Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Adelmir Bendine. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Adelmir Bendine. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Homem certo no lugar certo: o presidente de banco que esconde dinheiro em casa vira comandante da Petrobras do Petrolão


Em 28 de agosto de 2014, o país ficou sabendo que o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, guarda dinheiro vivo em casa desde que virou figurão do mundo das finanças. O estoque de cédulas é de dar enfarte em escriturário: na declaração ao Fisco referente a 2012, por exemplo, ele calculou em R$ 280 mil a reserva doméstica.

Um presidente de banco que prefere esconder debaixo do colchão o que poderia aplicar na instituição que dirige não merece dirigir sequer um carrinho de cachorro-quente. Mas não é tudo. Dois dias depois, as investigações sobre a origem dessa e de outras boladas ainda engatinhavam quando aumentou a suspeita de que o gabinete reservado ao presidente do BB talvez hospedasse um caso de polícia.

Em 30 de agosto de 2014, numa reportagem de página inteira, a Folha de S. Paulo  informou que Bendine também andou distribuindo dezenas de malas atulhadas de cédulas. A revelação foi feita por Sebastião Ferreira da Silva, o Ferreirinha, ex-motorista do Banco do Brasil.

Ferreirinha também confirmou as estreitas ligações entre o chefe e Val Marchiori, a socialite beneficiada pelo BB com um empréstimo de R$ 2,7 milhões. A velocidade do acerto, a brandura das condições de pagamento e o raquitismo dos juros lembram transações entre pais e filhos. Ou entre amigos especialmente íntimos.

Nesta sexta-feira, por decisão de Dilma Rousseff, o investigado por essas (e muitas outras) histórias mal contadas foi promovido a presidente da Petrobras do Petrolão. Aldemir Bendine agora comanda a estatal devastada pela maior roubalheira de todos os tempos. Parece o homem certo no lugar certo.

Coluna do Augusto Nunes - Veja 
 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Novo presidente assume Petrobras com carta branca de Dilma para aumentar controle financeiro da estatal

Com poucas horas no cargo, Aldemir Bendine traçou um plano para blindar a estatal do maior escândalo de corrupção do país

[o plano de blindagem traçado por Bendine não merece muita confiança, já que ele não conseguiu blindar a si próprio quando foi flagrado pela Receita Federal, quando esteve envolvido em favorecimento ilicito a socialite Val Marchiori, no pagamento em dinheiro vivo de um apartamento e outras atividades, digamos, suspeitas... ]
 
Com poucas horas no cargo, o novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, traçou um plano para blindar a estatal do maior escândalo de corrupção do país. São três metas, segundo o novo presidente informou a fontes ouvidas pelo GLOBO. A missão mais urgente é resolver a questão contábil, que levou a empresa a não ter seu balanço financeiro auditado pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC). Bendine deve passar o fim de semana lendo 800 páginas sobre as metodologias utilizadas na empresa para começar a ter noção do trabalho que tem de ser feito. E já avisou a alguns funcionários que urgência não significa trabalho malfeito. 
 Para isso, será feita uma avaliação de perdas e alguns testes de retorno financeiros sobre vários ativos. A nova diretoria ainda pretende fortalecer a área financeira com um novo plano de negócios. O terceiro objetivo é fazer com que a petrolífera atravesse a investigação da Operação Lava-Jato com o mínimo de danos. Bendine recebeu carta branca da presidente Dilma Rousseff para fazer o que for preciso, até reformar o estatuto da Petrobras.

As tarefas mais árduas já foram repassadas a Ivan Monteiro, o novo diretor financeiro, segundo fontes do setor. O técnico era até ontem o vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil, e subordinado a Bendine na instituição. A primeira avaliação do técnico foi que é preciso criar um processo financeiro mais confiável, como o que teria feito no BB. A primeira ação é resolver a questão do balanço, já que isso influencia diretamente na imagem da estatal no mercado financeiro. A divulgação das perdas de R$ 88 bilhões com corrupção na semana passada foi considerada uma “barbeiragem” pelo governo, que alega que a avaliação não seguiu a melhor metodologia para o cálculo. 
[muito provavelmente o que o governo diz não ter sido seguido na avaliação = melhor metodologia = seria a técnica adotada por Mantega - maquiagem das informações e que desacreditou toda e qualquer conta apresentada pelo 'amanteigado' e sua trupe.]
 
Em segundo lugar, o objetivo é fortalecer a área financeira. Para isso, Monteiro — considerado pelo mercado um dos melhores na área — deve analisar a situação de caixa e promover novas captações para resolver problemas mais urgentes. A intenção é fazer um “novo mix” nas finanças da instituição. A nova diretoria quer rediscutir papéis dentro do corpo técnico. E, depois disso, criar um novo plano de negócios, de investimentos e de capital.

A terceira missão é enfrentar a Lava-Jato, mas a avaliação do novo presidente é que a empresa tem tratado a investigação com transparência e colaborado com a PF e o Ministério Público. Antes da reunião de ontem do conselho da Petrobras, Graça Foster, que renunciou ao cargo de presidente da empresa dois dias antes, conversou com Bendine e se colocou à disposição para colaborar numa transição mais tranquila. Segundo funcionários da estatal, Graça está abalada emocionalmente com o escândalo e com a forma que a levou a sair da empresa, na renúncia coletiva da diretoria.

Bendine não participou da primeira parte da reunião do conselho da estatal e só entrou na sala após ter o nome aprovado. Enquanto o ex-ministro da Fazenda e ainda atual presidente do colegiado, Guido Mantega, conduzia a reunião que votava sua escolha, Bendine aguardava em uma sala ao lado. Segundo participantes, os acionistas minoritários se incomodaram quando souberam que o nome de Bendine havia sido veiculado pela imprensa como o novo presidente mesmo antes da votação.

Bendine foi convidado para o posto na quarta-feira, quando Dilma o chamou para uma conversa e apresentou a missão. No encontro, ela teria dado autonomia total para o executivo.

Fonte: O Globo