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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

MPF vai gastar o nosso dinheiro tentando fazer o terrorismo de Marighella parecer democracia

Ação contra supostos agentes da ditadura desrespeita a Lei da Anistia e os fundamentos básicos do direito penal
Ai, que preguiça! O Ministério Público Federal continua a torrar inutilmente o dinheiro dos brasileiros. A ação da hora, a cargo do procurador Andrey Borges de Mendonça, é tentar punir o médico aposentado João Henrique Ferreira de Carvalho, conhecido com o “Jota”, que teria atuado como um infiltrado no grupo terrorista ALN (Ação Libertadora Nacional), que era comandada pelo terrorista Carlos Marighella, o preferido de três entre três ignorantes de esquerda.

Para lembrar rapidamente: esse grande herói é o autor do Minimanual do Guerrilheiro Urbano, que defende, entre outras delicadezas, o assassinato de qualquer homem fardado e ações violentas até em hospitais. Wagner Moura vai dirigir um filme sobre esse moralista. Tomara que ele seja o ator. O cara é bom. Eu o quero ainda mais convincente do que no papel de Pablo Escobar. Bandido herói por bandido herói, o nosso é mais complexo. Afinal, Escobar não tem uma legião de intelectuais vigaristas que o idolatram. Marighella tem. Sigamos.

Jota é acusado, pelo valente Andrey, de responsável pelas mortes dos terroristas Arnaldo Cardoso Rocha, Francisco Emmanuel Penteado e Francisco Seiko Okama. Eles pertenciam à organização e teriam sido capturados e mortos em razão das informações prestadas pelo médico, que se fazia passar por um membro do grupo.

Segundo o procurador, Jota sabia que as informações que ele passava levariam à morte do trio. Além do informante, o procurador denunciou pelo crime de homicídio qualificado os ex-policiais militares Beatriz Martins, a agente Neuza, e Ovídio Carneiro de Almeida, conhecido por “Everaldo”, que eram colaboradores do DOI-Codi. Calma que Andrey ainda não terminou. Ele quer que a acusação de triplo homicídio ainda seja agravada por “motivo torpe”, já que se trataria de eliminar inimigos políticos do regime para manter os militares no poder.

Então vamos pensar
Isso não é exercício de direito, cidadania ou legalidade. Comece-se pelo óbvio: ainda que tudo seja ou fosse verdade, as três pessoas, assim como os terroristas, foram beneficiados pela Lei 6.683, a Lei da Anistia, de 28 de agosto de 1979. Essa questão já chegou ao Supremo em 2010. O relator foi um ex-torturado, Eros Grau, que reiterou a sua validade. A Corte Interamericana de Direitos Humanos tentou meter o nariz na história. Não adiantou. Os acusados de crimes durante a ditadura, de um lado e de outro, foram anistiados. E ponto final. A lei que aprovou a Constituinte, diga-se, tinha como pressuposto a validade da anistia.

Assim, o senhor Andrey, com a devida vênia, está apenas fazendo proselitismo e, claro!, pedindo para acender os holofotes. Os moços do MPF gostam de um estrelato, e todo mundo sabe disso. Esse não se veste de preto. Ele apenas conserva uma diligente barba de dois dias e uma mecha de cabelo caída sobre a testa. Nessa profissão, parece que é preciso ver e ser visto. Como as celebridades.

Mais absurdo ainda
A acusação é ainda mais absurda, conforme ensina a disciplina Massinha I do Direito Penal, porque está claro, pelos próprios termos da denúncia, que os três acusados não mataram ninguém, ainda que as pessoas tenham morrido na esteira de um conjunto de ações do qual eles também participaram. Se a acusação de triplo homicídio é estapafúrdia, defender a qualificação chega às raias da maluquice. Adoraria ver o doutor entrando no cérebro dos acusados, encontrar lá o impulso nervoso a provar: “Ah, eles sabiam que aqueles membros da ALN seriam mortos”.

É claro que alguns imberbes não é o caso de Andrey se assanham. Afinal, parece que o procurador apenas está fazendo justiça. Poucos se darão conta de que ele finge que a Lei da Anistia não existe e que o STF ainda não deliberou a respeito de sua higidez.  O mínimo que se espera de um membro do MPF é que argumente em favor da lei é que… siga a lei.

A suposta infiltração de agente do Exército entre baderneiros e a turma do penico da mamãe
MPE investiga se agente infiltrado estava entre detidos; isso é só parte da mitologia mixuruca dos esquerdopatas

É quase milagroso que o Brasil tenha cassado, em 13 dias, o mandato de uma presidente da República por crime de responsabilidade e o de um deputado, ex-presidente da Câmara, por quebra de decoro. Por que afirmo isso? Porque a elite que se assenhoreou das instâncias do estado adora bandidos. Se ele tiver, então, aquele sotaque inequívoco de “amigo do povo”, de “Marat da Avenida Paulista”, tanto melhor. Com a barbicha, a pança e o passado coxinha de Guilherme Boulos, então, pode passar por pensador da moral, entre um pneu incendiado e outro. Chega a ser estupefaciente.

Leio na Folha que o Ministério Público de São Paulo decidiu investigar a possível infiltração de um capitão do Exército no grupo de supostos (o “supostos” é por minha conta) manifestantes presos no dia 4 de setembro.

A dita infiltração foi noticiada pelo site “Ponte” e pela página eletrônica do jornal espanhol “El País”, que divulgou o nome do rapaz: William Pina Botelho. O Exército informou em nota que ele, de fato, pertence ao Comando Militar do Sudeste e determinou a abertura de “processo administrativo para apurar os fatos”. No MPE, o caso está a cargo da promotora Luciana Frugiuele, do Gecep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial).

No dia das detenções, ninguém se referiu a Botelho. Só depois seu nome começou a circular. Ele teria se aproximado do grupo por intermédio de uma das mulheres da turma, usando o nome Balthazar Nunes. E isso se deu por meio de redes sociais.

Então vamos pensar
Digamos, para efeitos de pensamento, que seja tudo verdade e que Botelho estivesse trabalhando para algum órgão oficial, o Exército que fosse. A infiltração, por si, não é crime nenhum. O mínimo que espero das Forças Armadas brasileiras, que respondem, segundo a Constituição, subsidiariamente pela ordem pública, é que estejam informadas, não é mesmo? 
Digamos mais ainda: sendo verdade, vamos fazer de conta que foi ele a ter acionado a polícia. Considerando os objetos encontrados com a turma, então fez um bem aos outros manifestantes, aos próprios detidos e à segurança pública. Mas ainda não basta. Nenhum dos detidos acusou o tal de lhes ter fornecido os apetrechos que justificaram a prisão.

Mas quero seguir pensando. A opção pela violência está dada desde sempre nessas ditas manifestações contra o governo Temer. Ou terei de lembrar de novo o que se deu nos protestos pró-impeachment? Acho realmente impressionante que o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal não se interessem em investigar, por exemplo, a atuação de Guilherme Boulos.

Mas isso cabe? Cabe! Este senhor lidera uma entidade que recebe farto financiamento público para, segundo consta, construir e/ou distribuir moradias. Tenha o MTST existência legal ou não, Boulos é a cara notória do movimento, que lidera as manifestações, e esse movimento, reitero, recebe dinheiro público do tal “Minha Casa Minha Vida Entidades”.  Sim, é espantoso que este país tenha cassado Dilma e Cunha. Parece ser um sinal de que o Congresso pode ser melhor do que o Ministério Público, aí tomado como uma unidade, pouco importa a esfera. Afinal, dada a violência das manifestações, o que a gente sabe é que o MPF decidiu, ao arrepio da Constituição e da lei, vigiar a Polícia Militar e que o MPE agora está empenhando em apurar uma suposta infiltração do Exército.

Mas ninguém se dedica, mesmo havendo o caminho, e acabo de apontar, em apurar a violência promovida por arruaceiros profissionais.  Claro! Este é o post de alguém que não aposta em conflito, luta armada e arranca-rabo de classes. Sei que outras visões de mundo são possíveis. A minha é apenas a do Estado Democrático de Direito. Que nem precisa ser “de direita”. Basta ser direito.

Ah, sim: os valentões podem pensar que têm o direito de achar que as coisas só se resolvem na porrada. Só não vale correr para abraçar a mamãe permissiva quando a sociedade deixar claro que não concorda. Eu já achei algo parecido. Apanhei. Bati. E não fui pedir nem penico nem indenização.
Fui trabalhar.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Paulistanos, não me envergonhem

A concessão de título de Cidadão Paulistano a Marighella 

Só um petista aloprado poderia produzir uma excrescência destas:

POR INICIATIVA DO VEREADOR PETISTA ITALO CARDOSO

 Câmara Municipal de São Paulo (número do projeto: PDL78/09 )
“Dispõe sobre a concessão de Título de Cidadão  Paulistano a Carlos Marighella, “in memoriam”.
A Câmara Municipal de São Paulo decreta:
Art. 1º Fica concedido, “in memoriam”, o Título de Cidadão Paulistano a Carlos Marighella, pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
Art. 2º A entrega da referida homenagem se dará em Sessão Solene, a ser convocada pelo Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, especialmente para esse fim.
Art. 3º As despesas decorrentes deste decreto legislativo correrão por conta das verbas próprias do orçamento, suplementadas se necessário.
Art. 4º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Câmara Municipal de São Paulo, 29 de setembro de 2009. Às Comissões competentes.”

 Comentário do site : www.averdadesufocada.com
Breve histórico do novo Cidadão Paulistano, título concedido, certamente, sem aprovação da grande maioria dos paulistanos

Carlos Marighella, o ideólogo do terror
Marighella completaria 98 anos em 2009. Pelo menos 38 anos de seus 57 anos de vida foram dedicados à violência e à subversão
Carlos Marighella nasceu em Salvador, Bahia, em 05/12/1911. A militância de Marighella vem de longe. Sua trajetória revolucionária remonta à década de 30. Em 1932 ingressou na Juventude Comunista e na Federação Vermelha dos Estudantes. Em 1936, abandonou o curso de engenharia e, cumprindo ordens do partido, foi para São Paulo reorganizar o PCB.
Em 1939, foi preso pela terceira vez e encaminhado para Fernando de Noronha.
Na prisão dava aulas de formação política aos detentos.



Em 1945, a anistia, assinada por Vargas, devolveu a liberdade aos presos políticos. Marighella, nesse ano, foi eleito deputado federal.
No governo Dutra, o Partido Comunista voltou à ilegalidade e passou a agir de novo clandestinamente. Em 7 de janeiro de 1948, os mandatos dos parlamentares do PCB foram cassados.
De 1949 até 1954, Marighella atuou na área sindical, aumentando a influência do partido, sendo incluído na Comissão Executiva e no Secretariado Nacional, órgãos dirigentes do PCB.
No Manifesto de Agosto de 1950, Marighella já pregava a luta armada, conduzida por um Exército de Libertação Nacional. Como membro da Executiva chefiou a primeira delegação de comunistas brasileiros à China, em 1952, que já se preparava para a futura guerrilha implantada no Brasil  na década de 60 , com a desculpa de derrubar o regime militar.
Ao voltar, passou a trabalhar as massas para preparar a futura revolução brasileira.

O passo seguinte seria a penetração no meio estudantil. Para isso, Marighella infiltrou-se, por meio de contatos, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, onde doutrinava professores e alunos. As sementes estavam sendo semeadas, era só aguardar o momento oportuno para a colheita.
A influência da revolução cubana, que passou a servir de modelo para muitos comunistas, contrariava as posições do Movimento Comunista Internacional e do próprio PCB, mas encantava revolucionários antigos, como Marighella e outros que, atuando desde a década de 30, não viam como conquistar o poder com uma luta de longo prazo. A tática de Fidel e Che Guevara, defensores da estratégia foquista - pequenos focos de guerrilheiros atuando em várias partes -, passou a ser o modelo ideal para o Brasil.



Em julho de 1967, foi convidado, oficialmente, para participar da 1ª Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS), onde se discutiria um caminho para a difusão da luta armada no continente.

Desautorizado pelo partido e contrariando as linhas de ação adotadas pelo PCB, Marighella embarcou para Havana com passaporte falso. O evento reuniu revolucionários do mundo inteiro. Na ocasião, o slogan era “Um, dois, três, mil Vietnames”, outro exemplo de guerrilha que dera certo.
Estando Marighella em Havana, o PCB enviou um telegrama desautorizando sua participação e ameaçando-o de expulsão.
Em 17 de agosto de1967, Marighella enviou uma carta ao Comitê Central do PCB, rompendo definitivamente com o partido.


Em seguida,  deu total apoio e solidariedade às resoluções adotadas pela OLAS. Nesse documento ele escrevia:
“No Brasil há forças revolucionárias convencidas de que o dever de todo o revolucionário é fazer a revolução. São estas forças que se preparam em meu país e que jamais me condenariam como faz o Comitê Central só porque empreendi uma viagem a Cuba e me solidarizei com a OLAS e com a revolução cubana. A experiência da revolução cubana ensinou, comprovando o acerto da teoria marxista-leninista, que a única maneira de resolver os problemas do povo é a conquista do poder pela violência das massas, a destruição do aparelho burocrático e militar do Estado a serviço das classes dominantes e do imperialismo e a sua substituição pelo povo armado.”



Terminada a conferência, Marighella ficou alguns meses em Cuba com a certeza do apoio de Fidel a um foco guerrilheiro no Brasil. Em fins de novembro foi expulso do PCB.
De volta ao Brasil, incentivou a prática de assaltos, seqüestros e atentados a bomba. Numa audaciosa ação, seus asseclas ocuparam a Rádio Nacional no Rio de Janeiro, onde colocaram uma gravação no ar, conclamando os revolucionários do Brasil, onde quer que estivessem, a iniciar as ações revolucionárias.
Logo depois, a partir de setembro de 1967, Marighella iniciou o envio de militantes para curso de guerrilha em Cuba. Na primeira leva seguiu  o chamado “I Exército da ALN”



Marighella criou, juntamente com Joaquim Câmara Ferreira, o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP). O AC/SP ou “Ala Marighella” expandia-se e atuava em vários estados. As idéias de Marighella encontram no meio estudantil campo fértil.



Marighella e o clero

Outras adesões viriam. No convento dos dominicanos, na Rua Caiubi, nº 126, no bairro de Perdizes, São Paulo, vários religiosos aderiram ao AC/SP.
Frei Osvaldo Augusto de Resende Júnior liderou várias reuniões congregando frades dominicanos, que se interessavam por política. Participavam dessas reuniões,entre outros: frei Carlos Alberto Libânio Christo (frei Betto), frei Fernando de Brito, frei Tito de Alencar Lima, frei Luiz Felipe Ratton, frei Francisco Pereira Araújo (frei Chico) e Ives do Amaral Lesbaupin (frei Ivo). Na ocasião, frei Osvaldo teceu comentários elogiosos ao AC/SP chefiado por Marighella. Logo depois, apresentou frei Betto a Marighella e conseguiu a adesão de vários dominicanos ao AC/SP e depois à ALN.
O engajamento dos dominicanos foi total. Seriam um apoio da ALN na guerrilha urbana e rural.



 Seus adeptos seguiam a risca os ensinamentos pregados por Marighella:
-“O princípio básico estratégico da organização é o de desencadear, tanto nas cidades como no campo, um volume tal de ações, que o governo se veja obrigado a transformar a situação política do País em uma situação militar, destruindo a máquina burocrático- militar do Estado e substituindo-a pelo povo armado. A guerrilha urbana exercerá um papel tático em face da guerrilha rural, servindo de instrumento de inquietação, distração e retenção das forças armadas, para diminuir a concentração nas operações repressivas contra a guerrilha rural.



Apoiado pela chegada do “I Exército da ALN”, treinado em Cuba, Marighella liderou vários assaltos e atentados na área de São Paulo, ainda em 1968. Assaltos a trens pagadores, assaltos a carros transportadores de valores.
Intensificaram-se a seguir os atos de terror: atentados a bomba, assaltos a banco, seqüestros, assassinatos, “justiçamentos”, ataques a sentinelas e  radiopatrulhas, furtos e roubos de armas de quartéis.




Em 1969, Marighella difundiu o Minimanual do Guerrilheiro, de sua autoria, que passou a ser o livro de cabeceira dos terroristas brasileiros. O livreto foi traduzido em duas dezenas de idiomas e usado por terroristas do mundo inteiro. As Brigadas Vermelhas, na Itália, e o Grupo Baader-Meinhoff, na Alemanha,seguiam seus ensinamentos.



Trechos do mini manual :
 O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar
Ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado
O pior inimigo da guerrilha e o maior perigo que corremos é a infiltração em nossa organização de um espião ou um informante.
O espião apreendido dentro de nossa organização será castigado com a morte. O mesmo vai para o que deserta e informa a polícia. 
O guerrilheiro urbano tem que ter a iniciativa, mobilidade, e flexibilidade, como também versatilidade e um comando para qualquer situação. A iniciativa é uma qualidade especialmente indispensável. Nem sempre é possível se antecipar tudo, e o guerrilheiro não pode deixar se confundir, ou esperar por ordens.
Mas a característica fundamental e decisiva do guerrilheiro urbano é que é um homem que luta com armas; dada esta condição, há poucas probabilidades de que possa seguir sua profissão normal por muito tempo ou o referencial da luta de classes, já que é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.
b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas exropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.
É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.


No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.
 A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que venho da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.

Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
A questão básica na preparação técnica do guerrilheiro urbano é o manejo de armas, tais como a metralhadora, o revólver automático, FAL, vários tipos de escopetas, carabinas, morteiros, bazucas, etc.
O conhecimento de vários tipos de munições e explosivos é outro aspecto a considerar. Entre os explosivos, a dinamite tem que ser bem entendida. O uso de bombas incendiárias, de bombas de fumaça, e de outros tipos são conhecimentos prévios indispensáveis.

Aprender a fazer e construir armas, preparar bombas Molotov, granadas, minas, artefatos destrutivos caseiros, como destruir pontes, e destruir trilhos de trem são conhecimentos indispensáveis a preparação técnica do guerrilheiro
 A razão para a existência do guerrilheiro urbano, a condição básica para qual atua e sobrevive, é o de atirar. O guerrilheiro urbano tem que saber disparar bem porque é requerido por este tipo de combate.
Na guerra convencional, o combate é geralmente a distância com armas de longo alcance. Na guerra não-convencional, na qual a guerra guerrilheira urbana está incluída, o combate é a curta distância, muito curta. 

Para evitar sua própria extinção, o guerrilheiro urbano tem que atirar primeiro e não pode errar em seu disparo
As emboscadas são ataques tipificados por surpresa quando o inimigo é apanhado em uma estrada ou quando faz que uma rede de policiais rodeie uma casa ou propriedade. Uma mensagem falsa pode trazer o inimigo a um lugar onde caia em uma armadilha.
O objeto principal da tática de emboscada é de capturar as armas e castigá-los com a morte.
As emboscadas para deter trens de passageiros são para propósitos de propaganda, e quando são trens de tropas, o objetivo é de eliminar o inimigo e tomar suas armas. 

O franco-atirador guerrilheiro é o tipo de lutador ideal especialmente para as emboscada porque pode se esconder facilmente nas irregularidade do terreno, nos trechos dos edifícios e dos apartamentos sob construção. Desde janelas e lugares escuros pode mirar cuidadosamente a seu alvo escolhido.
As emboscadas tem efeitos devastadores no inimigo, deixando o nervoso, inseguro e cheio de temor.

Alguns livros, como  A  Rede do Terror- A Guerra Secreta do Terrorismo Internacional , de Claire Sterling  transcreve alguns textos
“... não matam com raiva: esse é o sexto dos sete pecados capitais contra os quais adverte expressamente o Minimanual de Guerrilha Urbana de Carlos Marighella, a cartilha-padrão do terrorista. Tampouco matam por impulso: pressa e improvisação o quinto e sétimo pecados da lista de Marighella. Matam com naturalidade, pois esta é “a única razão de ser de um guerrilheiro urbano” segundo reza a cartilha. O que importa não é a identidade do cadáver, mas seu impacto sobre o público.”
 
“... em primeiro lugar, escreveu Marighella, o guerrilheiro urbano precisa usar a violência revolucionária para identificar- se com causas populares e assim conseguir uma base popular. Depois: O governo não tem alternativa exceto intensificar a repressão.
As batidas policiais, busca em residências, prisões de pessoas inocentes tornam a vida na cidade insuportável. O sentimento geral é de que o governo é injusto, incapaz de solucionar problemas, e recorre pura e simplesmente à liquidação física de seus opositores.”
É este homem  que levou vários jovens à morte, não só no Brasil , com as instruções de seu Minimanual , que a Câmara Municipal condecorou pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
É este homem , que será homenageado , dia 4 /11 , dia de sua morte em confronto com o Dops, no monumento construído na Alameda Casa Branca, local de sua morte.Serão colocadas flores no local e sua companheira Clara Charf coordenará a cerimônia Estarão presentes outros ex-militantes da luta armada.
É esse homem , que roubou , sequestrou , encaminhou jovens para treinamento no exterior que será homenageado no Museu da Resistência, no antigo DOPS, com uma exposição sobre Marighella, que começa dia 7 com a presença de Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos“



É esse homem que  segundo o ex-ministro José Dirceu  "é parte da história brasileira. Ele acreditava que a principal tarefa era a libertação nacional e o fim da ditadura, para retomar o fio da história” . Em 2010, a história do líder da ALN será contada em um longa metragem, que está sendo produzido pela cineasta Isa Grinspun.
 Suas vítimas ,porém , são esquecidas, varridas para baixo dos tapetes vermelhos da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. O Portal Memórias Reveladas criado por  Franklin Martins e  apresentado por Dilma Rousseff, não revelará nenhum dos crimes que ele e seus asseclas cometeram em nome de uma ideologia pela qual ele lutava desde 1930. Portanto, nada a ver com o regime militar, nem com liberdade ...