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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Chapecoense será processada por famílias de jornalistas

Por tragédia aérea, Chapecoense será processada por famílias de jornalistas

O advogado João Tancredo, que defende as famílias de sete jornalistas vítimas de tragédia aérea com o voo da Chapecoense, vai processar o clube. Segundo ele, o time teria responsabilidade, apesar de não ser culpado pela queda do avião que matou 71 pessoas.  “A Chapecoense terá que ser processada. Foi o clube que fretou a aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. O clube tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu destino”, disse o advogado, que tem entre clientes as famílias do jornalista Guilherme Marques e do produtor Guilherme Van der Lars, da TV Globo. 

Tancredo disse que pediu à Justiça o contrato do clube com a LaMia. “Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. Teria que ter sido feita uma apólice de seguro em nome dos passageiros. Ela é obrigatória.” 

O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, defendeu que as famílias unam forças contra os responsáveis pelo acidente. “O advogado está no direito de fazer o que quiser. Mas não somos responsáveis; somos vítimas. O ideal é nos unirmos para brigar com seguradoras, companhia aérea e com o governo boliviano.”  [a Chapecoense pode ser considerada vítima do acidente~; só que sua condição de vítima não elide sua responsabilidade pela contratação negligente da empresa boliviana.
O entendimento que leva a Chapecoense a ser responsável pelo acidente é pacífico, tanto que o motorista e/ou proprietário de um veículo é responsável pelos danos causados a eventuais passageiros em um acidente - mesmo que o motorista venha a falecer no mesmo acidente.]

Segundo Palaoro, uma reunião com a seguradora estava marcada para terça-feira na Bolívia, com a intenção de discutir as indenizações, mas o encontro deve ser adiado porque a companhia não teria tido tempo hábil para analisar os documentos enviados pela Chapecoense. “O clube ofereceu levar os jornalistas porque havia assentos vagos, mas ninguém foi obrigado a entrar no voo”, disse. “As pessoas que entrarem contra o clube terão caminho mais tortuoso”, concluiu.

As informações são do jornal  O Estado de S. Paulo