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domingo, 15 de janeiro de 2023

“Campos de concentração digitais” - Percival Puggina

Em nome do amor vencendo o ódio, estamos assistindo a mais odiosa caçada a adversários políticos desde 1978, já lá vai, portanto, quase meio século. É um longo tempo, cujos eventos se contiveram no espaço de vida intelectual ativa de pessoas com menos de 60 anos, atentas aos fatos nacionais. Em outras palavras, apenas os idosos (15% da população brasileira) tiveram experiências em tempos de liberdades restritas. Autoritarismo político em pleno funcionamento está sendo visto e vivido pela primeira vez por 85% dos brasileiros. 

Não deveriam estar protestando contra isso? Sempre viveram e conviveram com governos e suas oposições. Sabem que o PT nunca deu moleza a seus adversários. 
Sempre puderam observar, também, que o PT, se perde uma eleição, seja presidencial, estadual ou municipal, desenrola a campanha padrão do “Fora fulano”, contra o sujeito sentado na cadeira que os petistas ambicionavam. Sempre puderam assistir a maledicência e a destruição moral dos adversários, (muito bem retratados no livro “Assassinato de reputações”, best seller de Romeu Tuma Jr.).

Nunca, porém, essa geração mais jovem assistiu algo como essa sanha acusatória, essa caça às bruxas, essas ameaças públicas, essa criminalização da oposição, essa judicialização total da política, essas declarações de guerra, essas ações concretas de censura e restrição de direitos (inclusive de defesa), essa aplicação cruel de sanções severíssimas contra cidadãos acusados de pretender contra o Estado aquilo que o Estado, objetivamente, está a fazer. Nunca autoritarismo tão explicito foi usado contra um presidente enquanto o acusavam de pretensões ditatoriais...

Perceberam, leitores, que hoje não restam senão uns poucos bons comunicadores de perfil conservador e/ou liberal, em atividade no país? Os demais estão silenciados! Punidos! Investigados! No exílio! Contas bancárias bloqueadas! Demitidos de suas empresas! 
Tamanho foi o constrangimento que alguns desistiram e mudaram de ramo para viver em paz. 
As poucas empresas de mídia que não aplaudem de pé o jogo sinistro do topo do poder estão medindo palavras. Escolhendo assuntos.
 
Os que atuam de modo individual nas redes sociais confinam-se no que alguns, com muita propriedade, têm chamado “campos de concentração digitais”. 
Tal expressão define de modo adequado esses espaços patrulhados, sem privacidade, farejados por uma polícia digital de cães caçadores de palavras e temas proibidos que atuam para dar recheio aos infindáveis e inescrutáveis inquéritos abertos. 
Subsistem controlados em “primeira instância” pelas próprias plataformas que usam para expor seu pensamento. Também elas estão alinhadas com as causas e pautas do poder instalado e cuidam de controlar a propagação daquilo que produzem os comunicadores que ainda insistem em usar esses retalhos de liberdade tolerados pela patrulha dos campos de concentração digitais.
 
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
 

sábado, 12 de março de 2016

Dilma e o doleiro - cai a última blindagem de Dilma: é incompetente mas é honesta; agora sabemos que é INCOMPETENTE e DESONESTA

O bilhete que liga o doleiro a Dilma

Em manuscrito de Alberto Youssef o nome da presidente Dilma aparece próximo a valores. Documento foi entregue pela contadora do doleiro à PF em abril de 2014, às vésperas da campanha eleitoral, e que estranhamente se mantinha incógnito até agora

No dia 29 de abril de 2014, quando começou a atuar como informante da Polícia Federal, a contadora de Alberto Youssef, Meire Poza, forneceu à Lava Jato uma série de documentos recolhidos por ela nos escritórios do doleiro. Um deles, se divulgado à época, poderia ter efeito devastador sobre a campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Trata-se de um bilhete escrito de próprio punho pelo doleiro em que ele menciona a presidente. No alfarrábio, o nome de Dilma aparece próximo a valores.

Guardado a sete chaves pela Lava Jato, o manuscrito de Alberto Youssef atravessou a campanha presidencial incógnito e assim permaneceu até agora. ISTOÉ teve acesso com exclusividade ao documento. Na atual circunstância política, – com a presidente cada vez mais isolada e impassível diante da crise e das denúncias envolvendo sua campanha, – a anotação do doleiro renova o seu potencial explosivo. O bilhete é a principal revelação do livro Assassinato de Reputações II – muito além da Lava Jato – de autoria do delegado Romeu Tuma Jr, previsto para ser lançado nesta semana.

É a primeira vez que surge uma prova ligando Dilma ao doleiro. No manuscrito, a referência à Dilma é o segundo item abaixo do registro “1.000.000 Bsb” (um milhão Brasília). Ao lado do nome da atual mandatária do País aparece o número 17, a palavra viagem e ao que tudo indica ser um horário “16:30”. No primeiro item, Youssef refere-se a um “novo embaixador”. Na sequência, ele sugere o desembolso de alguma quantia: “1.000 – Pagar 50”. Para a secretária do doleiro, profunda conhecedora dos submundos do Petrolão, uma das explicações para o apontamento de Youssef seria “algum pagamento que deveria ser feito à Dilma”. 

De acordo com relato da contadora, ao receber o papel, em abril de 2014 na Superintendência da PF na Lapa, em São Paulo, o delegado Márcio Anselmo, da força-tarefa da Lava Jato, vibrou: “Que coisa maravilhosa”, teria dito, segundo testemunho dela que consta do livro Assassinato de Reputações II. Ao presenciar a cena, Meire pensou na hora: “Dilma estava no esquema”. Anselmo estava acompanhado do agente Rodrigo Prado. Tanto o manuscrito citando Dilma como os demais documentos entregues por Meire foram acondicionados no porta-malas de uma Range Rover Evoque, apreendida pela Lava Jato e agora a serviço da PF. 

 Dinheiro: Para Meire Poza, contadora do doleiro, anotação significa pagamento à Dilma
No dia seguinte, o agente Prado enviou um email à contadora de Youssef: Nossa conversa foi muito boa. Vamos mantendo contato por aqui”. Começava ali o trabalho de Meire Poza como uma espécie de agente infiltrada da PF. Ao longo de mais de um ano, até meados de setembro de 2015, a contadora municiou os policiais federais com uma série de informações relevantes. A maioria delas foi considerada pelos integrantes da Lava Jato na hora de produzir provas contra envolvidos no esquema de desvios na Petrobras. 
Os relatos se revelaram cruciais para a deflagração de operações que vieram a seguir. Estranhamente, o bilhete em que o doleiro menciona a presidente teve outro destino. Nunca foi incorporado às provas da Lava Jato. Além de não aparecer no e-Proc, sistema de consulta dos processos da força-tarefa, ISTOÉ apurou que o documento nunca foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) – caminho obrigatório e formal de qualquer indício ou prova envolvendo um presidente da República. “Esse manuscrito nunca apareceu por aqui”, assegurou na semana passada à reportagem de ISTOÉ um alto integrante da PGR que se debruçou sobre o material relativo ao doleiro Alberto Youssef. 

Para Romeu Tuma Jr, o episódio é um claro indicativo de que possa ter havido pressão do Planalto para abafar o caso. “É uma indicação forte de que houve uma tentativa de proteger Dilma”, afirmou Tuma Jr. à ISTOÉ. Hoje, no momento de maior fragilidade da presidente, desde a posse, em que as discussões sobre o impeachment ganham força e vigor, tanto a revelação do bilhete, escrito pelo doleiro, como as suspeitas de mais uma interferência do Planalto na Lava Jato contribuem para tornar a situação da petista ainda mais delicada. 
Na semana passada, ISTOÉ publicou com exclusividade trechos da delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). As revelações do parlamentar sacudiram a República. Entre elas, a tentativa de ingerência de Dilma nas investigações da Lava Jato, ao nomear o ministro Marcelo Navarro, ao STJ, em troca do compromisso de soltura de empreiteiros envolvidos no Petrolão. Esta seria mais uma investida de Dilma contra a Lava Jato, desta vez no sentido de evitar a criação de embaraços para ela própria. Razões não faltavam. 
Quando o manuscrito em que o doleiro menciona a presidente chegou às mãos da PF, em 29 de abril de 2014, o País encontrava-se às vésperas da campanha eleitoral. Em 17 de março daquele ano, Alberto Youssef fora preso, acusado de ser um dos operadores do Petrolão. Em setembro, o doleiro iniciaria os seus depoimentos à PF. Perguntado, em uma das sessões, sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro afirmou: “O Planalto sabia de tudo”. Questionado pelo delegado que colhia o depoimento a quem ele se referia, Youssef respondeu: “Lula e Dilma”. 
A afirmação se tornou pública na sexta-feira 24 de outubro, antevéspera do segundo turno das eleições. No dia seguinte, o doleiro era internado. Imediatamente, surgiram versões de que ele teria sido alvo de atentado ou queima de arquivo. Oficialmente tratou-se de um infarto. O resto da história, todos sabem: Dilma reeleita por uma margem estreita de votos em relação ao senador Aécio Neves (PSDB). Difícil prever se o surgimento desse novo elemento – no caso, o bilhete de Youssef – seria capaz de mudar os rumos da eleição. É certo, no entanto, que o Planalto, tinha total interesse em manter o documento incógnito em meio ao calor da campanha. Seu vazamento era totalmente inconveniente a Dilma àquela altura.
 O livro Assassinato de Reputações II, cujo fio condutor é a trajetória da contadora Meire Poza, a ligação com Youssef e sua atuação como informante da PF, traz outra revelação importante. Por intrigante. Segundo Meire, a Lava Jato poderia ter sido deflagrada dois anos antes, em 2012, quando ela se dirigiu pessoalmente à sede da PF em São Paulo e se dispôs a colaborar com informações sobre o esquema operado por Alberto Youssef. Quem a recebeu foi o delegado Otávio Margonari Russo, lotado na Lapa de Baixo, bairro da zona oeste de São Paulo. Ela diz ter levado tudo o que tinha de indícios de Youssef associados ao PT.
O delegado prometeu investigar, mas não tomou seu depoimento. Duas semanas depois, quando Meire telefonou cobrando uma posição, o delegado, de acordo com a contadora, primeiro disse não se lembrar dela. Depois, recomendou a Meire que não ligasse mais. “Se eu estiver precisando de alguma coisa, quem liga pra você sou eu”. A ligação nunca veio. Em 26 de maio de 2014, Meire relatou esse episódio em reunião com as estrelas da promotoria da Lava Jato: Deltan Dallagnol, Andrey Borges, Carlos Fernando e Roberson Pozzebon. Também participaram do encontro Márcio Anselmo, com quem Meire costumava conversar pelo whatsapp, e Rodrigo Prado. “Minha história começou em março de 2012, quando denunciei Alberto Youssef à Polícia Federal de São Paulo e não aconteceu nada”, disse. 
Silêncio sepulcral. O primeiro a falar teria sido Dallagnol. “Como assim? Você sabia disso, Márcio?”. Ao que o delegado respondeu: “É, eu sabia. Ela esteve lá com um colega nosso, mas, putz, ele estava cheio de trabalho e não levou isso pra frente”. Anselmo foi procurado por ISTOÉ desde a terça-feira 8, mas não retornou até o fechamento desta edição. A reportagem também tentou uma audiência com a direção da PF em Brasília para tratar do tema. Sem sucesso. Numa conversa mantida em Curitiba com o agente Prado, com o qual mantinha uma relação próxima, Meire ouviu do próprio policial que, em sua avaliação, Otávio Russo, ao não investigar a denúncia formulada por ela em 2012, havia incorrido num crime: o de prevaricação.
Em 2012, Marcos Valério, o operador do mensalão, prestou um depoimento em que revelou pela primeira vez que o pecuarista José Carlos Bumlai havia intermediado um empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Banco Schahin para, com metade deste valor, conseguir comprar o silêncio do empresário de transportes, Ronan Maria Pinto. Segundo Valério, Ronan ameaçou envolver o ex-presidente Lula, e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel. 
Valério tentava um acordo de delação premiada e disse ainda que, como contrapartida ao empréstimo a Bumlai, a Schahin foi recompensada com contratos bilionários na Petrobras. Em fevereiro do ano passado, ISTOÉ trouxe um documento do Banco Central atestando a ilegalidade da operação. Em dezembro, depois de ser preso, Bumlai confessou o esquema. O livro Assassinato de Reputações II – muito além da Lava Jato – traz o contrato da transferência de R$ 6 milhões a Ronan, em 2004. Ele prova que a operação clandestina narrada por Valério e confirmada por Bumlai de fato ocorreu. 
A documentação, segundo narra o livro, foi repassado à PF pela contadora Meire Poza. De acordo com a secretária de Alberto Youssef, quem lhe entregou o material foi Enivaldo Quadrado, braço-direito do doleiro. “O Enivaldo pediu para que eu guardasse como se fosse a minha vida, pois era o seguro dele contra o Lula”. Fornido dessas e outras importantes revelações, o novo livro de Romeu Tuma Jr. e Claudio Tognolli promete repetir o retumbante sucesso da primeira edição. O Assassinato de Reputações – um crime de Estado, lançado em dezembro de 2013, vendeu mais de 140 mil cópias e ficou 24 semanas na lista dos mais vendidos. 
“Demonstramos no livro que o esquema de Santo André se reproduziu em Brasília. Como ocorreu em Santo André, também tentaram abafar as denúncias de Meire Poza feitas em 2012 sobre o Petrolão. Suspeita-se que tenha sido para preservar o governo, afinal, com o andamento das investigações, tudo o que nós temos assistido sobre a Lava Jato estaria acontecendo às vésperas da eleição de 2014, vencida por Dilma”, diz Tuma Jr. no livro. 
Filho do ex-senador e diretor-geral da Polícia Federal Romeu Tuma - morto em 2010 -, Romeu Tuma Junior é delegado aposentado da Polícia Civil de São Paulo e ex-deputado estadual. Integrou a Interpol e, em 2007, durante o governo Lula, Tuminha, como é conhecido, foi nomeado secretário nacional de Justiça. No cargo, acompanhou operações importantes, como a Satiagraha. Acabou exonerado três anos depois, de maneira repentina, pelo Palácio do Planalto. Diz ter sido vítima de perseguição política.
 Fonte: Isto É

Créditos das fotos desta matéria: Guilherme Pupo; Paulo Lisboa/Brazil Photo Press; Eduardo Knapp/Folhapress

 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

“Nada aprendem, tudo esquecem” e outras sete notas de Carlos Brickmann



A frase é de Karl Marx: a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. No Brasil é diferente: é sempre farsa, é sempre tragédia.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, PMDB, aspirante à presidência da República, diz que o problema da zika é “um certo exagero”, porque “morre muito mais gente de gripe do que de dengue, que dirá de zika”. Claro, Sua Excelência não tem parentes que morreram de zika, nem arriscados a ter filhos com microcefalia, nem com dengue, ou chikungunya. Pode ver as coisas com menos paixão, certo?  Mas poderia estudar um pouco. O governo brasileiro da época, por volta de 1918, não temia a Gripe Espanhola, porque o vírus não teria como cruzar o Atlântico. Pois cruzou. Entre São Paulo e Rio, matou perto de 20 mil pessoas.

Paes nada aprendeu, mas não está sozinho. Dilma vinha reduzindo desde 2013 as verbas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika (e também, não esqueçamos, da febre amarela, que já foi epidêmica no Brasil). Em 2016, não há verba para isso prevista no orçamento federal
Estados e municípios também acham que não é com eles. Em São Paulo, a Prefeitura petista de Fernando Haddad ignora os alertas da população ─ por exemplo, prédios com piscina abandonada, com água, prontinha para operar como berçário de mosquitos (fotos já foram publicadas, sem êxito). A própria prefeitura demarcou ciclovias com postes de plástico sem tampa, do calibre de latas de cerveja. A água e as larvas não têm saída; os mosquitos têm. Tlim, tlim, Saúde!

Gringo é trouxa
A questão da zika, tão desimportante para o prefeito Paes, motiva reuniões de emergência da Organização Mundial da Saúde. Para iniciar nos EUA o trabalho de prevenção, o presidente Obama liberou imediatamente US$ 1,2 bilhão. E lá o dinheiro tem de sair de uma verba orçamentária. Pedalar nem se imagina.

O número 1
Lula e sua esposa, Marisa Letícia, têm depoimento marcado, quarta-feira, no Ministério Público paulista, que investiga se há ocultação de patrimônio no caso do apartamento triplex da Praia das Astúrias, Guarujá (que se configuraria se o imóvel, em nome da OAS, fosse mesmo de Lula).

Movimentos favoráveis e contrários a Lula prometem manifestar-se em frente ao prédio do Ministério Público.

A hora do desagravo
No dia 27, em compensação, é a hora de Lula: ele será a estrela da festa de 36º aniversário do PT. Todo o comando do partido e os principais ministros petistas falarão em sua homenagem, defendendo-o dos ataques que sofre. [só será possível à petralhada defender Lula se ele for convincente ao se defender no dia 17.]

Espera-se que a presidente Dilma Rousseff faça um discurso em seu favor.
Além do oceano
A SBM Offshore, empresa holandesa que aluga navios-plataforma para exploração de petróleo em alto-mar, detentora de diversos contratos com a Petrobras e acusada de pagamento de propina a diretores e altos funcionários da estatal, anunciou que os Estados Unidos iniciaram investigações sobre denúncias de suborno no Brasil e em Angola.

Este é um problema sério: caso seja comprovado o pagamento de propinas para prestar serviços superfaturados, os investidores da Petrobras na Bolsa de Nova York podem processá-la, exigindo os dividendos a que teriam direito se não tivesse ocorrido o desvio. Sempre que se toca no assunto, as cifras citadas ultrapassam de longe o bilhão de dólares.

Lá e cá
A investigação sobre Angola promete ser interessantíssima. A filha do presidente José Eduardo dos Santos acumulou a maior fortuna do país. 

O jogo dos bilhões
Atenção para uma reportagem sobre a utilização dos milionários recursos do Fundo Garantidor de Crédito, FGC, criado para garantir, até certo limite, o dinheiro dos correntistas de bancos que tenham quebrado ou sofrido intervenção. O repórter é Cláudio Tognolli ─ que, só com Assassinato de Reputações, em que o ex-secretário nacional da Justiça, Romeu Tuma Jr., conta uma série de segredos de Lula, vendeu 150 mil livros. É uma garantia de boa apuração e credibilidade. Tognolli, há duas semanas, mostrou que o BTG Pactual recebeu R$ 6 bilhões do FGC para reforçar seu caixa ─ bem na época em que o então sócio principal do banco, André Esteves, tinha sido preso, juntamente com Delcídio do Amaral, líder do PT no Senado.

O tiroteio agora vai mais longe: José Papa Jr., presidente emérito da Federação do Comércio de São Paulo, da família que controlava o Banco Lavra, abre fogo em entrevista explosiva a Tognolli. Diz que todos nós somos assaltados pelo FGC e que o dinheiro é desviado de suas finalidades específicas.

Vale a pena ler em http://tognolli.tumblr.com/.  

Papa diz que tem cem mil assinaturas num pedido de investigações a ser enviado ao Congresso.

Cuidado!
Os Emirados Árabes Unidos acabam de criar o Ministério da Felicidade, a ser ocupado pela ministra Ohood Al Roumi. O objetivo é garantir que os moradores e turistas tenham sempre boas condições de vida.

Mas que ninguém dê a notícia à presidente Dilma, ou em breve teremos mais um ministério atulhando Brasília.



sábado, 21 de fevereiro de 2015

Hipocrisia do PT

Denúncia: as provas de que, no caso Petrolão, o PT reclama que fazem com ele que ele fez com o… PSDB!

Uma reunião entre o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, e advogados de envolvidos na Operação Lava Jato marcou um encontro a que chamam de mau lobby: nada transparente. O que foi tratado naquela reunião? Os representantes das empreiteiras, e o governo petista, querem fulminar as investigações do Ministério Público Federal. Pretendem dizer que o MPF, e seu cacique Janot, atropelaram o rito jurídico: e teriam ido ao exterior, investigar os trambiques da Petrobras, sem passar pelo departamento de recuperação de ativos, o DRCI.
Ministro Cardozo tenta ser no governo Dilma o que Thomaz Bastos foi no governo Lula e no MENSALÃO - PT = Advogado Geral de bandidos

Se o rito jurídico não for seguido à risca, a Petrobras destroi com dois palitos o que o MPF fez. O blog vai provar que o governo do PT não quer que façam com ele o mesmo que ele fez com o PSDB. Porque, quando o caso Alstom (que tisna os tucanos) explodiu sob o governo Lula, o aparato petista deixou acontecer toda a sorte de ilegalidades para queimar os tucanos. É o clássico caso de dois pesos e duas medidas.

A prova disso está no livro Assassinato de Reputações, que escrevi com Romeu Tuma Jr, ex-secretário de Justiça do presidente Lula. O mesmo órgão que denunciou as contas do HSBC na Suíça aponta o livro como seminal, numa lista dos EUA:
http://www.icij.org/blog/2012/11/icijs-investigative-reading-list

Há no livro um capítulo chamado: ““Dr. Tuma Jr: fulmine o Serra e os tucanos com o dossiê Alston”

O capítulo prova como o PT montou uma máquina de ilegalidades para destruir a oposição ao arrepio da lei.. É o que o PT tenta provar ( mas não consegue) que fazem com o partido hoje (mas não fazem).

Confira trechos de Romeu Tuma Jr no livro:
 "Vou explicar sucintamente o Caso Alstom, antes de entrar no  lance de como quiseram, no íntimo do PT, que eu fizesse uma ponta no espetáculo, enquanto secretário nacional de Justiça.
  O caso estourou no The Wall Street Journal e na revista alemã Der Spiegel. Era uma série de denúncias de pagamento de propina feita pela empresa francesa Alstom a vários políticos brasileiros  tucanos. A Alstom teria desembolsado US$ 6,8 milhões em propinas para conseguir obter um contrato de 45 milhões de dólares na expansão do metrô de paulista.
Entre 1998 e 2001  pelo menos 34 milhões de francos franceses teriam sido pagos em propinas a autoridades governamentais do governo do Estado de São Paulo e a políticos paulistas utilizando-se empresas offshore. Os pagamentos teriam sido feitos utilizando-se o esquema de contratos de ‘consultoria de fachada’. O valor das “comissões” supostamente pagas pela Alstom em troca da assinatura de contratos pelo governo do Estado de São Paulo chegaria a aproximadamente R$ 13,5 milhões. Segundo o Ministério Público da Suíça, pelo cruzamento de informações, esses trabalhos de “consultoria” foram considerados como sendo trabalhos fictícios.

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) julgou irregular uma compra de 12 trens da Alstom, no valor de R$ 223,5 milhões, feita sem licitação pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), empresa do governo de São Paulo. O contrato foi assinado em 28 de dezembro de 2005, no governo de Geraldo Alckmin.
Segundo a Der Spiegel, a Alstom vinha sendo acusada pelo governo suíço de ter pago, em 1998, através da empresa panamenha Compañía de Asesores, propinas no valor de 200 milhões de dólares a integrantes do governo brasileiro para obter a concessão da Usina Hidrelétrica de Itá no Brasil num contrato de 1,4 bilhão de dólares.
 Documentos auditados na Suíça, pela empresa de auditoria KPMG Fides Peat, mostram que ultrapassa a US$ 31 milhões o montante destinado pela Alstom a contas offshore, localizadas em paraísos fiscais e que foram usadas para pagar suborno a políticos em quatro países, dos quais a maior parte foi destinada ao governo de São Paulo, na gestão Geraldo Alckmin, para obtenção de contratos com estatais. A multinacional também enviou parte desses dólares para Cingapura, Indonésia e Venezuela.


Um prato cheio para o PT de Lula, não?
Logo me avisaram: se tudo isso vazasse, ia pegar o Kassab e o PSDB na campanha. Isso foi na reeleição, quando o Kassab bateu a Marta, ou um pouco antes.
  Eles começaram a me pressionar para deixar vazar a informação e me neguei. O  ministro da Justiça Tarso Genro estava me pressionando pessoalmente…vinha à minha orelha como um grilo falante… aliás vinham também os deputados petistas, esperneantes, e com noções jurídicas e éticas muito vagas, estrilando  que era para deixar sair essa história toda na mídia… mas eles me conheciam, e sabiam que não sou um cara que dá muita corda pra dossiê…mas prosseguiam.
Para mim ninguém vinha oferecer propina porque senão eu metia o cara em cana, prendia em flagrante. Sabedores disso, eles chegavam em um tom, tentando dizer que na verdade estavam brincando: “Vamos tomar uma coisa aí…basta pegar esse cara de São Paulo. Aí, e esse negócio da Alston que o senhor está investigando…”

 São aquelas insinuações na brincadeira para testar…porque  não tinham peito de falar comigo de uma forma séria porque  sabiam que eu podia prendê-los.
 Começou a sair na imprensa que vinha informação da Alstom que envolvia os tucanos. Cobrei a Suíça através da embaixada… eles falaram que estavam de posse da informação, mas que não tinham tido  tempo de mandar. Já estavam começando a vazar, no Brasil, as informações que não tinham chegado nem para a minha Secretaria Nacional de Justiça.
  Falei ao Tarso Genro: “Ministro,  eles tinham que respeitar a autoridade central brasileira que é a Secretaria Nacional de Justiça”. Ficamos nesse rabo de foguete, mas eis que um dia a gente recebe o documento da Suíça, em nome da Secretaria. Falei para não mandarem para o Ministério Público ainda: “Lacrem o envelope, tragam para mim, e avisem ao ministro, porque chegou a bomba dos documentos da Alstom”, avisei.
O que tinha ali não vi. Mandei lacrar o envelope e pronto. O que falei aos meus subordinados foi: “Vamos testar quem é que vai vazar essa merda”. Tinha um feriado aqueles dia… falei para a diretora do departamento que não íamos abrir. Mas ela, é óbvio, já tinha lido o documento…passou o feriado, eu fiquei com o documento lacrado, por cinco dias, no gabinete.

 O Ministério Publico Federal me cobrou. Mandei-lhes o dossiê. Nós estávamos fazendo um teste para ver quando e se iria vazar isso. Mandamos para o Ministério Público de manhã. Quando é de tarde vai a Andrea Michael, da Folha de S. Paulo falar comigo. Perguntou se eu estava com o documento, falei que tinha ido direto para o Ministério Público. Logo depois foi ao meu gabinete a menina do Estadão, Sônia Filgueiras: “Secretário, sei que o senhor recebeu”. Respondi que não havia recebido e que desconfiava que a Suíça teria mandado para o MPF, o que era irregular. 

Como disse, eu havia mandado o documento para o Ministério Público logo de manhã. Diretamente para as mãos do Procurador Eugenio Aragão.  Eu queria pegar quem estava vazando. Quando eram umas dez da noite, me liga o ministro Tarso insinuando que eu teria vazado a história  para o Estadão..
 Respondi duro: “Eu, ministro? Não faço isso. Vou falar uma coisa para o senhor: sou responsável, não tenho interesse que isso vaze porque 70% dos meus casos estão na Suíça. Minha origem é a polícia, eu quero investigar, se eu vazar essa porra, a Suíça perde a confiança em nós e não vai mandar mais nada. Os caras que eu quero pegar vão embora e isso vai estragar a investigação, pô! Eu falei para o senhor na semana passada que os documentos já tinham chegado. Eles estão há seis dias comigo, eu mandei hoje para o Ministério Público e logo vem a notícia do vazamento. E arremato com muita franqueza: - Quem vazou está trabalhando muito bem para ajudar a esconder os verdadeiros ladrões da ALSTOM”.
O ministro devolveu: “Mas é que me ligou um diretor da  Folha  cobrando que a Andrea Michael lhe procurou, mas você preferiu passar para o Estadão”. O ministro  estava irado, mas argumentei que eu era policial, não político, e que jamais tornaria públicos documentos dessa natureza. 

O ministro me informou que iam dar a matéria já no outro dia. Então eu falei que ele tinha que ir em cima do Ministério Público, porque lacrei por seis dias, não vazei, e a Suíça nunca mais iria me dar informação, que tinha um compromisso, nosso acordo era que não podia vazar documento, etc, etc, etc.
O procurador Rodrigo de Grandis reclamou, com razão, do vazamento e disse que  mandaria instaurar inquérito. Eu é quem fazia questão do inquérito…ele achava que era eu que tinha vazado, cobrei dele a instauração, nós íamos descobrir. Ficou um clima muito ruim. Foi uma sacanagem.
Pena que não instauraram o inquérito. Ficou só na ameaça. Adivinha quem tinha vazado? A secretária do Procurador, ela era assistente do Eugenio Aragão,  Subprocurador Geral da República, para quem eu encaminhei os documentos reservados…
Leia também:

Fonte: Blog do Claudio Tognolli

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Petralhada, no desespero, tenta salvar João Vaccari que representa mais uma pá de cal na sepultura do falecido governo Dilma

PT prepara assassinatos de reputações políticas para vingar e desviar golpe contra Tesoureiro na Lava Jato

A máquina mortífera de dossiês e assassinatos de reputação nazicomunopetralha fará uma grande vítima, em breve, para vingar e desviar o foco das atenções da nona fase da Operação Lava Jato sobre o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, ironicamente encontrado escondido dentro de um armário da casa dele pela Polícia Federal. [a defesa do tesoureiro Vaccari e toda a petralhada dizem que o tesoureiro estava ansioso pela oportunidade de falar e explicar as supostas calúnias lançadas contra ele pela imprensa.
Estranho... se estava tão ansioso para falar, por que se recusou a abrir a porta de sua residência para a PF, forçando os policiais a pularem o muro?] Esta é a previsão de analistas em meio a uma grande guerra de informação e contra-informação nos bastidores políticos, com pelo menos três blocos em conflito: uma inteligência "civil" contra a inteligência das Forças Armadas, tendo a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público no meio.

Qual será a próxima denúncia bomba desta Propinabras? A previsão é que, depois da BR Distribuidora, o próximo alvo seja o BNDES. Por isso, pode não ser recomendável que Dilma Rousseff nomeie Luciano Coutinho para presidir a Petrobras - onde ele já é membro do Conselho de Administração e responde pela empresa, em termos fiscais, na Bolsa de Nova York. É uma vergonha o fato de grandes executivos se recusarem a assumir a cúpula de uma empresa, porque correm o risco de comprometimento do patrimônio pessoal, se assinar um balanço que pode ser questionado judicialmente.

Simultaneamente, existem outros três alvos que podem causar estragos definitivos ao PT, se a Lava Jato mexer com eles: Rosemary Novóa Noronha (ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo); Marcos Valério Fernandes de Souza - condenado no Mensalão com previsão de ficar mais tempo na cadeia; e ninguém menos que José Dirceu de Oliveira e Silva, que foi conselheiro da Petrobras no começo da gestão Lula, cujo primeiro ato foi fechar o capital da BR Distribuidora, para formar uma caixa-preta que agora começa a ser desvendada.

Nos bastidores políticos, já se sabe de tudo e um pouco mais sobre a Lava Jato. Só falta tirar as informações do "armário" do Judiciário. A maior expectativa agora é que o Procurador-Geral da República, Janot, finalmente divulgue os nomes dos envolvidos no chamado núcleo político do Petrolão. A previsão irônica no mercado de politicagem é que Janot só abra o verbo "depois que terminar o carnaval na Bahia". Nenhum grande negócio ou acordo político será firmado no Brasil, de forma concreta, até que se saiba quem figura na primeira lista negra (já que estima-se que muitos nomes de peso possam ser poupados inicialmente).
 
Concretamente, o governo Dilma acabou, sem começar. Perde-se qualquer condição moral de governabilidade quando Pedro Barusco, ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, delata ao Judiciário que o Partido dos Trabalhadores recebeu em torno de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões, aqui no Brasil e em contas no exterior. A grana suja jorrou entre os anos de 2003 e 2013, em  90 contratos entre empreiteiras e a petrolífera. Em tese, não há condições para alguma espécie de "golpe de Estado". No entanto, nas Forças Armadas, a situação é incômoda diante de tantos escândalos. Ainda mais com o erro tático cometido pelo PT ao nomear para o Ministério da Defesa a figura de Jaques Wagner (homem ligado a todos os indiciáveis no Petrolão). A cúpula das legiões anda tensa...
 
Ler a íntegra: Blog Alerta Total