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terça-feira, 31 de maio de 2016

Brasil, herança maldita de Dilma e PT: 11 milhões e 400 mil desempregados oficiais e os 60 milhões de inadimplentes.

Tombini admite queda de juros, Bradesco é indiciado, TCU pega Dilma de novo e TSE proporá reforma política 

O décimo nono dia do governo provisório de Michel Temer vem cheio de novidades. Umas boas, outras ruins - dependendo de quem é afetado pelas notícias. A melhor delas é que o ministro Gilmar Mendes, Presidente do Superior Tribunal Eleitoral, anunciou a criação de um conselho para definir uma reforma política. Os magistrados pensam até em fazer uma proposta de mudança no sistema eleitoral para apresentar ao Congresso.

Outra excelente notícia foi dada por quem está de saideira da presidência Banco Central do Brasil. Alexandre Tombini enxerga espaço para os juros de 14,25% caírem em julho. Tombini só não aposta que seu sucessor, Ilan Goldfajn, que vem da chefia econômica do Banco Itaú, faça isso logo na primeira reunião de que participará no Comitê de Política Monetária - o Copom. O mercado já aposta que, sem uma afrouxada monetária, não se consegue reverter a recessão. Até os banqueiros já aceitam ceder anéis para não perderem os dedos, a mão ou até o braço inteiro, com a inadimplência e o descontrole da dívida pública, independentemente do ajuste fiscal que Henrique Meirelles consiga (o milagre político) de produzir.

Outra notícia boa, sob o ponto de vista do combate à corrupção sem medo do poder de fogo dos poderosos, foi o indiciamento do presidente do Bradesco, pela Polícia Federal, na Operação Zelotes (uma prima menos famosa da Lava Jato que começa a crescer em gravidade). O executivo Luiz Carlos Trabuco Cappi já mandou soltar uma nota oficial para negar que o banco tenha contratado empresas que traficavam influência no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para anular um "debitozinho" de R$ 3 bilhões com a Super Receita Federal.

A PF indiciou o auditor da Receita Federal Eduardo Cerqueira Leite, que teria articulado a reunião entre os integrantes do esquema e o comando do Bradesco. Junto com Trabuco, foram indiciados o vice-presidente do banco, Domingos Abreu, e Luiz Carlos Angelotti, diretor de relações com investidores da instituição. A PF enviou o inquérito ao Ministério Público Federal, que pode ou não oferece denúncia à Justiça Federal. O Bradesco se defende previamente: "O mérito do julgamento se refere à ação que o Bradesco perdeu em todas as instâncias da Justiça, em questionamento à cobrança de adicional de PIS/Cofins. Esta ação foi objeto de recurso pela Procuradoria da Fazenda no âmbito do Carf. O Bradesco irá apresentar seus argumentos juridicamente por meio do seu corpo de advogados. O Bradesco reitera seus elevados padrões de conduta ética e reafirma sua confiança na Justiça".

Outra notícia excelente é muito ruim para a Presidenta afastada Dilma Rousseff. A ciclista foi pega em novas pedaladas pelo Tribunal de Contas da União. A área técnica do TCU apontou uma série de irregularidades que fundamentariam a reprovação das demonstrações referentes ao exercício de 2015. O rolo ainda vai para análise do ministro-relator, José Múcio Monteiro, que pretende levar o processo ao plenário do TCU na segunda semana de junho, possivelmente entre os dias 15 e 17.

Dilma cai novamente da bicicleta porque os técnicos do tribunal indicaram que o governo fez uso de medida provisória para efetuar mudanças na destinação de receitas vinculadas, o que é proibido por lei. A MP 704, publicada em 23 de dezembro do ano passado, autorizou que o superávit financeiro das fontes de recursos decorrentes de vinculação legal existente na conta única do Tesouro Nacional até dezembro de 2014 fosse destinado à cobertura de despesas primárias obrigatórias no exercício de 2015.

Agora, uma notícia que não é novidade, mas apenas um replay do que a petelândia era craque em fazer: jogar a culpa no desgoverno anterior. O presidento Michel Temer orienta sua base aliada para defenderem seu governo provisório, alegando que receberem uma "herança maldita do PT". O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, reproduziu o que Temer deseja que seus defensores repitam, exaustivamente: "Temos que deixar de forma bastante clara que ninguém pode esquecer o que estamos herdando e que essa gente que hoje faz pose de maior oposição do mundo foi a grande responsável por tudo isso que está acontecendo no País".

O último dia de maio teve outra especulação preocupante: ameaçam "mijar para trás" alguns senadores que votaram pela admissibilidade do processo de impedimento da Dilma. Até agora, são contabilizados entre 53 e 55 votos para aprovar o afastamento definitivo de Dilma. São necessários 54 votos para ela ser tirada. Dilminha anda até esperançosa sobre a impossível volta ao trono do Palácio do Planalto. Mas todos sabem que os desdobramentos da Lava Jato é que ditarão o futuro dos acontecimentos políticos e econômicos. Como já previu José Sarney, a delação de Marcelo Odebrecht será a "metralhadora ponto 100"... A OAS vai na mesma onda, mas depende de uma avaliação do MPF sobre o que o executivo Léo Pinheiro tem a revelar de fato. A Força Tarefa da Lava Jato também estuda como pedirá ao Supremo Tribunal Federal o afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros, por tentativas de interferência no caso, em função das conversas gravadas por Sérgio Machado...

Enquanto os políticos brincam e especulam, estão na merda real os 11 milhões e 400 mil desempregados oficiais e os 60 milhões de inadimplentes. A pressão da crise econômica levará de volta às ruas a massa mobilizada nas redes sociais. A Revolução Brasileira prossegue, do jeito que dá e pode... Aguardemos os próximos acontecimentos na Grampolândia do Brasil lavado a jato...
 
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão 
 
 

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Tombini fala em retomada de 'algum' crescimento no fim do ano

Entrevistei hoje o presidente do Banco Central Alexandre Tombini e a primeira pergunta foi sobre o índice de atividade econômica, que revelou queda de 4,1% em 2015. Ele lembrou que o IBC-Br não é uma prévia do PIB, apurado pelo IBGE, mas admite que o resultado é muito ruim, comprovando que a economia está em contração. Tombini acha, contudo, que o país pode iniciar a recuperação até o final do ano. A entrevista estreia nesta quinta-feira, às 21h30, na GloboNews.

Tombini entende que a atividade continua fraca neste começo de ano. A projeção do BC para 2016 será revista depois da divulgação oficial do IBGE, em março. Ele acha que no final do ano o país estará se recuperando, com a inflação acumulada em 12 meses em queda. Mas, pelas projeções de especialistas e de outras instituições, este deve ser outro ano muito difícil. A OCDE revisou para -4% a sua previsão para o PIB brasileiro.

A projeção não é a garantia de que algo de fato vai ocorrer. A economia é dinâmica; novos fatores aparecem e podem mudar o quadro. Mas alguns eventos são mais prováveis. Com a recessão, a inflação acumulada em 12 meses, por exemplo, tem grande probabilidade de cair, após os 10,67% registrados em 2015. Tombini contou que espera essa “desinflação”.

A recuperação do crescimento, entretanto, depende muito da confiança. Ela é frágil e difícil de restabelecer. A confiança é algo subjetivo.

Tombini contou sobre um aspecto positivo da economia, que é o ajuste externo. O déficit em transações correntes caiu quase pela metade em 2015, e deve zerar em pouco tempo. O dólar alto é outro ponto que pode ajudar a estabilizar a economia. Com o produto importado mais caro, as importações são substituídas por artigos nacionais, ativando a economia local.

Na entrevista, que vai hoje ao ar às 21h30, ele fala da situação internacional, o que é mais importante para o Banco Central, e o que levou à decisão de manter os juros.

Fonte: Coluna da Miriam Leitão 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

BC se descredencia ao sinalizar submissão

Tombini poderia ter defendido a manutenção dos juros com argumentos técnicos, mas errou na comunicação e reforçou a imagem de um funcionário do Planalto

O desastre para a imagem do Banco Central de Alexandre Tombini, [também conhecido como 'pombini' pela notória submissão à Dilma] e, por tabela, do governo Dilma Rousseff, não se deve apenas a uma inusitada nota divulgada pelo presidente da instituição, na terça, no início da reunião de dois dias do Conselho de Política Monetária. A gravidade do fato está no conjunto da obra. Isso, não bastasse a liturgia do cargo limitar declarações sobre o Copom. Mais exótico ainda foi soltar a nota na abertura da reunião do conselho, periodicamente realizada para avaliar a taxa básica de juros da economia, a Selic, se ela deve ser recalibrada ou não.

Curto, o comunicado de Tombini considerava “significativas” as revisões das estimativas do FMI para a evolução da economia brasileira este ano e em 2017, publicadas naquele dia: de uma recessão de 1% para 3%, e de um crescimento de 2,3% para estagnação.

Nenhuma novidade. O presidente do BC, com acesso fácil a toda sorte de indicadores, não deveria ficar surpreso. O relatório Focus, elaborado semanalmente pelo próprio Banco Central com estimativas dos maiores departamentos de análise do mercado, já apontava na mesma direção.

Por que alardear o já sabido? A interpretação corrente foi que Tombini se sentiu obrigado a justificar formalmente a decisão de propor no Copom manter os juros em 14,15%, depois de ter indicado que o BC apertaria a política monetária, apesar da recessão. Uma das indicações estava na carta aberta ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, exigência legal quando o BC não evita que a inflação estoure o teto da meta.

A atitude patética funcionou como um bumerangue e atingiu o próprio Tombini e o BC, por reforçar a ideia de que o Banco Central jamais teve autonomia desde que Dilma assumiu a Presidência. E nunca terá. Causa avarias também no governo, ao realçar sua faceta intervencionista.


Foi lembrado que o BC de Tombini começou a cortar juros em 2011, em Dilma 1, quando a inflação não estava dominada. A Selic chegou a 7,12%, sob aplausos do PT e entre sorrisos no Planalto, mas as taxas tiveram de voltar a subir em 2013. A inflação jamais voltou à meta de 4,5%, nem a economia chegou a um crescimento sustentado, justificativa “desenvolvimentista” para menos juros.

A imagem de um BC submisso é reforçada pela pressão explícita do PT contra a política monetária, alvo também do ex-presidente Lula. E Tombini poderia ter feito tudo dentro do rito normal, pois até mesmo economistas ortodoxos defendiam a manutenção da Selic, temerosos da “dominância fiscal”, situação em que os juros altos, por aumentarem muito os gastos públicos, perdem eficácia como terapia anti-inflacionária.

Reforça-se, cada vez mais, a imperiosidade de um programa sério de corte de despesas públicas, para tirar o país deste beco sem saída. A situação se agrava porque, não bastasse o governo não ter compromisso confiável com um efetivo ajuste fiscal, o BC parece ter perdido de vez as condições de ancorar os preços.

Fonte: Editorial - O Globo



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

"Pombini" de volta – Tombini virou ‘pombini’



A decisão do Banco Central de não subir os juros pode até mesmo ser sustentada tecnicamente, mas é inegável que o seu presidente Alexandre Tombini cometeu uma barbeiragem na condução do anúncio oficial, reavivando a desconfiança que fez o mercado apelidá-lo de “Pombini”, em referência à sua submissão à presidente Dilma.

  Os “pombos” são mais condescendentes, enquanto os “falcões”, mais agressivos, estão sempre prontos a tomarem medidas radicais se necessário. Tombini tornou-se “Pombini” nas mãos da presidente Dilma, durante o período em que ela resolveu levar os juros a taxas históricas mais baixas sem que houvesse condição para isso.

Em abril de 2013 a taxa Selic chegou à mínima histórica de 7,25%. A partir daí, a política voluntarista de queda dos juros teve que ser abandonada diante da realidade inflacionária, e a taxa voltou aos dois dígitos nas reuniões de novembro de 2013, no sexto aumento consecutivo, que depois continuaram até a taxa chegar aos 14,25% de hoje.
Tombini, na decisão de ontem, não quebrou apenas a tradição de membros do Banco Central não se pronunciarem nos dias de reunião, para não dar margem a especulações, como deixou de lado abruptamente o objetivo de conter a inflação no teto da meta inflacionária neste ano, para depois trazê-la ao centro no ano seguinte.  Após uma audiência fora da agenda com a presidente Dilma, negada oficialmente, mas verdadeira para todas as versões brasilienses, o presidente do Banco Central aproveitou a revisão dos números do FMI para se pronunciar extemporaneamente sobre o documento, insinuando que os novos números teriam influência na direção oposta ao que havia sido sinalizado pelo Banco Central até aquele momento. Não há dúvida de que os números ruins do FMI, piores do que o próprio mercado estava prevendo para este ao – queda de 3,5% do PIB – poderiam justificar uma reanálise dos dados, mas não havia nenhuma razão para que Tombini anunciasse isso ao mercado financeiro em meio à reunião que decidiria a trajetória dos juros.
Além do mais, a surpresa com que as autoridades monetárias brasileiras foram apanhadas indicam que não havia segurança alguma sobre os números que estavam usando para tomar suas decisões. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ontem em Davos que os números do FMI são apenas “projeções”, e que a economia brasileira pode voltar a crescer antes do que o FMI prevê, mas o fato é que “Pombini” os levou tão a sério que quebrou diversas regras para anunciar a mudança de rota.
A autonomia do Banco Central, considerada fundamental para dar credibilidade à política monetária de qualquer governo, já era vista pelo mercado financeiro como próxima do inexistente, e agora temos a prova concreta de que a presidente Dilma interfere como quer nas decisões do Banco Central, não encontrando resistência em “Pombini”. Até mesmo as informações dando conta de que o Palácio do Planalto não gostara da nota de Tombini, pois ela poderia dar a entender que houvera interferência de Dilma na decisão, mostra que o presidente do Banco Central não está conseguindo nem mesmo fazer o jogo de cena necessário nesses casos.
Na ânsia de justificar uma mudança de estratégia, agora voltada mais para o nível da atividade econômica, Tombini revelou sua fraqueza diante da presidente, ainda mais por que dias antes, na carta em que justificou o não atingimento da meta de inflação, o Banco Central reafirmara que sua missão estava focada em combater efeitos da alta da inflação.
Muitos economistas criticavam a tendência do Banco Central de aumentar mais ainda os juros, alegando que a recessão da economia só seria piorada com a medida. Mas há outros economistas, como Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, que acham que a recessão não é justificativa para não subir os juros. Ele considera que o país cometeu o mesmo erro em 2011, ao reduzir os juros para combater os efeitos da crise europeia, e acabou tendo uma recessão muito maior.

Fonte: Merval Pereira – O Globo

Os juros e a vassalagem do Banco Central a Dilma e ao PT

A decisão do Comitê de Política Monetária de manter a taxa básica reforça a percepção de que os tempos de autonomia do BC ficaram há muito para trás 

Se alguém ainda tinha dúvida, agora ficou mais claro do que nunca que o comandante de fato do Banco Central é a presidente Dilma Rousseff. A decisão do Comitê de Política Monetária do BC, de manter inalterados os juros no país, reforça a percepção predominante entre os analistas de que os tempos de autonomia da instituição há muito ficaram para trás. Na real, segundo a visão do mercado, o economista Alexandre Tombini, presidente da instituição, nada mais é que um ventríloquo de Dilma – e, por isso, provavelmente, ele continuou no cargo no segundo mandato. Seu esforço desde o início de 2015 para mostrar que sua atuação à frente do BC era eminentemente técnica e imune a pressões políticas não passava, enfim, de uma miragem destinada a confundir os incautos.


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Na verdade, Dilma não é apenas o real presidente do BC, mas uma espécie de superministro da economia do país. Como disse recentemente o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, é Dilma “quem banca” a política econômica do governo. É a ela, portanto, que se deve enviar a fatura pelo fracasso retumbante da economia em sua gestão, em decorrência dos equívocos cometidos desde que assumiu o poder, em 2011. Também é a ela, por conta disso, que se deve enviar a fatura pelas “pedaladas” nas contas públicas condenadas pelo Tribunal de Contas da União, cujo parecer aguarda apreciação no Congresso Nacional.

Tombini já havia sugerido na terça-feira que poderia jogar na lata de lixo a última ata do Copom, que sinalizava a continuidade da alta dos juros diante da resistência da inflação. Mas, sem coragem para assumir sozinho o ônus de manter os juros inalterados, como defendiam o Palácio do Planalto e o PT, Tombini se valeu dos novos números divulgados pelo Fundo Monetário Internacional para o Brasil, que apontaram uma deterioração das previsões para a economia neste ano e no próximo, para justificar antecipadamente – um dia antes da reunião do Copom – uma possível reviravolta na decisão do órgão.

Não por acaso, o cavalo de pau de Tombini ocorreu também na véspera dos protestos realizados nesta quarta-feira por diversas centrais sindicais contra a recessão e o aumento dos juros.  Sem o apoio de que necessita no Congresso para poder governar, Dilma vem tentando se reaproximar dos chamados "movimentos sociais" e teria se reunido com Tombini na própria terça-feira, de acordo com informações divulgadas pelos jornais,para discutir o assunto e convencê-lo a segurar os juros, evitando problemas com os sindicalistas.

Ao aceitar interferências do Planalto na política monetária, Tombini pode até garantir o cargo, ao qual ele parece tão apegado, por mais alguns meses. Mas foi por curvar-se a intromissões alienígenas no primeiro mandato de Dilma que Tombini acabou com a credibilidade tão duramente conquistada pelo BC no governo Fernando Henrique e na gestão de Henrique Meirelles, no governo Lula. Com o ajuste fiscal fazendo água, a política monetária era a única âncora que restava para segurar a inflação e balizar as expectativas dos agentes econômicos. Depois, não vai adiantar chorar se o mercado não der seu voto de confiança ao BC. Esse é o replay de um filme de horror que já assistimos na primeira gestão de Dilma e contra o qual ela se debate até hoje sem sucesso.

 Fonte: Blog do José Fucs - Revista Época

 

 

Dilma e mais um recorde: desmoralização total do BC. Só resta ao Tombini pedir 'pra' saír, antes que saiam com ele

 BC mostra que está de mãos atadas no combate à inflação


Ao não elevar os juros com o IPCA em 10,67%, o Banco Central mostrou que está de mãos atadas para combater a alta dos preços. Reforçou a tese defendida por muitos economistas de que mais juros vão elevar a dívida, o dólar, e a própria inflação.

Desse modo, o BC vira um expectador. Passa a torcer para que a inflação caia, com a recessão e a queda dos preços das commodities, principalmente do petróleo, mas fica sem instrumentos para conter a sua alta.

Até a nota de Alexandre Tombini, ontem, o BC vinha negando essa hipótese. Mas deu uma guinada na sua avaliação e manteve os juros hoje por seis votos a dois.

Fonte: Coluna da Miriam Leitão - Álvaro Gribel  
 

Banco Central se curva ao governo, mantém taxa de juros e perde a moral que alguns achavam que ainda tinha

Banco Central se curva ao governo e mantém taxa Selic em 14,25% ao ano

Autoridade monetária muda o discurso nas vésperas do Copom e é criticado pelo mercado

O Comitê de Política Monetária (Copom) sucumbiu as pressões do governo e do PT, e manteve a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Em decisão dividida, os diretores do Banco Central recuaram no discurso de que combateriam o avanço das expectativas de inflação, hoje em 7%, mesmo que isso implicasse em mais recessão. As projeções do mercado estão acima do teto da meta, de 6,5%, e a autoridade monetária sinalizava que aumentaria a Selic em 0,5 ponto percentual.

O BC sinalizou até 8 de janeiro que elevaria os juros, quando o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, enviou ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, uma carta explicando porque o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cravou 10,67% e estourou o teto da meta de inflação, de 6,5%, em 2015. Na documento, Tombini deu a entender que elevaria a Selic para conter as expectativas de inflação para 2016 que já superam o limite máximo de tolerância e estão em 7%.

Além disso, a autoridade monetária se comprometeu a entregar uma inflação de, no máximo, 6,5% em 2016 e garantiu que o IPCA convergiria para a meta, de 4,5%, em 2017. A sinalização do BC de que aumentaria os juros, no entanto, provocou a ira do PT e de parte do governo, que consideravam a medida descabida em um momento de baixo crescimento. Fora isso, para parte dos técnicos do Palácio do Planalto, as chances de um petista se manter no poder acabam se a recessão continuar.

O BC ignorou até quando pôde as pressões, mas, na segunda-feira, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, Tombini teria recebido um ultimato: “um ciclo longo de alta de juros não era condizente com o momento econômico”. Com isso, em um ato inédito na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), Tombini divulgou ontem uma nota e avaliou como “significativas” as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) que apontam que a economia encolherá 3,5% em 2016 e ficará estagnada em 2017.

O fato de o presidente do BC, no dia de reunião do Copom, afirmar, em nota, que “todas as informações econômicas relevantes e disponíveis são consideradas nas decisões do colegiado” reforçou a leitura de que haverá influência política na decisão do comitê. A mudança no discurso da autoridade monetária, que sempre afirmou estar vigilante e disposta a qualquer medida para levar a inflação para a meta, afetou as projeções dos analistas que esperavam uma alta de 0,5 ponto percentual da Selic. Após a divulgação da nota, os juros futuros recuaram. O mercado passou a projetar uma elevação de 0,25 ponto percentual ou até a manutenção da taxa em 14,25% ao ano.


Fonte: Correio Braziliense

 

 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A vingança dos endividados e desempregados

Há um mundo de pressão para Dilma Rousseff sair do troninho Presidencial. 

 Ela não sabe como resistir e insiste que não deseja sair pelo que chama, insistentemente, de "golpe". Exatamente por isso, ela tenta a salvação impossível de duas formas. A primeira: golpeando o bolso do brasileiro com o retorno da CPMF - o imposto que tem a capacidade de roubar de todo mundo. A segunda: ajudando a vender, a preço de banana e na bacia das almas, tudo aquilo que o Brasil ainda tem de bom e potencialmente rentável.

 A pergunta que não quer calar: Onde está a tal "oposição construtiva", principalmente aquele autodenominada do PSDB, que não afronta, nem questiona, de forma incisiva, as burrices e sacanagens cometidas pela petelândia e seus comparsas aliados? Por onde anda o Aécio Neves - que não aparece em público para demolir as besteiras econômicas ou crimes de lesa-pátria cometidos pelos esquemas do Palhasso do Planalto - um ente tão fictício quanto o Estado Capimunista Rentista Corrupto? [não se iludam com o atual sonho dourado do Aécio Neves: encontrar uma saída que estabeleça que com o impeachment de Dilma e a assunção do Temer, seja criado o cargo de vice-presidente (atualmente, o vice-presidente se tornando presidente o cargo de vice fica vago até a próxima eleição) e o segundo colocado na eleição anterior (o Aecinho) passe a ser vice.
É a forma que ele encontrou de ser quase governo, sem se comprometer.]

A verdadeira oposição será a do eleitor endividado e desempregado que se vingará na próxima eleição municipal... [esse sim, o eleitor endividado, desempregado, fodido será a verdadeira oposição e certeza absoluta que quando se revoltar - o que não vai demorar (é se revoltar ou morrer de fome) - vai transformar o destino final de Lula e Dilma exatamente idêntico ao do ditador italiano Benito Mussolini, o Duce, e sua amante Clara Petacci.]

Na economia, seguimos no mais do mesmo, podendo ficar ainda pior. A pressão do Palácio do Planalto surtiu efeito e, aparentemente, o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, e seu Comitê de Política Monetária desistiram de cometer o suicídio previsto de subir ainda mais a taxa básica de juros (para 14,5%), sempre sob aquela esfarrapada e falsa desculpa de conter ou baixar a "inflação". O problema é que um inédito comentário de Tombini, em dez linhas de cinco "twuittadas", na véspera da reunião decisiva do COPOM, desmoralizou, de vez, a inconsistente política econômica. Ficou evidente que Tombini jogou para não acabar tombado pelas pressões do desgoverno do PT.

Até o aliado-parceiro Henrique Meirelles, ex-presidente do BC do B de 2003 a 2011, foi obrigado a admitir que Alexandre Tombini tomou uma "atitude sem precedentes", surfando no pessimismo do Fundo Monetário Internacional, que reviu as projeções de PIB do Brasil, de contração de 1% para um recuo previsto de 3,5%. Com sua atitude pragmática, Tombini sinalizou que o Comitê de Política Monetária deveria deixar os juros básicos altíssimos como estão (14,25%), conforme vontade da Dilma Rousseff (aquela que consegue a tríplice mágica de não conseguir ser, ao mesmo tempo, Presidenta, Ministra da Fazenda e até "otoridade monetária" - timoneira forçada do BC do B).

Agora ficou completamente escancarado que ninguém no desgoverno sabe o que fazer com juros, inflação, câmbio e, sobretudo, gasto público (o principal causador dos outros problemas, em parceria com a corrupção sistêmica.) A coisa está tão feia que o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, foi forçado a admitir ao Valor Econômico que: "a demanda por crédito é muito baixa, quase inexistente. O maior volume de crédito é de renegociações e reestruturações".

Traduzindo: os endividados brasileiros, pessoas físicas ou empresas, desistiram de recorrer aos bancos (que lucram muito com o crédito a juros altíssimos) para tentar uma ilusória salvação. O risco, nunca admitido publicamente pelos banqueiros, é que o calote se transforme em uma bolha que contamine, ainda mais, toda a economia brasileira. Não adianta o desgoverno manipular o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Nada segura a sensação psicológica e a constatação prática de uma brutal carestia - que acaba escancarando a inflação.

O que falta é sinceridade no desgoverno e na sua pretensa "oposição" para reconhecer, claramente, que a inflação é causada pelo descontrole de gastos da máquina pública federal, estadual e municipal. A gastança é fruto da incompetência gerencial, da corrupção sistêmica e da orgia que mantém favores com dinheiro público para a mais canalha politicagem. Neste cenário, qualquer subida de juros é a maneira que o desgoverno do crime organizado encontra para confiscar o dinheiro das pessoas.

O juro altíssimo alimenta a armadilha do rentismo. Quem sabe que terá sua grana confiscada, e tem muito dinheiro, deixa de investir produtivamente. Psicologicamente, aceita o jogo mais cômodo de jogar a grana em títulos públicos que os bancos remuneram a taxas bem altas de usura. O problema é que, enquanto o sistema de vicia neste modelo de Cassino do Al Capone, quem tem pouca grana fica com menos ainda: endividado, pagando cada vez mais caro por tudo, sem emprego e jamais com renda. [e vai chegar o momento, que não vai demorar, em que a única solução será a explosão social acabando de vez com essa corja que vem destruindo o Brasil desde 2003 - Lula se sobreviver a vendetta da população, será conservado para deleite dos que o admiram, os militontos no pré-sal 'à brasileira': uma solução de 50% aguardente 51, 35% vinagre e 15% sal.]

Enquanto o Fórum Econômico de Davos, nos Alpes suíços, discute a "quarta revolução industrial", o Brasil caminha para consolidar sua eterna posição de suposto líder da periferia do subdesenvolvimento. Estamos em liquidação - em todos os sentidos do termo. Quem pode deve se salvar e até lucrar. Quem não pode, ou vai se sacudir ou vai se revoltar. O pavio para uma explosão social fica cada vez mais curto no Brasil. Em breve, o pau deve cantar, neste clima de insatisfação, intolerância, desespero e violência.

Pode anotar: a vingança dos descontentes, desempregados e endividados nunca esteve tão próxima...

Nota contra os advogados da Lava Jato

A Associação Paulista do Ministério Público (APMP), entidade que representa promotores e procuradores de Justiça da ativa e aposentados do Estado de São Paulo, vem repudiar o manifesto que dezenas de advogados penalistas e constitucionalistas divulgaram nos principais veículos de comunicação, na sexta-feira, 15 de janeiro de 2016, contra a operação “lava jato”:
"Em total conformidade com nota divulgada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), reforçamos que “não há qualquer evidência de que o Ministério Público Federal (MPF) esteja vazando informações indevidas”. E que, “uma operação com as dimensões da ‘lava jato’ (com 941 procedimentos instaurados, 75 condenados, cerca de R$ 2 bilhões recuperados e R$ 4 bilhões em curso para repatriação aos cofres públicos, 85 pedidos de assistência jurídica internacional), é de interesse público e a divulgação de informações atende aos preceitos constitucionais da publicidade e do direito à informação”.
"Também em sintonia com nota divulgada pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a APMP entende que “o manifesto desse pequeno grupo de advogados dá a entender a ideia absurda de que o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal se uniram com o propósito e manejar a opinião pública para pressionar o próprio Judiciário. Não só a história não é factível, como parece o roteiro de uma ficcional teoria da conspiração”.
"Nós, representantes de promotores e procuradores de Justiça de São Paulo, repudiamos toda e qualquer tentativa de condenar um trabalho sério, digno e eficiente no combate à corrupção e à impunidade. Por isso, os Procuradores da República têm todo o nosso apoio e solidariedade".

 Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Tombini considera ‘significativas’ as mudanças na previsão do FMI

Informações econômicas relevantes serão consideradas na reunião do Copom

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, classificou como “significativas” as mudanças das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação à economia brasileira. O organismo internacional revisou a projeção de retração econômica de 1% para 3,5% neste ano. Para o ano que vem, a expectativa passou de crescimento de 2,3% para estagnação da economia. O FMI atribui a fatores não econômicos as razões para a rápida e pronunciada deterioração das estimativas.

Após essa forte mudança de cenário por causa da crise política e de confiança no governo, Tombini divulgou uma nota à imprensa. Não é usual que um presidente do BC publique um comunicado para comentar as previsões do FMI. “O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, avalia como significativas as revisões das projeções de crescimento para o Brasil em 2016 e 2017, realizadas pelo Fundo Monetário Internacional, e divulgadas hoje na atualização do relatório ‘World Economic Outlook’”, diz o comunicado.

Na curtíssima nota, Tombini ainda ressalta que “todas as informações econômicas relevantes e disponíveis até a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) são consideradas nas decisões do colegiado”. O encontro da cúpula do BC começou nesta terça-feira. Amanhã, a diretoria divulgará a decisão em relação à taxa básica de juros (Selic).

A aposta dos analistas é que haja aumento dos juros que estão em 14,25% ao ano porque as previsões para a inflação de 2016 já estão em 7%. A promessa do BC é deixar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro do teto da meta, que é 6,5%. No ano que vem, o objetivo é atingir o centro da meta de 4,5%.

JUROS FUTUROS CAEM
Após a nota de Tombini, as taxas dos contratos de juros futuros curtos recuavam com força e passavam a mostrar chances majoritárias de elevação de 0,25 ponto percentual na Selic nesta semana. O inesperado comentário reforçou o sentimento de que o Copom pode até deixar o juro básico como está. — É no mínimo estranho o BC soltar um comunicado como esse no primeiro dia da reunião do Copom. Ainda acredito que a chance maior é de subir os juros, mas não ficaria surpreso se vier manutenção — disse o chefe da mesa de juros da corretora Icap, Arlindo Sá.

Segundo cálculos da Reuters, os DIs, que até a véspera apontavam chances majoritárias de elevação de 0,50 ponto percentual na Selic, passaram a mostrar aumento de apenas 0,25 ponto, a 14,5%. A leitura é de que ou o BC mantém os juros, ou sobe pouco e culpa a fraqueza da atividade — disse o operador da corretora Renascença Thiago Castellan Castro.
O comunicado vem em um momento de inflação de dois dígitos, apesar da profunda recessão econômica no Brasil. Alguns economistas vêm levantando dúvidas sobre a eficácia de aumentos de juros nessa conjuntura, mas a maioria ainda vinha apostando em aumento de 0,50 pontos percentual na Selic nesta semana, segundo a pesquisa Focus do BC e levantamento da Reuters, entre outras razões devido às fortes sinalizações nesse sentido dadas pelo próprio BC.

Na última reunião do Copom, dois dos oito integrantes do colegiado votaram por um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa.

A queda do dólar sobre o real também contribuía para o recuo dos DIs, após dados fracos sobre o crescimento da China alimentarem expectativas de estímulos na segunda maior economia do mundo. A recuperação dos preços do petróleo também sustentava o apetite por risco nos mercados globais.

Fonte: O Globo