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domingo, 27 de setembro de 2020

Falemos então, de cristofobia - por Percival Puggina

Se você quiser conhecer a extensão geográfica e a pluralidade dos ambientes culturais e políticos em que a cristofobia se manifesta como causa da perseguição religiosa, aceite meu convite e faça uma visita ao site Portas Abertas. Ali, baixe o e-book da Lista Mundial da Perseguição, com relatórios individualizados sobre os 50 países em que 260 milhões de cristãos padecem em virtude de sua fé. Neles, por diversos motivos, os cristãos:

• não têm seus direitos de liberdade religiosa garantidos;
• a conversão ao cristianismo é proibida por conta de ameaças vindas do governo ou de grupos extremistas;
• são forçados a deixar suas casas ou empregos por medo da violência que pode alcançá-los;
• são agredidos fisicamente ou até mesmo mortos por causa de sua fé;
• são presos, interrogados e, por diversas vezes, torturados por se recusarem a negar a Jesus.

Leia o relatório. Agora pense no presidente do Brasil falando, à Assembleia Geral da ONU. Assistiam-no chefes de Estado e chanceleres de todas as nações, inclusive das 50 que cometem ou convivem com tais abusos e crimes. Deveria ele unir-se ao cúmplice coro do silêncio? Não. O presidente do país com a maior população católica do mundo fez um “apelo à comunidade internacional por liberdade religiosa e combate à cristofobia”.

Pra quê! Enfileiraram-se os críticos, habituais defensores de direitos humanos dos companheiros, a apontar inconveniências na frase. Tiram de letra 260 milhões de vítimas de perseguição religiosa. Fico pensando: qual é o problema desse pessoal? De novo: qual é o problema desse pessoal? Bem, o problema é real e, também no Brasil, embora com consequências até aqui menos dramáticas, existe cristofobia. Ela seria ridícula, se não fosse raivosa. Poderia ser vista apenas como raivosa se não adviesse de grupos políticos, de círculos jurídicos, ou de mídia importante e militante. Nesse caso, se torna assustadora e quem for cristão que se cuide.

No Brasil, a cristofobia se expressa, também, na aversão de muitos a símbolos religiosos cristãos. 
Considera discriminatória a presença do símbolo, quando discriminador e preconceituoso é quem posa de ofendido por ele. Ou não? Mais evidente ainda a psicopatia quando pensamos nos muitos usos do cinema, teatro, exposições artísticas e performances repulsivas para atacar a fé cristã sempre a ela! – com indiscutíveis e absolvidos crimes de vilipêndio religioso. [Odeiam a nossa fé, porque temos a garantia de Jesus Cristo de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
O ódio é tamanho que alguns desses coitados, muitos ainda vivos, pretenderam durante a elaboração da chamada 'constituinte cidadã' , suprimir a expressão 'sob a proteção de Deus'.

Perderam. Sempre perdem, o demônio e seus seguidores sempre são derrotados.
A expressão está lá, sempre estará - "...promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL..." -  no Preâmbulo da Constituição da República Federativa do Brasil.]

Os adversários dos símbolos cristãos focam, lá na frente, os princípios, os valores e as tradições que lhes são implícitos. Muitos, como os relacionados à defesa da vida, à dignidade e aos direitos humanos, às liberdades, à família, compõem convicções constitucionalizadas no Brasil. É contra esse alvo que o ateísmo militante, nutrido a cristofobia, declara guerra e rufa tambores. Não age por amor à Constituição, mas por repulsa ao perfume cristão que ela legitimamente ainda consegue exalar, aqui ou ali, a contragosto do STF.

Impossível negar o que afirmo, sabem por quê? Até hoje não encontrei nenhum paciente de cristofobia que explicite as mesmas aversões a quaisquer outras culturas ou religiões. Sua luta é contra as raízes judaico-cristãs do Ocidente.

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE; Integrante do grupo Pensar+.


domingo, 29 de setembro de 2019

De aspirante a assassino a suicida moral e Os poderes em ação - Gustavo Krause - Veja

De aspirante a assassino a suicida moral

Janot posicionou-se



Entre um copo de cerveja e outro, flagrado na companhia de amigos em um botequim de Brasília fazendo o que mais gosta – beber e conversar -, o ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot limitou-se a dizer a jornalistas suplicantes por uma palavra sua:
– Ainda estou pensando em como me posicionar.

O interesse dos jornalistas estava nos desdobramentos de uma única das muitas histórias que ele conta em seu livro de memórias, em breve nas livrarias: o assassinato do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, seguido do suicídio do próprio Janot.

Órfão há mais de dois anos dos holofotes que para o bem ou para o mal iluminaram sua trajetória à frente da Procuradoria, Janot imaginou que voltaria a atrai-los se contasse algo capaz de galvanizar a atenção do país. E foi o que fez.
No livro, não deu detalhes do que diz que tramou um dia, nem mesmo citou o alvo de sua fúria abortada pela “mão de Deus”. Em entrevista à VEJA, deu detalhes e o nome de Gilmar. Estava certo que escalaria mais um degrau do panteão dos heróis brasileiros.

Aconteceu o contrário: foi ao chão. Teve seu apartamento revistado pela polícia que ali apreendeu documentos e a pistola escolhida para consumar o crime. Está proibido de entrar no prédio do tribunal e deve manter-se a uma distância de 200 metros dos ministros.

Haverá uma reentrada em cena mais desastrada do que a de Janot? Gilmar não acreditou que ele quisesse matá-lo quando ficou sabendo de tudo, este ano, pelo ex-ministro Raul Jungmann, da Justiça e da Segurança Pública. Foi o que Jungmann ouvira do próprio Janot.  O novo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, aumentou seu capital político com a revelação do patético episódio do assassino e suicida que foi sem nunca ter sido. Janot enterrou de vez o costume da lista tríplice para indicação do futuro ocupante do cargo. [ao desprezar a lista tríplice - uma aberração usada pela corja lulopetista - mais uma vez o Presidente Jair Bolsonaro, mostra o quanto é forte a sua capacidade de intuição e que sempre saberá tomar a decisão certa no local e momento certo.]


Semana que passou foi marcada por uma intensa movimentação dos poderes da República



O chefe do Poder Executivo abriu os trabalhos da Assembleia Geral da ONU. Cumpriu a tradição. O Brasil tem a primazia do discurso inaugural. A retórica, no entanto, rompeu a tradição do conteúdo moderado e do tom conciliador que sempre marcaram a presença brasileira no evento. O Presidente usou a tribuna para reafirmar sua visão de mundo e, sem rodeios, balizar a política externa do País. [Assembleia Geral da ONU = o foro mais adequado para que um Chefe de Estado e de Governo exponha ao mundo a posição da nação que preside e governa.]


Nenhuma surpresa. Bolsonaro, mais uma vez, apresentou-se sem máscaras. E não falou apenas para o seu público. Fez ecoar sua crença ideológica para dentro e para fora do Brasil: nomeou inimigos reais ou imaginários e contra eles pregou o confronto; enfatizou a soberania lastreada no nacionalismo em contraponto à abstração globalista que, segundo ele, disfarça o neocolonialismo eurocêntrico. Foi incisivo ao afirmar que a Amazônia não é um patrimônio da humanidade e que o Brasil sabe cuidar das minorias a despeito da falsificação midiática e da venalidade das ONGs. Reafirmou o pilar da religiosidade e dos valores ultraconservadores nos costumes.

Enfim, o Presidente apresentou-se exatamente como ele é. Resta saber até que ponto o pragmatismo das relações comerciais e uma economia liberal e aberta, como prometidas, são capazes de superar o alinhamento político com o populismo autocrata que come pelas beiradas a democracia política.  Enquanto isso, o Congresso Nacional derrubou 18 vetos presidenciais à Lei de Abuso de Autoridade; o grupo de trabalho do pacote anticrime eliminou o regramento que ampliava a hipótese de legítima defesa como excludente de ilicitude para policiais ou civis sob o pretexto de “excusável medo, surpresa ou violenta emoção”, defendida pelo Ministro Sérgio Moro.

Por sua vez, em companhia de 15 senadores, o Presidente do Senado Davi Alcolumbre, em “visita institucional” ao Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, e com o objetivo de “reafirmar” a independência do Poder Legislativo, na verdade, manifestou uma reação da Câmara Alta à liminar de busca e apreensão nos gabinetes do Senador Fernando Bezerra Coelho e do deputado Fernando Bezerra Filho, concedida, monocraticamente, pelo Ministro Luis Barroso.

Entra em cena, então, o pleno do Supremo Tribunal Federal. Por sete votos a três, prevaleceu o entendimento em favor da tese pelo direito dos réus delatados se manifestarem após os delatores nas alegações finais. A decisão não foi concluída. Faltam dois votos e a expectativa de que a decisão seja modulada de forma a não atingir decisões anteriores em que a questão não fora arguida pela defesa.
Toda movimentação dos poderes é passível de um debate público e esclarecedor quanto à normalidade do funcionamento das instituições, não fora o ambiente de radicalização, propício ao cínico e último estratagema, o 38%, sugerido por Schopenhauer no livro Como vencer um debate sem precisar ter razão, que é a grosseria, o insulto e a ofensa pessoal. Tudo se resume a etiquetas ultrajantes como fascista, comunista, homofóbico, lésbica, corrupto, alienado, coxinha, mortadela no lugar da interlocução civilizada.
 
Antes de finalizar o artigo, porém, veio à tona uma notícia estarrecedora: a nação brasileira, perplexa, tomou conhecimento de que, para além do ultraje, o ódio permeia as relações sociais a partir da confissão, em livro de memórias, que o ex-Procurador Geral da
República, Rodrigo Janot, planejara assassinar o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, no lócus em que o império da lei resguarda os direitos da pessoa humana, entre os quais, o mais fundamental: o direito à vida.
Que exemplo! O Complexo do Alemão não é ali.

Leia grátis por 30 dias no

Blog do Noblat - VEJA - Gustavo Krause, ex-ministro da Fazenda 


quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Itamaraty monitora risco de boicote a discurso de Bolsonaro na ONU - O Globo




O Itamaraty teme um boicote a Jair Bolsonaro, que vai abrir a Assembleia Geral da ONU, em virtude das trapalhadas recentes do governo na política internacional.

Há o receio de que chefes de Estado, sobretudo europeus, se retirem do plenário ou enviem representantes de terceiro escalão no momento em que Bolsonaro for ao microfone.

[Boicote ao presidente Bolsonaro, no Plenário da ONU, é um temor infundado do Itamaraty e um desejo dos inimigos do presidente Bolsonaro e do Brasil.

Ótimo será se Macron resolver privilegiar, com sua ausência,  no Plenário da ONU, durante o discurso do presidente da República Federativa do Brasil.

Oportuno registrar que os realmente interessados em boicotar o  presidente da República Federativa do Brasil, são os próprios brasileiros.

A Coluna do Lauro Jardim, em O Globo, informa que a Associação Nacional dos Procuradores da República - ANPR,  
"pede que todos os procuradores do país recusem eventuais convites para assumir cargos na PGR, caso o próximo procurador-geral da República, a ser escolhido por Jair Bolsonaro, não seja um dos três mais votados pela categoria, leia-se, Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul".

A recomendação da ANPR é uma forma de boicotar o presidente Bolsonaro - a ANPR, associação dos fiscais da lei, quer cassar,  mediante condutas impróprias, a competência constitucional do presidente da República de indicar o Chefe da PGR.]





segunda-feira, 2 de setembro de 2019

A cirurgia pode tirar Bolsonaro da Assembleia Geral da ONU? - Radar



 Radar - O Globo
por Lauro Jardim


Jair Bolsonaro se interna no domingo, 8, para uma nova "cirurgia de médio porte" no abdome. O próprio Bolsonaro tuitou prevendo "dez dias de férias" por causa da internação.

Para abrir a Assembleia Geral da ONU no dia 24, Bolsonaro teria que viajar até o dia 23. Tecnicamente, daria para comparecer e fazer o discurso. Mas também pode ser um bom motivo para não viajar e enfrentar in loco o desgaste global que as queimadas produziramm em sua imagem.

Radar - Lauro Jardim - O Globo

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

No DF, mulheres negras têm quase 5 vezes mais chance de serem assassinadas

Números são de um levantamento feito pela Organização das Nações Unidas em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude, da Presidência

[essa pesquisa apresenta resultados que não combinam com a realidade e leva jeito de ser mais uma pesquisa para criação de mais cotas - provavelmente agora a cota-moradia.]

Mulheres negras têm mais chances de serem assassinadas que as brancas da mesma idade em praticamente todos os estados brasileiros, de acordo com o levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) da Presidência da República. Foram analisados apenas os municípios com mais de 100 mil habitantes e, pela primeira vez, o IVJ analisou informações de gênero. Os resultados do estudo serão apresentados nesta segunda-feira (11/12), com a divulgação do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência 2017 (IVJ).
 
um detalhe: usando um exemplo do DF, último final de semana, houve um único homicidio envolvendo um jovem de 21 anos e não teve como motivação etnia, cor da pele, poder econômico, escolaridade, etc.] 
 
A faixa etária abordada — jovens de 15 a 29 anos representa um quarto da população brasileira, e é justamente onde estão as maiores vítimas de homicídios. Segundo o estudo, as mortes têm geografia e endereço certo, pois fala dos jovens, sobretudo negros, que moram em áreas pobres e estão mais expostos à violência. "Eles não estão em vulnerabilidade apenas por causa da cor da pele. Tem a ver com escolaridade, com morar na periferia... Tem uma questão geográfica muito séria aí”, afirma a representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto.

Um ponto inédito da pesquisa é que informações levam em consideração o gênero dos entrevistados, o que possibilitou aos pesquisadores descobrir, por exemplo, que os jovens negros do sexo masculino têm mais chance de morrer assassinados, mas que a diferença é pequena quando há comparação com as mulheres. "É importante ter esses dados que trabalhem a questão da violência em gênero e raça. A ideia é contribuir para criar e aperfeiçoar políticas públicas nos três níveis: municipal, estadual e federal. Assim, faremos um esforço concentrado, todos juntos, para propor soluções”, ressalta Noleto.
 
(...)

Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, é o município que apresenta os maiores índices de homicídio de jovens negros, seguido de Altamira e São José do Ribamar, ambos no estado do Maranhão. Em contrapartida, São Caetano do Sul, em São Paulo, apresenta os melhores indicadores — inclusive de empregabilidade e evasão escolar, questões diretamente ligadas à violência. Em Alagoas e em Roraima, não há dados disponíveis.

A Organização das Nações Unidas no Brasil (ONU-BR) reuniu seus 26 organismos na campanha Vidas Negras. Segundo a organização, a ideia é "sensibilizar a sociedade brasileira sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à discriminação racial". A campanha ocorre no âmbito da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), proclamada pela resolução 68/237, em Assembleia Geral da ONU.
 
DF entre os piores
No Distrito Federal, a mulher negra tem praticamente cinco vezes mais chance de ser assassinada, se comparada a uma mulher branca. As chances são 4,72 vezes maiores, segundo a pesquisa. A militante Renata Lima, que faz parte de grupos relacionados ao tema, diz que existe uma diferença muito grande entre a vida que leva na faculdade onde estuda, a Universidade de Brasília (UnB), e o local onde mora atualmente, Taguatinga. "Perto de casa, temos índices altos de violência. Como em toda área pobre, existem muitos negros. Políticas públicas tentam amenizar a situação, tem muita coisa voltada para as mulheres. Mas ainda falta muito”, explica. [esse parágrafo está eivado de absurdos, apresenta dados que não se sustentam - tipo o chances 5 vezes maiores, não tem o menor suporte da realidade, afirmação tipo chute.
A militante faz uma afirmação contra a cidade onde mora (Taguatinga) quando apresenta Taguatinga como uma cidade em que matam cinco hoje e já deixam três amarrados para amanhã;
não corresponde com a realidade, os índices de violência, especialmente assaltos a pedestres, arrombamentos de carros e mesmo homicídios na UnB são altos especialmente comparando a população da UnB - em sua maioria 'flutuante' e a de Taguatinga;
Taguatinga tem um índice de criminalidade elevado, mas, não chega ser fora de controle.
Tirando uma ou outra invasão, Taguatinga é uma cidade pacífica, sem índices exagerados de criminalidade - a militante deveria equiparar a criminalidade em todo o DF, nivelar, já que com o governador Rollemberg - que não renova os efetivos policiais, não equipa melhor as polícias - a meta é acabar com a Segurança Pública no DF.
Não existe em Taguatinga nenhuma área onde ocorra um exagerado índice de criminalidade, diferente do que insinua a militante quando diz: "Perto de casa, temos índices altos de violência. Como em toda área pobre, existem muitos negros" - tentando atribuir uma hipotética violência a um elevado número de negros.]

A vida não é mais branda para a farmacêutica Luana Carvalho. Para ela, conseguir um emprego e sair da Cidade Estrutural, onde morava, foi mais que um investimento: é uma mudança de vida. Com os R$ 5 mil que recebe atualmente – rendas somadas dos dois empregos que mantém – alugou um apartamento no Plano Piloto, na intenção de fugir da violência. "Não adianta você fingir que as coisas nas regiões administrativas são simples. Não é como aqui, onde tem transporte, polícia, iluminação. São mundos opostos. Perdi amigas da escola, todas negras como eu, mortas pelos maridos, pelos credores, até pelos pais. As pessoas acham que qualquer débito pode ser resolvido com uma morte. Isso é herança da escravidão e falta de respeito, como se o preto ainda não fosse gente", observou. [mais uma entrevistada que tenta atribuir - palavras dela - o índice de violência a cor da pele, ao local de moradia  = que é carente da presença da polícia e de iluminação,  etc.
 
Para ficar só neste final de semana, dos homicídios ocorridos no DF, três - a maioria dos eventos - não envolveram negros, não envolveram pessoas de baixa escolaridade e/ou poder econômica:
- um envolveu um pesquisador da UnB - excelente nível de escolaridade, residente no Sudoeste (área que não é periferia nem caracterizada pela pobreza dos seus habitantes) e o assassinato ocorreu no centro do DF - ciclovia do Eixo Monumental, altura do Palácio do Buriti, Câmara Legislativa, Tribunal de Justiça do DF e MPDFT,  área com cinco batalhões da PM, com grande fluxo de viaturas;
- outros dois homicídios também não ocorreram em áreas da periferia ou áreas de favelas, não envolveram negros, nem pessoas de baixa escolaridade (em um condomínio classe média para alta, pessoas com ótima escolaridade, bom poder aquisitivo.)
Mais um exemplo, faz uns meses que foi assassinada a facadas uma funcionária de um ministério, residente no Plano Piloto, apartamento na Asa Norte, não dependia de transporte e não era negra. 
 
Se percebe um esforço para atribuir a violência mais as condições de moradia (esforço que talvez seja um balão de ensaio para criar mais uma cota, a cota-moradia = tipo de cada cem apartamentos construídos no Plano Piloto, dez seriam distribuídos pelo sistema de cotas para moradores da periferia.)
 
Analisando os dados que constam da reportagem, fica claro que a violência em Brasília é distribuída em todos os locais, todas as etnias, condições econômica, tipos de moradia, etc.]
 

 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Impeachment da soberana não oferece o risco à democracia, que só ela e a petralhada dizem existir

Não existe o risco à democracia visto por Dilma

Por tramitarem pelos canais estabelecidos em lei e seguirem os ritos institucionais, as pressões pelo afastamento da presidente não representam qualquer ameaça

Ao passar por Nova York no final de setembro, para a Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma, ao ser entrevistada por Fareed Zakaria, da CNN, defendeu-se, como seria de se esperar, das investidas dos que desejam aprovar seu impeachment no Congresso. Mas extrapolou quando aconselhou adversários a terem cuidado, porque “nossa democracia ainda está na adolescência". Dilma, nesse momento, se descolou da realidade. 

Ora, inexiste qualquer ameaça à democracia na ação de políticos e grupos da sociedade contra a permanência da presidente no Planalto até dezembro de 2018, pois a questão tramita dentro dos limites estabelecidos pela Constituição. Também por isso é falso chamar de “golpista” quem deseja que o Congresso aprove o impedimento da presidente. Como também não eram “golpistas” os que pressionaram para que o mesmo acontecesse com Fernando Collor. 


Se os motivos alegados contra a presidente são fundamentados ou não, essa é outra questão, a ser definida, como tem sido tudo, nas instâncias devidas, sem qualquer atropelo. A presidente tem dois flancos vulneráveis: o da prestação de contas do mandato anterior e o do financiamento da campanha para o seu atual governo. No primeiro, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu seu veredicto, contra Dilma, mas a palavra final é do Congresso. No segundo, cabe ainda ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deliberar sobre denúncias de que dinheiro de propinas cobradas pelo PT em contratos de empreiteiras com a Petrobras, segundo delações premiadas, foi lavado ao ser convertido em doações legais para a campanha de reeleição de Dilma.

O momento político por que o país passa é de extrema dificuldade, potencializada por grave crise econômica gerada por erros do segundo mandato de Lula e do primeiro de Dilma. A presidente, a equipe do primeiro mandato e o PT trabalharam para retardar ao máximo ajustes de tarifas públicas, entre outras manobras, a fim de ganhar a eleição de outubro. Ganharam, mas tudo explodiu, numa reedição do que o então presidente Sarney e o presidente do PMDB Ulysses Guimarães fizeram no fim do Plano Cruzado, em 1986.
Entende-se por que é tão baixa a popularidade da presidente. Paralelamente a esse quadro há a Operação Lava-Jato, em que se desvenda mastodôntico esquema de corrupção no qual está envolvida gente do PT, PMDB, PP. 

Mas também nada disso abala a democracia. Ao contrário, o petrolão tem servido para reforçar instituições republicanas já revigoradas no escândalo anterior do mensalão, deflagrado a partir do mesmo esquema lulopetista que se infiltrou na Petrobras e outras empresas públicas. A maneira como transcorre a pressão política pelo impeachment da presidente, dentro da lei, apenas reafirma que o regime de democracia representativa brasileiro tem sido capaz de resistir aos choques, vacinado contra tentações autoritárias.

Fonte: Editorial - O Globo
 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Mugabe discute direitos humanos: ‘Não somos gays’



Na ONU, presidente do Zimbábue defende igualdade de gênero, mas rechaça imposições
Em mais um de seus discursos contundentes, o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, se disse um defensor dos direitos humanos. Mas logo antes de se dizer contra direitos que ele considera “novos”, durante sua fala na Assembleia Geral da ONU.
— Respeitar e garantir os direitos humanos é uma obrigação de todos os estados. Mas não há nada na Carta das Nações Unidas que nos obrigue a certas situações universais. Nós rejeitamos politizações e dois pesos e duas medidas. Nós igualmente rejeitamos tentativas de prescrever novos direitos que são contrários a nossos valores, norma, tradições e crenças — disse, antes de refletir por alguns segundos e levar os presentes na sessão aos risos: — Nós não somos gays.

Enquanto alguns diplomatas aplaudiram timidamente, outros riram da situação. Para “consertar”, ele começou a falar da necessidade da promoção de maior igualdade de gênero e da inclusão feminina na diplomacia e na política.

No ano passado, Mugabe, um antigo crítico da população LGBT, chamou os relacionamentos homossexuais de “desumanos”, antes de ameaçar a expulsão de diplomatas que falassem dos direitos gays.

Duas semanas antes, Mugabe, 91 anos e presidente há 36, acabou lendo o mesmo discurso que usou para seu Estado da Nação, em agosto, provocando interrupções e risos de parlamentares da oposição. Alguns partidários chegaram a ameaçar de morte os que interrompessem a fala.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Hora da ONU se valorizar e excluir o obrigatório discurso de um presidente brasileiro na abertura de sua Assembleia Geral anual

Já passa da hora da Organização das Nações Unidas - ONU, extinguir o costume que só avilta àquela Organização (que já não é mais tão poderosa como chegou a pensar ser) da sua Assembleia Geral anual ser aberta com o discurso do presidente do Brasil.

Em outros tempos, os brasileiros que na condição de presidente da República faziam os pronunciamentos de abertura do evento, eram brasileiros cultos, capazes e sua participação engrandecia o evento - mesmo que as razões que deram origem ao costume não o justifique.

Mas, depois que um estrupício como Lula, por dois mandato, e Dilma já pelo quinto ano consecutivo, passaram a cometer discursos naquela Assembleia Geral, uma mudança se torna bem-vinda e passe a se valorizar o acontecimento, permitindo apenas a presença de oradores que engrandeçam, que somem.

Que tal começar pelo país que abriga a sede da ONU? ou pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU?

Qual a razão de permitir que um país que, por vontade exclusiva do seu povo, está caindo rápido para o quarto mundo, seja foco de atenção.

O que justifica permitir que um ex-presidente, em breve um presidiário, devido seus crimes de corrupção e outros desmandos, abra uma Assembleia Geral da ONU?

O que fundamenta deixar que uma presidente incapaz de ordenar de forma coerente uma frase com mais de dez palavras, expila um discurso.

Hoje, infelizmente, esperamos que seja o último ano, Dilma fala às 10 horas na abertura da Assembleia Geral da ONU.

Em seguida, às 11 horas, assiste ao esperado discurso do Papa Francisco. Roguemos a Deus para que não permita que ela sequer se aproxime do Papa.

Depois, a intenção dela é bate um papinho com o hermano - quem sabe para pedir uma bênção milagrosa... benção certamente lhe será concedida, mas, milagre, não creio que Dilma seja merecedora.