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quinta-feira, 30 de abril de 2020

O dia seguinte - Folha de S. Paulo

 Maria Hermínia Tavares 

Assunção de Hamilton Mourão seria a continuação do atual pesadelo

Sobram razões morais, políticas e possivelmente jurídicas para o impedimento de Jair Bolsonaro. As acusações do ministro Sergio Moro ao deixar o cargo são graves e verossímeis. Somam-se à repulsiva participação do presidente na manifestação em que, diante do Quartel-General do Exército, uma turba urrou pelo fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, com a volta da ditadura.

Ainda assim, é difícil descartar as considerações não só da oportunidade, mas sobretudo dos efeitos do impeachment. Se uma proposta nesse sentido avançasse no Congresso, consumiria inevitavelmente a atenção, o tempo e os esforços que devem ser dedicados ao único propósito coletivo que agora de fato importa: conter a enorme devastação humana, social e econômica produzida pelo coronavírus.

Ela poderá ter também outras consequências nefastas que não convém ignorar. No sistema presidencialista, os titulares do Executivo têm mandato fixo; a sua abreviação é quase sempre traumática. Com ou sem reeleição, o calendário preestabelecido é a regra de ouro que organiza a disputa pelo poder. Políticos e partidos têm nas eleições periódicas e com data conhecida o seu horizonte de ação.

Eis por que, na origem do presidencialismo, o impeachment foi criado como recurso último e excepcional para frear a ambição dos mandatários; sua mera possibilidade deveria dispensar o seu efetivo emprego. O recurso frequente ao impeachment desestrutura o jogo do presidencialismo e cria perigosa instabilidade institucional, que tende a enfraquecer a confiança na democracia.

Em três décadas, a contar de 1989, dois presidentes foram impedidos no Brasil. Nos EUA, em mais de dois séculos, foram abertos processos contra quatro presidentes.. É insensato supor que um terceiro trauma do gênero, apenas quatro anos depois do anterior, mesmo para barrar um mandatário com ostensiva vocação autoritária, contribuirá para o fortalecimento das nossas instituições democráticas. [Vocação autoritária mais fruto de uma interpretação criativa do que de uma realidade e que sempre´quanto entendem que está surgindo, é contida com mais autoritarismo.]

Por fim, não custa lembrar que, afastado, Bolsonaro será substituído pelo vice, general Hamilton Mourão, com o qual compartilha convicções reacionárias, entre elas uma visão antediluviana da questão ambiental e do respeito ao modo de vida de nossas populações indígenas; sensibilidade zero para a tragédia social brasileira e, muito provavelmente, a mesma concepção estreita da importância das liberdades civis.

Assim não fosse, não lhe teria ocorrido, ao deixar o Exército para se juntar a Bolsonaro, saudar o falecido major-torturador Brilhante Ustra. A sua ascensão ao poder transformaria o dia seguinte ao impeachment na continuação do atual pesadelo.

Maria Hermínia Tavares, professora aposentada e pesquisadora - Folha de S. Paulo

  


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Com voto do relator em defesa da repressão dos militares durante a Guerrilha do Araguaia, comissão rejeita 307 pedidos de anistia - O Globo

Leandro Prazeres

Processos rejeitados se referiam a camponeses que viviam na região

Com um voto do relator em defesa da repressão dos militares durante o episódio conhecido como Guerrilha do Araguaia, a Comissão da Anistia rejeitou 307 pedidos de anistia feitos por camponeses que alegavam ter sido alvo de perseguição política durante o período em que o Exército combateu militantes do PCdoB no interior do Pará. Os casos foram julgados em bloco nesta terça-feira. Em seu voto, o relator do caso, Henrique Araújo, defendeu a ação dos militares que resultou na morte de pelo menos 67 guerrilheiros e 31 camponeses.  - A guerrilha do Araguaia não foi movimento legal e nem legítimo de oposição ao regime de 64, mas sim uma luta armada cuja repressão não configura perseguição política, mas defesa do Estado e da sociedade - disse Araújo.
[o PCdo B, sob inspiração e patrocínio de Cuba e China decidiraminstalar na região do Araguaia um foco de guerrilha, que pretendia se espalhar por toda a região criando um enclave comunista na área e que futuramente desenvolveria ações mais intensas em sincronismo com os terroristas instalados na demais regiões do Brasil.
O governo reagiu com a energia necessário e o Exército Brasileiro, cumprindo seu dever, aniquilou o movimento.
Criaram então uma comissão para cuidas de indenizações e pensões para os terroristas. Nos governo FHC de Lula e Dilma foi uma festa - que agora acabou.]

Suspeitos. Moradores do Araguaia são abordados por uma blitz do Exército durante a guerrilha Foto: Guilherme Xavier Neto / Divulgação
Suspeitos. Moradores do Araguaia são abordados por uma blitz do Exército durante a guerrilha Foto: Guilherme Xavier Neto / Divulgação

De acordo com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), a Guerrilha do Araguaia foi um movimento de resistência à Ditadura Militar entre os anos de 1967 e 1974. Inspirados na Revolução Cubana e na experiência chinesa, militantes do PCdoB decidiram instalar um foco de guerrilha na selva amazônica. Após alguns anos resistindo a ações do Exército, o grupo foi dizimado pelos militares em 1974.

Os processos rejeitados pela Comissão da Anistia, no entanto, se referiam a camponeses que viviam na região do Araguaia durante o episódio. Segundo os processos, eles foram alvo de perseguição, maus-tratos e tortura durante o período. Muitos alegam que foram presos ilegalmente e utilizados como guias pelos militares na caça aos guerrilheiros.  Além de defender a atuação dos militares durante o episódio e negar que a repressão à guerrilha deva ser encarada como perseguição política, Henrique Araújo alegou falta de provas para  concessão da indenização do Estado. - Desconsiderar qualquer elemento de prova para atestar a condição de anistiado seria o mesmo que reconhecer que toda e qualquer que vivia na região naquela época faria jus à condição de anistiado - argumentou.

Especialistas que atuam na defesa dos direitos humanos argumentam, no entanto, que a produção de provas sobre o episódio é muito difícil porque muitas das prisões foram feitas ilegalmente e porque os militares não teriam deixado registros sobre as torturas praticadas contra os camponeses. [argumento esdrúxulo e até criminoso o dessa turma dos DIREITOS DOS MANOS - por fazer apologia a condenação sem provas = ao argumentar ser a produção de provas muito difícil e não haver registros = na dúvida, se condena os cofres públicos, os cidadãos contribuintes e premia-se os bandidos - por terem ajudado a guerrilha ou por tentativa de objter indenização usando meios fraudulentos.]

Durante a votação, o general Luis Eduardo Rocha Paiva, que é membro da comissão, chegou a negar a existência da Guerrilha do Araguaia e disse que o governo acertou ao reprimir o que classificou como "foco" de guerrilha. Segundo ele, "foco de guerrilha tem que ser eliminado na raiz". - Não houve guerrilha. O que houve foi um foco de guerrilha. Uma guerrilha teria de ser reconhecida pelo governo, o que não foi, como ocorreu na Colômbia e no Vietnã. O governo não iria reconhecer essa guerrilha como uma contestação do governo brasileiro. E um foco de guerrilha tem que ser eliminado na raiz.  - disse o general.

Para a advogada de um grupo de camponeses que pleiteava indenização, Irene Gomes, a decisão da comissão cria um "caos histórico".  Essa cisão cria um caos histórico. Há centenas de pessoas que foram afetadas pelas ações dos militares na região e que não tiveram e não terão seus direitos reconhecidos. Os camponeses são tão simples que, muitos, não entendem o impacto disso para a história. Mas é uma situação triste - afirmou a advogada. [calma advogada, além de maior rigor na análise dos processos, vai haver uma revisão em todos os processo analisados pela Comissão de Anistia, desde sua criação. Processos com fraudes e inconsistências serão anulados e os beneficiários responderão a processo criminal por fraude processo, estelionato e, dependendo,  formação de quadrilha e terão que devolver tudo o que receberam.]

A decisão da comissão de rejeitar os pedidos de anistia dos camponeses do Araguaia acontece dez meses após a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, mudar a configuração da comissão, órgão que ficou sob a responsabilidade do seu ministério.  Desde que assumiu o ministério, Damares promoveu uma mudança no regimento da comissão, aumentando de 20 para 27 o número de conselheiros. Na nova configuração, veio o general Luiz Eduardo Rocha, um dos principais opositores aos trabalhos da CNV e que, frequentemente, leva às sessões um exemplar do livro A verdade sufocada, do coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, apontado como um dos principais torturadores do regime militar.
Além dele estão dois ex-assessores do vice-presidente Hamilton Mourão e um policial militar.  Damares tem prometido um "pente fino" nos pedidos e disse que iria abrir o que classificou como "caixa preta" da Comissão de Anistia, insinuando que a existência de irregularidades no funcionamento do órgão.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Educadores, tremei! - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo


A TV Escola vai acabar ou virar veículo de propaganda da extrema direita?
O ano vai terminando, mas o presidente Jair Bolsonaro parecer disposto a atrair chuvas e trovoadas e causar marola até o último dia, o último minuto. Xingar o patrono da Educação brasileira de “energúmeno”? Acusar a TV Escola de ser esquerdista e “deseducar”? É, no mínimo, chocante.  Energúmeno significa endemoniado, possuído, mas costuma ser usado para denegrir a imagem de alguém como idiota, louco, bobo, às vezes fanático e exaltado. Quem, em sã consciência, pode achar que Paulo Freire é merecedor de algum desses adjetivos? Um homem que dedicou a vida à educação, sonhou e trabalhou pela igualdade, pelos direitos dos mais desvalidos, pela consciência coletiva de que, sem condições iguais na largada, ou na infância, o Brasil jamais será um país igual para todos.

Fica ainda mais trágico quando quem chama Paulo Freire de endemoniado enaltece demônios como Pinochet, Stroessner, Brilhante Ustra. Freire lutou pela vida, pelo bem. Os ídolos do presidente geraram morte, tortura, desaparecimentos, destroçando vidas e famílias cruelmente. Nada anda na educação, que acaba de perder mais um ano e acumula déficits há décadas (inclusive porque jogaram fora os princípios e métodos de Paulo Freire). Veio o patético Vélez Rodriguez, que demorou, mas caiu. Veio o performático Abraham Weintraub, que está demorando e, segundo Bolsonaro, não vai cair. E a política para o ensino básico, o ensino médio, o ensino superior? Ninguém sabe, ninguém viu. No MEC, o foco está em ideologia.

Só se ouve um ministro mandar professores e alunos decorarem e entoarem o slogan de campanha do presidente da República e o outro acusar as universidades de só servirem para “balbúrdia” e plantação de maconha, enquanto imita Gene Kelly num vídeo, faz palhaçadas em outro, ataca todo mundo e não perdoa nem Paulo Guedes.  E por que o presidente Bolsonaro avisa que não vai demitir ministro nenhum e classifica Weintraub como “excelente”? Provavelmente porque o ministro da Educação participa de um amplo plano político para 2020, quando haverá eleições municipais.

Sem partido, depois de abandonar o PSL e os laranjais, Bolsonaro pode não ter condições para viabilizar o Aliança pelo Brasil a tempo de concorrer a prefeituras e câmaras legislativas. Logo, ele precisa de um plano B para eleger os futuros militantes da nova sigla. A campanha maciça pela internet, tão eficaz na eleição de 2018, tende a ser de novo importante, mas não tão determinante em 2020. Eleição municipal exige presença, cara, voz, líder local. E onde se encontram esses fatores de campanha? No caso de Bolsonaro e de seu futuro partido, nos templos evangélicos e nas escolas. Sempre haverá pastores, pais e professores prontos a acreditar que “ser de direita” é ser isso aí
contra a igualdade, a educação inclusiva, o respeito às diferenças, os direitos das minorias. [igualdade em exagero prejudica - citando regra comum = igualdade para todos, mas, respeitando as desigualdades; 
educação inclusiva é eufemismo para agredir a moral, deseducar nossas crianças, disseminação da imoralidade;
respeito as diferenças, tem que ser limitado e sem contrariar a natureza;
direitos para as minorias, estão se tornando excessivos, cassando os direitos das maiorias.]

Enquanto xinga Paulo Freire e promove quem xinga Fernanda Montenegro, Bolsonaro fecha a TV Escola com um pretexto daqui, outro dali, mas no fundo por um único motivo: ele acha, ou foi convencido de que ali só tinha esquerdista.  A TV Escola, porém, não era de esquerda e era muito importante para divulgação de métodos, técnicas e informações relevantes para um nicho específico: professores e estudantes. Com o perfil institucional, não seria justo exigir que competisse com TVs comerciais, mas tinha boa audiência, maior do que a TV Câmara e a TV Senado.

Agora, não se sabe o que é pior: fechar a TV Escola pura e simplesmente ou transformá-la num instrumento de propagação em massa de ideologias conservadoras e virulentas. Ela não era de esquerda, mas pode vir a ser de extrema direita. [mudanças com tendência ao conservadorismo estão se impondo por todo o mundo e o governo do presidente Bolsonaro tem o DEVER de extirpar a ideologia esquerdista e todos os seus procedimentos malévolos.
Gostem ou não o mundo está se tornando conservador.]

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo

domingo, 3 de novembro de 2019

Aos ‘tresloucados e malucos’ - O Estado de S.Paulo

Eliane Cantanhêde

Os militares não embarcam no AI-5 e no ‘Três Oitão’ dos Bolsonaro

Em entrevista ao Estado, em dezembro de 2016, o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, me contou que “tresloucados e malucos” batiam às portas das Forças Armadas pedindo a volta dos militares ao poder e que, de pronto, ele advertia que algo assim tinha “chance zero”. Três anos depois, porém, o clã Bolsonaro arrepia o País com sua apologia a ditaduras.

Villas Bôas relatou que respondia com o artigo 142 da Constituição àquela versão atualizada das “vivandeiras alvoroçadas” que, segundo o marechal Castello Branco, primeiro presidente do regime de 1964, exigiam “extravagâncias” do Poder Militar. Por esse artigo, as Forças Armadas “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Boa lembrança, já que o capitão da reserva Jair Bolsonaro nem completou um ano de mandato e seu filho Eduardo, deputado federal e quase embaixador (em Washington!), choca o País inteiro ao defender a volta do demoníaco AI-5, enquanto o presidente, como informa o repórter Renato Onofre, costura sua filiação ao ainda em gestação Partido Militar Brasileiro. Assim, o novo partido embolaria perigosamente o presidente da República com militares, policiais, a bancada da bala e “tresloucados e malucos” de diversas espécies. E sob o número 38, em referência ao revólver mais conhecido, principalmente entre os bandidos, no bang-bang nacional. O presidente no “três oitão”...

Eduardo Bolsonaro uniu o País inteiro, da esquerda à direita, do PT de Lula ao PSC do Pastor Everaldo, ao defender a volta do demoníaco AI-5. Para o pai Jair, quem fala uma coisa dessas está “sonhando, sonhando, sonhando”. Há quem sonhe com o paraíso, ganhar na loteria, a casa própria ou um bom prato de comida. Fazer apologia a ditaduras não é sonho, é pesadelo — além de crime. [para evitar muitas prisões, gostaríamos que alguém informasse qual artigo e qual lei tipifica o crime de apologia à ditadura?
 
Lembramos que tipificar não é interpretar determinado dispositivo de uma lei como seria nosso desejo  - aí seria uma tipificação legiferante, por enquanto, restrita aos ministros do Supremo, mesmo assim atividade inconstitucional, visto que o STF ainda não fez uma interpretação criativa do texto constitucional que determina a independência e harmonia dos 3 Poderes o texto vigente deixa claro a regra no popular: 'cada poder no seu quadrado'.]

Só não é novidade no clã Bolsonaro, já que o patriarca saiu pela porta dos fundos do Exército após ser acusado de planejar explodir quartéis, passou três décadas no Congresso defendendo ditadores, torturadores, censura e dedicou seu voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff a Brilhante Ustra, a estrela dos livros sobre tortura no Brasil. Já eleito presidente, Bolsonaro chocou o Paraguai ao elogiar Stroessner e irritou o Chile duas vezes: com loas ao igualmente sanguinário Pinochet e depois atacando o pai da ex-presidente Michelle Bachelet, morto sob tortura. Até o atual presidente Sebastián Piñera reagiu.

Foi assim que Bolsonaro criou os filhos. Eduardo já tinha feito a bravata infantil de que, para fechar o Supremo, bastam um cabo e um soldado. Carlos lidera uma guerra insana pela internet contra tudo e todos. Flávio mantém relações complexas com ex-policiais de má fama no Rio. Perguntei a um oficial muito entrosado com as três Forças como militares reagiam à fala sobre o AI-5 e ele: “Rindo. Só rindo de um absurdo desses”. E disse que “nunca” haverá um partido militar, incompatível com a missão constitucional das Forças Armadas e um retrocesso gravíssimo no longo processo de profissionalização e descontaminação dos quartéis. [nada impede que qualquer cidadão funde um Partido Militar - mesmo que venham a impedir que militares da ativa se filiem, militares da reservar e civis podem se filiar e colocar no 'estatuto do partido' a defesa da filosofia militar, do ideário militar.]

A manifestação do oficial está perfeitamente de acordo com o que me disse naquela entrevista o brilhante general Villas Bôas, ao descartar aventuras golpistas e apelos de vivandeiras: “Nós aprendemos a lição. Estamos escaldados”. Só que o presidente e seus filhos talvez não. A Câmara, por corporativismo ou preguiça, apenas advertiu o deputado Jair, que em 1999 queria fechar o Congresso, disse que “o erro do regime militar foi (só) torturar, não matar” e lamentou que o então presidente Fernando Henrique não tivesse sido fuzilado. Parecia só bravata e, impune, Jair acabou presidente. Como a Câmara vai reagir agora ao deputado Eduardo? [nada fazendo, absolutamente nada;
o deputado Eduardo Bolsonaro não cometeu nenhum crime, não pratico nenhum ato antiético e não feriu o decoro parlamentar.]

Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Metralhadora giratória - Eliane Cantanhêde

 O Estado de S.Paulo

A grande dúvida é aonde Bolsonaro quer chegar e para onde isso vai nos levar

Quanto mais atordoado, mais o presidente Jair Bolsonaro dá asas ao que há de pior na sua personalidade e mais amplia suas frentes de batalha, internas e externas. O ambiente é de perplexidade com o presente e de dúvidas quanto ao futuro, enquanto vai ficando gritante o fosso entre um presidente que só cria problemas e um Congresso afinado com a área econômica para resolver problemas. Depois de França, Alemanha, China, mundo árabe, Argentina, Cuba, Noruega, Dinamarca e mais uns tantos, Bolsonaro desvia sua metralhadora giratória para o Chile, onde uniu governo e oposição, direita e esquerda, contra ele. A imagem brasileira no exterior se deteriora na mesma proporção da popularidade do presidente.

Bachelet é presidente eleita e reeleita no Chile, [Lula também foi eleito e reeleito e está preso por roubo aos cofres públicos e Dilma, também eleita e reeleita, foi impichada, escarrada e qualquer hora será presa - prova que eleição e reeleição não são garantias de competência e honestidade.] tem biografia admirável, é filha de um militar respeitável e atual alta-comissária para Direito Humanos da ONU. Engana-se Bolsonaro ao dizer que se trata de um carguinho para quem não tem o que fazer. Ao contrário, tem prestígio e não é para qualquer um – ou uma.

O ataque a Bachelet, inoportuno em si, carrega agravantes. O pior é o conteúdo. Assim como remexeu a profunda dor do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, cujo pai foi torturado até a morte e é listado como “desaparecido”, Bolsonaro comemora o fato de o pai de Bachelet, de alta patente, ter sido torturado e morto pela ditadura chilena, que depois torturou também sua filha. Os “crimes” do general Bachelet – “comunista”, segundo Bolsonaro – foram patriotismo, legalismo, respeito à democracia e coragem pessoal para reagir a um golpe de Estado que se transformou no circo dos horrores, como se viu. Bem, os ídolos do presidente brasileiro são Brilhante Ustra, Pinochet e Stroessner. (Sem falar em Trump, caso bem diferente.)

Outro agravante é que, ao atingir Bachelet, Bolsonaro mexeu com os brios e as cicatrizes do Chile e empurrou o presidente Sebastián Piñera para o campo de batalha. Em pronunciamento formal, com a bandeira do país, ele declarou que não concorda, em absoluto, com o tratamento dispensado a sua antecessora (e, diga-se, adversária). E quem é Piñera? Inimigo? Esquerdista? [Piñera, fez uma manifestação política.] Não, simplesmente um presidente de centro-direita que vinha tentando mediar o conflito Bolsonaro-Macron. Logo, Bolsonaro acaba de perder uma peça importante na sua mesa de operações de guerra.

Por fim, Bachelet é alta-comissária da ONU e o presidente disse que vai abrir a assembleia-geral da organização no dia 24, mesmo após a cirurgia deste fim de semana. Ele, portanto, se encarregou de desmatar as boas-vindas e de queimar o clima para seu discurso. Autossabotagem. Já imaginaram se houver boicote? Os diplomatas brasileiros nem conseguem imaginar. [a imprensa anseia por um boicote que não ocorrerá, pela simples razão que qualquer boicote ao presidente Bolsonaro, em uma assembleia-geral da ONU, será o endosso por aquela organização de que as relações internacionais aceitam ofensas pessoais.]

No front interno, o alvo é Sérgio Moro. O presidente parece sentir um prazer mórbido em manipular publicamente seu ministro, que continua sendo a estrela do governo, mas perde em imagem e ganha a desconfiança de seus velhos aliados de Lava Jato, ao assistir passivamente à fritura grosseira do delegado Mauricio Valeixo, diretor-geral da PF. Valeixo é servidor público, com uma cultura e uma lógica muito diferentes do economista Joaquim Levy. Atacado por Bolsonaro, Levy jogou a toalha de cara. Atacado uma, duas, três vezes, Valeixo reage com a altivez que sua instituição requer de seu diretor e joga a bola para Moro, seu chefe direto, que só tem duas alternativas: ou demite o companheiro e se demite da Lava Jato, ou sai junto com ele de onde, segundo muitos, jamais deveria ter entrado. [Moro e o presidente Bolsonaro apararam todas as arestas e os 36 vetos dados por Bolsonaro ao projeto da lei de abuso de autoridade, muitos foram atendendo sugestões de Moro.]
Uma boa pergunta é o que Bolsonaro e o Brasil ganham com tantas guerras ao mesmo tempo, mas essa tem resposta na ponta da língua. A grande, enorme, dificílima questão é aonde tudo isso vai parar. Ou melhor: para onde vai nos levar.
Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo
 
 

sábado, 10 de agosto de 2019

Comissão suspende entrega de atestado de óbito de pai de presidente da OAB - VEJA

Formada por militares, políticos do PSL e admiradores de Brilhante Ustra

[DECISÃO ACERTADÍSSIMA, inclusive por corrigir uma ilegalidade = o documento chamado de 'atestado de óbito' atesta a morte de uma pessoa sem examinar o cadáver - não existe e, se existe, não foi localizado - não existe testemunhas de que ocorreu a morte e as causas dadas como causa mortis estão mais para um comício e sua presença em um documento configura, no mínimo, falsidade ideológica, com a agravante de se tratar de documento público.]


A primeira decisão da nova Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos – formada por militares, políticos do PSL e admiradores de Brilhante Ustra – decidiu suspender o ato de entrega de atestados de óbitos de vítimas da ditadura, que ocorreria no final desse mês, em Pernambuco.  Entre estes está o atestado retificado de Fernando Santa Cruz, pai de presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. O documento, como revelou o Radar, confirma que Fernando morreu vítima do Estado e por se opor ao regime militar.

Os três antigos integrantes da comissão votaram a favor da manutenção do ato, sempre marcado por discursos de familiares e tom emocional.  Durante a reunião do grupo, que foi via skype e não presencial, o novo presidente, Marco Vinícius Pereira, falou até em entregar essas certidões e atestados via Correios. [não tem sentido entregar documentos cujo conteúdo não expressa a verdade em cerimônia pública - apesar de ser uma excelente ocasião para que todos (entregadores e recebedores) sejam presos em flagrante delito, já que os documentos são falsos.
O ideal mesmo é a pura e simples extinção da tal comissão - ou sua desativação gradativa = retirada de funcionários que são pagos com o dinheiro público e serão mais úteis em outros órgãos.]
 

Veja

 

Agente provocador - Merval Pereira

O  Globo

Que Bolsonaro é um provocador, não há dúvida

Ele mesmo já admitiu em entrevista a Jô Soares que, se não dissesse barbaridades como que o então presidente Fernando Henrique deveria ser fuzilado, ou que o golpe de 64 deveria ter matado mais gente, ele não estaria sendo entrevistado.

[Muitas vezes o que é considerado provocação por ser provocação; por não ser e sim ser ingenuidade; teimosia; boçalidade e muitas outras alternativas.]



Foi como agente provocador que foi preso quando ainda estava no Exército,
por ter planejado ataques com bombas em locais estratégicos, para protestar contra o soldo militar. Foi absolvido por falta de provas, mas teve que sair do Exército como capitão, e começar uma carreira política exitosa, que o levou à presidência da República, sempre na base da provocação política.  

[Bolsonaro não foi expulso do Exército, para ser expulso, teria que ser declarado indigno para o oficialato, o que não ocorreu e foi absolvido pelo Superior Tribuna Militar, instância máxima da Justiça Militar da União, de todas as acusações.

Convenhamos, se a absolvição por falta de provas, for indício de culpa, uma simples acusação passa a ter efeito de condenação.

Se for absolvido pela retirada da acusação, vão sempre dizer que foi absolvido devido as acusações terem sido retiradas, deixando até a insinuação de que o acusador foi coagido a desistir.

Queiram ou não, o acusado ABSOLVIDO,  foi absolvido e acabou.

é o mesmo caso de contestar que Bolsonaro foi eleito por isto ou por aquilo. O fato é que Bolsonaro foi eleito presidente da República por quase 60.000.000 de eleitores e ACABOU.

 Foi eleito para governar o Brasil para os brasileiros, apesar de tudo indicar que pretende governar contra os brasileiros - comentário adiante justifica a hipótese aqui levantada.] 

Agiu como provocador quando, ao votar a favor do impeachment da então presidente Dilma, exaltou o torturador Brilhante Ustra, a quem chamou de “herói”. A questão agora é saber onde o presidente quer chegar com as provocações quase diárias. O “agente provocador” é um player político tradicional, que radicaliza posições para levar um grupo, ou uma pessoa, a atitudes extremas que lhe serão prejudiciais, ou provocarão reações desestabilizadoras.

Os Black blocks são exemplo de grupo de ação política radical que, pelas manifestações de vandalismo, são, ou favorecem, a atuação dos “agentes provocadores”. Em nossa história política recente, temos o exemplo do Cabo Anselmo, que atuou a favor da Revolta dos Marinheiros, um dos estopins do golpe de 1964. Anselmo era um “agente provocador” a serviço dos golpistas. Quererá o presidente Bolsonaro criar um clima de instabilidade, ou será apenas um irresponsável que usa uma metralhadora giratória (loose cannon, na expressão militar)?  

[que está prestes a sepultar sua carreira política, também não há dúvidas;

que a reforma tributária precisa ser efetuada também não há dúvidas.

Mas, Bolsonaro, de forma incompetente - se for estratégia é a do suicídio político - pretende trazer de volta a CPMF e ainda debocha dos brasileiros.

Perguntado se a CPMF vai voltar, diz, pensando que está falando para ingênuos (apesar das besteiras que os eleitores brasileiros fizeram nas eleições de 2002 a 2014) ou por ingenuidade ou deboche, diz que a CPMF não vai voltar.

A mais simplória estratégia  de tentar apresentar um novo imposto com TODAS as característica da maldita CPMF - diferente apenas no nome e na alíquota que pode chegar ao triplo da anterior = 0,6% = - como não sendo CPMF, pode e deve ser considerada como deboche.

E aos que pensam que o Congresso não vai aprovar, lembro apenas que VAI SIM; existe uma grande orquestração para  derrotar Bolsonaro, até agora ele tem driblado as armações dos inimigos do seus governo e das ideias conservadoras, moralizadoras que são também dos seus eleitores. 

Mas, ao aprovar uma 'nova' CPMF, Bolsonara estará criando mais um imposto, em cascata, que alcança a todos - até o desempregado que tiver a 'infelicidade' de receber um crédito em sua conta corrente ou de poupança (ainda que o crédito seja uma pequena ajuda de algum parente, ainda empregado) - e que não resolverá a situação do país, mas, sepultará de vez, politicamente, Bolsonaro.

Em 2022 seus inimigos o apresentarão como o presidente que trouxe a CPMF de volta - imposto que nem o presidiário petista conseguiu manter - e para terem a chance de fazer tal acusação vale aprovar a CPMF.

Ninguém vai lembrar que Bolsonaro para trazer a CPMF precisou dos votos dos parlamentares, do aval do Congresso, e sim que foi no segundo ano de governo de JAIR BOLSONARO que a CPMF voltou.]

Quando se referiu ao pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como um terrorista que foi justiçado pelos companheiros guerrilheiros, estava provocando um debate que já estava enterrado, sobre a ação da esquerda armada contra a ditadura militar. O Estado brasileiro já admitiu sua culpa na morte e desaparecimento de prisioneiros políticos, e assumiu a obrigação de indenizá-los, ou suas famílias. Também se criou um mecanismo de compensação financeira para os que conseguem provar que foram prejudicados em suas carreiras pela perseguição política que sofreram no período da ditadura militar.

Mesmo um presidente da República de extrema direita, como Bolsonaro, não tem o direito de querer trazer de volta o país a uma confrontação que já está superada pela História. Mas o presidente parece ter prazer em confrontações, não sabe viver em uma sociedade pacificada. Ontem, recebeu Maria Joseíta, viúva do Coronel Brilhante Ustra, e voltou a chamá-lo de “herói nacional que evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer”. Poderia ter recebido a viúva do seu “herói” em sua casa, no Palácio da Alvorada, mas recebeu-a no Planalto, dando ares oficiais ao encontro. [ainda que Ustra fosse torturador, ainda que tivesse sido condenado, a pena não pode passar da pessoa do condenado;

ou será que no mesmo país em que o terrorista Marighella vira nome de escola pública, os familiares dos que combateram os terroristas que eram dezenas de outros 'marighelas' = foram também condenados? no mínimo, ao ostracismo? ou deverão ter suas casas demolidas e o terreno salgado?]

Deu, no dizer do advogado Miguel Realli Jr., “um tapa na cara da civilização” ao elogiar alguém acusado pelo Estado brasileiro de torturador.  Mas nem só de provocações políticas vive o presidente. Para justificar a indicação de seu filho Eduardo para embaixador em Washington, disse que um filho de alguém será indicado, “e por que não o meu?”.  Ao anunciar a medida provisória que acaba com a obrigatoriedade de empresas publicarem seus balanços em órgãos de imprensa de veiculação nacional, ele não escondeu a intenção de afrontar os jornais que considera seus inimigos, “essa imprensa que eu tanto amo”.

Referiu-se a uma reportagem do Globo sobre 102 parentes entre si, ligados à sua família, que foram contratados ao longo dos anos pelos gabinetes dele próprio e de seus filhos, e ao jornal Valor Econômico, editado pela Infoglobo, especificamente, para, aos risos, dizer irônico que estava tomando aquela decisão “para ajudar a imprensa de papel”. Enfraquecer as instituições democráticas é um objetivo de todo governo autoritário.


Merval Pereira, jornalista - O Globo


segunda-feira, 29 de julho de 2019

Homenagem ao Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra

Carlos Alberto Brilhante Ustra , hoje completaria 87 anos.

Coronel reformado do Exército Brasileiro, apresenta nas páginas do vibrante "A Verdade Sufocada" a saga de um homem simples, que não pediu para ser herói, mas o foi, como outros que receberam a dura missão  de defender o Brasil de homens fanatizados por uma crença e que por ela se lançaram na loucura de uma luta armada fratricida.

 Mentiras não esconderão a verdade para sempre

Nossos agradecimentos emocionados à Nacional Democracia - DAP - Família Brilhante Ustra - Joseita Brilhante Ustra , Filhas e Neto 

Coragem física e moral foram o apanágio desse homem, nos difíceis momentos em que combateu o terrorismo de uma esquerda revolucionária. Orgulho-me de privar de sua amizade e não tenho pejo em revelar que ele, entre outros,foi exemplo para as minhas lides militares, em anos mais amenos, quando a luta sangrenta já estava em seu final.
" A Verdade Sufocada",sem nenhuma dúvida, é quase uma obra biográfica, que carrega consigo um valor inestimável, pois resgata a verdade de um momento histórico totalmente distorcido por aqueles que hoje encobrem os seus reais desígnios de transformar o Brasil em um satélite do comunismo internacional, com a falácia de que lutaram contra uma ditadura militar para promover a liberdade e a Democracia.
 O próprio Ustra foi vítima da farsa dessa gente por ter sofrido na pele a torpeza de uma acusação rocambolesca, que ele destrói, ponto-por-ponto, em determinadas páginas deste trabalho,como já o fizera em seu anterior "Rompendo o Silêncio".
Em linguagem coloquial, "A Verdade Sufocada" prende  O leitor em narrativas ricas em ação , pormenorizando o entrechoque entre os órgãos de segurança - a chamada repressão - e as organizações comuno -terroristas, hoje mitificadas por uma parcela da mídia ainda renitente em abraçar uma causa ultrapassada.

Ustra, com muita clareza e propriedade , apresenta provas irrefutáveis que permitem ao leitor um verdadeiro juízo de valor sobre a realidade dos fatos daqueles anos conturbados . A contundência do seu livro é de extrema valia para os que não vivenciaram aqueles momentos e que hoje são bombardeados por versões enviesadas de uma esquerda revanchista.  Ustra e sua Joseita não mediram esforços  num diligente trabalho de pesquisa, que empresta a maior credibilidade e profundidade às narrativas contidas nesta obra. 


Acompanhei, pari passu, todas as etapas da feitura de " A Verdade Sufocada" e, com muito orgulho, integro o elenco de seus colaboradores.   Passemos , pois ao  desfilar de uma época, sob testemunho de um dos seus melhores protagonistas.



A Verdade Sufocada

Paulo Carvalho Espíndola.- Coronel Reformado


quinta-feira, 30 de junho de 2016

BOLSONARO, BRILHANTE USTRA E A ESQUERDA RADICAL



Por que será que a esquerda radical brasileira se sente tão incomodada com o Deputado Jair Bolsonaro?  

Aliás, vamos ampliar a pergunta: por que a esquerda radical brasileira se sente tão incomodada com quem ousa falar o que eles não querem ouvir? A resposta é óbvia: a esquerda radical foi derrotada na sua intenção de transformar o Brasil em uma ditadura comunista no século passado. Tentaram isso em 1935 e novamente em 1964 e nos anos seguintes. Resolveram então implantar a ditadura do pensamento consubstanciado no “politicamente correto”. Essa ditadura nasceu e se consolidou no Brasil nas últimas duas décadas. O resultado está aí para quem quiser ver: um desastre para o país, pois, além de nos privarem da própria capacidade de expressão, nos roubaram também o nosso dinheiro e nos escravizaram com a política dos favores para os menos favorecidos.

Bolsonaro, exatamente como todos os outros parlamentares federais, tem imunidade prevista constitucionalmente. Aliás, nem precisaria ter: qualquer estudante de direito ou pessoa de bom senso sabe que sua discussão com a Deputada Maria do Rosário não tem o viés que a esquerda quer fazer “colar”.
 
O problema é que a ditadura do pensamento aparelhou o estado brasileiro. Inclusive e principalmente o STF. E justamente aí reside o perigo para Bolsonaro e todos os brasileiros de bem.

Bolsonaro incomoda porque fala o que pensa e não tem medo da controvérsia. Bolsonaro é assumidamente pré-candidato a Presidência do Brasil. Se tem chances de ganhar só o futuro revelará. Mas, enquanto isso ele vai colocando a boca no trombone e metendo seu dedo em feridas que a esquerda gostaria que continuassem esquecidas. Um exemplo foi sua citação ao Coronel Brilhante Ustra na votação do impeachment.

Carlos Alberto Brilhante Ustra é um símbolo escolhido pelas esquerdas brasileiras para ser execrado como sinônimo de tudo de ruim que teria acontecido no Brasil durante o período 1964/1985. Brilhante Ustra era um militar que arriscou a sua vida lutando contra essa mesma esquerda, que no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 pegou em armas, assaltou, explodiu, torturou e matou indiscriminadamente quem tentava lhe barrar o caminho, ou simplesmente inocentes que estavam no lugar errado na hora errada

Quem não conhece a história recente do Brasil (e infelizmente uma boa parte da população brasileira só quer saber de assistir novelas e programas degradantes na televisão) acredita nas mentiras repetidas à exaustão por estes maus brasileiros, que não tem honra, ética, amor à Pátria ou respeito pela verdade.

O fato é que os integrantes da esquerda estão apavorados com o que está acontecendo no Brasil atual. Estão perdendo o poder e isso lhes incomoda profundamente. E, diga-se de passagem, estão perdendo em virtude única e exclusivamente de sua incompetência. E sua desonestidade. Nunca se viu tanta corrupção no Brasil como atualmente. A crise econômica e moral não têm precedentes, e ainda nem chegamos ao fundo do poço. A conta está para ser apresentada e seu pagamento será amargo para aqueles que dilapidaram o Brasil.

No final das contas, a esquerda será derrotada no Brasil pela mesma arma com que ela se instalou no poder: o poder da palavra. Mas, essa palavra, ao contrário daquela usada pela esquerda ao longo de décadas, não pode ser escorada na mentira, mas, sim e apenas e tão somente na mais absoluta e cristalina verdade. É a verdade difundida à exaustão que libertará o Brasil da corrupção, da mentira, da imoralidade, da falta de ética, da covardia e de todas as mazelas que hoje vivemos. A verdade é poderosa e ela já está vindo à tona. 

É a verdade que iluminará os caminhos do novo Brasil que está surgindo das cinzas. A verdade será a nossa arma contra os maus brasileiros. Mas, se ela não bastar, se quiserem continuar sufocando-a, outras armas acabarão eventualmente sendo usadas. Quem não se curvar à força da verdade, se curvará à força da verdadeira Justiça amparada pela força das Armas!

Para bom entendedor, pingo é letra!

Por: Robson Merola de Campos – Advogado – Transcrito do Site TERNUMA