$ 1,47 bilhão para investimentos do Ministério da Defesa em 2021. Segundo o projeto, este dinheiro vai para a implantação de um sistema de aviação no Exército, para a compra de caças e o desenvolvimento de aviões cargueiros na Aeronáutica e para a construção de submarinos com propulsão nuclear na Marinha. Além disso, a Defesa vai ser agraciada com um aumento de 4,83% na sua dotação orçamentária. Terá R$ 110,7 bi para gastar no ano que vem. Um feito e tanto, considerando que todos os demais ministérios sofrerão cortes.
Caberá aos deputados e senadores barrar esta exorbitância. Eles devem se perguntar francamente para quê o Exército precisa de aviação se o país já tem uma força aérea. Responder que nos Estados Unidos é assim não serve. O Brasil não está em guerra. Os EUA, passaram apenas 16 de seus 245 anos de História em paz. E mais, por que a Marinha precisa de mais submarinos nucleares? Para fiscalizar nossas costas não é. O que o país precisa é de uma robusta guarda costeira, para impedir contrabando, tráfico, pesca ilegal e agressões ambientais.

Aliás, onde estava a Marinha quando foram despejadas centenas de toneladas de óleo no mar, no Nordeste do Brasil, sujando as praias, asfixiando e destruindo flora e fauna locais? [se os gastos tão criticados atualmente - sequer iniciados - tivessem sido realizado em anos anteriores o óleo não teria sido derramado.] Nem identificar o agente poluidor ela foi capaz.
Novos cargueiros para a Aeronáutica, podem ser úteis? Talvez, mas não para transportar tropas e equipamentos militares, e sim para, eventualmente, carregar alimentos e ajudas humanitárias até localidades que passaram por tragédias ambientais ou naturais. Nestes casos, não resta dúvida de que seria muito mais barato fretar aviões de carga das companhias privadas. Já comprar mais caças não faz muito sentido. Me diga quantas vezes você leu ou ouviu falar do emprego destes caças em situações reais de perigo para o país.
Lembro de uma ou duas interceptações de teco-tecos de traficantes. Mas a melhor memória mesmo é do dia em que Ayrton Senna foi à Base Aérea de Anápolis para voar num Mirage. Eu estava lá como repórter do GLOBO. Posso confirmar que ele adorou o voo. Você pode dizer que é importante ter Forças Armadas sólidas para qualquer eventualidade de agressão de nossos vizinhos. Ok. Então vejamos como estão nossos vizinhos. O Brasil é o 12º país do mundo que mais gasta com defesa. No ano passado, o país empregou 1,3% do PIB em defesa, contra 0,86% da Argentina e 1,07% da Venezuela. Seu ideal é chegar a 2% do PIB. E não se esqueçam do tamanho do nosso PIB em comparação com os dos vizinhos. Traduzindo, não há riscos. Ninguém vai ameaçar nossas fronteiras e muito menos invadir o Brasil.
O ex-presidente americano Jimmy Carter revelou numa palestra na sua igreja na Geórgia, há um ano, o teor de um diálogo que tivera com Donald Trump. Segundo Carter, Trump estava preocupado porque a China estava superando economicamente os Estados Unidos. Carter dividiu a preocupação com o presidente e disse a Trump qual seria na sua visão a principal razão que levara o seu país àquela situação. Você tem gastos militares muito altos, disse o ex-presidente.
Acrescentou que a China gasta menos, não vai à guerra e cresce numa velocidade de cometa. Por esta razão explicou, a China tem hoje 18 mil milhas (29 mil km) de estradas de ferro para trens de alta velocidade. “Se você pegasse os US$ 3 trilhões mal gastos com defesa e empregasse em infraestrutura (...) teríamos mais ferrovias de alta velocidade, melhores estradas, com manutenção adequada, escolas tão boas quantos as da Coreia do Sul e de Hong Kong”, disse Carter. [Quando necessário, quem defenderia as ferrovias, as estradas. O Brasil corre risco de países estrangeiros, tentarem interferir na SOBERANIA NACIONAL - temos que estar preparados.
Tais países tem que estar cientes que tentar invadir o Brasil não será um bom negócio.
Importante não esquecer que Guarda Nacional é uma coisa e FF AA são outra.
Recentemente a China para não ser impedida de pescar em águas territoriais de um País da América do Sul, enviou centenas de navios pesqueiro e, entre eles, alguns de guerra.
Se aquele país possuísse uma marinha poderosa a camuflagem não funcionaria. ]

Ascânio Seleme, jornalista - O Globo


sexta-feira, 3 de julho de 2020

Poderia ser pior - Nas entrelinhas


“O afrouxamento do distanciamento social, por descoordenação entre os entes federados e forte pressão social, mostra o risco da imunização de rebanho”

Em meados de março passado, um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido — a mesma que desenvolve a vacina que está sendo testada por aqui — previa a ocorrência de 478 mil mortes pelo novo coronavírus no Brasil, o que foi e ainda é considerado um exagero. Chegaram a essa conclusão analisando os casos da Itália e da Coreia do Sul e comparando os perfis demográficos desses países com os do Brasil e da Nigéria.
Correio Braziliense - Nas Entrelinhas - 3/7/2020

[Importante destacar que a falta de coordenação entre os entes federados - que deveria ser exercida por um poder central (no caso excepcional da pandemia pelo Poder Executivo) - só existe devido decisão do Supremo Tribunal Federal - STF, atribuir aos estados e municípios total autonomia na execução da política de controle da pandemia.
Devido a descoordenação citada na matéria está prevalecendo, ainda que contra à vontade dos inimigos do presidente Bolsonaro, por vias oblíquas a imunidade de rebanho defendida pelo presidente, que também defende a hidrocloroquina como preventivo à contaminação pela Covid-19.
Uma vida humana tem valor imensurável, mas a imunidade de rebanho, combinada com a cloroquina, vai apresentar um número menor de mortes do que o previsto pela universidade inglesa - que esperamos seja melhor no desenvolvimento da vacina do que nas previsões.
Com as bençãos de DEUS a previsão dos ingleses é várias vezes superior ao número de mortes que ocorrerão no Brasil, devido à pandemia.
A propósito,um dos coordenadores da política de combate ao covid-19,conforme estabelecido pelo STF, foi o governador do DF. O ilustre governante baixou um decreto estabelecendo o uso de máscaras no DF - sob pena de multa de R$2.000,00 - e ontem, 2, foi flagrado em área pública (próximo a uma UPA) sem máscara. ]

Na mesma época, dois pesquisadores brasileiros montaram um modelo matemático em Python, que previa a ocorrência de 2 milhões de mortes no Brasil, caso o isolamento social não fosse adotado. José Dias do Nascimento Júnior, professor e doutor em astrofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e astrônomo associado ao Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, e Wladimir Lyra, doutor da New Mexico State University, compartilharam os dados com o conceituado Centro de Ciências de Sistemas e Engenharia (CSSE, em inglês) da Universidade Johns Hopkins.

Então, os indicadores de contaminação da Itália registravam que um infectado passava o vírus a três ou quatro pessoas, em média, antes de se curar ou morrer pela doença; com isso, o número de casos dobrava a cada quatro dias. Diante das projeções, Lyra concluiu que haveria duas maneiras de finalizar essa epidemia. A primeira é quando muitas pessoas fossem infectadas e desenvolvessem a imunidade ao se curar. Obviamente, nesse caso, o número de mortos poderia ser assustador. A segunda maneira seria quando a taxa de infecção fosse menor do que a taxa de remissão. A quarentena (ou vacina) funciona por diminuir a taxa de infecção. O tratamento aumenta a taxa de remissão. Sem capacidade de tratamento ou vacina, temos apenas a quarentena como medida eficaz.

Na época, no Brasil, cada pessoa infectada estava, em média, infectando seis. Caso nada fosse feito, em dois meses, 53% da população estaria infectada ao mesmo tempo. Isso significaria mais de 100 milhões de casos e 2 milhões de mortos. Esses e outros estudos foram decisivos para a adoção da estratégia de isolamento, com objetivo de achatar a curva da epidemia e permitir que o sistema de saúde se estruturasse para enfrentar a doença.

Caso a estratégia de “imunização de rebanho” tivesse sido adotada, como o presidente Jair Bolsonaro ainda defende, a situação atual seria muito pior, diria o humorista Barão de Itararé, na sua Teoria das duas hipóteses, segundo a qual tudo pode piorar. Apparício Fernando Brinkerhofer Torelly, genial criador do jornal A Manha, sabia das coisas. Ou seja, é falsa ideia de que a quarentena não funcionou, mesmo aos trancos e barrancos. E o afrouxamento da política de distanciamento social, por descoordenação entre os entes federados e forte pressão social sobre governadores e prefeitos, está mostrando o risco que a imunização de rebanho ainda representa.

Tragédia anunciada
Quando os estudos foram divulgados, o Brasil tinha 413 casos confirmados, sendo 291 em São Paulo, e registrava a primeira morte, um homem de 62 anos, na capital paulista. Hoje, estamos próximos de 1,5 milhão de brasileiros infectados, com quase 50 mil novos contaminados e mais de 1.200 mortes por dia. Somente o estado de São Paulo confirmou mais 12.244 casos nas últimas 24 horas e mais 321 óbitos.

Metade das unidades federativas do país já registrou mais de mil mortes pelo novo coronavírus. O Rio de Janeiro tem 116.823 casos e 10.332 mortes. O Pará bateu mais de cinco mil perdas, com 5.004 registros. O Ceará tem 6.284; Pernambuco, 4.968 mortes. Amazonas, 2.862; Maranhão, 2.119; Bahia, 1.947; Espírito Santo, 1.728; Rio Grande do Norte, 1.103; Alagoas, 1.091; Minas Gerais; 1.059; e Paraíba, 1.044. A epidemia, agora, avança nos estados do Centro-Oeste e no Distrito Federal.

Como na economia o estrago é enormea massa salarial perdeu R$ 52 bilhões, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)—, prefeitos e governadores entraram numa espécie de salve-se quem puder. Em muitas cidades, o isolamento social está sendo substituído pela distribuição de um coquetel à base de hidrocloroquina, para a população de baixa renda, que se contamina na volta ao trabalho.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense