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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Talibãs ordenam decapitação de manequins em lojas de Herat

Esta nova diretriz se soma a uma série de medidas já anunciadas pelo Talibã para impor no país sua visão rígida do Islã

Os talibãs ordenaram aos vendedores de roupas de Herat, no oeste do Afeganistão, que cortem as cabeças dos manequins em suas lojas, alegando que se opõem à sua interpretação da lei islâmica.

Esta nova diretriz se soma a uma série de medidas já anunciadas pelo Talibã para impor no país sua visão rígida do Islã, uma visão que limita as liberdades públicas, em especial para mulheres e meninas.

"Pedimos aos comerciantes que cortem a cabeça dos manequins, porque é contra a lei (islâmica) da 'sharia'", disse à AFP nesta quarta-feira (5) Aziz Rahman, chefe do serviço de Promoção da Virtude e Prevenção do Vício, em Herat, cidade com cerca de 600 mil habitantes e terceira cidade do país. "Se se limitarem a cobrir suas cabeças, ou esconderem o manequim (totalmente), o anjo de Alá não entrará na loja, ou em sua casa, para abençoá-los", alegou.

Segundo ele, os comerciantes prometeram obedecer. Desde terça-feira, circula nas redes sociais um vídeo, no qual homens cortam cabeças de manequins femininos de plástico com serras. Por enquanto, os talibãs não emitiram nenhuma ordem nacional sobre essas figuras de plástico, que não têm lugar em sua interpretação estrita da lei islâmica, uma vez que esta proíbe representações humanas.

Durante seu primeiro regime à frente do país, nos anos 1990, os talibãs destruíram várias estátuas históricas de budas. A ação chocou o mundo. Desde que voltaram ao poder, eles prometem ser mais moderados para tentar mudar sua imagem internacional e receber ajuda humanitária. Por enquanto, porém, impuseram novas restrições, principalmente contra mulheres e meninas.

Mundo - Correio Braziliense

 

terça-feira, 23 de junho de 2020

O que se condena, no Brasil de hoje, não é o que foi feito. É quem faz. - J.R. Guzzo


O Estado de S. Paulo


Pesos e medidas

O Brasil não é, positivamente, um país para distraídos. A verdade que vale hoje pode não estar valendo nada amanhã – e se o sujeito não presta muita atenção nas mudanças súbitas que fazem o certo virar errado e o errado virar certo vai acabar andando fora do passo. Até outro dia, quando havia por aqui algo chamado Operação Lava Jato e os corruptos viviam no medo de acordar com o camburão da Polícia Federal na sua porta, era exigida das autoridades públicas, como se exige de um muçulmano diante de Alá, uma obediência cega, surda e muda ao “direito de defesa”. 
Hoje, quando a grande atração em cartaz é o combate ao que se considera ameaças à democracia, e quem está aflito com a PF são os suspeitos de extremismo de direita, o que se cobra da Justiça é o contrário vale passar por cima da lei e de seus detalhes incômodos para punir tudo o que possa ser descrito como “fascismo”




Trocaram os polos da pilha – de negativo para positivo e vice-versa. O primeiro dos dez mandamentos, nos tempos de Lava Jato, era: é preciso combater a corrupção, sim, mas desde que as leis sejam respeitadas em suas miudezas mais extremadas. O problema do Brasil, na época, não era o saque ao erário e a punição dos ladrões; era a possibilidade de haver o mais delicado arranhão em qualquer direito dos acusados. Muito melhor deixar um culpado sem castigo do que correr o mínimo risco de punir alguém se não for cumprido tudo o que as milhões de leis em vigor no país oferecem em sua defesa. 
O primeiro mandamento, hoje, é o oposto: não se pode ficar com essa história de “cumprir a lei” ao pé da letra, pois “a democracia tem de estar acima de tudo”. Os direitos dos acusados não vêm mais ao caso. 


Onde foram parar os “garantistas”? Você talvez ainda se lembre deles: 
- eram os ministros do STF, advogados de corruptos milionários e toda uma multidão de juristas amadores que acusavam a Lava Jato de desrespeitar o direito de defesa, exigiam que suas decisões fossem anuladas e pediam punição para o juiz Sérgio Moro e os procuradores da operação. O ministro Gilmar Mendes chamou a Lava Jato de “operação criminosa” e acusou a PF da prática de “pistolagem”. Também disse que “a República de Curitiba é uma ditadura de gente ordinária” e que a Lava Jato foi “uma época de trevas”. O presidente do STF, Antônio Dias Toffoli, acusou a operação de “destruir empresas”. Seu colega Marco Aurélio Mello disse não queria ser substituído por Moro quando se aposentasse. 


Temos agora, o episódio dessa moça que se descreve como “ativista” de direita e foi presa por um mínimo de cinco dias sob a acusação de atentar contra a Lei de Segurança Nacional. Sara xingou a mãe do ministro Alexandre de Moraes; disso não há dúvida. [os cinco dias já passaram a dez e não será surpresa se transformarem a prisão em preventiva à 'brasileira'.
A perigosa ativista não passa de uma caçadora de holofotes - tentou obter fama sendo integrante do grupo 'as vadias' não deu certo - deve ter tentado,  também sem êxito, ser escolhida para o BBB -  e agora tenta o ativismo de araque e a ação mais importante, para ela, é mostrar força - quem não tem, esconde até o assunto e quando tem só demonstra no momento necessário.] Mas desde quando xingar a mãe de ministro ameaça a segurança do Brasil, ou de qualquer país? O crime, aí, se a Justiça assim o decidir, é o de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal. Não pode ser outro – e para ele a lei não prevê prisão temporária de cinco dias, nem de mais e nem de menos. Conclusão: extremistas de direita devem ter menos direitos que extremistas de esquerda, ou que delinquentes de outros tipos. 

Da mesma forma, há muito escândalo porque o grupo de Sara foi soltar rojões na frente do STF. [destaque-se que em um final de semana, Mas ninguém achou que a segurança nacional foi ameaçada quando picharam de vermelho o prédio da ministra Cármen Lúcia, dois anos atrás, em Belo Horizonte – ou quando manifestantes “a favor da democracia” e “contra o fascismo” jogam pedra na polícia, destroem propriedade e tocam fogo em bancas de jornal. 
O que se condena, no Brasil de hoje, não é o que foi feito. É quem faz.

J.R. Guzzo, jornalista - O Estado de S. Paulo






domingo, 20 de maio de 2018

Moradores e comerciantes denunciam taxas do tráfico na Rocinha



A narcomilícia da Rocinha: Moradores e comerciantes denunciam taxas do tráfico

Extorsões já rendem mais de R$ 1 milhão por mês

Não bastam as 54 mortes em confrontos com a polícia contabilizadas pelo estado desde setembro do ano passado, quando explodiu uma guerra entre facções pelo controle da Rocinha. O sofrimento da comunidade é ampliado por meio de constantes ameaças, que castigam o bolso de quem vive ali. Moradores e comerciantes denunciam que estão sendo obrigados a financiar uma corrida de bandidos por mais armas e munição: o tráfico passou a imitar a milícia, e, a cada semana, cobra taxas de segurança, além de faturar em cima do transporte alternativo e da venda de botijões de gás, água e outros produtos

Muitos reclamam que o “imposto do terror” vem aumentando, e a estimativa é que ele já renda pelo menos R$ 1,3 milhão por mês ao bando que hoje domina a favela. Com o anonimato preservado, pessoas que vivem e trabalham na Rocinha afirmam que, muitas vezes, a cobrança das taxas ilegais é feita por integrantes da principal associação de moradores do morro. A entidade, no entanto, nega a acusação e afirma que nada pode falar sobre algo que desconhece. Já os delegados Antônio Ricardo Lima Nunes, respectivamente ex-titular e atual responsável pela delegacia da área, a 11ª DP, dizem que a comunidade pode estar sob o jugo do que chamam de narcomilícia. 

Além de sofrerem com os tiroteios e as extorsões, moradores e comerciantes acompanham o crescimento da desordem. Sem freio do poder público, construções irregulares se multiplicam. No alto da localidade conhecida como Dionéia, pouco acima da sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela, novas casas são vistas em meio à mata. Na parte mais baixa do morro, a falta de controle urbano é percebida junto ao asfalto da Autoestrada Lagoa-Barra, da entrada da estação do metrô e sob a passarela próxima ao Túnel Zuzu Angel. Camelôs se espalham e oferecem todos os tipos de produtos; mesas e cadeiras são distribuídas para receberem consumidores de sanduíches, petiscos e bebidas.


Na tarde da última quinta-feira, quem fez a festa foi o caminhão do Rei do Um Real, que estacionou perto da passarela. Uma fila logo se formou: era gente interessada em comprar bandejas de iogurte, pacotes de biscoito ou garrafas de refrigerante pelo preço que o dono do negócio que leva no nome. Porém há produtos mais “caros”: dois copos de requeijão custam R$ 5, e três dúzias de ovos saem por R$ 10.

A fila é controlada, homens que trabalham com o caminhão dividem a clientela em grupos, que, em intervalos de alguns minutos, são autorizados a irem para um trecho da calçada onde os produtos ficam expostos em caixas de papelão. Havia alguns PMs por perto, mas eles se limitavam a observar o intenso vaivém; não abordavam os vendedores para checar a procedência das mercadorias.  — Cada canto da comunidade é uma mina de ouro. Os bandidos deixam os camelôs se instalarem, desde que paguem taxas. As vendas do comércio regular caíram por causa dos tiroteios, mesmo assim, temos de aguentar a concorrência desleal e pagar uma taxa que chega a R$ 300 por mês. Passam recolhendo. No dia marcado, tenho que entregar o dinheiro. Estou adiando o pagamento de tributos para manter meu negócio, mas está difícil — conta um lojista que trabalha há décadas na Rocinha. — Antes, cada um contribuía como podia. Geralmente, o pessoal dava cestas básicas; às vezes, tínhamos de colaborar com carne e cerveja para festas. Hoje, damos tudo isso e ainda pagamos o imposto do terror.

‘IMPOSTO’ SOBE APÓS A GUERRA
A situação piorou quando um bando invadiu a Rocinha a mando, segundo a polícia, de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Mesmo preso em Rondônia, ele teria determinado a expulsão de seu antigo braço-direito, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que resistiu à investida e mudou de facção. Ele também foi capturado, em dezembro do ano passado, mas seus aliados estariam dominando a favela.

O último levantamento das atividades econômicas na Rocinha, feito em 2007, apontou que a comunidade tinha cerca de 2.500 estabelecimentos comerciais. Isso significa que a taxa de R$ 300 imposta pelo tráfico pode corresponder a uma arrecadação mensal em torno de R$ 750 mil. Muitos não pagam o imposto do terror por mês. Antes de setembro de 2017, a cobrança dos mototaxistas era diária (R$ 4), mas passou a ser de R$ 75 semanais.

 Pela comunidade, circulam mais de mil, incluindo os que pegam passageiros em pontos (Via Ápia, Largo das Flores, Largo do Boiadeiro, Cidade Nova, Rua Nova, Laboriaux e Rua Um) e os rotativos. Isso garante pelo menos R$ 300 mil mensais só em “pedágio”.
— Dependendo do ponto, o recolhimento da taxa é feito num dia diferente — conta Z., na profissão há 19 anos. Os que têm sua própria moto e clientes fixos, conseguem sobreviver com as corridas (cada uma custa R$ 3). Os que precisam pagar R$ 150 de aluguel da moto, além dos R$ 75, estão passando dificuldades.

Segundo motoristas, mais de 150 vans entre as legalizadas que ligam São Conrado ao Jardim de Alah, as que passam pela Rocinha em direção a Rio das Pedras e as que trafegam pela comunidade Vila Canoas — também têm que pagar o “pedágio”. O proprietário de um veículo legalizado diz que, há alguns meses, não era obrigado a pagar taxa, mas precisava, ocasionalmente, fazer “serviços gratuitos” para bandidos. Ele conta que, inicialmente, passou a ter que contribuir com R$ 165 por semana e R$ 10 por dia trabalhado. — Este mês, aumentaram para R$ 285 por semana e R$ 20 por dia. Estou desesperado — afirma ele., que mora na Rocinha com a mulher e os filhos.

Há menos de um ano, motoristas de carros particulares, alguns deles da Baixada, estimulados pelo mercado criado pelos aplicativos de transportes, passaram a fazer ponto na Rocinha. Costumam estacionar na Via Ápia para aguardar passageiros. Quando não encontram espaço, ficam na Estrada da Gávea, próximo ao Clube Emoções, esperando uma vaga no ponto.  — Estão cobrando R$ 135 por semana da gente. É muito — reclama um motorista.

PROJETOS MUNICIPAIS
A Prefeitura do Rio informa que vem desenvolvendo, desde o ano passado, uma série de ações na Rocinha com investimentos que ultrapassam R$ 8 milhões. Entre os trabalhos concluídos na região, segundo a assessoria de imprensa do prefeito, há obras de contenção de encostas no valor de R$ 4 milhões e reformas de quatro unidades de ensino concluídas em abril ao custo de R$ 3 milhões, além de outras intervenções, como tapa-buracos, integração tarifária entre vans e o metrô, identificação de casas sem janelas e obras de requalificação das fachadas de 150 casas.

O Globo