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terça-feira, 21 de março de 2023

O Brasil pertence aos índios? - Percival Puggina

[como de hábito, estão sempre ocupados em nada nada fazer.]

         Corria o ano 2000 e a nação se preparava para festejar os 500 anos do Descobrimento. Nunca a esquerda foi tão indigenista! Cabral era vaiado nas salas de aula e na mídia
Se aparecesse alguma caravela, seria afundada. 
Aliás, fizeram uma que, de maneira muito suspeita, se recusou a navegar. Em Porto Alegre, o relógio que fazia a contagem regressiva serviu a culto indígena prestado por descendentes de europeus que copiaram performances apaches aprendidas do cinema ianque. Tocaram fogo no relógio, dançaram em torno da fogueira e foram comemorar num restaurante.

Quando escrevi criticando a representação teatral e o incêndio, que contou com proteção do oficialismo petista da época, respondeu-me um padre, reprovando minha posição. O que segue é um extrato dos argumentos que usei na réplica e atende solicitação de leitor do Instagram que, há alguns dias, me pediu informações sobre o tema.

Comecei a carta ao padre alertando para a obviedade tantas vezes mencionada por mim: o fato de o espaço físico do nosso subcontinente já estar povoado não significa que ele não tenha sido descoberto porque, de fato só se descobre o que já existe; o que não existe e passa a existir é criado ou inventado. Os portugueses descobriram algo que lhes era, em todos os seus aspectos, desconhecido.

São raríssimos os casos em que os atuais ocupantes de quaisquer áreas do globo estão nelas e as têm como suas desde os primórdios. Não era diferente aqui, antes de Cabral. As tribos disputavam o litoral, por ser mais aprazível do que o interior. Na Bahia, onde aportaram as caravelas, os tupiniquins haviam expulso os tapuias, nome que significa “índio do mato”.     

No Peru, os Chavins, os Nazcas, os Paracas, os Moches que ocupavam a costa do pacífico no século XVI, foram expulsos ou submetidos pelos Incas. E os astecas, a quantos expulsaram e sacrificaram? 
Que fizeram na Europa e norte da África, ostrogodos, visigodos, suábios, hérulos, vândalos, entre outros? 
Por ser meu interlocutor da época um presbítero, pareceu-me oportuno lembrá-lo de que nem Deus conseguiu que a Terra Prometida estivesse desocupada e disponível para o povo da Aliança quando os israelitas se retiraram do Egito. Rolou sangue, muito sangue.
 
Aliás, é bom que os cristãos devotos desse tão engenhoso quanto inútil revisionismo histórico tenham presente o que aconteceu quando Constantino decretou e impôs o fim da religião do Império Romano
Nunca vi qualquer religioso “progressista” ou conservador, reclamando do que foi feito com a civilização e a cultura romana anterior ao Cristianismo. Coitados! Num canetaço imperial lhes tomaram a fé e os templos. Quantos deuses romanos ficaram ao relento! 
Tampouco vi alguém denunciando a ação evangelizadora e restauradora da civilização empreendida por cristãos junto aos bárbaros na baixa Idade Média. 
Nem sobre os procedimentos de Clóvis, rei franco, após seu batismo.
 
Lamentar o fim da “civilização” pré-cabralina, como tantas vezes ouço, é fazer uso totalmente inadequado da palavra civilização. 
Pode-se falar em “cultura”, mas tampouco esta teve um fim. 
Há tribos que vivem até hoje como viviam ao tempo do Descobrimento. Mas será isso positivo? Será bom que essas pessoas vivam privadas dos benefícios da civilização e sirvam de laboratório para estudos antropológicos? 
 
Por outro lado, tenta-se extrair dividendo político e moral de uma suposta descoberta petista sobre os problemas dos povos originários após o Descobrimento. Não subestimem os meus professores de escolas públicas nos anos 50, lá em Santana do Livramento!  
Aprendi deles e dos mais elementares livros de história da época que os índios foram vítimas de violência, tentativas de escravidão etc. Não sei de onde saiu o suposto mérito petista de, num furo de reportagem, trazer à superfície a verdade sobre tais fatos. Novidade é a tentativa de extrair, além do impróprio dividendo moral, o lucro ideológico disso, jogando brasileiros contra brasileiros, tentando simplificar a história para reduzi-la aos termos da interpretação marxista de luta de classes. 
Novidade é entrar de martelete e picareta no relato dos acontecimentos históricos para deslegitimar todos os títulos de propriedade do país. Que eu saiba, nem Engels pensou nessa!

Na Ibero América, a esquerda católica, conhecida na Itália como “cattocomunista” parece não reconhecer o valor da conversão, do batismo e da evangelização de um continente inteiro. Chego a crer, que muitos religiosos veem com maus olhos a cruz plantada nas areias de Porto Seguro, após a primeira missa, pelos nossos descobridores que ante ela se ajoelhavam para que os nativos (na forma da carta de Caminha) “vissem o respeito que lhe tínhamos” ...

Muitas vezes, nas datas nacionais que cultuam o verde e amarelo da nossa bandeira, quando a esquerda está na oposição, seus militantes costumam proclamar do alto de sua simulada benignidade que nada há a comemorar porque as coisas não vão bem. 
A gente os conhece, mas sempre me surpreende quando quem diz isso é um religioso católico ou cristão. 
Afinal, se fossem boas essas razões, as próprias festas cristãs deveriam ser suspensas porque estamos tão longe do Reino de Deus e de seus critérios que deveríamos entoar, em todas as missas, um cântico que iniciasse com “Nada a comemorar, Senhor!”.

Eu continuo crendo no valor do batismo e convencido de que há um bem intrínseco na evangelização e na civilização. E quando vejo essas dezenas de milhões de mestiços que compõem a parcela majoritária da população do norte, nordeste e centro-oeste brasileiro, trazendo nos cabelos, nos olhos, na estatura, as marcas de suas raízes indígenas, e os encontro nas missas e na vida civilizada, me alegro pela obra dos jesuítas e de quantos para cá vieram, com os recursos da época, fazendo a história como sabiam, com a coragem que nos falta e com os conhecimentos inerentes ao período em que viviam.

Todas essas manifestações de repúdio aos brancos que se intrometendo aqui não viraram índios e não trouxeram a bordo antropólogos, sociólogos, psicólogos e filósofos me suscitam uma dúvida: onde querem chegar? Devemos voltar para a Europa, confinarmos os brancos em reservas e devolvermos tudo para os índios? 
Nos juntarmos a eles no mato? Des-descobrir? Desconstruir? Desevangelizar? Deseducar? Desmestiçar? 
Retornarmos os brancos à Europa, os negros à África, os amarelos à Ásia? Não conheço pensamento mais racista do que esse.

Admito que muitos pensem diferente. Também eu preferia que essas coisas e muitas outras tivessem ocorrido de modo diverso. Mas não vou passar a vida remoendo fatos ocorridos em séculos passados, escrutinando-os anacro Terra Prometida unicamente. Menos ainda criando um impasse sem solução sobre nossa identidade nacional. Não podemos corrigir o passado, mas o futuro, sim.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 14 de março de 2022

O BRASIL NUNCA PERTENCEU AOS ÍNDIOS.

O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.

 Nota do editor: Uma inteligência rara, uma bravura inaudita, uma inabalável convicção moral, fizeram-na cativar amores e ódios, admiração e inveja, mas sempre num respeitável pedestal, desses em que certos seres humanos estão porque ali é seu lugar natural. Em homenagem a ela, transcrevo este artigo que tinha bem guardado na memória porque sempre quis poder assinar embaixo.

Sandra Cavalcanti

Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não posso aceitar a tese de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não aguento mais a impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.

Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país. Não existia o Brasil.

Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram identificadas mais de duzentos e cinquenta tribos diferentes. Falando mais de 190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas próprios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.

O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo. Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela Amazônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações indígenas.

Existe uma intenção solerte e venenosa por trás disso. Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam ter assento nas assembleias mundiais, de forma independente. Dá para entender, não? É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a ideia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.

Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.

De repente, os festejos dos 500 anos do Descobrimento viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram a perda de uma grande civilização.

De repente, somos todos levados a ficar constrangidos. Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo, esse negócio de sair pelos mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do MST, dos nacional-socialistas e das ONGs europeias, naquela tarde radiosa de abril teve início uma verdadeira catástrofe.

Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e se instalar por aqui.  
Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã. 
Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher. 
Teve a audácia de ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes. 
Teve a audácia de garantir a vida de aleijados e idosos.
Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.
Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia de evangelizar.

Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de europeus e orientais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre, aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer discriminação por motivo de raça ou credo.

Portanto, vamos parar com essa paranoia de discriminar em favor dos índios. Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o mulato, o branco e o amarelo.Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não somos uma nação indígena. Somos a nação brasileira.

Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios, nas festas do Descobrimento.  
Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até COBRAM pedágio para estradas que passam em suas magníficas reservas. De bigode e celular na mão, eles negociam madeira no exterior.  
Esses índios são cidadãos brasileiros, nem melhores nem piores. 
Uns são pobres. Outros são ricos. 
Todos têm, como nós, os mesmos direitos e deveres. 
Se começarem a querer ter mais direitos do que deveres, isso tem que acabar.

O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.

Percival Puggina - Outros Autores


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Ladrão rico na cadeia? Supremo faz de tudo para corrigir essa “anomalia” - Gazeta do Povo

J. R. Guzzo - VOZES

Supremo

Ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral teve condenação de 14 anos anulada pelo STF - Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Se existe neste país uma coisa que realmente incomoda o Supremo Tribunal Federal e seus satélites do alto poder judiciário nacional é ver ladrão rico na cadeia.  
Não sossegam enquanto não conseguem soltar, ou não identificar migalhas processuais que os beneficiem, ou anular sentenças, ou absolver em parte – enfim, enquanto não fizerem “alguma coisa” para ajudar e, se possível, colocar o criminoso na rua, devolvendo a ele a possibilidade de começar tudo outra vez.

Aconteceu de novo, desta vez com ninguém menos que o ex-governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, que conseguiu ser condenado a 400 anos de prisão; roubou tanto, mas tanto, segundo consta em suas sentenças de condenação, que nem a Justiça brasileira conseguiu dar um jeito no seu caso. Pensava-se até agora que Cabral, pelo menos ele, ficaria de fora da obsessão dos tribunais superiores em soltar corrupto – “esse não”, dizia-se, aí também já é demais.

Engano: nada é demais para o STF quando se trata de garantir a impunidade da altíssima ladroagem. Os ministros acabaram de demonstrar isso, mais uma vez, com a anulação de uma das penas de Cabral, de 14 anos de cadeia – o que abre o caminho para liquidar o resto do saldo devedor, na maior rapidez que for possível. Com essa anulação ficam faltando 386 anos de xadrez para pagar, mas o que é uma mixaria dessas para um STF? Daqui a pouco um advogado qualquer acaba dando um jeito e o homem volta para a rua, pronto a retomar suas atividades políticas.

Cabral, é óbvio, não foi absolvido de nada nessa manobra; como de hábito, não se discutiu se ele é culpado ou inocente. Mas acharam que foi julgado pelo “juiz errado” e, assim sendo, tem de zerar tudo. É como Lula: seus processos penais foram anulados pelo STF porque deram um jeito de decretar que ele deveria ter sido julgado em outra cidade e, nesse caso, as condenações não valem. Não interessa à Justiça brasileira se Lula roubou ou não; o que interessa é saber se foi julgado no lugar certo, segundo a burocracia judicial.

 
Na aberração em que se transformou o sistema judiciário do Brasil, o que houve, agora, foi um passo em direção ao equilíbrio. 
Se Lula está solto, e é candidato à Presidência da República, por que Sérgio Cabral deveria estar preso
Se os empreiteiros de obras que confessaram seus crimes e devolveram dinheiro roubado estão livres e voltaram a ser heróis da mídia, por que Cabral não pode ter o mesmo?

Aliás: se todo mundo está solto, por que só ele tem de ficar trancado na penitenciária de Bangu? É essa "anomalia" que o STF está tentado corrigir.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 29 de maio de 2021

Poder Supremo detona Cabral e poupa Toffoli - Jorge Serrão

Reino das injustiças e impunidades, onde o Crime Institucionalizado compensa, Bruzunga é um País previsível. Na edição de 13 de maio, o Alerta Total antecipou que o “Supremo tem jeitinho para livrar quem quiser”. Nosso Judiciário opera sob rigor seletivo ou perdão conveniente. No mínimo, o sistema joga de modo conivente com as coisas e pessoas erradas. Nada de anormal no País em que a maioria “gosta de levar vantagem em tudo, certo?” - conforme frase-síntese da famosa Lei de Gerson (craque tricampeão na Copa de 70 que soltou essa no anúncio comercial do cigarro Vila Rica).

Tem jeitinho para tudo no Brasil. Ainda mais para quem detém o Poder Supremo. Por isso, foi simples e totalmente manjada a solução para resolver o pedido da Polícia Federal para investigar o ministro José Dias Toffoli em função da colaboração premiada do ex-governador Sérgio Cabral Filho que o acusou de receber R$ 4 milhões na venda de sentenças para livrar dois prefeitos de condenação no Tribunal Superior Eleitoral. O plenário do Supremo Tribunal Federal formou maioria e resolveu que a delação de Cabralzinho não tem validade. Simples assim. Deduragem inválida, então nem se entra no mérito da denúncia, se é verdadeira ou falsa.

O fato concreto é assustador. Seis ministros do STF, corporativamente, anularam a denúncia gravíssima de Sérgio Cabral Filho contra Dias Toffoli e sua esposa Roberta Rangel - que mantém um poderoso escritório de advocacia que, claro, atua em demandas no Supremo Tribunal Federal. Detalhe: Até Toffoli votou a favor dele mesmo... Pode isso? Por que o Poder Supremo preferiu não autorizar que o caso fosse investigado? Elementar, caro Watson: a Corte Suprema age em autopreservação de seus membros. Se as denúncias de Cabralzinho eram falsas, bastaria provar e lhe acrescentar mais uma aninhos aos já 280 anos de prisão acumulados. Mas, não… O STF botou uma pedra no assunto e ponto final...

Apenas para recordar, o Judasciário Tupiniquim livrou quase todos os 24 condenados (exceto o publicitário Marcos Valério e alguns peixinhos pequenos) no escândalo do Mensalão - no qual se apurou “roubos” de R$ 275 milhões em propinas e lavagem de dinheiro. Mesma coisa no Petrolão, que deflagrou a Operação Lava Jato, com um rombo estimado de R$ 88 bilhões. O Poder Supremo já decidiu até contra a Princesa Isabel de Orleans e Bragança - a mesma que assinou a lei que aboliu a escravatura no Brasil em 13 de maio de 1888. Depois de 125 anos, o STF não reconhecendo um pedido de indenização à Família Imperial pela apropriação do Palácio da Guanabara. Aqui é assim mesmo: a tal Justiça tarda, e o Judiciário falha... Continuamos escravos da injustiça... Até quando? Só o Acima de Todos sabe...

A corrupção sistêmica é genocida. Diretamente, assassina oportunidades e, sobretudo, mata pessoas. Por isso, o Brasil é um exterminador do próprio futuro. Enquanto isso, segue a roubalheira e a guerra de todos contra todos. As batalhas de narrativas tendem a dominar o cenário político, por muito tempo. Toda cautela será pouca! O problema vai se agravar com a proximidade da eleição de outubro do ano que vem. Quem falar menos besteira e conseguir manter a mínima serenidade, em ambiente de alta pressão, tende a sobreviver politicamente e seguir em frente. O destino promete ser cruel com quem fala demais (incluindo besteiras e inverdades).

Resumindo: A injustiça continua… A impunidade, também… O covidão segue matando… A corrupção, também… O Poder Supremo segue hegemônico… A economia brasileira tenta se recuperar… Mas o cenário não ajuda… Vem aí a maior seca em 111 anos… E os poderosos seguem brigando entre si, enquanto se locupletam e a maioria do povo se vira nos 30 para sobreviver… Eita, Bruzundanga!

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

quarta-feira, 29 de julho de 2020

"Vira-latas" - Alexandre Garcia


Coluna no Correio Braziliense 


Somos subservientes aos estrangeiros? 

''Os chineses agora alegam que nossa carne pode levar o corona. Que ironia, já que o vírus saiu de um mercado de animais, em Wuhan. Eles têm 1,3 bilhão de bocas para alimentar, precisam de proteína, e nós é que dependemos deles?''

O tempo passa e nós não aprendemos. Continuamos subservientes, com complexo de vira-lata, aceitando tudo que o estrangeiro inventa contra nós. Pior é que, aqui dentro, a cumplicidade que aplaude, estimula e amplia a conspiração lesa-pátria, fingindo que não sabe que se trata de business.
Não se encolheram assim Pedro Teixeira, que subiu o Amazonas, empurrando para os Andes os que não falavam a língua lusitana; Floriano, que ameaçou receber os metidos da esquadra inglesa a bala; peitamos os franceses, que vinham buscar lagosta no nosso mar territorial, escoltados por navios de guerra.
Hoje eles têm um trigal contínuo, entre o Sena e o Loire, e ninguém sugere que antes de falar do Brasil, reflorestem 20% de cada propriedade, como aqui se faz.

[Eles dependem de nós e terão que aceitar isso ou morrer de fome - alimentos são impossíveis de serem confiscados (lembramos esse detalhe já que nos tempos do maldito perda total, refinarias brasileiras na Bolívia foram expropriadas a mando do cocaleiro Morales).
Porém, comercialmente, podem ser úteis caso algum país favorável à preservação do meio ambiente,  de outros,  resolva boicotar o Brasil.]

Ontem foi Dia do Agricultor, que produz a comida que nos mantém vivos, as fibras com que nós vestimos e a energia que impulsiona nossos veículos e nossas indústrias. E temos que humilhar e responder a mentiras e ameaças de estrangeiros que, sabemos, estão movidos por money, argent, geld. Querem atingir o nosso negócio mais próspero, mais atualizado; a nossa conquista de ter alimentos para o mundo. Querem que voltemos à condição de colônia fornecedora. Nossa soja e nossa carne crescem em produtividade e, claro, em competitividade. E não querem competição. Será que nesse complexo de vira-latas alguns de nós nem se dão ao trabalho de ir ao google para checar as mais recentes fotos da Nasa sobre fogo no mundo? Vão achar; mas não na Amazônia. 

Os chineses agora alegam que nossa carne pode levar o corona. Que ironia, já que o vírus saiu de um mercado de animais, em Wuhan. Eles têm 1,3 bilhão de bocas para alimentar, precisam de proteína, e nós é que dependemos deles? E, secundando o dinheiro internacional, aparecem banqueiros nacionais, a pressionar produtores de carne que já reservam 80% de suas propriedades como proteção ambiental na Amazônia. Será que só conhecem juros e taxas, e não sabem que a produção de carne tem subido, mas a área de pastagem tem diminuído

[Saber mais sobre o que o Brasil preserva do meio ambiente, clique aqui.]

O Brasil é este gigante graças a gente como Pedro Teixeira, Fernão Dias, Rio Branco, Juscelino –– e por causa de milhões de brasileiros que semearam suor na vastidão e colhem a comida que vai para as mesas do Brasil e de boa parte do mundo. Antes de Cabral chegar, tínhamos menos de 10% das florestas do planeta; 
hoje temos quase 30%, porque o mundo destruiu suas matas e agora cobiça nossas riquezas. Até se compreende que estrangeiros criem fake news contra o Brasil, mas não se pode compreender a cumplicidade de brasileiros nisso.

Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense


sábado, 6 de abril de 2019

Cabral oferece à Lava Jato podres do Judiciário



A vassoura da Lava Jato passou pelo Legislativo, pelo Executivo e pelos porões de construtoras e de "campeões nacionais".  Poderosos tornaram-se impotentes. Foram ao lixão as biografias de três ex-presidentes da República. O mais popular deles, Lula, está preso há um ano.

Entretanto, frustraram-se todas as tentativas de levar a faxina aos salões do Judiciário. 

Pois bem, Sergio Cabral se oferece à Procuradoria para abrir uma fenda capaz de conduzir aos podres de uma Corte brasiliense, o Superior Tribunal de Justiça. Chegou a hora de ouvir o que o larápio tem a dizer. Desde que se declarou viciado em propinas, no final de fevereiro, Cabral vem jogando iscas na direção dos procuradores. Nesta sexta-feira, inquirido novamente pelo juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio, o ex-governador começou a disparar suas balas perdidas para o alto. Apresentou-se como um delator serial, enfileirando alvos como o TCU, Lula, "a presidente" (pode me chamar de Dilma), Aécio Neves… A essa altura, se os procuradores deixarem de ouvir o que Cabral tem a dizer estarão flertando com a prevaricação.

Cabral repetiu no depoimento que são mesmo seus os US$ 100 milhões em propinas que a Lava Jato localizou no estrangeiro. Contou que, a partir de 2012, o dinheiro sujo "passou a ser utilizado aqui." Houve inclusive a repatriação de parte do butim "para ser usado na política". Nesse ponto, o candidato a delator declarou: "Fui achacado por parlamentares federais, tive que fazer tratos com ministros do TCU e do STJ." O depoente colocou-se "à disposição do Ministério Público."

O juiz Bretas indagou: "Teve que fazer tratos?" E Cabral: "Tive que fazer. Deputados e senadores. Enfim, tive que atender a presidente da República [absteve-se de mencionar o nome de Dilma], para beneficiar, aqui [no Rio], pessoas." Não teve o mesmo comedimento com o padrinho de Dilma: "O senador Crivella [hoje prefeito do Rio] foi fazer queixa ao presidente Lula de eu não ter aproveitado ele no governo. E eu dei ciência ao presidente Lula. O presidente Lula sabia que eu tinha pago propina. Disse a ele na sala do Planalto".

Cabral referia-se a uma acusação que acabara de fazer no seu depoimento. Contou que Marcelo Crivella, atual prefeito do Rio, vendeu seu prestígio político na eleição municipal de 2008. Cabral disse ter providenciado com o empresário Eike Batista US$ 1,5 milhão para comprar o apoio de Crivella à candidatura de Eduardo Paes, que representou seu grupo político na disputa pela prefeitura. Noutro trecho do depoimento, Cabral suou o dedo na direção do Judiciário estadual. Afirmou que o "esquema criminoso" montado com as empresas de ônibus do Rio "abarcava Ministério Público, Alerj, governo do Estado. Marcelo Bretas interveio: Executivo, Legislativo, na Alerj…" Cabral apressou-se em acrescentar: "E membros do Tribunal de Justiça." Alguns dos acenos que Cabral faz à Procuradoria se parecem muito com pés de cabra para forçar portas já arrombadas. Ao esmiuçar a caixinha dos ônibus, ele empurra para dentro do caldeirão desafetos como Moreira Franco, o casal Anthony e Rosinha Garotinho e até um morto: Leonel Brizola. 

Na parte em que apontou seu dedo duro na direção de Brasília, mencionou no atacado, sem citar nomes, os "achaques" de parlamentares. No varejo, levou aos lábios o nome de Aécio Neves. Disse que mandou "dar" R$ 3 milhões ao grã-tucano na campanha presidencial de 2014: R$ 1,5 milhão proveniente de propinas da Fetranspor, a federação das empresas de ônibus; e R$ 1,5 milhão da caixa clandestina da OAS. Larápio de mostruário, Cabral acumula condenações que somam 198 anos de cadeia. Já deixou claro que deseja tornar-se um colaborador da Justiça. Num primeiro depoimento, deu a impressão de que desejava, na verdade, migrar da condição de colecionador de sentenças para a de administrador de uma delação seletiva. Ignorado, o presidiário exibe disposição para levar à mesa segredos úteis à Lava Jato. Não resta aos investigadores senão ouvir o que Cabral tem a dizer.

Se o ex-presidente da Alerj, ex-senador, e ex-governador por oito anos adicionar carne no seu angu, pode-se oferecer ao prisioneiro algum conforto e à mulher dele, Adriana Anselmo, um refresco. Se o lero-lero de Cabral vier desacompanhado de provas ou de pistas que possam conduzir a elas, sua confissão não valerá nada. Não há outra maneira de saber se o gatuno tem potencial para virar um dos principais delatores da Lava Jato senão virando-o do avesso num bom interrogatório.


LEIA TAMBÉM: De olhono retrovisor, capitão trombou com o país

 

[comentando e perguntando:

- que importa 57% dos brasileiros acharem que o Movimento Revolucionário de 31 de março de 1974, a Redentora, o Contragolpe deve ser desprezado? 

NADA. 

- qual a importância de 57% do brasileiros desprezarem o MOVIMENTO que livrou de vivermos em uma Cuba, Coreia do Norte ou Venezuela?

NENHUMA.

Além de NADA importar, NENHUMA importância ter e o valor ser ZERO - afinal as pesquisas recebem alguma importância quando as eleições estão próximas, o que não é o caso presente.

Outro detalhe é que a credibilidade das pesquisas a cada eleição cai mais um pouco - muitos lembram que as vésperas de Bolsonaro ser eleito em segundo turno com quase 60.000.000 de votos os institutos de pesquisa faziam malabarismos para tentar parecer que Bolsonaro estava na rabeira.
Em tal tarefa, não muito honrosa, os institutos tinham o apoio de grande parte dos comentaristas e especialistas.

Assim é simplesmente jogar dinheiro fora, realizar/efetivar tais pesquisas.]




 

 

domingo, 15 de abril de 2018

Nós de novo: livres e felizes. Graças a DEUS, Lula está COMEÇANDO a pagar por seus crimes

Aos nossos prezados Leitores:

Certamente alguns de vocês perceberam nossa ausência.

Estamos de volta, graças a Deus, firmes e fortes.

Hoje, nono dia do Lula na jaula e começamos a ter alguma esperança que esse encarceramento possa possa se prolongar por muito  tempo.

Quando Lula estava homiziado no 'sindicato dos metalúrgicos' demos uma passada por lá e vimos a grande palhaçada.

Tendo o 'coisa ruim' finalmente se convencido de que ele, o pt, a corja lulopetista e a militância estúpida são praticamente nada e se permanecessem tentando fazer um circo a coisa ficaria pior para o 'Nosso guia', ele se entregou.

Isso foi ótimo para o cumprimento da Justiça. Os fatos fortalecem a impressão que a Justiça estava acovardada - segundo palavras do próprio 'apedeuta' que classificou o órgão máximo do Poder Judiciário de 'supremo acovardado' - havia um receio do Poder Judiciário de prender Lula, temiam que houvesse uma convulsão social. Além desse medo, dessa postura covarde, interesses outros de alguns supremos ministros estavam mantendo Lula solto, mesmo após condenado em segunda instância.

Sabemos que vários presos pela Lava-Jato, citamos o caso do Cabral,  cujo total de suas penas, até agora, ultrapassa aos cem anos, está encarcerado, apesar de não ter sequer uma condenação - até o presente momento - confirmada em segunda instância. O que o mantém no cárcere e a tantos outros é uma prisão preventiva (que no Brasil equivale a uma prisão perpétua, já que tem sua principal característica: 'se sabe quando começa, não se sabendo quanto termina';

Manter  Lula solto, até decisão do STJ ou mesmo do STF, implicaria, por uma questão de JUSTIÇA, soltar Cabral e outros condenados apenas em primeira instância.

Finalmente, a situação forçou a que o Poder Judiciário fosse compelido a prender Lula e agora ciente da insignificância daquele meliante, do pt, da corja lulopetista e da militância imbecil,  podemos supor (com grandes chances de acerto) que Lula via permanecer algum tempo preso.

Logo virá outra condenação, devidamente confirmada em segunda instância e não será surpresa que a ordem de prisão seja acompanhada de determinação de prisão preventiva - para evitar tentativa de novo espetáculo circense.

 Lula começa a sumir do noticiário, a palhaçada de alguns parlamentares petistas de incluir o apelido daquele malfeitor em seus 'nomes políticos' não teve a repercussão esperada, mas, temos que garantir que a 'jararaca' está politicamente morta e para isso nada melhor que esfacelar politicamente sua gang e queimar os pedaços.

Encerramos,  expressando a nossa decepção com o Padre que participou  da Cerimônia Ecumênica, já que aquele Sacerdote errou gravemente ao aceitar participar de uma cerimônia em que se destacava uma faixa pró aborto. 

Pela lei dos homens aborto é crime e pela LEI DE DEUS aborto é pecado grave.

Editores do Blog Prontidão Total

 

 


sábado, 16 de dezembro de 2017

Lula defende roubalheira

As lorotas do menestrel

Para qualquer brasileiro que acompanha com atenção as notícias sobre a situação do País, algumas das declarações recentes do ex-presidente Lula parecem desconectadas dos fatos. Em sua última viagem ao Rio de Janeiro, ele atribuiu a culpa pela calamidade do Estado à Lava Jato. No mesmo discurso, o ex-presidente teve a petulância de defender a roubalheira, ao dizer que “o Rio não merece que governadores eleitos democraticamente estejam presos porque roubaram dinheiro público”. Como se não bastasse, Lula ainda disse que inventaram o que chamou de “doença da corrupção” somente para atrapalhar sua candidatura ao planalto em 2018.
 
São casos emblemáticos da distância abissal entre o discurso de Lula e a realidade. “Às vezes parece que o Lula dormiu quando deixou a presidência, no auge da popularidade, e acordou só agora, sem ter acompanhado nada do que aconteceu nos últimos anos”, diz o publicitário especializado em marketing político Nelson Biondi. Mas engana-se quem pensa que o ex-presidente está fora de órbita. 

Apresentar uma narrativa alternativa, bem distante dos fatos, é uma estratégia política bastante antiga, e parece que Lula decidiu utilizá-la agora, transformando-se em um menestrel das lorotas. Como diz a teoria, atribuída a Joseph Goebbels (1897-1945), ministro de propaganda de Hitler, uma mentira repetida à exaustão acaba por se tornar verdade. O problema é que essa estratégia pode não ter mais validade em um mundo em que é possível checar facilmente qualquer informação. E especialmente quando a versão alternativa apresentada é um devaneio retórico.

Segundo o advogado, jornalista e cientista político Murillo de Aragão, a interpretação “exótica” da realidade faz parte do discurso político, principalmente de candidatos populistas e messiânicos, como é o caso de Lula. “Eles assumem discursos que tendem a construir uma pararealidade a partir do uso e do abuso de factóides”, afirma. O ex-presidente, no entanto, não havia lançado mão desse estratagema antes. “Qualquer prognóstico sobre a eficácia dessa tática, agora, é torcida”, diz o cientista político Antônio Lavareda. “O que dá para ver, objetivamente, é que ele está construindo uma narrativa alternativa”, afirma.

Ataques
Um dos alvos principais de Lula é a Operação Lava Jato. “A Lava Jato significou um prejuízo ao País de R$ 140 bilhões. O juiz Moro e o Ministério Público têm que saber que se tem alguém que lutou contra a corrupção foi o PT”, afirmou ele na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. “Ele tenta descaracterizá-la porque é o único inimigo que ele não pode vencer”, diz Murillo de Aragão. O petista é réu em sete ações penais, denunciado em outros dois casos, e alvo de seis procedimentos de investigação criminal abertos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Curitiba, São Paulo e Brasília

Lula também foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão no caso do triplex no Guarujá. De acordo com Gerson Moraes, especialista em política do Mackenzie, os ataques contra a operação, no entanto, podem se mostrar uma estratégia equivocada. “A Lava Jato se transformou em um símbolo de esperança para um país desesperançado. Se tornou sinônimo de uma postura ética”.

Diminuir o mérito da operação contra a corrupção é ir de encontro a um dos raros temas que geram consenso no país atualmente. Mesmo assim, sobram farpas ainda para o juiz Sérgio Moro, cuja imparcialidade foi colocada em xeque pelo ex-presidente em mais de uma ocasião. “O cara (Sergio Moro) é do mal. É surdo e não ouve o que eu falo”, disse ele em encontro com intelectuais, no Rio de Janeiro. Na mais recente, a defesa de Lula protocolou um pedido de suspeição contra Moro depois que o juiz participou de um evento na sede da Petrobrás. Para os advogados, o magistrado pode ser considerado suspeito se tiver aconselhado uma das partes em um caso pelo qual é responsável.
AMIGOS PARA SEMPRE Cabral roubou quase R$ 1 bilhão do governo do Rio, mas Lula acha injusto prendê-lo (Crédito:Marcelo Carnaval)

O discurso de Lula também é construído a partir de versões exageradas dos acontecimentos. O ex-presidente tem se vangloriado dos resultados de pesquisas, afirmando que aparece “com o dobro dos votos de todos os candidatos juntos”. Embora lidere as intenções de voto em todas as pesquisas, a diferença apresentada por Lula está muito acima da realidade. Basear suas falácias em cima de pesquisas realizadas tanto tempo antes da eleição, com nomes que nem participarão da disputa, também é equivocado. “Só a partir de maio, junho, que as pesquisas poderão aferir quais os candidatos que têm chances reais de se eleger”, afirma Nelson Biondi.

A sua hora vai chegar
É impressionante como até agora a Justiça não reagiu aos impropérios do ex-presidente petista. Por bem menos, um cidadão comum já teria sido enquadrado por desacato. A resposta do Judiciário, no entanto, pode vir de outra forma. Sua condenação a nove anos e meio de prisão em primeira instância pelo juiz Sergio Moro será julgada, no dia 24 de janeiro, pela 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Se for condenado por um órgão colegiado, como a Turma do TRF-4, Lula se tornará inelegível, de acordo com as regras da Lei Ficha Limpa. Condenados em segunda instância também podem ser presos, segundo entendimento do STF, embora ele possa recorrer da decisão. “Como Lula pode não sair candidato, ele está botando lenha na fogueira”, diz Nelson Biondi. “Partiu para o tudo ou nada”.

Por enquanto, Lula tem pregado principalmente para convertidos, mais interessados na narrativa do que na verdade factual. “O nível de idolatria é tão grande que ele sempre será visto como um Messias, não importa o que ele fale”, diz Gerson Moraes. Nem tanto. Com o cerco se fechando sobre ele, vai ficar cada vez mais complicado sustentar um discurso delirante, destinado a encantar desencantados.

Prisão à vista
O julgamento em segunda instância do processo do triplex no Guarujá foi marcado para o dia 24 de janeiro de 2018, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4). Na primeira instância, Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Uma condenação em segunda instância, além de tornar Lula inelegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, pode fazer com que ele seja preso. A sentença original, do juiz Sérgio Moro, permite que Lula recorra em liberdade

Caso os desembargadores do TRF-4 mantenham a decisão da primeira instância, eles decidirão se Lula será preso imediatamente ou se o encarceramento acontecerá após o ex-presidente esgotar todos os recursos

Após a decisão em segunda instância, Lula poderá ainda recorrer a instâncias superiores, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça), o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Tentará disputar a eleição sob liminares

Revista Isto É