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sexta-feira, 21 de julho de 2023

Banco do Brasil ou do PT? - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O Banco do Brasil encerrou, "por questão de compliance", uma conta que o ex-presidente Jair Bolsonaro mantinha nos Estados Unidos. Sobre o caso, a empresa informou possuir “protocolos rígidos de acompanhamento das movimentações financeiras de seus clientes”. E disse “respeitar integralmente a legislação e a regulamentação bancária em todos os países em que atua”.

Questionada sobre o que motivou o encerramento da conta no exterior, a empresa não entrou em detalhes: “Em respeito ao sigilo bancário, nem o Banco do Brasil nem o BB Americas comentam movimentações financeiras específicas de seus clientes”.

Em junho, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 447 mil em uma conta de Bolsonaro no Brasil. A medida teve como objetivo garantir o pagamento de sete multas, que somam mais de R$ 1 milhão, aplicadas pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, publicou a notícia e acrescentou: "A minha também! 'Sem aviso', explicações e questionamentos solenemente ignorados! Vai ver é coincidência cotidiana!" Pelo visto, se você carrega o sobrenome Bolsonaro não pode mais ter contas no Banco do Brasil. É isso?!

Falta transparência e claramente soa como perseguição política. 
Mais um motivo para privatizar essas estatais todas!  
Quando a esquerda chega ao poder, trata as empresas públicas como se fossem sua propriedade particular. 
O PT, em especial, sempre confundiu partido, governo e estado, sem qualquer distinção.
 
Não gostam do cara? Querem destrui-lo? Então não pode ter conta no “meu” banco! 
Aconteceu algo análogo com Nigel Farage, político britânico de direita. Sua conta no banco Coutt foi encerrada e Farage alega ter provas de que o motivo foram seus "valores", não qualquer problema financeiro.

Há clara pressão da esquerda totalitária de banir da esfera pública toda a direita, chamada de "extrema direita" por ela. A própria esquerda espalha a falsa premissa de que qualquer conservador é um extremista, um "fascista" que dissemina "discurso de ódio", e que portanto não pode existir, deve ser condenado ao ostracismo, virar um pária social. Censura nas redes sociais, perseguição, cancelamento e até contas bancárias encerradas: eis o objetivo.

Basta ver o que o grupo Sleeping Giants, com postura fascista, vem fazendo com a Jovem Pan, só porque a emissora ousou colocar também alguns conservadores como comentaristas, em meio a vários petistas. 
Não pode! Tem que ser fechada, os anunciantes devem sair, ou sofrerão as consequências! É puro totalitarismo comunista, fascistóide.
 
Fazer isso como campanha de boicote já é um tanto tosco, mas utilizar o aparato estatal é nefasto e temerário. O Banco do Brasil não é do PT. Ou então muda logo de nome!  
A única solução é privatizar essas estatais, para que não sejam utilizadas como instrumentos da esquerda radical quando chega ao poder.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo


segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

“De olho no agro” e outras notas - Revista Oeste

Bruno Meyer

Campo de plantação | Foto: Shutterstock
Campo de plantação - Foto: Shutterstock 

…depois do tiro no pé…
A elaboração dessa nova linha de crédito ocorre cerca de um mês depois de o Bradesco ter arranhado a imagem com o público-alvo. Um vídeo publicitário para promover um aplicativo do banco que calcula pegadas de carbono foi tirado do ar após irritar o agronegócio e levou o presidente do Bradesco a se retratar. Diversas associações, federações e sindicatos emitiram notas de repúdio e ameaças de fechamento de contas. Não ficaram só nas ameaças. A Caixa e o BB viram um aumento de novas contas no setor nos últimos dias de 2021.

…100 agências
Com 4.200 agências atualmente, a Caixa vai abrir mais 300, sendo 100 exclusivas para o agronegócio, sem porta giratória, uma em cada Estado brasileiro, para servir de relacionamento ao pequeno, médio e grande produtor. Executivos do banco, incluindo o presidente, identificaram o Espírito Santo e Santa Catarina como regiões de maciços pequenos agricultores, que praticamente nunca receberam auxílio. “São colônias italianas e alemãs, com 10 ou 15 hectares, mas com grande produtividade. A orientação da Caixa antes era o repasse apenas para cooperativas de crédito e bancos, como Bradesco e Santander. “Decidi acabar com os repasses e assumir a operação”, disse Guimarães a Oeste.

I have a dream
Pessoas próximas a João Doria nutrem um sonho: colocar o governador de São Paulo na liderança da chapa presidencial, com a senadora Simone Tebet como vice e o ex-juiz Sergio Moro como senador. Argumentam, inclusive, que o silêncio de Doria neste mês é estratégico e seria uma prova de que ele quer deixar o ex-juiz da Lava-Jato “se queimar” sob os holofotes no começo de 2022, para abraçá-lo daqui uns meses. Todos são unânimes em dizer que não há nenhuma chance de Doria abrir mão da candidatura a presidente para ser vice de um nome da terceira via.

Sem calça apertada
Aos 60 anos, o empresário de hotéis e restaurantes de luxo Rogério Fasano vai se aventurar em outro ramo em 2022: ele prepara o lançamento de uma grife de roupas masculinas. A Gero Fasano será uma linha mais sofisticada, premium — com a promessa, diz Fasano, de acabar com as calças justas para os homens.

Tudo por um popstar
A ordem na operação brasileira da Netflix, com sede em Barueri, é não economizar para reter as grandes estrelas de seu casting no país. Na surdina, o maior serviço de streaming do mundo tem oferecido a seletos nomes bolsas de estudos para cursos de atuação, direção ou inglês no Estado norte-americano da Califórnia e um contrato maior para estrelar produções estrangeiras da empresa. A ideia é investir no que o país tem dado em troca: a Netflix tem cerca de 221 milhões de assinantes no mundo, e o Brasil já é o segundo maior mercado da empresa. No último trimestre de 2021, a empresa adicionou 8,2 milhões de novas contas em sua base. Parece muito (e é), mas o mercado financeiro esperava mais — razão pela qual as ações da companhia já recuaram 40% só em janeiro. 

Duelo de gigantes
Os mimos oferecidos a poucos nomes brasileiros são uma resposta à concorrência feroz no mercado. A Disney quer expandir seu orçamento de conteúdo em US$ 8 bilhões em 2022. A Netflix deve gastar US$ 17 bilhões. A Amazon nem precisa falar: o gigante norte-americano de Jeff Bezos não mede esforços no conteúdo do Prime Video. Entre os funcionários da Netflix no Brasil, o nome mais temido é o da executiva Malu Miranda, da Amazon. É ela quem tem assediado nomes fortes do showbiz nacional, para atrair para a plataforma. Na lista, figuras com contrato vigente na Globo e na Netflix.

Brasil na tela
De fato, o Brasil gosta de ver o Brasil na tela:
entre as dez produções mais vistas da Netflix, a maioria é nacional, como as novelas infantis do SBT. Com uma semana no ar, a comédia brasileira Lulli, estrelada por Larissa Manoela, virou o filme de língua não inglesa mais visto no mundo na Netflix. A consultoria inglesa Ampere Analysis reportou, recentemente, que o investimento em conteúdo vai ultrapassar US$ 230 bilhões (R$ 1,3 trilhão), sobretudo por serviços de streaming por assinatura.

“Os brasileiros estão lendo mais e continuarão a ler”
Além dos gigantes norte-americanos — como Google, Amazon e Microsoft, esta última viu o lucro crescer 21% no último trimestre —, um dos setores que se beneficiaram na pandemia foi o mercado de livros. No Brasil, o faturamento das editoras brasileiras subiu 29% em 2021, comparado com o ano anterior. A bonança se traduz em mais números: a indústria faturou R$ 2,28 bilhões no ano passado, contra R$ 1,76 bilhão em 2020. Os brasileiros compraram 55 milhões de exemplares em 12 meses, outro aumento significativo, comparado aos 42,5 milhões de 2020. Os dados são do Sindicato Nacional de Editores de Livros, o SNEL, em parceria com a consultoria Nielsen.

“Os brasileiros estão lendo mais”, conclui Marcos da Veiga Pereira, dono da editora Sextante e que acaba de encerrar um ciclo de sete anos na presidência do SNEL. Ele fala, em entrevista a Oeste, sobre os resultados positivos atuais e os desafios da indústria livreira, com a concorrência de gigantes como a Amazon às séries populares de TV. Para ele, o hábito das pessoas em maratonar uma série talvez inviabilize o surgimento de um novo fenômeno livreiro nos próximos anos, como Harry Potter, Cinquenta Tons de Cinza, O Código da Vinci, A Cabana e O Segredo. A propósito, os três últimos foram lançados por Pereira. 

Como o senhor vê o aumento de faturamento e exemplares vendidos no Brasil?
Foi uma gratíssima surpresa. Nenhum de nós imaginava isso no início da pandemia. Os brasileiros estão lendo mais e continuarão a ler, porque o hábito da leitura é muito poderoso. Há ainda uma porção de novas lojas menores surgindo e fazendo sucesso, como a rede Leitura, em Salvador, e a Vila, no Rio. Entre setembro de 2020 até o fim de 2021, 40 novas lojas foram abertas. Estão redescobrindo os novos lugares. Não é mais a megastore. A ideia da megastore (um dos motivos da recuperação judicial da Saraiva e da Cultura, duas redes que já foram as maiores do país) é ineficiente, desnecessária. Para que 100 mil títulos diferentes? A livraria tem de ter uma boa curadoria, bons livreiros, bom atendimento, ter os lançamentos. Hoje, a tendência são lojas que precisam ser menores, aconchegantes, como se fosse um ponto de encontro.  

Leia também “‘Os abusos do politicamente’ correto e outras notas”

Por falar em agro,  sugerimos: Cultivar é preciso

Bruno Meyer, Colunista,Revista Oeste - MATÉRIA COMPLETA


terça-feira, 23 de novembro de 2021

O fim das agências bancárias e o desfalque na Rede Globo - Revista Oeste

Itaú digital..
Sob a presidência de Milton Maluhy Filho, desde fevereiro o Itaú passa por uma revolução em seus interiores. A digitalização, diz um executivo, está no coração da mudança e é a palavra mais usada entre vice-presidentes e diretores. Talvez por isso, circulou a informação por uma ala da Avenida Faria Lima de que o maior banco privado do Brasil estava prestes a anunciar que seria 100% digital no fim de 2022. O Itaú nega.


A atriz Camila Pitanga - Foto: Wikimedia Commons 

…mas nem tanto
Nos últimos 12 meses, até sete
mbro, o Itaú fechou 112 agências no Brasil para reduzir custos, seguindo na mesma direção dos cinco maiores bancos do país.  Mas a ideia do Itaú é pisar um pouco no freio. Na visão de um executivo, muitos clientes ficariam chateados se, de uma hora para outra, a instituição tomasse a atitude radical de fechar todas as operações, visto que muitos serviços ainda exigem presença. O Itaú conta com cerca de 4.000 agências físicas e 60 milhões de clientes, entre conta corrente, cartões, crédito e investimentos.  

A propósito
Os cinco maiores bancos
do país Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa — poderiam reduzir 30% de suas agências físicas imediatamente, de acordo com um estudo da consultoria alemã Roland Berger, para ganho de eficiência e corte de custos. Em 2021, alguns dos maiores bancos do Brasil reduziram as transações feitas em agências em 70%, enquanto as feitas no celular saltaram mais de 90%. 
 
Meirelles 2022
Henrique Meirelles anda animado com as pesquisas que recebeu sobre a candidatura ao Senado em 2022 por Goiás: está na liderança em todas. Sobre uma suposta chapa com Lula na eleição presidencial, ele desconversa. Diz que não recebeu convite do ex-presidente, apenas sondagens de pessoas do partido. “Não tomo decisão baseada em especulação”, diz o economista. Meirelles foi presidente do Banco Central no governo Lula. 
 
Novos donos da Latam
A próxima terça-feira, 23 de novembro, vai ser movimentada no setor aéreo no Brasil. É essa a data em que companhias aéreas no mundo ou fundos de investimento podem oferecer propostas para a compra da Latam, empresa que pediu proteção contra a falência nos Estados Unidos em maio de 2020. A Azul é a maior interessada, e os executivos David Neeleman e John Rodgerson falam abertamente sobre o assunto. 
 
Faculdade por R$ 9.700
Faculdade de administração de empresas mais cara do Brasil, a Link School of Business tem mensalidades de R$ 9.700, mais que o dobro dos concorrentes FGV e Insper. O alto valor não afugenta os alunos. Com 300 estudantes, a escola está com fila de espera e vai crescer. No primeiro semestre de 2022, a Link abrirá um segundo campus em São Paulo, o campus JK, na Vila Olímpia, perto do shopping JK Iguatemi. 
 
Streaming sai à caça
A tática dos novoschefões do streaming no Brasil é atrair medalhões da dramaturgia com maior autonomia na criação das obras. A Amazon tirou o ator Lázaro Ramos da Globo e deu a ele a direção de um filme. Para a comediante Ingrid Guimarães, a proposta foi maior: ela será showrunnermandachuva total, do roteiro à direção — de uma produção da Amazon. 
 
Globo sem Pitanga
O trio Silvio de Abreu, Mônica Albuquerque e Edna Palatnik, todo-poderosos da dramaturgia da Globo até recentemente e que agora comandam a HBO Max na América Latina, ofereceu a Camila Pitanga o cargo de produtora-executiva por três anos com a WarnerMedia, dona da marca. Pitanga foi mais um nomão a deixar a Globo na última semana, depois de 25 anos na empresa.
 
Elas cantam Roberto

Fafá de Belém e Maria Bethânia estão confirmadas na gravação do especial de Roberto Carlos na Globo. As gravações ocorrerão durante dois dias consecutivos nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, com exibição em 23 de dezembro. Em 2020, Roberto Carlos não gravou o tradicional programa de Natal por conta da pandemia.Festa à brasileira

A ordem na Globo é reunir o maior número de gigantes da música brasileira, do porte de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Ivete Sangalo, na edição de fim de ano de Roberto Carlos. Como tradição, o especial se resume a quatro participações musicais, a entrada de uma ou duas atrizes no palco para uma dobradinha com o cantor e uma plateia de globais. A dificuldade é ter globais disponíveis na gravação e conciliar a agenda de todos os cantores desejados pela emissora. Ainda se discute se haverá plateia ou não. 

Fafá no Fausto
Por falar em Fafá de Belém, ela está na lista de atrações para as primeiras edições do novo programa diário de Faustão na Band, com estreia para janeiro. Curiosidade: a cantora foi a única artista que aceitou gravar um piloto em 1982, a convite do então repórter de esportes da rádio Excelsior Fausto Silva. O piloto entrou no ar no programa de Goulart de Andrade, na madrugada da TV Gazeta, e foi o embrião do Perdidos da Noite, que virou programa de auditório na TV Record, em 1984. Dois anos depois, o show de improviso e criatividade de Fausto, com baixíssimo orçamento de produção, foi para a TV Bandeirantes para exibição em rede nacional. O resto é história. Até hoje, Fausto chama Fafá de “irmã” e “madrinha”.

Leia também “Globo inquieta”

Edição 87, Revista Oeste

 

sábado, 4 de setembro de 2021

O terror chega a São Paulo - Revista Oeste

Bandidos fazem 'escudo humano' com moradores de Araçatuba  | Foto: Reprodução
Bandidos fazem 'escudo humano' com moradores de Araçatuba | Foto: Reprodução
 
Araçatuba, 200 mil habitantes, 500 quilômetros a noroeste da capital paulista. Pouco antes da meia-noite do domingo 29 de agosto. Cem quilos de explosivos estão espalhados em 28 pontos da cidade, prontos para ser detonados pelo celular ou por aproximação. Por três horas, a Praça Rui Barbosa, no centro, vive o terror. Ali, estão localizadas as agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

Na segunda-feira, o comércio amanhece com as portas fechadas pelo medo. Não há aulas nas escolas nem transporte coletivo regular. Ruas e praças são bloqueadas. Uma multidão permanece nas janelas acompanhando a varredura do esquadrão antibombas da Polícia Militar de São Paulo, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). O que se viu foi a mais sofisticada ação de terrorismo urbano já registrada no Estado.

Três pessoas morreram no tiroteio, uma delas um criminoso conhecido no sistema penitenciário por integrar a facção Primeiro Comando da Capital, o PCC. Cinco moradores foram levados a hospitais com ferimentos, um em estado grave. Um jovem que estava de bicicleta teve de amputar os pés pela explosão de um artefato. Sete dos cerca de 30 assaltantes foram presos em cidades do interior até agora. Ainda não foi divulgado o montante roubado porque, como os bancos são públicos, a Polícia Federal assumiu a investigação.

As cenas hollywoodianas captadas por celulares são chocantes: quem estava na rua naquele horário foi feito refém e colocado no teto e no capô de carros como escudo humano para evitar o revide da polícia. Algumas vias foram interditadas por veículos incendiados, inclusive caminhões, para dificultar a chegada do Baep (a tropa de elite do interior, como a Rota na capital), enquanto os caixas eletrônicos foram dinamitados.

Os criminosos optaram por um momento em que pudessem fazer reféns na rua.

A contraofensiva da Polícia Militar ainda deparou com um potente poderio de tiro da quadrilha, modernos fuzis e metralhadoras, além de coletes à prova de balas, capacetes, balaclavas e instrumentos militares. Toda a ação da quadrilha foi coordenada pelo uso de um drone, que apontava o deslocamento das viaturas e que depois indicou rotas de fuga. Segundo os investigadores, o bando também posicionou homens próximos à base aérea da PM no aeroporto da cidade, a 8 quilômetros de distância. O objetivo era avisar os comparsas caso o helicóptero Águia decolasse. Foram inclusive encontradas munições para fuzis 762 e .50, com potencial para derrubar aeronaves.

O modelo empresarial do PCC
O tenente-coronel da reserva da PM Diógenes Lucca, fundador do Gate, atuou por mais de 30 anos em operações como a desta semana. Ele afirmou a Oeste que as imagens que rodaram o país são “um marco divisor” nessa modalidade de crime. “Foi a ação mais sofisticada que se tem registro”, disse. “O que mais me chamou a atenção foi a quantidade de explosivos no modelo metalon com acionamento por celular. O segundo ponto foram os carros adaptados com pequenas aberturas circulares nos vidros (feitas com serra-copo) para passar apenas o cano dos fuzis (como os blindados militares). Por fim, o horário: eles normalmente agem no meio da madrugada, mas, desta vez, optaram por um momento em que pudessem fazer reféns na rua.”

Ações como essa foram batizadas de “novo cangaço”. O nome técnico é “domínio de cidades”, mas o apelido se deve ao começo dessa onda de crimes nos rincões do Nordeste há 20 anos. Um grupo de bandidos planeja um grande assalto em municípios de tamanho médio, distantes de onde vivem, e depois reparte o dinheiro.

Apesar da presença já confirmada de integrantes do PCC, a polícia ainda não tem certeza se essa investida partiu do comando da facção. É bem provável que não. A principal linha de investigação indica que o PCC cedeu, como tem feito ultimamente, suas armas e equipamentos em troca de uma parte da bolada. Em suma, o modelo empresarial de negócio consiste em financiar a ação. O pagamento é feito com uma fatia do valor roubado pelo “aluguel” do arsenal.

Funciona assim também com saques de cargas de eletrônicos que desembarcam no Aeroporto de Viracopos, na região de Campinas, sob escolta de empresas de segurança privada que não têm tamanho aparato bélico e acabam derrotadas. Dada a quantidade de sumiços de carretas, a área é tratada como “Triângulo das Bermudas” pela polícia e passou a ser evitada pelos gigantes do setor.

“A principal fonte de renda do PCC é o tráfico de drogas, mas vem crescendo muito o lucro com grandes roubos de bancos e cargas valiosas”, afirma o deputado Guilherme Derrite (PP), capitão da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar). “São verdadeiros empresários do crime. Fornecem a infraestrutura e a mão de obra para a execução e ganham bilhões de reais por ano.”

Um Porsche para a fuga
Foi em Campinas, aliás, que o megaassalto foi arquitetado, de acordo com uma reportagem da TV Bandeirantes. Um dos suspeitos presos pela Polícia Federal organizava reuniões de planejamento em sua casa havia dois meses. O promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), diz que o treinamento dos terroristas urbanos é feito em países como Paraguai e Bolívia.

Esse planejamento tático também envolve o recrutamento de especialistas no preparo do  artesanal de explosivos disparados a distância, de pilotos de drones para traçar a logística e de motoristas de fuga, responsáveis pelo despacho e pela troca de veículos a cada trecho. Quase sempre há um carro veloz para o escape com o produto do roubo. No ataque a Araçatuba, o veículo usado foi um Porsche, localizado no dia seguinte numa cidade vizinha. Também são usadas motos se o grupo for encurralado. O objetivo é escoar o dinheiro com agilidade e pulverizá-lo para evitar o rastreio.

Outro dado importante é a data escolhida para os ataques. Por exemplo, na virada do mês, os bancos públicos são abastecidos com enorme volume de dinheiro vivo para saques dos beneficiários de programas sociais do governo. As quantias desembarcam nos chamados Seret (sigla que significa uma espécie de tesouraria regional do Banco do Brasil), mas não há comunicação prévia da entrega pela instituição às polícias estaduais, o que se torna um prato cheio para a bandidagem. Foi o que ocorreu em Araçatuba e em casos similares em Ourinhos e Botucatu recentemente. Mais: invariavelmente, a apuração do crime descobre a participação de um funcionário do próprio banco, que comunica os bandidos quando os carros-fortes fazem a entrega.

“Araçatuba era uma tesouraria do banco, uma central de distribuição de recursos do Banco do Brasil”, afirmou o coronel Álvaro Camilo, secretário de Segurança Pública. “É mais uma ação com informação privilegiada, e as investigações já estão andando para chegar aos autores.”

Polícia prende, o STF solta
No meio disso tudo, é claro que os políticos tentaram usar as armas de sempre. O governador João Doria (PSDB), que agora resolveu comprar briga até com a PM, arvorou-se em números de redução de roubos a bancos no Estado durante a sua gestão. Números que nenhuma agência de checagem se atreveu a testar. Para Doria, cada vez mais convencido pelos marqueteiros e editorialistas de jornais de que tem alguma chance de chegar ao Palácio do Planalto, a população está mais assustada com as cédulas de R$ 100 que desapareceram do que com o pavor instalado na calçada de casa. A esquerda, claro, culpou o presidente Jair Bolsonaro por defender o porte de armas. Segundo eles, as armas terminam “em mãos erradas” o que causaria risos nos mercadores do PCC em ação nas fronteiras sul-americanas.

O fato é que, para além da politicagem, desatar o nó da segurança pública brasileira passa invariavelmente pela integração das forças policiais e do Ministério Público (Gaeco). É preciso compartilhamento de bancos de dados e informações de Inteligência em tempo real, com o uso de informantes, agentes infiltrados e monitoramento telemático permanente. Enquanto cada um achar que pode resolver o problema sozinho, a bandidagem se aprimora, e essa conta nunca vai fechar.  Se o ocupadíssimo Congresso Nacional tiver tempo, pode tirar da fila uma série de projetos de lei que preveem o endurecimento da legislação penal — pelo menos até o Supremo Tribunal Federal (STF) entrar em cena. “Imagine o trabalho que dá para prender um criminoso perigosíssimo, o serviço de Inteligência envolvido, a árdua investigação, aí vai lá a Corte Suprema depois e solta, como fez com André do Rap, diz Guilherme Derrite. Pois é. Mas, quando se trata do Supremo, para estar em segurança hoje em dia, convém não falar nada sobre ele.

 

Silvio Navarro, jornalista - Revista Oeste
 

quinta-feira, 10 de junho de 2021

CPI da Covid - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo 

Aula de matemática na CPI da Covid

Senador Otto Alencar (PSD-BA) tentou constranger o coronel Elcio Franco na CPI com uma pergunta sem importância, mas se deu mal. Nesta quarta-feira (9), o senador Otto Alencar (PSD-BA) perguntou ao depoente do dia da CPI da Covid, o coronel Élcio Franco, que foi número dois na gestão Pazuello no Ministério da Saúde, se ele sabia o percentual da população brasileira em relação à população do mundo. Alencar é o tipo de pessoa que tem a necessidade de mostrar conhecimento sem que ninguém tenha perguntado, e costuma fazer perguntas quando já tem a resposta.

O coronel Élcio, que deve ser bom em matemática, já que a profissão dele exige isso, olhou para cima e disse que a porcentagem é de um trinta e cinco avos. Para quem gosta de matemática foi ótimo, assim como para mim.  O parlamentar disse apressadamente que o coronel estava errado e que o correto era 2,7%. Só que se você fizer a conta Elcio errou por um décimo, o resultado dele apontaria 2,8%.  Mas isso não é relevante porque ele fez a conta de cabeça e com fração e porque ninguém sabe certamente qual é a população do mundo e há uma margem de erro. É muito feio quando alguém tenta corrigir outra pessoa.
 
Eu ouvi de um operador da Bolsa de Valores de São Paulo que só em maio o investimento estrangeiro na B3 é equivalente à metade do que já foi investido neste ano no mercado brasileiro de ações. Segundo ele, foram aplicados US$ 12,8 bilhões.  Em um único dia, contou ele, o banco americano Goldman Sachs investiu no Banco do Brasil o equivalente a R$ 270 milhões. É bom que se diga que estrangeiro não investe com o intuito de perder dinheiro. Eles não queimam dólar. Pelo contrário, fazem de tudo para ganhar mais.

Os estrangeiros estão confiando na economia brasileira porque percebem o potencial do nosso país. No Brasil está cheio de apátridas, como me ensinou um ex-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, que torcem contra o país. É uma pena!  Os investidores internacionais estão aplicando dinheiro na Bovespa de uma forma que deixa bem claro o que eles pensam do futuro da nossa economia.

Lei de inovação nos EUA
Os americanos estão se protegendo da China. O Senado dos Estados Unidos aprovou uma lei de inovação para investir US$ 250 bilhões para estimular a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento.  O objetivo é produzir semicondutores, microchips, baterias de carro elétrico, medicamentos e principalmente produtos para o mundo digital. Isso dá uma sacudida nos brasileiros, porque o futuro também vem com investimento em ciência e tecnologia.

Argentino engraçadinho
Vocês lembram quando o papa Francisco brincou falando que o brasileiro bebe muita cachaça e reza pouco? Pois agora outro argentino falou mal do Brasil. O presidente Alberto Fernández disse em evento público em Buenos Aires que “os mexicanos vieram dos indígenas, os brasileiros vieram das selvas e os argentinos vieram dos barcos” europeus.

Depois ele disse que não pretendia ofender ninguém e pediu desculpa. Eu assisti o discurso pelo site da Casa Rosada página da web da presidência da República Argentina — e foi normal. Não houve nenhuma censura na fala dele.
 

A "democracia" da Nicarágua
Eu não entendo quem fala em democracia a todo momento, mas tem como ídolo Daniel Ortega (Nicarágua), Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Fidel Castro (Cuba) e Rafael Correa (Equador) — que está foragido na Bélgica por suspeita de corrupção enquanto era presidente.

O atual presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, mandou prender opositores ao seu governo. Entre os cinco detidos, dois deles são pré-candidatos à presidência.

O pleito no país será no dia 7 de novembro. Mas essa não é a primeira vez que isso acontece, ele já prendeu dois outros pré-candidatos. Entre os opositores estão: Cristiana Chamorro, filha da ex-presidente do país Violeta Chamorro; Juan Sebastián Chamorro García, sobrinho de Violeta; Arturo Cruz Sequeira e Felix Maradiaga.  Esse é um modelo de democracia, infelizmente, para muita gente aqui no Brasil.
 
Alexandre Garcia, colunista - VOZES - Gazeta do Povo

sexta-feira, 19 de março de 2021

Nas entrelinhas - Covid-19 traumatiza o Congresso

Bolsonaro continua sabotando os esforços de governadores e prefeitos para reduzir a propagação do vírus com medidas mais rígidas de isolamento social

A morte do senador Major Olimpio (PSL-SP) traumatizou o Congresso, principalmente o Senado, cujo presidente, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decretou luto oficial de 24 horas no Legislativo. Na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) restringiu ao máximo o funcionamento da Casa: proibiu reuniões presenciais das comissões e ampliou o trabalho em home office dos funcionários. Com a morte do terceiro senador por covid-19, a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro para uma mudança na política sanitária aumentou muito. Mesmo na base do governo, a insatisfação é generalizada.

Major Olimpio foi o terceiro senador a falecer vítima da doença, com a diferença de que, aos 58 anos, era bem mais jovem do que Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que faleceu em outubro, aos 83 anos, e José Maranhão, de 87 anos, que morreu em fevereiro passado. Dois senadores também contraíram a covid-19, provavelmente na mesma reunião com prefeitos da qual participou Major Olimpio: Lasier Martins (Podemos-RS), que teve alta do Hospital São Lucas, em Porto Alegre, ontem, após 13 dias de internação; e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que deve receber alta hoje, depois de ser internado na semana passada.

Com a falta de empatia que o caracteriza, o presidente Jair Bolsonaro deu novas declarações colocando em dúvida as informações sobre ocupação de leitos de hospitais, além de criticar, mais uma vez, a política de isolamento social. Suas declarações geraram reações de governadores e prefeitos, ainda mais porque os hospitais, por causa das UTIs lotadas, estão começando a esgotar os estoques de oxigênio e medicamentos usados na intubação de pacientes. Numa live, Bolsonaro anunciou que a nomeação de Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde será publicada hoje no Diário Oficial da União. O novo ministro está tendo dificuldades para montar sua equipe de trabalho e terá de atuar com o grupo de militares que assessoravam o general Eduardo Pazuello, até que encontre colegas dispostos a assumir a responsabilidade de combater a pandemia.

Bolsonaro continua sabotando os esforços de governadores e prefeitos para reduzir a propagação do vírus com medidas mais rígidas de isolamento social: “Tem um pessoal que continua insistindo no fique em casa e outros que querem trabalhar por necessidade. Eu acho que ficar em casa é uma coisa bacana, quem não quer ficar de férias em casa aí? Mas pouquíssimas pessoas têm poder aquisitivo para ficar sem trabalhar”, disse. Insiste em responsabilizar as medidas sanitárias pela crise econômica: “Temos no Brasil servidores públicos, civis e militares, que podem ficar em casa, que, por enquanto, não veem sua remuneração, proventos, aposentadorias, pensões ameaçadas. Agora, uma grande parte dos brasileiros, os que vivem na formalidade, com carteira assinada, perde emprego, tem redução de salário.”  Chegou a dizer que recorreria ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as medidas de isolamento, o que será mais um fator de tensão institucional, em nada contribuindo para o enfrentamento da crise sanitária.

 [Temos grande apreço pelo competente colunista, mas temos percebido que sua adesão a mídia militante o torna capaz de ver nos comentários do presidente Bolsonaro uma capacidade de aglutinação dificil de ser encontrada.
Notório que aglomerações, especialmente acompanhada do não uso de máscaras, facilitam em muito a propagação da maldita peste.
 
É sabido  que a tendência de redução da aceitação das medidas de distanciamento/isolamento, começou a se materializar com os comícios, realizados em função do primeiro turno das  eleições 2020, sendo o  pontapé inicial para facilitar a difusão do coronavírus.
Os comícios que antecederam  o segundo turno eleitoral, mantiveram a tendência de aumento das aglomerações.
Veio o Natal, Ano Novo, mais aglomerações, mais viagens, e chegamos à realidade atual, extremamente grave.
 
De uns tempos para cá, se percebe que todas as matérias do ilustre Luiz Carlos Azedo, apresentam uma responsabilização do presidente da República, sem se dar ao trabalho de fundamentar. 
Tudo na base do presidente "disse isso", "disse aquilo" e  a multidão o seguiu.
Tudo sem a fundamentação, que caracterizava seus comentários de antanho. Sua fundamentação se limita em atribuir ao presidente Bolsonaro tudo de ruim que acontece no Brasil ao presidente Bolsonaro e pronto.
Será uma volta aos tempos do PCB? se afirmativo, lamentamos.
O mais complicado para os que odeiam o capitão, é que se ele realmente possuir o poder de magnetizar multidões será fácil atingir em 2022 mais de 100.000.000 de votos ainda no primeiro turno!!!
Talvez seja oportuno reduzir os 'poderes' que atribuem ao presidente Bolsonaro, ou perderão mais uma.]

Banco do Brasil
O presidente do Banco do Brasil (BB), André Guilherme Brandão, entregou o cargo ontem, por discordar da interferência do presidente Jair Bolsonaro na instituição. É mais uma baixa importante na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, cada vez menos liberal e mais pragmática. É o segundo presidente do banco a deixar o cargo por divergências com o chefe do Executivo. Para evitar especulações sobre o perfil do novo presidente do banco, o Ministério da Economia anunciou que o cargo será assumido pelo atual diretor do BB Consórcios, Fausto de Andrade.

Bolsonaro quer reforçar o papel social do Banco do Brasil, sendo contrário ao fechamento de agências, apesar da informatização cada vez maior do sistema bancário. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tem o perfil desejado por Bolsonaro, que não cansa de elogiá-lo pelo desempenho na distribuição do auxílio emergencial, apesar do alto número de fraudes já identificadas. Fausto de Andrade será o terceiro presidente do Banco do Brasil em pouco mais de dois anos do governo Bolsonaro. Antes de Brandão, ocupou o cargo Rubem Novaes. O mercado e os funcionários temem a instrumentalização do banco para fins eleitorais.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista 


sábado, 27 de fevereiro de 2021

É tudo conspiração - Carlos Alberto Sardenberg

Não, o presidente da República não precisa entender da formação de preços de combustíveis, muito menos saber de quantas agências o Banco do Brasil necessita para funcionar de modo eficiente. Mas deve ter um mínimo de conhecimento geral de economia e administração para ao menos entender as explicações das pessoas capacitadas que coloca em seu governo. E, sobretudo, nunca sair por aí falando de coisas que ouviu por aí.

Isso, em circunstâncias normais. Acrescente ao quadro um presidente que acredita estar cercado de conspiradores – e, pronto, eis o desastre Jair Bolsonaro.  Ele não quer saber se os preços do diesel e da gasolina estão em níveis corretos. Se fosse isso, ele chamaria o Guedes e pediria uma aula. Mas não: instigado pelo seu grupo de raiz, ele acha que os aumento dos combustíveis é uma conspiração de inimigos comunistas com o objetivo de criar um clima de caos social que abale ou derrube seu governo.[convenhamos que manter os combustíveis no Brasil, com o nosso real valendo menos de 1/5 do dólar e o fechamento dirigido de agências do Banco do Brasil, são situações que só favorecem os inimigos do Brasil.
E o governo Bolsonaro é e continuará sendo o único obstáculo, intransponível,  para que  eles e os antipatriotas que os acompanham, possam continuar tentando voltar a serem os donos de nossa Pátria Amada.  
Mas,não conseguirão! = por aqui, não passarão = tentaram várias vezes e foram vencidos e serão vencidos sempre.]

Exagero?
Também pensei isso quando comecei a trata do tema. A ideia de que a Petrobras está tomada por petistas que querem derrubar o “mito” aparece com frequência nas redes bolsonaristas. Nossa primeira reação é um riso entre conformado e inquieto. “Esses caras são malucos” – é o comentário que se segue. Roberto Campos chefiando uma malta de esquerdistas? Mas, depois, quando se compara o teor das redes com as falas de Bolsonaro, a conclusão é outra. Preocupante.Diz o presidente que a Petrobras está cheia de gente que não trabalha – a começar pelo seu presidente – e que tem muita coisa muito errada na companhia. E que isso logo será revelado.

Isso é tão grave que os conselheiros da companhia, por unanimidade, incluindo, pois, os bolsonaristas, decidiram interpelar formalmente Bolsonaro por aquelas declarações. Ocorre que se tem “muita coisa errada”, os conselheiros são legalmente responsáveis por isso. Podem ser processados, inclusive na pessoa física, colocando em risco seus bens.  Ou seja, esse caso ainda terá implicações perigosas.

Tem mais. Quando se observa a fala de Bolsonaro sobre as medidas de restrição social, também aparece nitidamente a ideia de conspiração. Simples assim: governadores e prefeitos fecham a economia com o objetivo de provocar caos, desemprego e, de novo, jogar a culpa no governo federal. [é o que sempre fazem, inclusive no inicio da pandemia fizeram uma porção de besteira - devido uma carta branca que receberam do STF, lhes conferindo o protagonismo para 'comandarem' as ações do combate ao coronavírus.
Fizeram tanta besteira, tanta bobagem, tanta medida contraditória, que terminaram por perceber que a coisa iria complicar e, de imediato, começaram a tirar o copo fora = os governadores, prefeitos e a mídia militante, passaram  a dizer que a decisão do Supremo não era bem aquilo que todos entenderam, e sim aquilo interpretado de outra forma = cada ente envolvido na decisão tirando o seu da reta.]

Também aqui, o presidente não tem a menor intenção de entender as formas de circulação do vírus. Acha que isso é tudo conversa de quem quer derrubá-lo.  Tem mais. A diretoria do Banco do Brasil, pressionada pela crescente concorrência no setor, iniciou um plano de enxugamento, com a redução do número de agências e de funcionários. Conspiração, claro. Vão fechar agências em pequenas cidades para indispor esse eleitorado, especialmente ligado ao agronegócio, contra Bolsonaro.

Deve ser por isso que o (ainda) presidente do BB, André Beltrão, nem se deu ao trabalho de tentar explicar. Simplesmente colocou o cargo à disposição. Vai cair fora.  Outra: ontem, no Twitter, o presidente escreveu, em péssimo português, como de costume, que o procurador símbolo da Lava Jato, Deltan Dallagnol, estava armando um complô contra a família Bolsonaro. Como Lula, baseou-se naqueles diálogos roubados e não periciados. Não argumenta sobre a inocência de seus atos e de seus filhos. É complô, e pronto. [o ônus da prova, cabe a quem acusa; acusam o presidente Bolsonaro, ou seus familiares, de alguma prática ilegal, não possuem provas e a Justiça, cumprindo o dever de fazer Justiça, inocenta os acusados.
Assunto encerrado. Cabe aos ex-acusadores, até para evitar que sejam processados por calúnia, injúria ou difamação, tentarem derrubar em instância superior o resultado adverso.
A propósito, demonstrando uma generosidade só encontrada nos grandes homens, nos grandes líderes, o presidente perdoa seus detratores.] De novo, como a defesa de Lula. Não tenta provar inocência do ex-presidente, mas afirma que Moro e Dallagnol forjaram tudo para derrubar o PT e favorecer Bolsonaro. Que, de sua vez, acha que é um complô para derrubá-lo e favorecer Lula. Enquanto isso, o Congresso trata de se tornar impune e salvar todos os seus acusados de corrupção. Ou seja, a Petrobrás não foi roubada, os empreiteiros não pagaram propinas e o vírus é um infiltrado.
 

Coluna publicada em O Globo - Economia 27 de fevereiro de 2021


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Globalitários especulam para detonar Bolsonaro - Jorge Serrão

Ficou muito escancarado que o esquema globalitário abusou da especulação e da narrativa (mentirosa) para desestabilizar o Governo Jair Bolsonaro, se aproveitando da decisão do Presidente de substituir o presidente da Petrobras. Não ocorreu a mesma gritaria midiática, política e mercadológica nos tempos em que a estatal (de economia mista) era claramente “sequestrada” e “roubada” por um dos maiores esquemas de corrupção sistêmica do planeta - revelado pela (quase falecida) Lava Jato (e operações derivadas dela).

O fenômeno pode ser definido como “Petrofraude”. O desespero acontece não por causa da momentânea perda bilionária de valor de mercado da petrolífera. O sobe-e-desce nas bolsas é parte integrante do parquinho especulativo - que pega fogo toda hora e os grandes investidores (espertos de verdade) lucram bilhões nas negociações. Na verdade, o desespero bateu porque Bolsonaro atingiu, em cheio, a vagabundagem, a improdutividade, o aparelhamento, o corporativismo e a estranha lógica empresarial de uma “estatal” que mais prejudica que beneficia o povo brasileiro.

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Outro ponto que o Governo Federal deve atacar - e que causa pavor aos errados. Embora insista na falsa tese da “Petrobrás vítima” (narrativa em que a Força Tarefa da Lava Jato também embarcou), o jurídico da empresa não abriu processos contra os dirigentes graúdos, responsáveis pela “gestão” do Petrolão. A empresa só acionou alguns subalternos - a maioria que já está até em casa, na questionável “prisão domiciliar” (de luxo), curtindo as mordomias resultantes da “roubalheira”. O novo comando da Petrobras pode e deve tornar realidade as ações de responsabilização dos mega-corruptos que tomaram de assalto a Petrobras, em conluio com dirigentes, políticos e os governos de então.
 
Até “demitir” Roberto Castello Branco, propondo a troca pelo General Joaquim Silva e Luna (a substituição ainda tem de ser aprovada pelo Conselho de Administração da companhia), o Governo Federal vinha sendo conivente com a negação dos ilícitos de mercado praticados na Petrobras durante a Era PT. O pavor dos delinquentes é que Bolsonaro acabe com a “tese” da “Petrobras vítima”. Como pode ser “Vítima” a empresa que não indeniza quem realmente foi “vítima”, os investidores no Brasil, e não processa os ladrões de verdade?
 
Bolsonaro partiu para a ofensiva contra o presidente e conselheiro que vai substituir, não reconduzindo-o ao cargo em 20 de março. O Presidente reproduziu a informação (a se confirmar) que Roberto Castelo Branco foi responsável pela mais escandalosa política de bônus da história recente da empresa. 
Ele triplicou os valores pagos à diretoria e se auto concedeu gratificação de até 13 vezes o seu já robusto salário caso as metas fossem ultrapassadas. 
Em contraste, os empregados sem cargos de liderança passaram a receber somente 2,6 vezes o rendimento mensal na mesma situação. A empresa a concedeu em média bônus de R$ 1,4 milhão aos diretores, enquanto a gratificação paga aos empregados da base foi reduzida. 
 
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Rumo à guerra

Circula nas redes sociais um texto (bem verossímil) explicando a guerra em que Bolsonaro acabou forçado a se meter. O Grupo Globo fica mal na fita. Confira:

Articulado com a grande mídia, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pôs em prática elaborado plano: aumentar gradativamente o preço dos combustíveis, até alcançar patamar de insustentabilidade. O objetivo seria derrubar o presidente Bolsonaro, ao forçar greve de caminhoneiros que arruinasse a economia.

A manobra foi detectada por setores de inteligência que imediatamente alertaram o chefe do Poder Executivo. Mas os envolvidos jamais se dão por vencidos. Eles agora trabalham para baixar o valor das ações da Petrobras, alegando “insegurança”, “instabilidade” e “interferência indevida” na política da empresa.

É quase impossível, até mesmo aos mais atentos observadores da política nacional, entender detalhes de ações criminosas desenvolvidas pelos principais grupos econômicos que dominam o Brasil. A Rede Globo, por exemplo, encontra-se à beira da falência, depois que perdeu acesso ao dinheiro dos impostos dos contribuintes brasileiros.

A emissora está tendo enormes prejuízos com o refinado equipamento tecnológico que possui no Projac (área de 1,73 milhão de metros quadrados), utilizado para a produção e edição de novelas, filmes e programas variados. Sem dinheiro público, teve que demitir a maioria dos que cuidavam da manutenção e paralisar sua produção artística.

Ela perdeu bilhões de reais canalizados para os seus cofres através da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e outros órgãos estatais, sofrendo grave prejuízo com a desmoralização advinda pela divulgação do fato. A Rede Globo, que fazia e derrubava presidentes, foi totalmente desmascarada.

Os presidentes anteriores sempre foram reféns da Rede Globo e seus órgãos de comunicação, pois vinculados à roubalheira organizada que sempre grassou no país. A emissora ditou padrões e regras das mais absurdas, impondo as mais vergonhosas práticas. Transformou o Brasil num bordel desmoralizado.

Todo o dinheiro arrecado pelos impostos tinha percentual sempre crescente depositado nos cofres da Rede Globo. Por isso que nada sobrava para a educação, saúde ou finalidades sociais. Nascida com o regime militar de 64, a Rede Globo é um câncer que vem minando todas as nossas forças e recursos.

O desespero e irresponsabilidade que a empresa dos Marinhos exibe não encontra limite ou similar. Eles sequer percebem que a única saída oferecida ao Brasil é a guerra civil: ninguém em sã consciência admite o retorno a situação vivida à época de PSDB, PT, ou partidos ditos de esquerda, impondo normas e regras nocivas à população.

A Rede Globo e os grandes órgãos que a seguem, acumpliciados com integrantes do desmoralizado STF, não conseguiram enxergar que o método por eles empregados só gera e produz imensurável ódio. Que todos iremos sucumbir diante de tal cenário. E eles serão os mais prejudicados, pois irão perder tudo que surrupiaram ao longo dos anos.

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Agora, Bolsonaro é levianamente acusado, politicamente, de “intervir” na Petrobras. O senador tucano Tasso Jereissati até entrou com uma representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reclamando que a troca de comando da companhia feita pelo presidente Jair Bolsonaro está em desacordo com a legislação aprovada em 2016. O senador ressaltou que a Lei de Responsabilidade das Estatais foi elaborada exatamente para modular e disciplinar a relação entre o controlador, pessoa de direito público, e suas empresas com o objetivo de garantir que sua gestão se dê de acordo com as melhores práticas internacionais.
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Fala sério… A CVM não puniu os ladrões do Petrolão, e não deve ser agora que fará graça...
 

Por Jorge Serrão - Alerta Total - Leia MATÉRIA COMPLETA