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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

PGR rejeita pedido de indiciamento de Fernando Pimentel



Atual governador de Minas Gerais é investigado por Operação Acrônimo da PF
A Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestou contra a indicação do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), conforme antecipou a coluna de Lauro Jardim. Em 11 de dezembro, o órgão enviou petição ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em que nega o pedido da Polícia Federal de interrogatório e eventual indiciamento de Pimentel no âmbito da Operação Acrônimo.

Na petição, enviada ao ministro relator do inquérito, Herman Benjamin, a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko de Castilho, argumentou que não compete à Polícia Federal o indiciamento de autoridade com foro privilegiado, função que caberia ao tribunal. Em relação ao pedido de interrogatório, a procuradoria entendeu que o Ministério Público deve decidir “o momento oportuno de sua realização, em razão da legitimidade exclusiva para investigar detentor de prerrogativa de foro”. Um dos advogados de Pimentel, Igor Sant’Anna Tamasauskas, disse que concorda com o posicionamento da vice-procuradora, mas alega que a defesa desconhece os laudos do caso, que estão sob segredo de justiça.

Iniciada em maio de 2015, a Operação Acrônimo apura suspeitas de lavagem de dinheiro em contratos com o governo federal. Recursos desviados no esquema teriam abastecido campanhas eleitorais, entre elas a do atual governador de Minas Gerais.

Em maio do ano passado, na primeira fase da operação, a PF apreendeu um bimotor turboélice King Air, avaliado em R$ 2 milhões, de propriedade do empresário Benedito de Oliveira Neto, o Bené, dono de uma gráfica em Brasília. A mesma aeronave já havia sido apreendia com R$ 116 mil durante a campanha eleitoral de 2014, quando Marcier Trombiere Moreira, ex-funcionário do Ministério das Cidades que atuava na campanha de Pimentel, foi preso ao descer do bimotor.

Bené e o empresário Otílio Prado, da OPR Consultoria e ex-sócio de Pimentel, são suspeitos de operar a rede e de pagar despesas pessoais de Fernando Pimentel. Um relatório sigiloso da PF apontou que Bené pagou gastos com transporte e hospedagem do então ministro do Desenvolvimento e de sua mulher, Carolina Oliveira, no Maraú Resort, na Bahia, em novembro de 2013.

A PF também investiga se o Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra) pagou no mesmo ano R$ 500 mil à OPR Consultoria, empresa que pertencia ao governador. O GLOBO revelou ainda que a consultoria recebeu R$ 1,1 milhão do sindicato das concessionárias do transporte público na Grande BH, o Sintram, a título de “avaliação mercadológica”. A PF suspeita que houve caixa 2 para a campanha de Pimentel. 

Fonte: O Globo