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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Incerteza na Previdência provoca corrida ao INSS

Brasileiros correm atrás de aposentadoria antes de reforma da Previdência

Possibilidade de mudança de regras para aposentadoria faz brasileiros se apressarem a fim de conseguir benefício antes da reforma da Previdência. Especialista teme rombo maior devido ao aumento de requisições

Desde a posse do presidente interino, Michel Temer, com a proposta de equilibrar as contas públicas — dando ênfase à necessidade de reforma da Previdência — a corrida aos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cresceu. Inseguros sobre a mudança de regras, os trabalhadores vão em busca de informações. Quem pode adianta o pedido de aposentadoria.
O contador Pedro Feijó, 59 anos, por exemplo, esteve em uma unidade da Previdência para agilizar a aposentadoria da mulher, que tem 56 anos e já contribuiu por 30. “Vim me informar sobre a aposentadoria dela, antes que implantem a idade mínima. Minha esposa está muito preocupada, não quer ter que pagar por mais 10 anos para ter direito ao benefício”, conta.

Pela regra em vigor 85/95 , aprovada pelo Congresso, a mulher de Feijó já pode dar entrada na aposentadoria, pois tem 30 anos de contribuição e, na soma com a idade, possui 86 pontos. Assim como ela, que é costureira e, segundo o marido, já apresenta problemas de saúde e não consegue mais ficar “horas a fio em frente à máquina de costura”, muitos brasileiros enquadrados nessa regra se apressam para garantir o benefício.

Mercês Ferreira, 59, é contadora e, diante da possibilidade de a reforma da Previdência estipular idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, se adiantou para pedir aposentadoria. Ela tem 40 anos de contribuição, mas sempre adiou a ida a um posto do INSS. “Estava sem tempo, mas agora, com a mudança à vista, resolvi correr. Tenho medo de que mudem os critérios e eu tenha que trabalhar mais seis anos por algo a que já tenho direito”, admite.

Nos escritórios especializados, a procura também aumentou. O advogado especialista em Previdência Eduardo Koetz admite que precisou reforçar o atendimento. “As pessoas nos procuram para que façamos os cálculos de quanto vão receber se entrarem com o processo imediatamente”. Ele ressalta que as pessoas não precisam se aposentar, já que qualquer modificação nas regras virá acompanhada de uma regra de transição.


Fonte: Correio Braziliense