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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O Movimento Estudantil Popular Revolucionário



 Organização maoísta mantida com verbas obtidas sob a fachada de uma ONG; o MEPR dedica-se à preparação do terror revolucionário no Brasil. Seu site na Internet faz propaganda do grupo International League of Peoples Strugle-ILPS (Liga Internacional dos Povos em Luta), entidade que reúne organizações democráticas da Ásia, África, América Latina, América do Norte, Europa e Oceania.

Raquel Braga Scarlatelli Pimenta e Gerson Antonio Guedes Lima estiveram presentes no Congresso de fundação da Liga Internacional dos Povos em Luta, representando, respectivamente, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e a Liga Operária Camponesa.  Como se recorda, o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), foi constituído num Encontro realizado no período de 29 de abril a 1 de maio de 2001, por um grupo de militantes maoístas que havia rompido com o “reformismo” do Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) no Congresso dessa entidade, realizado em 1995 em Goiânia. Esses estudantes decidiram não mais participar da UBES e da União Nacional de Estudantes (UNE).
Em 2000, no I Encontro Nacional dos Estudantes do Povo, em que foi constituído, o MEPR, em uma declaração, assinalou que se guia por dois princípios: “servir ao povo de todo o coração” e “ser tropa de choque da revolução”. 

(...) 

Ainda recordando: em março de 2003, no Rio de Janeiro, um grupo de cerca de 30 militantes do MEPR, com pedras e coquetéis molotov, protestou no centro da cidade contra a guerra no Iraque; quebraram vidros do Consulado dos EUA, apedrejaram carros da Polícia Militar e lançaram explosivos contra o prédio da representação diplomática. Agências bancárias, do Banco do Brasil e Banco Itaú, e uma lanchonete da rede McDonald’s também foram alvos de ataques. Quando da baderna, panfletos do MEPR com o título “Viva o heróico povo iraquiano. Morte às tropas assassinas norte-americanas”, foram distribuídos. 

Em setembro de 2003, atendendo ao convite da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas, militantes do MEPR compareceram ao 3º Congresso da Liga, realizado na cidade de Geba, Norte de Minas Gerais, no final de setembro, onde cerca de 4 mil famílias estavam em luta pela terra. Em julho de 2003, militantes do MEPR já haviam estado nas cidades de Jaíba e Manga, ambas em Minas Gerais, participando dos preparativos desse Congresso. Isso, sem dúvida, configura que o MEPR é o braço estudantil da Liga dos Camponeses Pobres, apenas mais um dos cerca de cem grupos organizados de sem-terras atuantes em todo o Brasil, defendendo abertamente uma revolução agrária.

 A Liga dos Camponeses Pobres é, por sua vez, o braço camponês da Liga Operária Camponesa-LOC (uma cisão da organização Ala Vermelha, que já era uma cisão do Partido Comunista do Brasil), uma organização de linha maoísta. Pode ser assinalada a existência da Liga dos Camponeses Pobres no Norte de Minas Gerais, no Centro-Oeste de Minas Gerais e a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia.

Todas essas organizações tiveram origem nas Comissões Camponesas de Luta (CCL) que começaram a surgir no ano 2000. Em 23 e 24 de novembro de 2003 foi a vez da LCP de Rondônia realizar seu III Congresso, na cidade de Jaru, com a presença de cerca de 700 pessoas, além de um movimento de mulheres denominado Movimento Feminino Popular, e de estudantes do Movimento Estudantil Popular.

 Logo depois, a ILPS, entidade que reúne organizações democráticas da Ásia, África, América Latina, América do Norte, Europa e Oceania, realizou um Congresso em Zutphen, Países Baixos, ao qual compareceram 336 delegados e convidados, representando 232 organizações maciças de 40 países: Afeganistão, Argentina, Austrália, Áustria, Bangladesh, Bélgica, Benin,Brasil (com representantes do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos, Liga dos Camponeses Pobres e Liga Operária e Camponesa) Burma, Canadá, Congo, República Dominicana, Equador, Inglaterra, França, Alemanha, Grécia, Índia, Indonésia, Irã, Itália, Japão, Luxemburgo, Malásia, México, Nepal, Países Baixos, Nova Zelândia, Nigéria, Noruega, Paquistão, Peru, Filipinas, Escócia, Coréia do Sul, Espanha, Suíça, Tailândia, Turquia e EUA, reunindo forças progressistas de todo o mundo, para lutar pela independência nacional, pela democracia e pela libertação social de encontro ao imperialismo e à reação.

O Congresso elegeu um Comitê de Coordenação Internacional composto por 35 pessoas de diversos países. O Comitê é o órgão mais elevado de tomada de decisões, e elegeu, entre seus membros, um Grupo de Coordenação Internacional, composto por 10 pessoas. Esses órgãos ficarão sediados em Utrecht, nos Países Baixos.  Em novembro de 2008 (dias 22 e 29) os militantes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário realizaram assembleias regionais em São Paulo, Goiânia e Alagoas. Essas assembleias foram direcionadas fundamentalmente à construção do MEPR nessas regiões e ao tema “como construir a greve geral para barrar as reformas do Banco Mundial”.

 Essa atividade, em São Paulo, teve a presença de estudantes da UNIFESP, USP, MACKENZIE e CEFET-SP, onde existem núcleos do MEPR.  Em Goiânia, a atividade foi realizada no mini-auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. O tema abordado foi “Rebelar-se é Justo”. Essa assembléia contou com a presença de “companheiros” da Liga dos Camponeses Pobres, Núcleo da Liga Operária de Senador Canedo, Movimento Feminino Popular do Centro-Oeste, Liga Operária do DF, CA de Psicologia da UFG e ANDES (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior) Região do Planalto.  

As palestras foram centradas nas três principais tarefas do MEPR: agitar e propagandear a revolução, organizar a luta de massas nas escolas e universidades e combater o oportunismo, sendo a tropa de choque da revolução.

No início e no encerramento da assembléia foi cantado o Hino da Internacional.

Fonte: A Verdade Sufocada - Carlos I. S. Azambuja