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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

STJ manda recado forte a governador aliado de Lula em Alagoas - Gazeta do Povo

Lula ao lado de Paulo Dantas em ato de campanha em Maceió (AL) nesta quinta (13).| Foto: Ricardo Stuckert/PT [pelo menos uma certeza os dois indivíduos possuem = todos os bandidos que votarem votarão neles,  já que PCC, CV  e facções menores DECRETARAM: Bandido vota em bandido.]
 
O governador de Alagoas está definitivamente afastado até o fim de seu mandato pelo Superior Tribunal de Justiça, mas continua candidato à reeleição. E se ele for eleito? Vai continuar respondendo ao processo. Duvido muito que haja logo um julgamento pelo STJ, que é quem julga governadores em crimes comuns. 
A Assembleia Legislativa julga crimes de responsabilidade, casos de impeachment. 
Mas crime comum, como é agora, de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, é atribuição do STJ.
Paulo Dantas foi afastado a 17 dias da eleição, mas continua candidato, tanto que na quinta Lula estava em Maceió, fazendo campanha para ele próprio e para Dantas, que também é o candidato de Renan Calheiros. Bolsonaro, Arthur Lira e o prefeito de Maceió apoiam o outro candidato. 
 
O pai de Paulo Dantas, numa gravação, insinuou que o filho sofreu má influência e por isso entrou no crime. [põe má influência nisso: o cara além de ser apoiado pelo Calheiros é também pelo luLADRÃO; só um exorcismo forte.] Vejam só qual era o crime: 93 funcionários fantasmas ganhavam de R$ 16 mil a R$ 21 mil, só que, na verdade, pessoas pobres alugavam seu nome e seu CPF para receber de R$ 200 a R$ 600 por mês, uma vergonha. 
Enquanto isso, Paulo Dantas e a mulher compraram uma casa de R$ 8 milhões. Vamos esperar o resultado da eleição e o julgamento do processo; condenado, ele não vai poder continuar.
 
O julgamento de quinta já enviou um sinal: terminou com 10 votos a 2 pelo afastamento do governador, então duvido que ele tenha alguma chance. Nesses 10 a 2, a presidente do tribunal não votou, mas elogiou o relatório da ministra Laurita Vaz, que foi quem tomou a iniciativa de afastar o governador liminarmente. 
Em outro caso, o ministro Humberto Martins deu um bom exemplo e se declarou suspeito, porque conhece as partes. Deu uma aula para muita gente no Supremo, já que ali um advogado advogou para um partido político e depois está lá decidindo, votando a favor do seu antigo patrão
- ou fez campanha para um determinado partido político e depois votou para liberar um integrante desse mesmo partido – aliás, não só votou como criou uma invenção, contrariando tudo que já aconteceu no mundo jurídico no Brasil, que é essa história de territorialidade, de descobrir que não era naquele endereço que a ação deveria ser julgada. Isso pode acontecer se o processo acabou de começar; quando já está no fim, partindo para a sentença, ninguém mais muda de vara.  
Ainda mais quando a sentença é confirmada em tribunal revisor, o condenado já está cumprindo pena, isso é impossível de acontecer, mas aconteceu.
 
Cade vai investigar institutos de pesquisa eleitoral
Falando em eleição, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que evita que empresas se combinem para prejudicar o consumidor, está abrindo inquérito sobre os institutos de pesquisa, principalmente Ipespe, Datafolha e Ipec.  
O presidente do Cade disse que é uma improvável coincidência que entre eles ocorram os mesmos erros
Que aparentemente erraram de maneira semelhante e há indícios de conduta coordenada entre empresas, o que configura infração contra a ordem econômica.

Brasil avança na lista dos maiores produtores de petróleo

O Brasil já alterou a ordem dos produtores de petróleo do mundo, passamos à frente do Irã; agora na nossa frente estão Estados Unidos, Arábia Saudita, Rússia que produz três vezes mais do que nós –, Canadá, China, Iraque e Emirados Árabes. 
E vejam só que vergonha, que tristeza: a Venezuela, que está em cima de uma grande bacia petrolífera, é integrante da Opep, afundou por causa de uma ideologia errada do governo [o governo de lá segue uma ideologia estúpida, tipo estilo perda total = PT.] que destroçou o país, e caiu bastante nas listas de produção de petróleo.
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

A copa e o capo - Relator Calheiros perde mais uma - VOZES

[Renan Calheiros descobre que sua liderança pró motim no chamada seleção brasileira é < ZERO. 
Pernas de pau do timinho do tite, descobrem que não são insubstituíveis,amarelam  e resolvem jogar a Copa América -  é essencial que Tite seja demitido e Renato Gaúcho assuma.]

Guilherme Fiuza

Senador falou até em convocar o presidente da CBF para depor na CPI da Covid caso a Copa América seja confirmada no Brasil.

Renan Calheiros disse que a Copa América é o campeonato da morte. Alerta importante. Como já notou qualquer um que acompanha o noticiário nacional, hoje a principal referência científica no país é Renan Calheiros. Os brasileiros estavam perdidos em meio à pandemia até aparecer o oráculo das Alagoas para dar-lhes o norte (e o sul, o leste e o oeste). O que ele por ventura não saiba (o que é raríssimo) aquela médica-cantora que fez um sensacional dueto com ele na CPI explica em uma frase. Isso é o bom da ciência moderna: não tem muita conversa, é tudo pá-pum.

No que viu o farol iluminista de Renan Calheiros apontado para as trevas da Copa América, Tite já se posicionou. Como se sabe, o [ainda] técnico da seleção brasileira é simpatizante de Lula, que por sua vez é unha e carne com Renan – ou seja, tudo dentro da ciência. O técnico foi logo dizendo – na véspera do jogo do Brasil nas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo – que havia um ruído e os jogadores estavam na dúvida se jogariam o outro torneio. Como se vê, existem Américas e Américas.

Os reis da empatia (alguns pronunciam empatite) logo se eriçaram e se levantaram contra o campeonato da morte. O país tem jogos internacionais de três competições futebolísticas, todas sem público e com rigoroso protocolo sanitário para atletas e delegações, conforme previsto para a Copa América, mas se o Renan Calheiros alertou não dá para titubear. Fora Copa América.  (O Brasil é sede de um torneio internacional de vôlei, mas se o Renan não disse nada até aqui, tá limpo. Podem jogar, narrar, assistir e vibrar numa boa. Segurança é tudo.)

Tem também o campeonato de ônibus lotados, vagões apinhados, estações aglomeradas e todo o torneio diário de muvuca nos transportes públicos promovidos por governadores e prefeitos de todo o país, mas disso o pessoal da empatite ainda não falou. Como a médica-cantora também não disse nada, depreende-se que está tudo bem. Ufa. Não é fácil seguir a ciência ao pé da letra.

Sempre tem os mais desconfiados que ficam lendo e relendo a Bula de Calheiros para si mesmos, envenenados por aquela velha mania de querer uma segunda opinião. Sem problemas. É só perguntar ao Omar Aziz. Ele é cercado por gente que entende tudo de saúde, segundo a Polícia Federal. Ainda não está satisfeito? Quer uma terceira opinião? Não se aflija. Pergunte ao Randolfe. Mas se ainda assim você continuar perguntando de onde vem a autoridade desse trio de ouro em matéria de medicina, não restarão dúvidas: você é um ignorante que não lê jornal nem vê televisão. Está tudo lá, e nunca uma agência de checagem desmentiu o bando – ops, a junta médica. [o ilustre colunista esqueceu de sugerir que o vampiro, o conde Drácula, - vulgo do senador petista Humberto Costa que, quando ministro da Saúde do multicondenado Lula, se envolveu com a máfia do furto de banco de sangue, conforme apurado pela operação sanguessuga - fosse consultado. Ele tem amplos conhecimentos científicos com mestrado em 'banco de sangue' .
Por coincidência, o Drácula é também um que tem a voz de castrato = a daquele outro senador que sempre perde.
Aliás, essa CPI Covidão tem senadores especialistas em várias áreas - além do relator Calheiros, especialista em tudo, tem um delegado de policia (quando o general Pazzuelo estava depondo na Covidão foi enquadrado pelo senador delegado.... que representa o estado do Espirito Santo, mas o nome não recordamos;)
tem ainda o senador Jader Barbalho, especialista prático no uso de algemas e outros que aos poucos serão revelados.]

E bota junta nisso. Eles quase juntaram a doutora Nise Iamagushi, faltou pouco para a delicada oncologista levar um safanão do grande Omar Aziz, incomodado justamente com tanta delicadeza. Ele foi muito claro: não estava suportando a voz suave da médica de 62 anos. Está certo, o companheiro Omar. Suavidade irrita mesmo. E ela, de forma acintosa, continuou falando suavemente. Deu sorte que o Omar e o Renan não mandaram algemar. Em defesa da vida e da ética eles são capazes de tudo.

Veja Também:Notícia boa é notícia ruim

A complexidade da ciência é assim mesmo. Às vezes você chega a ter a sensação de estar num campo de várzea assistindo a um clássico do crime, daqueles em que a qualquer momento o zagueiro pode mandar chumbo no atacante, mas são só as ilusões do empirismo. Não se faz omelete sem quebrar os ovos e não se faz ciência sem quebrar uns ossos. E não se esqueça: perigosa é a Copa América.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Bolsonaro quer superar a marca de Lula

Diferença sobre Haddad deve aumentar [pequena parte da imprensa está fazendo festa por Haddad ter se encontrado com o ex-ministro Joaquim Barbosa - qual o valor desse encontro? estamos a perguntar.

O ex-presidente do STF é apenas mais um SEM voto a apoiar Haddad - se Haddad sem Barbosa tem 38%, com Barbosa permanecerá nos mesmos 38%. 

Quem vai gostar é Boulos, que terá mais um adepto do Movimento dos Sem Votos - MSV, que está fundando.

Isso se o ex-ministro aceitar se prestar a esse papel, o que duvidamos.]




O deputado Jair Bolsonaro (PSL) teve indicações ontem à noite de que aumentará sua vantagem sobre Fernando Haddad (PT) nas pesquisas de intenção de voto a serem divulgadas nas próximas horas. Por sinal, é isso o que mais teme o PT.

A confirmar-se a expectativa do capitão reformado, o PT aumentará a onda de ataques contra ele na esperança de que possa produzir algum efeito e evitar uma surra que se desenha como memorável, muito além do previsto.  A meta de Bolsonaro é superar o desempenho de Lula nas eleições de 2002 quando o PT colheu seu melhor resultado numa eleição presidencial. Ao se eleger pela primeira vez, Lula ganhou em todos os Estados, menos em Alagoas.

Naquele ano, com quase 53 milhões de votos, Lula tornou-se o segundo presidente mais votado do mundo, atrás apenas do americano Ronald Reagan na eleição de 1984. Lula ganhou com 61% dos votos contra 39% de José Serra (PSDB).


domingo, 2 de setembro de 2018

Collor imita Lindberg e faz comício sem plateia em lugar cheio de gente

Ao lado do senador Benedito Lira, que tenta a reeleição, o candidato ao governo de Alagoas não conseguiu juntar mais que uma dúzia de curiosos







Aparentemente estimulado pelas aparições do pioneiro Lindbergh Farias, o senador Fernando Collor, candidato ao governo de Alagoas, resolveu viver as emoções experimentadas por quem protagoniza um comício sem plateia em lugar cheio de gente.



 

Ao lado do senador Benedito Lira, que tenta a reeleição, o ex-presidente despejado do cargo em 1992 não conseguiu juntar mais que uma dúzia de curiosos. Pelo tamanho da plateia, Collor tem tantas chances de ganhar a eleição quanto o ex-inimigo e hoje amigo de infância Lindberg.

Blog do Augusto Nunes - Veja
 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A história do senador brasileiro que foi preso antes de Delcídio Amaral

É possível que muitos jovens não saibam, mas o plenário do Congresso Nacional já foi palco de um assassinato, em 1963. 

Tanto vítima como assassino eram senadores da República. Na época, a Carta Magna também previa que os parlamentares decidissem entre a manutenção e o relaxamento da prisão 

A prisão de Delcídio Amaral (PT-MS) não foi o primeiro caso de um senador a ser preso em pleno exercício do mandato. Na década de 1960, o fogo cruzado, literalmente, entre os parlamentares causou a primeira prisão de um senador da república, mais especificamente de dois congressistas.

A fatalidade, que ocorreu durante uma sessão no Senado Federal em dezembro de 1963, foi o final de uma longa disputa política e pessoal entre dois dos principais membros daquela Legislatura. Se os responsáveis pela briga não se feriram, um inocente acabou sendo morto dentro do Plenário do Congresso. A antiga rixa envolvia os senadores Arnon de Mello (pai do ex-presidente Fernando de Collor de Mello) e Silvestre Péricles, ambos representantes do estado de Alagoas.

A confusão generalizada começou muito antes do assassinato do inocente senador José Kairala, do Acre, que acabou baleado durante a tentativa de evitar um tiroteio entre ambos, dentro do Congresso. A rixa entre Péricles e Arnon existia desde a época em que eram lideranças regionais de Alagoas e se estendeu por anos, mas o auge da disputa foi quando o senador Péricles ameaçou durante um discurso matar seu rival. Desde então, o pai do atual senador Collor passou a usar uma 'Smith Wesson 38' em sua cintura. O enredo para a tragédia estava escrito.

No dia 4 de dezembro de 1963, o pai de Collor era o primeiro orador inscrito e abriu os trabalhos mostrando a que veio. Com a tradicional pompa parlamentar, anunciou: "Senhor presidente, com a permissão de Vossa Excelência, falarei de frente para o senador Silvestre Péricles de Góes Monteiro, que me ameaçou de morte".

A frase foi suficiente para levar Péricles, que conversava com um colega no fundo do plenário, a apressar-se em direção à tribuna. De dedo em riste, gritou: "Crápula!".  Numa cena ao melhor estilo filme de velho-oeste, ambos os parlamentares sacaram seus revolveres e o tiroteio começou.  Na tentativa de evitar uma tragédia, os senadores Kairala e João Agripino (tio do atual senador José Agripino, do DEM) se engalfinharam no chão com Péricles para lhe tirar a arma das mãos. Neste momento, Arnon disparou duas vezes contra o rival e acabou atingindo acidentalmente em Kairala. Baleado no abdome, o parlamentar foi levado em estado grave ao Hospital Distrital de Brasília, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu depois de quatro horas.

Após a tragédia, os senadores responsáveis pelo tiroteio foram presos em flagrante e assim como na atual Constituição, a Carta Magna da época também previa que a prisão de parlamentares fosse submetida ao voto de seus pares para ser aprovada ou não. Sob pressão popular, o Senado aprovou por 44 votos a favor e 4 contra a prisão em flagrante de Silvestre Péricles e Arnon de Mello.

Depois de um curto período de tempo no cárcere, ambos ganharam a liberdade. Cinco meses após o assassinato, o Tribunal do Júri de Brasília julgou o caso e inocentou os dois parlamentares. Numa curiosa matéria divulgada naquela época pela imprensa do Distrito Federal foi citado que durante o período em que Silvestre Péricles esteve preso, ele não se separava de “seu 38, cano longo de cabo madrepérola”, causando constrangimento aos guardas que faziam a segurança do presídio.

O GLOBO
Amigo e sócio de Roberto Marinho, Arnon seria retratado como vítima no jornal do dia seguinte. Discorre o editorial, na primeira página: "A democracia, apesar de ser o melhor dos regimes políticos, dá margem, quando o eleitorado se deixa enganar ou não é bastante esclarecido, a que o povo de um só estado - como é o caso - coloque na mesma casa legislativa um primário violento, como o Sr. Silvestre Péricles, e um intelectual, como o Sr. Arnon de Mello, reunindo-os no mesmo triste episódio, embora sejam eles tão diferentes pelo temperamento, pela cultura e pela educação".

Arnon de Mello foi reeleito em 1970 por votação direta. Faleceu em 1983 cumprindo mandato de senador de Alagoas.

Fonte: Pragmatismo Político

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Brasília dos milagres

O ótimo escritor americano Mark Twain dizia que os Estados Unidos tinham o melhor Congresso que o dinheiro podia comprar. Problema deles: em nosso país tropical, abençoado por Asmodeus e bonito por natureza (mas que beleza!), os parlamentares abrem o mar do nosso dinheiro que virou vermelho. Milagre!

Pois o milagre se realiza há anos. O deputado João Alves dizia que enriqueceu ganhando sucessivas vezes na Loteria — deve ser verdade, porque deputado não pode mentir, é quebra de decoro. Eduardo Cunha, em operações só agora conhecidas, vendia carne brasileira enlatada para a África, e o dinheiro ia para a Suíça.

Talvez seja a carne daquele gado valorizadíssimo criado por Renan Calheiros, rebanhos imensos, que apenas as monumentais pradarias russas (e as fazendas alagoanas ainda maiores, mas que de tão modernas são apresentadas em modo compacto), do hoje presidente do Senado. E descobriríamos que a pensão para a bela mãe de sua não menos linda filhinha viria da venda do maravilhoso gado para o exportador Eduardo Cunha.

Ou talvez o gado de Cunha fosse criado nas fazendas aéreas de Romero Jucá, para que a pata dos bois não machucasse a terra com suas duras pisadas. Nas áreas do ranário da família Barbalho, aquelas amplamente financiadas pelo BNDES, jamais: ali, se um dia rãs surgissem, os bois poderiam pisá-las. Mas as tais rãs que tanto custaram aos cofres públicos nem precisam aparecer. Rãs fantasmas podem ser pisadas por bois fantasmas, fantasmagoricamente, todos financiados com dinheiro público real.
Real? Vá lá: dólar.

A terra dos craques
Em Brasília, a Tenda dos Milagres, milagres proliferam. Gente que quando morava na Grande São Paulo nem pensava em enriquecer se deu bem no Planalto. Os Ronaldinhos dos Negócios enricaram com aquele esporte tão popular, tão apreciado, tão praticado no Brasil: o futebol americano. Deram-se tão bem fora de São Paulo que, mesmo quando tiveram de retornar ao estado, nem casa quiseram: moram de favor em mansões suspensas de amigos generosos e desinteressados.

O Gogó de Ouro recebe milhões por requisitadas palestras, para ouvintes ávidos e privilegiados, que pagam pela exclusividade, porque ninguém fora das salas refrigeradas e protegidas jamais ouviu qualquer palavra lá pronunciada, jamais viu sequer fotos destes eventos tão lucrativos. Nem selfies! Há até coxinhas brancos, feios, golpistas e de olhos azuis dizendo que as palestras, como as rãs do tal ranário, são apenas imaginação.
Mas foram pagas, são reais. Ou dólares.

Como está, fica
Dilma e Eduardo Cunha são hoje amigos desde criancinhas. Cunha será um obstáculo ao impeachment, os parlamentares do PT tentarão impedir que Cunha seja derrotado na Comissão de Ética. Um não pode romper com o outro ou os dois se afogam.  Se bem que o escorpião não podia picar o sapo no meio do rio, pois ambos morreriam, e picou assim mesmo — porque era de sua índole.

As rosas não falam — e se falarem? 
Atenção que esta é uma bomba. Conta o jornalista Carlos Newton que o repórter Thiago Herdy, futuro presidente da Abraji, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, ganhou na Justiça o direito de acesso aos dados do cartão corporativo do governo federal usado por Rosemary Noronha, ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo.

O mandado de segurança 20.895 foi concedido pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça. Rose sempre teve a confiança de Lula. E, apanhada na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, manteve-se até hoje em silêncio. Mas seu cartão corporativo pode indicar muita coisa — até mesmo, como se comenta, se participou de viagens aéreas com Lula sem constar na lista de passageiros.

Segundo a decisão judicial, não há motivo para o sigilo do cartão de Rose. Mas, se o governo fez questão do sigilo, é porque acha que motivos há.

Tarda e falha
No dia 5, romperam-se as barragens da Samarco, em Minas; um rio de lama tóxica destruiu várias cidades e matou mais de duas dezenas de pessoas — ainda sabe-se lá quantas que terão desaparecido na lama. A presidente Dilma foi visitar a região uma semana depois, no dia 12, e não botou os pés em terra: bastou-lhe o sobrevoo de helicóptero. E garantiu que o Ibama vai multar a Samarco em R$ 250 milhões, de imediato, fora outras multas possíveis. E daí? Daí, nada.

Das multas impostas pelo Ibama, 99% não foram pagas, ponto final. Das multas impostas pelo governo federal como um todo — Ibama, Banco Central, agências reguladoras, TCU — só 3,7% foram pagas. Os devedores não apenas não pagam como não são sequer inscritos no Cadin, o Cadastro dos Inadimplentes, cujo objetivo é registrar quem não paga para proteger o governo de assinar contratos com eles. Por enquanto, há R$ 25 bilhões em multas não pagas.

O governo finge de bravo, multa, ninguém paga e fica por isso. Quanto às providências para ajudar os atingidos, isso é com os outros, sabe-se lá quem.

Perguntar não ofende
Se o dinheiro que o governo quer que seja repatriado é clandestino e está em contas secretas, como se sabe a quanto monta?
Alguém terá vontade de trazê-lo?

Fonte: Coluna de Carlos Brickmann - http://www.brickmann.com.br/