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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Tempos do coronavírus - Nas entrelinhas

“O grande problema para o Congresso entrar em velocidade máxima são as eleições municipais, cujas articulações já estão começando e deverão se acelerar a partir de abril, com abertura do prazo de filiações”

O governo já iniciou a operação para repatriar 29 brasileiros que estão na região de Wuhan, na China, e deverão chegar à Base Aérea de Anápolis (GO) no sábado. Os que tiverem sintomas da doença serão conduzidos diretamente para o Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Essa operação é um prenúncio de tempos que poderão ser difíceis para o Brasil, não necessariamente por causa dessas pessoas, ou mesmo dos 14 casos suspeitos em observação no país, mas em razão do impacto que a epidemia em curso na China terá na economia mundial, caso não seja debelada rapidamente.

O acordo comercial dos Estados Unidos com a China, que estabelece relações especiais fora das regras do jogo da Organização Mundial de Comércio (OMC), deve impactar as exportações brasileiras para a China, numa escala que ainda não é mensurável. A redução da atividade econômica chinesa, em razão da epidemia, pode agravar o impacto do acordo no agronegócio e na mineração, que são atividades nas quais a parceria com a China é estratégica. A queda na produção industrial brasileira, no ano passado, por outro lado, refletiu a crise em países da 
ue tradicionalmente importavam produtos industrializados do Brasil, sobretudo a Argentina.

Essas externalidades precisam ser compensadas para que a economia brasileira volte a crescer. São duas as variáveis necessárias. Uma é o aporte de investimentos estrangeiros, o que depende da aprovação do marco regulatório das concessões e parcerias público privadas. Sem esse marco, o programa de privatizações e concessões do governo não terá a segurança jurídica necessária para atrair esses recursos. A outra é a ampliação do poder de compra da população, que depende da oferta de crédito, uma vez que não haverá aumento da renda de imediato. Não é uma equação fácil.

O governo aposta todas as fichas na agenda econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, que depende da aprovação do Congresso. Em tese, não existe grande objeção dos parlamentares à agenda, mas o tempo é exíguo. O começo da legislatura na segunda-feira e ontem foi meio melancólico, com o Congresso esvaziado. O clima é de pré-carnaval. O governo também não tem capacidade de articulação política suficiente para impor um ritmo diferente aos trabalhos do Congresso, que funciona no seu próprio diapasão.

O grande problema para o Congresso entrar em velocidade máxima são as eleições municipais, cujas articulações já estão começando e deverão se acelerar a partir de abril, com abertura do prazo de filiações partidárias. O que está antecipando essas articulações é a mudança das regras eleitorais, pois todos os partidos estão sendo obrigados a montar chapas proporcionais e a lançar o maior número possível de candidatos a prefeito, com o fim das coligações.

Quarentena
Existe também um certo nível de imponderabilidade em razão do próprio governo Bolsonaro, que fabrica crises de combustão espontânea, a mais recente na Casa Civil, onde o ministro Onyx Lorenzoni passa por um processo de contínua fritura, sem falar na estratégia de confronto adotada em algumas áreas, na qual pontifica o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que é foco permanente de fricção política com o Congresso. Para muitos analistas, as diatribes políticas da ala ideológica do governo e até do presidente Jair Bolsonaro são fatores perturbadores do ambiente econômico.


Esse comportamento contrasta com a atuação de outros ministros que têm amplo trânsito no Congresso, como Tereza Cristina, da Agricultura; Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura; e Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, que rapidamente mobilizou seus aliados no Congresso para aprovar o projeto de lei com normas de emergência para enfrentar a ameaça de epidemia de coronavírus, relatado pela deputada Cármem Zanotto (Cidadania-SC), presidente da Frente da Saúde, ontem à noite, pela Câmara, numa tramitação relâmpago. O PL autoriza a realização de quarentenas e outras medidas compulsórias para evitar que a epidemia se instale no Brasil.

Nas Entrelinhas -  Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense

Sugerimos ler: Começa resgate de brasileiros

 




sábado, 13 de julho de 2019

Bolsonaro extrai um dente, cancela agenda e terá de falar pouco por 3 dias

Presidente não irá mais a compromisso em Florianópolis (SC) na segunda-feira 15

[O  quanto as pessoas são maldosas; tem algumas sugerindo que ele extraia uns 3 ou 4 dentes.

Não entendo a razão de tanta maldade]

O presidente Jair Bolsonaro extraiu um dente na tarde desta sexta-feira, 12. O procedimento foi feito no departamento médico do Palácio do Planalto. Em seguida, ele foi para o Palácio da Alvorada, onde cumprimentou e tirou fotos com simpatizantes. “Após extrair um dente voltei mais cedo para o Alvorada. Bom final de semana a todos”, escreveu no Facebook.

A recomendação é que o presidente passe os próximos três dias sem falar muito. Ele cancelou a agenda que teria em Florianópolis (SC) para a entrega de ônibus escolares, que ocorreria na próxima segunda, 15, no Hangar da Base Aérea da cidade.

Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, vai substituí-lo no evento. Os assessores negam que o cancelamento tenha ocorrido por causa da extração do dente. Mais cedo, após cumprir compromissos oficiais, Bolsonaro almoçou no restaurante do Planalto com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Ele também tirou fotos com servidores que estavam no local.

Veja - Estadão 

sábado, 10 de novembro de 2018

Bolsonaro cancela encontro com Maia, retira Eunicio da agenda e cancela visita ao Congresso Nacional

Após retirar Eunício da agenda, Bolsonaro cancela encontro com Maia - Cancelamentos ocorrem em meio a uma indisposição entre a equipe do governo eleito e o presidente do Congresso

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, cancelou a visita que teria ao Congresso Nacional na próxima terça-feira e também encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou a equipe responsável pela transição de governo. Ambos os eventos chegaram a constar da agenda e foram retirados, assim como ocorreu nesta sexta-feira, 9, com reunião marcada com o presidente do Congresso, Eunício Oliveira

Na sexta-feira, a assessoria de imprensa havia divulgado uma agenda em que constava uma audiência com Eunício, "a confirmar", às 9h. Minutos depois, a agenda foi apagada e reenviada com uma reunião com Maia. Com os cancelamentos, Bolsonaro seguirá da Base Aérea direto para o CCBB, onde está montado o gabinete de transição. A primeira agenda do presidente eleito será com a ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Os cancelamentos ocorrem em meio a uma indisposição entre a equipe eleita e o presidente do Senado e do Congresso. Nessa semana, Eunício demonstrou insatisfação por não ter sido procurado pela equipe de Bolsonaro. O futuro ocupante do Palácio do Planalto se encontrou com os chefes dos dois outros poderes, Executivo e Judiciário. 

Em entrevista ao Estado, Eunício, que não se reelegeu, lembrou que ainda é presidente de um dos poderes e disse não estar preocupado "se Bolsonaro vai gostar ou não" do que é votado no Congresso. Dentro da equipe de Bolsonaro há uma preocupação de que os parlamentares que não foram reeleitos utilizem o resto do ano para votar as chamadas "pautas bomba", com impacto fiscal. 

Gerou desconforto ainda entre os parlamentares frase do futuro ministro da economia, Paulo Guedes, defendendo "uma prensa" no Congresso para aprovar a reforma da Previdência. Em relação à Maia, preocupa ao presidente da Câmara que uma linha do PSL não esteja disposta a apoiar sua reeleição à Casa no ano que vem.

Noticias - Estadao 

 

sábado, 18 de junho de 2016

O que se vê, o que não se vê

Estamos todos prestigiando o que se vê e se ouve nas delações de Sérgio Machado, mas desprezando algo que é igualmente importante: o que não se vê e não se ouve nessas mesmas delações. Juntando as duas pontas – o que ele disse e o que ele não disse –, chegaremos às possíveis consequências desse tsunami que se abate não apenas sobre o governo interino, nem só sobre Brasília, mas sobre todo um sistema de financiamento de campanhas que se embola com a roubalheira pura e simples.

O que se vê e se ouve quanto ao presidente interino Michel Temer na versão de Machado, que presidiu a Transpetro de 2003 a 2014, é que Temer, como vice, teria pedido a intermediação de Machado para obter doações de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo em 2012.

O que não se vê nem se ouve é que, apesar de Machado dizer que desviou mais de R$ 100 milhões para a cúpula do PMDB, ele citou Renan (R$ 32 milhões!), Sarney, Jucá e o insaciável Edison Lobão, mas excluiu desse bolo justamente o próprio presidente do partido, que era Temer. Não disse que despejou dinheiro em campanhas, em contas ou no bolso de Temer. No máximo, disse que ele voltou a presidir a sigla para desempatar a disputa entre deputados e senadores peemedebistas por dinheiro. Se a cúpula toda do PMDB estava no “rachuncho”, o presidente não deveria estar? Pela delação, não estava.

Tem-se que, pelo que se tem até agora, a situação de Temer no caso Machado está menos para a de Renan, Sarney, Jucá e Lobão, que recebiam boladas milionárias e até mesadas, e mais para, por exemplo, a de Jandira Feghali (PC do B), Cândido Vaccarezza, Jorge Bittar e Luiz Sérgio (PT) e José Agripino Maia (DEM), citados por receberem doações registradas como legais por empreiteiras. Detalhe: eles teriam pedido para eles próprios, enquanto Temer teria pedido para terceiros, ou seja, Chalita.

Nunca se sabe o que ainda pode vir de delações, gravações e versões atingindo o presidente interino e, além disso, foi temerário (sem trocadilho) Temer dizer que “alguém que tivesse cometido esses delitos irresponsáveis não teria condições de presidir o País”, referindo-se à acusação de Machado. E se, amanhã ou depois, surgirem evidências de que os dois se encontraram na Base Aérea e discutiram financiamento de Chalita às vésperas da eleição de 2012? [Temer agiu corretamente ao dizer "
“alguém que tivesse cometido esses delitos irresponsáveis não teria condições de presidir o País”,;   caso surjam provas que ele Temer pediu dinheiro para Chalita ou qualquer outro candidato, cabe a Temer renunciar ao cargo de presidente da República.
Com sua declaração o presidente demonstrou a todos a improcedência da acusação  - inaceitável é considerar eventual  encontro entre ele e Machado na Base Aérea prova de que a acusação de Machado seja verdadeira. Tem que provado o teor da conversa.]

“Você acha que eu preciso de intermediários para falar com empresário, para pedir doação de campanha para a empresa X, Y ou Z? Ainda mais de um sujeitinho (Machado) como esse?”, me disse Temer ontem, relatando que recebeu Machado, pelo menos uma vez, no gabinete de vice-presidente e na residência do Jaburu e que, de fato, vez ou outra, para ganhar tempo, mantém conversas na Base Aérea, mas não se lembra desse encontro de 2012.

De qualquer forma, a metralhadora giratória de Sérgio Machado é muitíssimo grave, atinge o coração do PMDB, alveja sete partidos, inclusive o PSDB, e reforça duas questões muito delicadas: 1) qual a alternativa ao governo Temer agora?; 2) se não sobra ninguém e nenhum partido, que candidatos teremos em 2018?

O bloco PSDB/PMDB/PPS/DEM ameaça incluir na acusação contra Dilma Rousseff, no processo de impeachment, o relatório preliminar do TCU apontando 23 irregularidades e/ou crimes de responsabilidade nas contas dela em 2015. Já a turma PT/PC do B/PDT contra-ataca tentando anexar as gravações e delações de Machado na defesa dela. Nada disso deve ter efeito prático, mas aumenta o descrédito geral. [O bloco PSDB & Cia age corretamente; vale tudo para destruir politicamente a Afastada.]

Aliás, bastou a Dilma botar o pé fora do Planalto para o PT trocar de posição com o PMDB: era alvo principal desde o mensalão, agora cedeu a vez ao PMDB de Temer. Confirmando que a munição mais pesada e a maior publicidade (para o bem e para o mal) são sempre para quem está no poder. [devendo ser sempre considerada a possibilidade que Machado esteja a serviço do PT - afinal ele é uma mercadoria.]


Fonte:  O Estado de S. Paulo - Eliane Cantanhêde