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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Logo Lula vai dizer que processo contra ele é um crime contra a humanidade



A sua decisão de recorrer à ONU é ridícula, mas isso não me impede de recomendar mais prudência a Sergio Moro e aos procuradores.
Ainda estava em férias quando a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva resolveu tomar a especiosa decisão de, santo Deus!, recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, nada menos!!!, contra o juiz Sergio Moro. Acusação: ele estaria violando direitos fundamentais de Lula…

Se há coisa que considero sagrada na democracia é o direito de defesa, como sabem meus leitores. Isso já me custou algumas porradas, mal-entendidos e correntes difamatórias na internet. Fazer o quê? Obviamente, tomo o cuidado de distinguir do ridículo este pilar do regime democrático. Não é segredo para ninguém que já fiz, sim, críticas a um comportamento ou outro de Sergio Moro e dos procuradores. Fiz, não me arrependo e sustento. A minha tarefa é pensar e dizer o que penso, não torcer, embora jamais tenha escondido as minhas convicções, que acabam me colocando, sim, num determinado lugar da porfia. Mas pretendo que assim seja sem perder a objetividade.

Revelo o meu ponto de vista e exponho as convicções que norteiam a minha análise porque acho que é uma questão de honestidade intelectual com o leitor. Estive entre aqueles que consideraram, por exemplo, desnecessária a condução coercitiva de Lula. E não mudei de ideia. Cabe, no entanto, a pergunta: aquele ato em particular e todos os outros que disseram respeito ao ex-presidente feriram seus direitos fundamentais, a ponto de se ver caracterizada uma agressão aos direitos humanos?

A questão é de um ridículo sem-par. Trata-se, como observou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, nesta segunda, de uma ação meramente política. É só um recurso extremo para tentar colar em toda a investigação a pecha de perseguição política. Até porque tal comitê não tem influência nenhuma na questão. Como lembrou Mendes e como sabemos todos, as ações do juiz Sergio Moro estão submetidas a outras instâncias da Justiça. Ele não é a última palavra, como resta evidente. Se, e falo apenas por hipótese, os demais fóruns da Justiça estão se deixando intimidar, então Lula e seus advogados estão pondo sob suspeição o próprio Poder Judiciário.

Bem, numa das conversas telefônicas de Lula que vieram a público, todos ouvimos o petista dizer que, a seu juízo, o Poder está acovardado. Não se acovardar, parece, corresponde a atender às demandas do PT. Lula decidiu contratar até um escritório britânico especializado em direitos humanos. O advogado Geoffrey Robertson aponta como uma das evidências da falta de isenção de Moro o fato de o juiz ter comparecido ao lançamento de um livro sobre a Lava-Jato. É claro que se trata de um absurdo exagero, embora eu me veja aqui compelido a sugerir a Moro que se prive de tais eventos, o que só serve para conferir verossimilhança à farsa de que tudo o que aí está não passa de uma conspiração contra o PT.

Faço, adicionalmente, uma recomendação aos procuradores, em especial a Deltan Dallagnol: esqueçam a políticae não me refiro a política partidária, é bom deixar claro! — e se dediquem a exercer plenamente as prerrogativas de que dispõe o Ministério Público, que já não são pequenas. Certas saliências que vejo por aí só servem para dar ouro aos bandidos.

É claro que a ONU não pode fazer nada por Lula, e o Babalorixá de Banânia sabe disso. O que ele tenta é provocar barulho mundo afora, colocando-se no papel de um perseguido político, o que é falso como nota de R$ 3. A gente sabe, no entanto, como são esses organismos da ONU, a maior ONG esquerdista do mundo. Para sair a qualquer momento um texto exortando a Justiça brasileira a ser isenta… E o PT, claro!, sairá por aí batendo bumbo.

Evidentemente, Lula não teve seus direitos agredidos. Isso é patacoada. Mas tal constatação não me impede de recomendar a juiz e procuradores — especialmente a estes que busquem menos os holofotes.  Afinal, Lula está preparado para dizer ao mundo que o processo contra ele é um crime de lesa-humanidade.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

Pode não ter sido como secretário-geral, mas Lula chegou à ONU, brincam investigadores
Investigadores que atuam na Lava-Jato brincaram no fim da semana com o recurso apresentado por Lula à ONU.
Lembram que Lula queria ser secretário-geral da entidade internacional e dizem:
“Pode não ter sido como secretário, mas pelo menos Lula chegou à ONU”.

Radar On-Line

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Ação de Cardozo não passa de chicana e vai ser rechaçada pelo Supremo - República do Prostíbulo de Hotel é malsucedida, e Lula promete sabotar governo Temer



Duvido que Fachin, o relator, vá ceder à patuscada jurídica; ainda que acontecesse, há os demais ministros
Não há a menor chance de a chicana jurídica de José Eduardo Cardozo prosperar. Isso é puro desespero de afogados. O Supremo já foi muito além do que era razoável,  conduzido pela sapiência tortuosa de Roberto Barroso, nessa questão. E inventou um rito para o impeachment que não poderia ser mais favorável à presidente Dilma. O chato para eles é ela ter cometido crime de responsabilidade.

Os argumentos do advogado-geral da União são rigorosamente os mesmos que foram apresentados à Comissão Especial do Impeachment. Como ele perdeu, então resolve apelar ao tribunal. Edison Fachin, o relator da ação, creio, não vai ceder a esse tipo de expediente mixuruca. Até porque, em outas situações, os ministros já se recusaram a interferir em questão que dizem respeito a outro Poder.

Cardozo sabe que está tentando inventar uma concepção de direito que é, vamos dizer, única.  Atenção! A delação de Delcídio do Amaral não está no relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado por 38 votos a 27. Mais: as pedaladas fiscais dadas em 2014 também não. O relator se cercou de todos os cuidados justamente para evitar qualquer risco de controvérsia.

E olhem que o normal, em qualquer processo, é que dados novos sejam agregados aos autos. Até porque cabe a pergunta: se, nesse tempo, houvessem surgido elementos favoráveis a Dilma, evidenciando a sua inocência, eles deveriam ou não compor o conjunto de elementos a ser apreciado pelos deputados?

Mas Jovair Arantes preferiu evitar a polêmica.  A boa notícia é que essa coisa toda está enterrando também o futuro político de José Eduardo Cardozo. E vai para a cova o que poderia haver de virtuoso no seu passado. Os argumentos que ele apresenta a Fachin são os mesmos apresentados à comissão, reitero, quando o advogado-geral deixou claro que não reconhecia a legitimidade da comissão e do processo. Ora, se não reconhecia, apresentou a defesa para quê? Para que tentasse, depois, via judicial, o que não conseguiu no enfrentamento dos fatos.

Ainda que Fachin decidisse conceder a liminar, o que duvido, há os demais ministros.  De resto, estava na cara que essa seria a “saída”, que saída não é, que Cardozo buscava. Afinal, um advogado de defesa não desqualifica os “juízes” que podem ou não acolher seus argumentos. E o doutor fez isso. Por quê? Porque pretendia apelar ao tapetão.  “Ah, Supremo não é tapetão! Recorrer à Justiça é um direito”. É verdade. Mas é por isso que existe a palavra “chicana”: para distinguir um pleito legítimo e fundado nas leis da pura e simples tentativa de tumultuar o processo.

Se o Babalorixá de Banânia se opôs até a Itamar depois de ter ajudado a derrubar Collor, por que faria coisa diferente agora?
E Luiz Inácio Lula da Silva, quem diria?, promete ser, no governo Temer, aquilo que sempre foi quando está na oposição: um sabotador. Alguém estranha? Leio na Folha que ele já avisou a correligionários que não vai sair da rua. Ora, não me digam! E que não tem essa de entendimento nacional, como vai propor o futuro presidente.

Lula deveria nos contar ao menos uma novidade. Se ele migrou para a oposição ao governo Itamar Franco, depois de ter sido um dos líderes do movimento em favor do impeachment de Collor, por que faria algo diferente agora, quando é o PT que está sendo impichado do poder?  E não pensem que foi pouca coisa, não, o que fez o PT contra o governo Itamar.
 
Jaques Wagner, hoje o faz-tudo de Lula no governo moribundo, protocolou uma denúncia pedindo o impeachment do então presidente recém-empossado. O PT expulsou Luiza Erundina porque esta aceitou ser ministra da Administração daquela gestão. O partido se opôs com ferocidade lupina e asinina ao Plano Real, que acusava de prejudicar, ora vejam…, os trabalhadores.

Qual era o cálculo de Lula? Itamar faria a transição; seria obrigado a dar uma arrumada na economia, que havia sido destroçada no governo Collor; os petistas ficariam na oposição mobilizando as suas bases e jogando-as contra o governo, e a eleição de 1994 lhes cairia no colo, de bandeja, como se fosse o maná divino.

Lula só se esqueceu, então, de combinar com os russos. Não contava com o Plano Real. Tampouco esperava que fosse dar certo. Aloizio Mercadante e Maria da Conceição Tavares juravam que seria um desastre. As esquerdas babavam de indignação com o que chamavam de “farsa”. Alguns daqueles gênios estão por aí hoje, endossando abaixo-assinados contra o que chamam “golpe”. Pois é. O Plano Real fez FHC se eleger no primeiro turno em 1994 e em 1998, feito que Lula nunca logrou — e ele não se conforma com isso até hoje.  Agora, o Babalorixá de Banânia pretende fazer a mesma coisa, só que com mais virulência. Promete lançar desde já a sua campanha à Presidência da República e, mais uma vez, sabotar todas as tentativas honestas de tirar o Brasil do atoleiro. Continuará, em suma, a ser Lula.

E, pelo visto, mais uma vez, ele vai se esquecer de combinar com os russos. O chefão petista não se conforma com o fato de que a sua tentativa de transformar a República num prostíbulo oficial tenha sido malsucedida.

Mas foi. Para o bem do Brasil.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Lula, por acaso, está nos ameaçando com um banho de sangue se o PT deixar o poder?

Ao dizer num seminário que sente cheiro de retrocesso, Babalorixá de Banânia expõe o que entende por democracia: PT, Cristina Kirchner e Nicolás Maduro

O golpe já foi dado. Lula é o presidente e nomeou Meirelles para o lugar de Levy

Luiz Inácio Lula da Silva discursou na terça da abertura da 7ª Conferência Latino-Americana e do Caribe em Ciências Sociais (Clacso), um dos muitos organismos da esquerda na região que vivem mamando nas tetas dos respectivos estados. Entre 2006 e 2012, quem comandou a entidade foi Emir Sader, um subintelectual petista com sérios problemas até de alfabetização. Mas deixo isso pra lá agora.

Em seu discurso, o Babalorixá de Banânia atacou a imprensa livre — nem poderia ser diferente — e deixou claro onde estão as raízes do seu, por assim dizer, pensamento.
O chefão do partido que protagonizou o mensalão e o petrolão o que, tudo indica, o fará beijar a lona por um bom tempo — afirmou sentir um forte “cheiro de retrocesso” na América Latina e na América do Sul.

Retrocesso?
Explica-se: no Brasil, o seu PT chafurda na lama. Na Argentina, o candidato de Cristina Kirchner, Daniel Scioli, deve perder a eleição para Mauricio Macri. Se não houver uma roubalheira de dimensões homéricas na Venezuela, o ditador de chanchada Nicolás Maduro é um palhaço amador, mas ele mataserá fragorosamente derrotado pelas forças de oposição nas eleições parlamentares de 6 de dezembro.

Em todos os casos, as respectivas derrotadas significam fortalecimento das correntes que defendem a democracia política e se opõem a regimes aparelhados por milícias mais violentas (como na Venezuela) ou menos, como no Brasil. Por enquanto ao menos. O Apedeuta fez ainda uma comparação aloprada. Associou os movimentos em curso na América Latina contra os governos de esquerda às agitações que antecederam a Primavera Árabe — que “Primavera” nunca foi — e que concorreram para o acirramento da desordem política na região.

A comparação é um despropósito porque boa parte dos movimentos que promoveram o que se chamou tolamente de “Primavera” era composta de fundamentalistas islâmicos que queriam ditadura religiosa. Quem combate o PT no Brasil, Cristina na Argentina e Maduro na Venezuela quer um regime de liberdades públicas. Mas há um grão de verdade no que ele diz: aqueles grupos — islâmicos, sim! —, lutavam contra ditaduras. O diabo é que queriam outra, como Dilma, quando pertencia a grupos terroristas. Os antipetistas, antikirchneristas e antibolivarianos querem democracia.

Pós-Primavera Árabe, o que se tem, exceção feita à Tunísia, é banho de sangue e ditaduras ainda mais ferozes, do velho ou do novo establishment. Lula, por acaso, está nos ameaçando com guerra civil quando o PT for apeado do poder pelo Congresso, pela Justiça ou pelas urnas? Lula, por acaso, está nos ameaçando com um banho de sangue?

Sempre que este senhor sente um cheiro de retrocesso político, então é sinal de que a democracia avançou.

O golpe já foi dado. Lula é o presidente e nomeou Meirelles para o lugar de Levy

Titular da Fazenda fala a senadores e é triturado ao defender CPMF; o candidato à sua cadeira critica imposto em conversa com empresários

O comando do Bradesco deveria fazer logo um favor a Joaquim Levysei que soa meio estranho escrever desse modo — e afastar dele o cálice do Ministério da Fazenda. Levy é um bom homem, é um profissional competente na sua área e está passando por uma fritura desnecessária e penosa. Já foi derrubado por Lula. Henrique Meirellesex-presidente do Banco Central e outro profissional que nada entende de política econômica — é o virtual novo ministro da Fazenda. Já está até concedendo entrevista nessa condição.

O que isso quer dizer? Ora, que o golpe já foi dado. E, é claro, não foi pela oposição nem pelos jovens que estão acampados nos gramados do Congresso. Quem apeou Dilma da cadeira foi o grande golpista de plantão no Brasil: chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Isso não é matéria de gosto, mas de fato.  Levy já começou a ser desautorizado a céu aberto. Determinações suas estão sendo descumpridas por Jaques Wagner, por exemplo, o lulista da Casa Civil. Na terça, coitado!, em jantar com senadores tanto da base aliada como da oposição, o ministro da Fazenda passou por um verdadeiro massacre. Fez lá as suas antevisões de praxe e voltou a defender a CPMF, que não terá vida fácil no Congresso.

E Meirelles? Ah, esse já até concede entrevista como ministro. E parece não esconder a excitação com a possibilidade. Indagado por jornalistas a respeito, um modesto decoroso teria dito que a conversa não procede, que Levy faz um excelente trabalho, que se deve deixar o ministro cumprir as suas tarefas, essas coisas. Ele deveria ter dito isso tudo ainda que não acreditasse em nada.

Ocorre que, ainda que Meirelles fosse decoroso, a modéstia não é um mal que vá matá-lo algum dia. Num evento na Confederação Nacional da Indústria, nesta quarta, criticou a recriação da CPMF e a elevada carga tributária brasileira. Parecia música aos ouvidos dos presentes. E era mais um round da luta contra Levy.  Indagado, depois, pelos jornalistas se vai para o lugar do ministro da Fazenda, deu esta significativa resposta: “Não posso comentar sobre coisas de que não estou participando diretamente. Esse tipo de assunto, eu leio nos jornais e não estou em condições de comentar”.

Heiiinnn? Cadê o decoro e o elogio de praxe ao atual titular?  E notem: ele diz não estar participando “diretamente” — entendo, pois, que participe indiretamente e que haja um agente que cuida de sua nomeação. Há mesmo: Lula.

Mas ele aceitaria? Reitero: a única resposta elegante, em casos assim, seria dizer que a Fazenda está em boas mãos — o que não impediria a sua eventual nomeação. Mas ele preferiu dizer isto: “Questão de se eu aceitaria ou não aceitaria, tenho uma postura há muito tempo: eu não trabalho, não penso nem falo sobre hipótese. Só trabalho com situação concreta. Acho que o importante hoje é definirmos o que precisa ser feito no Brasil”.

Assim, a lógica obriga a que se conclua: 1 – sim, ele aceitaria;
2 – ele acha que não se definiu ainda o que precisa ser feito no Brasil; 3 – se ele aceita o cargo, então haveria essa definição.
Para lembrar: Meirelles sempre foi o candidato de Lula para a Fazenda. Ocorre que Dilma o detesta e está certa de que ele prestaria vassalagem, para ficar em termos medievais, a outro senhor. E ela tem razão.

Mas parece que essa é uma objeção que fazia sentido quando a presidente de direito também era a presidente de fato. Não é mais. Está fora.
Como é que a gente vai agora pedir o impeachment de Lula se ele nem foi eleito?

Fonte: Veja - Blog do Reinaldo Azevedo

 

 


 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Ex-presidente do Uruguai diz que Lula lhe confidenciou um crime contra o Estado brasileiro.



Babalorixá de Banânia tem de ser convocado a depor na CPI do Petrolão! Já!
Luiz Inácio Lula da Silva, sim, ele mesmo!, tem tanta intimidade com as grandezas do universo que já se referiu à Terra, como “planetinha”. Tudo é uma questão de ponto de vista, não é mesmo? Pensem bem: o que é o universo perto de Lula? Mera distração de Deus nas horas intersticiais do tédio. O Senhor pensou grande mesmo quando deu à luz o Babalorixá de Banânia. Aí desafiou: “Agora eu vou mostrar para Michelangelo quem é o verdadeiro Michelangelo…”

O Altíssimo se referia, claro!, àquele momento em que o artista, depois de esculpir Moisés, deu-lhe num toquezinho no joelho e disse: “Parla” (“fala!), tal era a perfeição da obra. Sim, meus caros, Lula é um Moisés que rivaliza com o próprioele também abre as mares se preciso — e que supera o de Michelangelo: afinal, fala! Pelos cotovelos! Por isso mesmo, dada essa grandeza, Lula deve agora explicações ao mundo.

Como o mundo não se interessa mais pelas coisas que ele diz e pensa; como ninguém mais se importa com a personagem acidental que Marilena Chauí achava poder revolucionar a filosofia, basta, então, que se explique à CPI do Petrolão. Convocá-lo passou a ser, agora, um imperativo moral. E por quê?  José Mujica, o esquisito que já governou o Uruguai, e que também fala pelos cotovelos, revelou num livro-depoimento chamado “Una Oveja Negra al Poder” “Uma ovelha negra no poder” —, escrito pelos jornalistas Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, que, em 2010,  que o Moisés de Garanhuns e de São Bernardo lhe confidenciou que o mensalão “era a única forma de governar o Brasil”. Vale dizer: Mujica afirma em seu depoimento que Lula lhe confidenciou um crime contra o Estado brasileiro.

Notem: o que foi o mensalão? Consistia no uso de recursos públicos e privados para formar uma espécie de estado paralelo. O que é o petrolão? Trata-se de um mensalão muito mais ousado, em que, da mesma forma, recursos públicos e privados são empregados para capturar o Estado.  Mujica e Lula são companheiros à esquerda. Ambos se dizem socialistas, ainda que um cultive o socialismo à brasileira, e o outro, à uruguaia. Refiro-me, claro!, a dois exotismos sem paralelo no mundo, hoje ou em qualquer tempo. Em comum, no entanto, eles têm aquele papo-furado contra as elites, contra os conservadores, contra a tradição…  Cada um deles, também, é irresponsável a seu modo. De toda sorte, duvido que Mujica esteja mentindo. Lula certamente lhe fez mesmo aquela “confidência”, até porque é o que petistas vivem dizendo por aí.

Num debate eleitoral na televisão, em 1986, o empresário Antônio Ermírio de Moraes, que morreu no ano passado, afirmou que “a política é a arte de pedir voto aos pobres, dinheiro aos ricos e mentir aos dois”. Lula, como ninguém, levou adiante essa máxima.  Em entrevista recente ao jornal espanhol El País, afirmou Mujica: “A esquerda morre quando a cobiça de se fazer dinheiro entra na política. Por que a corrupção prolifera tanto? Parece sensato que pessoas de 60, 70 anos se emporcalhem com uns pesos imundos? Eles sabem que têm pouca vida pela frente. O tema de ter dinheiro para ser alguém pode ser uma ferramenta de progresso no mundo do comércio, onde se correm riscos empresariais, mas estamos fritos quando se mete na política. Isso aconteceu na Itália, em parte da Espanha. É inexplicável o que se passa no Brasil”.

Não é inexplicável, não! É muito explicável! Mujica, mesmo sendo meio doidivanas, não assumiu o poder com o propósito de aniquilar as demais forças políticas, de se estabelecer como partido único, de eliminar a oposição. Também não tinha e não tem a ambição de liderar a esquerda latino-americana.

O nosso Moisés tinha propósitos maiores, não é? Tanto é assim que criou o Foro de São Paulo, com Fidel Castro. Lula deveria ter feito outra confissão a Mujica: “É impossível dar um golpe nas instituições, como queremos, sem recorrer a coisas como o mensalão”. Aí, sim, estaria a dizer a verdade.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo