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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Eike Batista tem dupla nacionalidade e viajou para Nova York com passaporte alemão

Eike Batista viajou para Nova York e teria usado passaporte alemão

Empresário teve prisão preventiva decretada na Operação Eficiência 

O empresário Eike Batista, um dos principais alvos da operação Eficiência, realizada nesta quinta-feira — sobre esquema de desvio e lavagem de dinheiro de contratos do governo do Estado do Rio na gestão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral —, viajou para Nova York. De acordo com a Polícia Federal, ele teria saído do país com um passaporte alemão, no voo AA974 da American Airlines, na última terça-feira, às 23h30m, e chegou à cidade americana na quarta-feira, às 6h30m. Embora a PF ainda esteja checando se Eike efetivamente embarcou, passageiros do voo confirmaram ao GLOBO que ele estava no voo. 

Os investigadores apuram ainda quando o empresário comprou a passagem para os Estados Unidos. O nome de Eike ainda não figura na versão on-line do "alerta vermelho" da Interpol. O site da instituição, que reúne informações de 190 países, é uma versão resumida de seu sistema de busca de foragidos. Mas isso não significa que ele não esteja sendo procurado pela Interpol: há um outro sistema de alerta que não disponibiliza todas as informações em tempo real. De acordo com o colunista Lauro Jardim, já existe um mandado internacional de captura contra ele. A PF suspeita que o empresário seguirá de Nova York para a Alemanha. Eike é filho de alemã e tem dupla nacionalidade. A mulher de Eike, Flávia, e o filho Baldur, de 3 anos, viajaram ontem, também para Nova York. 

A Secretaria-Geral da Interpol, em Lyon (França), alerta que , salvo raras exceções, não comenta casos específicos de cada país. Apenas o escritório da Interpol em Brasília poderia dar mais informações sobre se a Polícia federal Brasileira pediu apoio da instituição internacional. Procurados, o FBI - a Polícia Federal Americana - e o Departamento de Justiça dos EUA ainda não se pronunciaram sobre eventual pedido de apoio da PF.

O dono do grupo EBX teve um mandado de prisão preventiva emitido contra ele. Agentes da Polícia Federal foram até a casa dele, no Jardim Botânico no Rio, onde permaneceram por quatro horas, mas o empresário não foi encontrado.  O advogado do empresário Fernando Martins disse ao site G1 que está negociando a volta de Eike ao Brasil. Segundo o advogado, ele ficou surpreso com a operação e "tem interesse em voltar o mais rápido possível".  - Agora à tarde, vamos combinar como tudo será realizado, mas não posso afirmar se o Eike volta ainda hoje. Nos falamos algumas vezes hoje e ele está à disposição para esclarecer tudo.

De acordo com o advogado Sérgio Bermudes, que atua para o empresário na área cível, o empresário tinha reuniões fora do país, e também cuidaria do lançamento de um produto. As investigações apontam que Eike e Flávio Godinho, do grupo EBX, pagaram propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. Esse valor foi solicitado por Cabral a Eike Batista em 2010 e, para dar aparência de legalidade à operação, foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Eike, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro. A Arcadia recebeu os valores ilícitos numa conta no Uruguai, em nome de terceiros mas à disposição de Sérgio Cabral, de acordo com o MPF.

Eike Batista, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem cometido atos de obstrução da investigação, porque numa busca e apreensão em endereço vinculado a Eike em 2015 foram apreendidos extratos que comprovavam a transferência dos valores ilícitos da conta Golden Rock para a empresa Arcádia. Na oportunidade os três investigados orientaram os donos da Arcadia a manterem perante as autoridades a versão de que o contrato de intermediação seria verdadeiro.

REPASSE A ESCRITÓRIO DE ADRIANA ANCELMO
Eike já prestou depoimento à PF em pelo menos duas oportunidades no âmbito das investigações da Lava-Jato. Ele foi ouvido pelos policiais no Rio e em Curitiba. Eike, porém, não estava negociando um acordo de delação premiada. No Rio, ele negou ter pago qualquer tipo de propina a Cabral.

Fonte: O Globo