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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Ministérios e estatais de Lula têm paixão por arte de baixo nível - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

Exposição cancelada

Exposição Caixa
Exposição mostrava imagem de Lira, Damares e Guedes dentro de um cesto de lixo coberto pela bandeira do Brasil.| Foto: reprodução/Instagram "Coleção Bandeira"/Obra da artista Marilia Scarabello.

Vocês se lembram: faz pouquíssimo tempo que fizeram aquele espetáculo deplorável, vulgar, de baixíssimo nível, num evento do Ministério da Saúde. Pagaram um dinheirão para um grupo apresentar arte da maior sujeira, mau gosto e vulgaridade. Pois não é que isso se repetiu? Não exatamente do mesmo jeito, mas na Caixa Econômica Federal fizeram uma exposição de arte que inclui uma colagem em que aparecem, jogados no lixo, a bandeira nacional, o ex-ministro Paulo Guedes, a senadora Damares Alves e o presidente da Câmara, Arthur Lira, que já ficou sabendo e não passou recibo.[o baixo nível, em vários ângulos, é a tônica nos governos da maldita esquerda; exemplos são inúmeros, apenas para lembrar,  a foto abaixo mostra uma produção cultural do SESC no último mandato da Dilma.

 

 Uma  produção cultural do SESC-Cariri

VEJA MAIS AQUI 

VEJA TAMBÉM ESTE VÍDEO: Arte de exploração Anal - SESC
 
A Caixa – parece que a diretoria não sabia – suspendeu a exposição, mas feriu as relações entre Centrão e governo; como se sabe, o governo depende do Centrão para as votações do Congresso. 
E mais forte ainda que o Centrão é a Frente Parlamentar da Agropecuária, que tem 303 dos 513 deputados e 51 dos 81 senadores. É muita gente disposta a derrubar o veto do presidente ao projeto de lei do marco temporal. Enfim, o governo não pode estar sujeito a esse tipo de problema em uma empresa estatal ou em um ministério.

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Lula volta a tomar o lado dos palestinos contra Israel
O próprio presidente da República, que demitiu o presidente da Empresa Brasil de Comunicação porque retuitou um texto chamando de “idiotas” os que apoiam Israel, claramente ficou do lado do Hamas e contra Israel na live “Conversa com o Presidente”. São palavras dele: “Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que Israel tem de matar milhões de inocentes”.  
De onde ele tirou esse “milhões”? É aquele mesmo Lula que falou uma vez para Jaime Lerner que “a gente chuta o número”, dizendo que havia 25 milhões de meninos de rua no Brasil.
Lula ainda diz que é preciso garantir que não se mate mais crianças. Quem está matando criança é Israel?
Investiguem como foram encontrados as crianças e bebês israelenses mortos. 
Eu não tenho coragem de dar detalhes aqui. 
Nunca imaginei que alguém do gênero humano fosse capaz de uma coisa dessas. É vilipêndio de cadáver.

E Lula segue culpando Israel: “Todo dia a gente vê colonos de Israel invadindo a terra da Palestina”. Depois fala sobre os brasileiros em Gaza: “Vamos dar a eles o que não conseguiram morando em Gaza com a truculência que está acontecendo com os bombardeios”, continua, ainda culpando Israel.


Ao contrário de Lula, Macron fica do lado certo

Agora, vejam o que diz Emmanuel Macron, presidente da França, que é amigo de Lula, há uma admiração mútua entre eles. Visitando Israel, ele disse: “o Hamas tem de libertar reféns porque é um crime horrível jogar com a vida de crianças, adultos, idosos, civis e soldados”. O francês prometeu propor uma coalizão internacional contra o Hamas, e disse aos israelenses: “estamos ombro a ombro com vocês”. E ainda ameaçou o Hezbollah: “Estamos acompanhando de perto o que acontece no Líbano, com o Hezbollah brincando com fogo”. O presidente da França ainda vai falar com o presidente da Autoridade Palestina na Cisjordânia, que não está mandando mais nada, já que o Hamas tomou conta de Gaza.

Comparem a forma como se porta um líder internacional e o chefe de Estado do Brasil, que deve estar deixando o Itamaraty desesperado porque, economicamente e cientificamente, o Brasil deve muito a Israel.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Inferno russo: caixa com dentes de ouro arrancados de presos ucranianos

Outros sinais de atrocidades incluem indícios de que prisioneiros foram enterrados vivos ou abusados com acessório sexual

Esse tipo de comparação tem que ser feito com todo cuidado e todo o respeito pelo conhecido risco de paralelos indevidos. Mas é impossível não pensar nas pilhas de dentes de ouro arrancados de presos judeus antes de serem mortos nos campos de extermínio nazistas, descobertas depois que a Alemanha perdeu a II Guerra Mundial.

Uma caixa com dentes de ouro e dentadura descoberta em região libertada na Ucrânia -

 Paralelo histórico: ouro extraído da boca de vítimas de atrocidades remete ao grande horror - Twitter/serhii_bolvinov/Reprodução

A escala, evidentemente, é incomparável. A caixa de plástico com dentes de metal arrancados foi encontrada num lugar que até muitos ucranianos teriam dificuldade para apontar num mapa: Piski-Radviski, uma pequena localidade na região de Kharkiv.  É uma das áreas de onde os russos estão fugindo e os ucranianos estão avançando, numa virada quase inacreditável. Depois das tropas, chegam os investigadores: a Ucrânia faz levantamentos sistemáticos das atrocidades praticadas durante a ocupação russa para que tudo fique documentado.

As fotos com a caixa de dentes e outros sinais de tortura foram postados pelo responsável por estas investigações na região, Serhii Bolvinov. Também foram encontrados na casa transformada em centro de tortura uma máscara contra gás usada com um pedaço de pano para sufocar os interrogados, além de um pênis artificial. Relatos de violações anais foram feitos em outros locais investigados.

“Os moradores ouviam constantemente gritos vindos de lá”, disse Bolvinov. “A polícia tem conhecimento da prática de enterrar pessoas vivas”.

Os presos nas localidades liberadas geralmente eram moradores de mais idade, pois os homens aptos ao serviço militar já tinham sido convocados ou fugido por conta própria antes que os russos chegassem. Os interrogadores queriam justamente saber onde estavam estes homens.Foi um caso assim que levou Natalia Kubrak a ser presa na pequena localidade de Kozacha Lopan.

O vídeo de seu filho, Vitali Zadorenko, encontrando a mãe na cidadezinha liberada viralizou na Ucrânia por causa da euforia comovente de Natalia. Além dos abraços e beijos que ela dá no filho, fora dois caldeirões enormes de borcht, a sopa de beterraba que é o maior exemplo de comida de mãe em vários países eslavos, que ela preparou depois de ouvir boatos que os russos estavam fugindo.

Zadorenko era uma espécie de prefeito local. Fugiu com o avanço russo no começo da invasão e organizou com amigos uma pequena força de resistência – sinal do espírito de iniciativa que baixa quando os mais elementares interesses existenciais estão em jogo.talia foilevada um dia para o porão onde ocupantes russos interrogavam moradores. Descreveu: “Tinha quinze pessoas deitadas no chão, cobertas de sangue. Também havia mortos. Tinham cortado a orelha de uma mulher”.

Ela sofreu choques elétricos e espancamentos por não saber responder onde estava o filho. Depois foi jogada na rua. Sem conseguir andar, arrastou-se de quatro para sair do local.Em Izium, liberada logo no início da atual ofensiva, as investigações estão mais avançadas. Já foram exumados 403 corpos – 202 mulheres, 189 homens e onze tão mutilados por torturas que não puderam ser identificados de imediato.

Investigar e documentar as atrocidades é importante mesmo que nenhum culpado por crime de guerra venha a ser julgado. A Ucrânia também pediu ajuda a organismos internacionais, mesmo sabendo que a Rússia tem direito de veto na ONU e, portanto, imunidade a processos internacionais.

Uma dessas investigações sequer menciona quem seriam os autores dos crimes apurados. Mas relata que vítimas de abusos sexuais tinham idades que iam dos quatro aos 82 anos.

O encarregados das investigações, Erik Mose, relatou à Comissão de Direitos Humanos da ONU, os “sinais visíveis de execuções, como mãos amarradas nas costas, ferimentos a bala na cabeça e degolações”.

A caixa com dentes de ouro arrancados é um pequeno, embora dolorosamente simbólico, tijolo desse edifício de atrocidades. É revoltante pensar que seus autores jamais serão punidos. Mas também era inconcebível, no começo da invasão, que os ucranianos não só resistissem como pusessem os russos para correr, como está acontecendo agora em algumas frentes de combate. A virada é de tal dimensão que especialistas em estudos bélicos começaram a falar numa eventual – e nada menos que espetacular – retomada da Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014.

Mundialista - Vilma Gryzinski - Revista VEJA


terça-feira, 23 de novembro de 2021

O fim das agências bancárias e o desfalque na Rede Globo - Revista Oeste

Itaú digital..
Sob a presidência de Milton Maluhy Filho, desde fevereiro o Itaú passa por uma revolução em seus interiores. A digitalização, diz um executivo, está no coração da mudança e é a palavra mais usada entre vice-presidentes e diretores. Talvez por isso, circulou a informação por uma ala da Avenida Faria Lima de que o maior banco privado do Brasil estava prestes a anunciar que seria 100% digital no fim de 2022. O Itaú nega.


A atriz Camila Pitanga - Foto: Wikimedia Commons 

…mas nem tanto
Nos últimos 12 meses, até sete
mbro, o Itaú fechou 112 agências no Brasil para reduzir custos, seguindo na mesma direção dos cinco maiores bancos do país.  Mas a ideia do Itaú é pisar um pouco no freio. Na visão de um executivo, muitos clientes ficariam chateados se, de uma hora para outra, a instituição tomasse a atitude radical de fechar todas as operações, visto que muitos serviços ainda exigem presença. O Itaú conta com cerca de 4.000 agências físicas e 60 milhões de clientes, entre conta corrente, cartões, crédito e investimentos.  

A propósito
Os cinco maiores bancos
do país Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa — poderiam reduzir 30% de suas agências físicas imediatamente, de acordo com um estudo da consultoria alemã Roland Berger, para ganho de eficiência e corte de custos. Em 2021, alguns dos maiores bancos do Brasil reduziram as transações feitas em agências em 70%, enquanto as feitas no celular saltaram mais de 90%. 
 
Meirelles 2022
Henrique Meirelles anda animado com as pesquisas que recebeu sobre a candidatura ao Senado em 2022 por Goiás: está na liderança em todas. Sobre uma suposta chapa com Lula na eleição presidencial, ele desconversa. Diz que não recebeu convite do ex-presidente, apenas sondagens de pessoas do partido. “Não tomo decisão baseada em especulação”, diz o economista. Meirelles foi presidente do Banco Central no governo Lula. 
 
Novos donos da Latam
A próxima terça-feira, 23 de novembro, vai ser movimentada no setor aéreo no Brasil. É essa a data em que companhias aéreas no mundo ou fundos de investimento podem oferecer propostas para a compra da Latam, empresa que pediu proteção contra a falência nos Estados Unidos em maio de 2020. A Azul é a maior interessada, e os executivos David Neeleman e John Rodgerson falam abertamente sobre o assunto. 
 
Faculdade por R$ 9.700
Faculdade de administração de empresas mais cara do Brasil, a Link School of Business tem mensalidades de R$ 9.700, mais que o dobro dos concorrentes FGV e Insper. O alto valor não afugenta os alunos. Com 300 estudantes, a escola está com fila de espera e vai crescer. No primeiro semestre de 2022, a Link abrirá um segundo campus em São Paulo, o campus JK, na Vila Olímpia, perto do shopping JK Iguatemi. 
 
Streaming sai à caça
A tática dos novoschefões do streaming no Brasil é atrair medalhões da dramaturgia com maior autonomia na criação das obras. A Amazon tirou o ator Lázaro Ramos da Globo e deu a ele a direção de um filme. Para a comediante Ingrid Guimarães, a proposta foi maior: ela será showrunnermandachuva total, do roteiro à direção — de uma produção da Amazon. 
 
Globo sem Pitanga
O trio Silvio de Abreu, Mônica Albuquerque e Edna Palatnik, todo-poderosos da dramaturgia da Globo até recentemente e que agora comandam a HBO Max na América Latina, ofereceu a Camila Pitanga o cargo de produtora-executiva por três anos com a WarnerMedia, dona da marca. Pitanga foi mais um nomão a deixar a Globo na última semana, depois de 25 anos na empresa.
 
Elas cantam Roberto

Fafá de Belém e Maria Bethânia estão confirmadas na gravação do especial de Roberto Carlos na Globo. As gravações ocorrerão durante dois dias consecutivos nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, com exibição em 23 de dezembro. Em 2020, Roberto Carlos não gravou o tradicional programa de Natal por conta da pandemia.Festa à brasileira

A ordem na Globo é reunir o maior número de gigantes da música brasileira, do porte de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Ivete Sangalo, na edição de fim de ano de Roberto Carlos. Como tradição, o especial se resume a quatro participações musicais, a entrada de uma ou duas atrizes no palco para uma dobradinha com o cantor e uma plateia de globais. A dificuldade é ter globais disponíveis na gravação e conciliar a agenda de todos os cantores desejados pela emissora. Ainda se discute se haverá plateia ou não. 

Fafá no Fausto
Por falar em Fafá de Belém, ela está na lista de atrações para as primeiras edições do novo programa diário de Faustão na Band, com estreia para janeiro. Curiosidade: a cantora foi a única artista que aceitou gravar um piloto em 1982, a convite do então repórter de esportes da rádio Excelsior Fausto Silva. O piloto entrou no ar no programa de Goulart de Andrade, na madrugada da TV Gazeta, e foi o embrião do Perdidos da Noite, que virou programa de auditório na TV Record, em 1984. Dois anos depois, o show de improviso e criatividade de Fausto, com baixíssimo orçamento de produção, foi para a TV Bandeirantes para exibição em rede nacional. O resto é história. Até hoje, Fausto chama Fafá de “irmã” e “madrinha”.

Leia também “Globo inquieta”

Edição 87, Revista Oeste

 

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

MP caduca, mas Caixa diz que vai manter cronograma de saque do FGTS

Correio Braziliense


Planalto pressiona e Câmara não vota MP que autorizava a retirada emergencial de R$ 1.045 do Fundo durante a pandemia, que acabou caducando. Só está autorizado a movimentar o dinheiro quem nasceu entre janeiro e junho. Outros meses precisarão de um PL

[omissão da Câmara dos Deputados deixa caducar  Medida Provisória que liberava saque emergencial do FGTS e prejudica milhões de trabalhadores desamparados devido a pandemia.]


Por pressão do Executivo, a Câmara decidiu não votar a Medida Provisória (MP) 946, que autorizava o saque emergencial de R$ 1.045 do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) durante a pandemia do novo coronavírus. Preocupado com a ampliação do texto pelo Senado, que permitiu que o trabalhador esvaziasse o saldo da conta em caso de demissão, o governo convenceu o plenário a retirar o projeto de pauta. Como não recebeu aval dos deputados, o texto perdeu a validade ontem.

Quem ainda não retirou o dinheiro pode ter que esperar até que o Congresso aprove um projeto de lei sobre o assunto para ter acesso aos R$ 1.045. Os deputados se comprometeram a apresentar uma proposta, que deve ser pautada na semana que vem. “O melhor caminho será um projeto de lei, que terá a urgência votada, e será analisado até quarta-feira que vem”, explicou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A ideia é aprovar a urgência do projeto ainda hoje. [só que mesmo sendo votado o projeto de lei na quarta da semana que vem, terá que ir ao Senado, sendo alterado - pode ser inserido  um 'jabuti', uma  'barriga' - volta para a Câmara, podendo ter veto parcial ou total.]

Apesar de não ter mais previsão legal para fazer os depósitos, já que a MP que criou a modalidade caducou, a Caixa garantiu que manterá o cronograma do saque emergencial, “com base no princípio constitucional da segurança jurídica”. Até agora, o banco liberou os R$ 1.045 a trabalhadores nascidos entre janeiro e junho. O dinheiro entrará na conta do restante até 21 de setembro, pelo calendário da Caixa. Os deputados, no entanto, afirmam que não pode haver repasse sem a autorização do Legislativo.

Correio Braziliense


terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

As bolsonaradas de Fux e Alcolumbre - Folha de S. Paulo

Ranier Bragon

Ministro e senador dão sua particular contribuição ao enxovalhamento das instituições

Em tempos de descrédito das instituições, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o futuro presidente do Supremo, Luiz Fux, acharam por bem se apegar a mesquinhos interesses corporativos para dar as suas bolsonaradas. Autor de algumas das decisões mais desarrazoadas do atual colegiado —como as de caráter liminar que garantiram por quatro anos o indiscriminado pagamento de auxílio-moradia a juízes até que eles ganhassem um reajuste salarial—, Fux suspendeu por tempo indeterminado a implantação do juiz das garantias. A lei foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República, aqueles que, pelas regras republicanas, detêm tal atribuição.

[Dificil entender uma inclusão e uma exclusão na matéria.
- Inclusão: qual o motivo de envolver o presidente Bolsoanro na questão? - que apenas sancionou a lei  que criou o 'juiz das garantias' = se vetasse, o veto seria derrubado.
- Exclusão: se hove algum ilícito no ato dos, nominados no título Maia deveria estar incluído.
Seu ato representou uma afronta ao Supremo - sem esquecer, que até o relator foi trocado para que o relatório fosse favorável ao deputado Santiago. 
Já que o assunto juiz de garantias, entrou na matéria, Fux é o relator do caso, tendo autoridade para tomar decisões. O ideal, o maravilhoso, seria que 'decisão monocrática' só fosse aceitável em casos de extrema urgência e qualquer decisão monocrática teria que ser analisada pelo Plenário do STF em no máximo dez dias corridos.  Se a Corte estivesse em recesso, férias, ou qualquer outra 'folga' suprema, deveria ser analisada em até cinco dias corridos, após a volta às atividades.
Em ambas alternativas, não havendo análise pelo Pleno no prazo estabelecido a decisão caía.]
A Fux caberia promover, preferencialmente de forma colegiada, a análise do caso à luz da Constituição. Em vez disso, preferiu inovar, ganhando o aplauso da Lava Jato e das associações de magistrados. Já o presidente do Senado ameaça não só estabelecer um rito procrastinatório para retirar o mandato de parlamentares cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral como até se insurgir contra uma decisão judicial. A Câmara restabeleceu na semana passada o mandato do deputado Wilson Santiago (PTB-PB), acusado de embolsar dinheiro de obras contra a seca. Um ato claramente corporativista, mas que respeita o entendimento estabelecido pelo próprio STF. A corte decidiu em 2017 que cabe ao Legislativo a palavra final sobre o afastamento de parlamentares contra os quais não há condenação.

Alcolumbre quer forjar ritos e aventar opções para uma situação em que a única atitude legal é a declaração da perda do mandato da senadora Juíza Selma (PODE-MT), condenada por caixa dois eleitoral.

Em qualquer momento histórico, as atitudes de Fux e Alcolumbre seriam motivo de constrangimento institucional. No atual, em que justamente Supremo e Congresso são apontados, e com razão, como freios aos arroubos antirrepublicanos vindos do Palácio do Planalto, elas são nada menos do que inadmissíveis.
 

Ranier Bragon, jornalista - Folha de S. Paulo


 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Sinais de alívio na crise - O Tempo

São percebíveis nos últimos meses os sinais de melhora econômica em todos os Estados da Federação

São percebíveis nos últimos meses os sinais de melhora econômica em todos os Estados da Federação. Confirma-se a tendência do crescimento da produção industrial e da venda de bens duráveis. O saldo de empregos, de janeiro a outubro, registra um aumento de 841 mil carteiras assinadas. [pouco ainda, mas, o suficiente para quebrar a barreira de queda do desemprego = o desemprego agora atinge menos de 12.000.000.
Agora é focar para uma aceleração de forma a fechar 2019 com um número inferior aos 10.000.000.]
 
O câmbio acima de R$ 4 por dólar favorece a comercialização da produção nacional e permite maior competitividade dentro e fora do país. A exportação de grãos bateu recordes, e as projeções até 2028 são de um aumento de 40%, ou mais 100 milhões de toneladas. Praticamente sem incentivos estatais, como acontece mundo afora. O Brasil aumentará sua posição estratégica de fornecedor mundial de alimentos, em especial para a Ásia.

Como profetizado por alguns visionários do século passado, o Brasil ganha impulso e importância com o acentuar-se da conversão de energias sujas em limpas. Reconhecido como o “Éden green power”, tem tudo para aproveitar a substituição de petróleo e carvão por energia que se tira dos ventos, do sol, da biomassa. O uso de etanol disparou nos últimos dois anos e já divide com a gasolina a responsabilidade pelo abastecimento dos veículos leves, além de se apresentar como base da produção de polímeros (plásticos) de origem renovável. Aguarda-se o motor 100% etanol, não mais flex, que promete consumo menor que o da gasolina.
  As redes varejistas aguardam o melhor Natal dos últimos anos e aumentam suas contratações e estoques. A evolução positiva, apesar de não ser ainda muito expressiva, vem acontecendo sem anabolizantes, renúncias tributárias, incentivos mágicos, financiamentos que deixam rombos no erário.  A China prometeu investimentos consideráveis, R$ 400 bilhões em curto prazo, e outros petrodólares estão a caminho. A inflação é a mais baixa, assim como a taxa Selic, dos últimos 30 anos. Os juros do cheque especial estão despencando de 20% para 4% ao mês. Queda das taxas e aumentos de prazos, como anunciou ontem o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em visita a Betim, devem ativar a economia popular e criar oportunidade de compra de bens duráveis para uma camada da população antes “excluída”.

A equipe de Bolsonaro não se importa com críticas dos deserdados. O ministro Paulo Guedes foca os resultados reais, e não a pi
rotecnia. Possui um raio de manobra ainda de alguns meses para colher os frutos das medidas desburocratizantes, da queda das taxas de financiamento, da alocação mais eficaz dos recursos.  As estatais como Petrobras, Caixa, Banco do Brasil nunca lucraram tanto como nos primeiros nove meses deste ano. Um resultado 68% superior ao do ano passado, ou R$ 60,7 bilhões. Devem fechar o ano com cerca de R$ 120 bilhões e condições para investir em produtividade.


O ajuste da economia está acontecendo sem medidas mirabolantes. Não há Copa do Mundo, Olimpíadas, renúncias tributárias, coelhos saindo da cartola. Não há corrupção, um firme combate à burocracia, diminuição de juros extorsivos que sequestram a capacidade de investimento e consumo. São medidas reclamadas pela economia de mercado, aquela contraposta à cleptocracia que dominou nas últimas décadas.

Parou-se de dar empréstimos a países estrangeiros destrambelhados, a organizações criminosas disfarçadas de empreiteiras, sustou-se a derrama de dinheiro em obras inúteis, cuja prioridade era enriquecer o submundo político e bandidos. O problema maior de Bolsonaro está na contrariedade gerada exatamente nesse submundo acostumado a ganhos fáceis. A cleptocracia certamente não foi extinta, apenas sofreu um forte golpe. Os acordos de leniência irrisórios garantem que a matriz da corrupção seja preservada. Bem por isso, como um tumor que não foi extirpado, poderá reaparecer mais malignamente que no passado.

O país ainda sofrerá para alcançar uma estabilidade e grandeza que lhe pertencem desde seu berço esplêndido. As atenções da nação estão desproporcionalmente pautadas pelas disputas políticas e eleitorais, em prejuízo das atenções à economia e da prioridade, que é tirar milhões de pessoas do desemprego e da miserabilidade.  Apesar da forma inusual e nunca experimentada antes, o atual governo sobra na determinação de atacar as causas dos desequilíbrios, e isso lhe concedeu um aumento de credibilidade externa e de confiança interna.

O próximo ano poderá ser muito importante, com um novo surto de investimentos puxados por custos financeiros menores e grandes investimentos em todas as frentes que requerem ampliação e modernização. Em Minas, apesar do quadro de decomposição herdado no início de 2019, o governo de Romeu Zema está se ajustando e promete dispensar melhores condições para que avanços se realizem. Minas poderá sair da queda livre em que se viu nos últimos anos.

O TEMPO - Matéria publicada em 01 dezembro 2019
 

 

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Aumento do saque do FGTS para R$ 998 precisa passar por plenário - VEJA

Comissão aprovou aumento do limite do saque imediato para quem tinha até um salário-mínimo nas conta do fundo em julho

A comissão mista do Congresso que analisa a medida provisória sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na terça-feira um parecer sobre as novas modalidades de saque dos recursos do fundo, autorizada em julho. Com isso, o valor de retirada do chamado saque imediato pode subir de 500 reais para 998 reais. Esse aumento, porém, valeria apenas para quem tinha saldo de até um salário-mínimo nas contas do fundo em 24 de julho deste ano, data da assinatura da MP pelo presidente Jair Bolsonaro.

A proposta precisa passar ainda pelos plenários da Câmara e do Senado para que a mudança seja autorizada. Quem se enquadra nas condições, mas já efetuou o saque dos 500 reais, poderá realizar a retirada da diferença após sanção da lei pelo presidente Jair Bolsonaro, caso não haja mudança em plenário ou presidente não vete esse trecho. Já quem tinha, na data da edição da MP, saldo maior que 998 reais nas contas só poderá sacar os 500 reais já previstos anteriormente. 

O relator também incluiu no parecer o prazo de até 180 dias a contar da sanção da MP para que os cotistas possam retirar da conta, sem qualquer restrição, valores residuais de R$ 80. O objetivo é não sobrecarregar a Caixa Econômica Federal durante o período do saque emergencial, que termina em março de 2020.
Por se tratar de MP, caso a proposta não seja apreciada até 20 de novembro, perde a validade. Com isso, os saques de 500 reais e também a autorização do saque-aniversário seriam extintas. Pelo calendário da Caixa, pessoas nascidas entre junho e dezembro tem saques previstos para depois da data da expiração da MP.

Saque aniversário
A comissão aprovou as regras para o saque-aniversário propostas pelo governo. A modalidade implanta uma nova forma de movimentação das contas do Fundo de Garantia. Caso opte por essa forma, o trabalhador vai poder sacar anualmente uma parte do seu FGTS. Em contrapartida, ele não poderá mexer no fundo caso seja demitido sem justa causa, modalidade atual.

O percentual disponível para saque será maior para os cotistas com saldos menores, visando manter a disponibilidade de recursos e as aplicações do fundo (veja tabela abaixo). Quem tiver até 500 reais no FGTS poderá sacar metade do recurso. A adesão ao saque-aniversário é voluntária por parte dos trabalhadores e pode ser feita no site da Caixa.

Mais mudanças
No parecer do relator, há outras três modificações: a possibilidade de saque do FGTS devido a doenças graves e o fim da multa de 10% sobre o saldo do FGTS paga pelos empregadores ao governo, na hora de demitir funcionários sem justa causa. A multa de 40% paga aos empregado dispensado continua a existir. A quebra do monopólio da Caixa, que era defendida por parte dos parlamentares, ficou de fora. Hugo Motta ressaltou que o texto não modifica o direcionamento prioritário dos recursos do FGTS para as áreas de habitação, saneamento básico, infraestrutura urbana e operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuam no campo para pessoas com deficiência, e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do Sistema Único de Saúde (SUS). 

O relator acrescentou que o programa de aplicações deverá destinar, no mínimo, 60% para investimentos em habitação popular, e que o foco da atuação da Caixa como agente operador continuará nas operações de crédito. Como forma de favorecer a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do FGTS, o projeto cria uma transição na limitação das doações do fundo a programas sociais habitacionais. Em 2020, esses descontos estarão limitados a 40% do “resultado efetivo” do FGTS. Em 2021, o limite será de 38%. Cairá para 34% em 2022 e, a partir de 2023, esse teto será permanente, de 33,3%.

VEJA - Economia - Larissa Quintino

 

segunda-feira, 8 de julho de 2019

“O avesso do avesso” e outras notas de Carlos Brickmann

É difícil acreditar que Bolsonaro seja esperto o suficiente para enganar as raposas do Centrão



Um lendário político mineiro, José Maria Alkmin, era conhecido pela rapidez em tomar providências. Ouvia o pedido (do eleitor, do parlamentar, fosse quem fosse), pegava o telefone, dizia: “Ligue para Fulano, por favor”. Pouco depois, o telefone tocava, ele atendia, pedia que a reivindicação fosse logo atendida e ressaltava seu apreço por quem a havia pedido. Todos saíam felizes da audiência. Nunca souberam que o telefone não era ligado à rede.

No momento em que ficou claro que a reforma da Previdência passaria nos moldes propostos pelo Governo, Bolsonaro sugeriu que a desfigurassem, mantendo a aposentadoria de policiais como era antes. Terá sido ingênuo, ao reduzir o porte da reforma, ou estaria, como Alkmin, falando para ninguém, num telefone desligado? Não é fácil acreditar que um ingênuo chegue à Presidência. É difícil acreditar que Bolsonaro seja esperto o suficiente para enganar as raposas do Centrão e proximidades. Político não é infalível, mas estes, especialmente, ganharam fama por ser matreiros, difíceis de enganar.

Dizem que Bolsonaro é tosco. Mas, depois de uma carreira parlamentar longa e discreta, foi ele que superou caciques como Alckmin e Haddad, o Lula sem barba; e, montado num partido nanico, superou PSDB, MDB, PT e outros mamutes. Esperto ou ingênuo? É preciso esperar: só o tempo o dirá. Mas, se não estiver sendo esperto, por que tentou convencer o juiz a desmarcar o pênalti a seu favor? Em política, um erro assim seria inaceitável.

A verdade das sombras
Em política, o jogo de sombras é tão importante quanto o mundo real. É verdade não o que realmente ocorreu, mas o que parece ser verdade. Jogando este jogo, Getúlio Vargas, que foi ditador, que implantou uma Constituição baseada na Carta fascista da Polônia, que louvou, num célebre discurso, os novos tempos que se iniciavam com a entrada das tropas nazistas em Paris, passou à História como político de esquerda.

É um mundo estranho. Alguém que pergunte quem foi o político mais hábil, Alkmin ou seu parente paulista Geraldo Alckmin, sempre terá a resposta Alkmin. Mas Alckmin foi quatro vezes governador de São Paulo, duas vezes candidato à Presidência (embora derrotado); Alkmin não chegou ao Governo de Minas e foi vice-presidente (indireto) do marechal Castello Branco, sem direito real a tomar posse.

(...)

 
Os mais iguais
Enquanto a população aceita sacrifícios, há setores que só pensam em faturar mais. O Idec, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, mostrou que em dois anos as tarifas bancárias subiram muito mais que a inflação: o dobro, ou quase isso. Foram medidos 70 pacotes de serviços dos cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander). O aumento médio foi de 14%, contra 7,45% de inflação no período. Houve pacotes que subiram 50%. Um deles atingiu 89%, onze vezes superior à inflação. Bancos oficiais elevaram as tarifas tanto quanto os privados, o banco estrangeiro se comportou como os nacionais. Seja estatal ou privado, nacional ou estrangeiro, o fato é que banco é banco.

Mais sombras
Viu o vídeo de Bolsonaro num hotel barato, no Japão? É real — mas velho. Do início do ano passado, quando era candidato e viajou com os filhos.

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

segunda-feira, 10 de junho de 2019

O custo dos erros da Odebrecht

A Odebrecht não é vítima da operação Lava-Jato, a empreiteira verga ao peso dos seus erros de conduta e de gestão


A Odebrecht oscilou como um pêndulo sobre a economia brasileira, nos últimos dias. Seu pedido de recuperação judicial é visto com uma dúvida: o que será o fato detonador? Há anos a empresa que já foi o maior grupo privado do Brasil sangra em praça pública, mas os fatos se precipitaram quando a Atvos anunciou que quebrara e a holandesa LyondellBasell avisou que não quer mais comprar a Braskem, operação que era a tábua de salvação da holding.

Do lado dos credores estão vários bancos privados e públicos. O BNDES tem a receber R$ 4 bilhões, da dívida de R$ 40 bilhões da empresa. Os bancos passaram a semana em reuniões para ver a situação de cada um. A Caixa está com poucas garantias. Mas estão todos eles, em maior ou menor grau, expostos: Banco do Brasil, Itaú, BNDES, Santander, Bradesco e Caixa. Em dezembro, 18 bancos fizeram ampla negociação e as ações da Braskem foram dadas em garantia. Sem o comprador holandês, que passou um ano e meio rondando a companhia, as ações caíram 20% e as garantias perderam valor.

A Petrobras estava com tudo pronto com o grupo holandês de petroquímica. A estatal é sócia da Odebrecht na Braskem, só que em posição desvantajosa, porque a empreiteira tem 38% do capital total da Braskem, e a Petrobras, 36%. Do capital votante a Odebrecht tem 50% mais 1. A empreiteira tem o controle e o mando. A estatal é, além de sócia, fornecedora de matéria-prima. Desde o começo das conversas da Lyondell, a Petrobras foi procurada. Ainda no governo Temer, a holandesa perguntou se a estatal queria ser só uma fornecedora de matéria-prima ou parte de um grupo global.  Nessa pergunta estava implícito um convite de sociedade. No governo atual, a Petrobras deixou claro que preferia exercer seu Tag Along Right, ou seja, o direito de ter suas ações compradas nas mesmas condições do majoritário.

 Avisou que iria exercer. Ou seja, a holandesa levaria tudo. E se preparou para continuar sendo supridora, negociando com a Lyondell um contrato de fornecimento de longo prazo. Estava numa boa posição, até que houve a desistência do grupo comprador e tudo voltou à estaca zero. A Petrobras já foi procurada por outros grupos brasileiros e estrangeiros interessados nas ações da Braskem, mas nada tão vantajoso quanto o que estava sendo negociado.

A Lyondell recuou por quê? Motivos não faltaram. As ações que ela estava querendo comprar foram dadas aos bancos em garantia aos empréstimos concedidos à Odebrecht. Mas o que pegou mesmo foi o passivo ambiental em Maceió. As minas de sal exploradas pela Braskem comprometeram o solo de bairros de Alagoas, Pinheiro, Mutange e Bebedouro, atingindo uma população de mais de 20 mil pessoas. As chuvas e um tremor de terra fizeram aparecer rachaduras nas casas. O laudo da CPRM, no mês passado, indicou que há uma grande probabilidade de que os problemas tenham sido causados pelas cavidades de extração da sal-gema. Ninguém sabe ao certo qual o tamanho do passivo. A incerteza do custo do desastre ambiental da mineração em área urbana elevou o risco do negócio. A Lyondell deixou uma porta aberta, mas quem acompanha as conversas acha que é muito improvável que ela volte à mesa de negociação. E a gota d’água foi o sal de Alagoas.

Uma empresa que cai nunca é por um motivo só. Os últimos acontecimentos foram os golpes que levaram a Odebrecht para mais perto das cordas. A Atvos, empresa de usinas de açúcar e álcool, ao pedir a recuperação judicial acendeu a luz amarela. O alerta vermelho foi a desistência da compra da Braskem. Os credores já estão pensando no depois, mas terão que amargar grande prejuízo, principalmente os bancos públicos.

A corrupção, descoberta pela Lava-Jato e que levou à prisão do então presidente Marcelo Odebrecht e à delação de 77 executivos, foi um dos erros da companhia. Mas a empresa é um caso a ser estudado pelo avesso em escolas de negócios. O que não fazer. Por óbvio, não corromper políticos achando que sairia ilesa. Mas houve outros erros: a família nunca se entendeu, o modelo de negócios ficou ultrapassado, a estrutura era superdimensionada, o grupo entrou em vários negócios longe da engenharia, que é sua vocação. Que fique claro: não foi a Lava-Jato que quebrou a Odebrecht. Ela está vergando ao peso dos seus próprios erros de gestão e de conduta.

Blog da Miriam Leitão, jornalista - O Globo

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Os truques do último dia - Racha e truques no último dia antes do recesso do STF apequenam a Justiça; Bolsonaro parabeniza presidente do STF, por decisão revogando a que soltaria quase 170.000 bandidos - entre eles, Lula

Marco Aurélio quis impor sua vontade aos demais.

Presidente do STF suspendeu decisão de Marco Aurélio que havia mandado soltar todos os presos condenados em 2ª instância. Defesa de Lula diz que Toffoli não poderia ter feito isso.

Defesa pede para Lula ser solto mesmo após decisão de Toffoli - [o que o que chamam de 'defesa' de Lula é tão sem noção que só vale a pena ler o título de qualquer matéria que os envolva.

Acredite quem quiser, mas, mesmo após a decisão do presidente do STF, que representa e responde pelo STF durante o recesso do Poder Judiciário, eles ainda vão recorrer da decisão do presidente Toffoli, que mantém Lula e mais 160.000 bandidos atrás das grades, ao STF.

Diz matéria do jornal O Globo: Defesa de Lula recorre de decisão de Toffoli e pede soltura de Lula ao STF



Esquecem aquelas sumidades que qualquer recurso dirigido ao STF no presente período será decidido pelo ministro Dias Toffoli, presidente do STF. Ou será que passa pelo pensamento daqueles defensores suspender o recesso do Poder Judiciário - o merecido descanso das supremas excelências - para decidir se Lula e mais algumas dezenas de milhares de criminosos, passam Natal e o final do ano presos ou soltos?

PARABÉNS, ao ministro Dias Toffoli pela acertada e iluminada decisão - afinal foi ao facilitar a vida de bandido que o ministro Fux forneceu os meios para a fuga do terrorista italiano.]

A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira (19) ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente seja solto. O pedido foi apresentado mesmo após o presidente do STF, Dias Toffoli, derrubar a decisão de Marco Aurélio, que havia mandado soltar todas as pessoas que estão presas no país por terem sido condenadas pela segunda instância da Justiça.
Lula está preso desde abril por ter sido condenado pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), tribunal de segunda instância responsável por julgar processos da Lava Jato. 

No entendimento da defesa de Lula, Toffoli não poderia ter derrubado a decisão de Marco Aurélio. O presidente do STF determinou que o caso seja suspenso até 10 de abril do ano que vem, quando o Supremo julgará a validade das prisões após condenação em segunda instância.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), se a decisão de Marco Aurélio tivesse sido aplicada, 169 mil dos 706 mil presos no país poderiam ter sido beneficiados, entre eles Lula.
"Em razão do descabimento de suspensão liminar em ações de abstrato de constitucionalidade, conforme inúmeros precedentes da Corte, requer-se seja reafirmada a competência de Vossa Excelência, eminente Relator da ADC nº 54/DF, para analisar o pedido de alvará de soltura do Peticionário", diz a defesa de Lula. [a decisão do ministro Marco Aurélio, felizmente derrubada pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, justifica afirmação feita - antes do absurdo praticado pelo pelo 'supremo ministro' (soltar  para livrar um bandido preso - Lula - quase 170.000 criminosos) por Josias de Souza em seu Blog: 'Sua supremacia vai caber numa caixade fósforos.' Só que agora cabe uma retificação: tal supremacia cabe em um dedal para o dedo mínimo da mão de um recém-nascido
A decisão do ministro Toffoli, no mínimo, retarde tal apequenamento.]O  pedido foi direcionado para a Presidência do STF, uma vez que desde as 15h desta quarta-feira Toffoli passou a receber todos os pedidos que chegaram a Corte em razão do recesso do Judiciário. 

A decisão de Toffoli
A decisão foi tomada em uma "suspensão de liminar", tipo de ação que sempre é analisada pelo presidente da Corte, independentemente do recesso do Judiciário.
No documento de oito páginas, o presidente do Supremo afirma que a decisão de Marco Aurélio coloca em risco a ordem pública. 

Segundo o ministro, a decisão de Marco Aurélio contraria ainda "decisão soberana" do plenário.
"E é por essas razões, ou seja, zeloso quanto à possibilidade desta nova medida liminar contrariar decisão soberana já tomada pela maioria do Tribunal Pleno, que a Presidência vem a exercer o poder geral de cautela atribuído ao Estado-Juiz."
Toffoli lembrou ainda que o julgamento do caso já está marcado para 10 de abril do ano que vem. Após a decisão, o presidente eleito Jair Bolsonaro parabenizou Toffoli por derrubar a decisão de Marco Aurélio (veja na imagem abaixo): 


Parabéns ao presidente do Supremo Tribunal Federal por derrubar a liminar que poderia beneficiar dezenas de milhares de presos em segunda instância no Brasil e colocar em risco o bem estar de nossa sociedade, que já sofre diariamente com o caos da violência generalizada!
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terça-feira, 1 de maio de 2018

Delação de Duque é nova ameaça a Lula e ao PT



Confirmada a colaboração do ex-diretor da Petrobras, parte importante da história do saque da estatal, pelo lulopetismo e aliados, será conhecida

Não é boa notícia para o ex-presidente Lula e o PT a de que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque poderá assinar acordo de delação premiada com a Lava-Jato. Afinal, o engenheiro foi colocado pelo PT no cargo-chave de diretor de Serviços da Petrobras, para operar o grande butim na estatal, por meio da assinatura de contratos bilionários com grandes empreiteiras, que gerariam propinas para financiar o projeto de poder do partido e irrigar o bolso da cúpula petista. Lula à frente de todos, segundo as denúncias.


Duque exerceu esta função durante os oito anos da gestão Lula e os dois primeiros da presidência de Dilma Rousseff. Preso em Curitiba desde fins de 2014, Duque, com sua colaboração premiada, pode ajudar bastante na montagem do quebra-cabeça do petrolão.  O ex-ministro Antonio Palocci, por exemplo, deve ter relatado à Polícia Federal, e já contou num testemunho não formal ao juiz Sergio Moro, da Lava-Jato, que, no fim de seu segundo mandato, Lula, reunido com Dilma, sua candidata, e o então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, estabeleceu que o programa megalomaníaco de construção no Brasil de sondas para explorar o pré-sal geraria propinas para financiar a campanha da pupila.



Há diversos relatos sobre o esquema. Marcelo Odebrecht, por sua vez, disse que não via com bons olhos aquele delírio bilionário. Sérgio Duque tem muito a contar sobre isso, em especial acerca da Sete Brasil, empresa de capital misto criada pela Petrobras, com bancos privados (Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual), estatais (Banco do Brasil, Caixa), fundos de servidores desses bancos (Previ, Funcef) e dinheiro do FI-FGTS, ou seja, dos assalariados do setor privado. Virou gigantesco mico na contabilidade dessas instituições. Mas, por certo, foi grande sucesso do ponto de vista da corrupção lulopetista.


Na delação, Duque poderá explicar com detalhes por que concluiu que Lula era o “chefe” da organização criminosa que saqueou a Petrobras, com ramificações no setor elétrico. Dilma Rousseff, por sua vez, sofrerá novos arranhões, estes mais profundos, na imagem que tenta cultivar de ilibada reputação. A presidente teria chamado Duque a Brasília para reforçar a posição dele de arrecadador de dinheiro sujo para campanhas do PT.


Por extrema ironia, se a defesa de Lula comemorou a decisão da Segunda Turma do Supremo (pelos votos de Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes) de, no mínimo, dificultar o acesso de Moro a depoimentos de Marcelo Odebrecht referentes a Lula, o que vem por aí pela boca de Renato Duque deve preencher lacunas que porventura sejam criadas pela Segunda Turma nos processos da Lava-Jato e ainda abrir outros grandes rombos na couraça jurídica com que se tenta proteger o ex-presidente.

Editorial - O Globo