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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

ESTICANDO A CORDA - Após mudança no Exército, Lula mira novas trocas e tem pela frente outros focos de tensão com as Forças

O Globo

Depois de substituir o comando do Exército com apenas três semanas de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá pela frente possíveis novos focos de atrito com a caserna nos próximos meses. Diante das investigações que apuram o envolvimento de militares nos atos golpistas de 8 de janeiro, aliados do petista defendem mais mudanças em postos de destaque da Força. 
Além disso, está prevista para fevereiro a promoção de generais para o Alto Comando do Exército, o que gera apreensão no Palácio do Planalto pela possibilidade de ascensão de oficiais ligados ao bolsonarismo. 
Outro ponto de atenção são os eventos do dia 31 de março, data de aniversário do golpe militar de 1964, tradicionalmente celebrada nos quartéis, sobretudo durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No caso das trocas em postos de comando, três oficiais do Exército alocados em posições importantes são vistos com reserva pelo governo. Um deles é o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, atual chefe do Comando Militar do Planalto (CMP). Aliados de Lula acreditam que ele pode ter sido leniente com os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília. 
 
O outro que gera desconfianças junto ao Executivo é o tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP). [CORREÇÃO: o oficial que comanda uma unidade militar não exerce uma chefia e sim um COMANDO, sendo o título adequado o de COMANDANTE.]
Ele foi gravado discutindo com policias militares enquanto vândalos destruíam o Planalto.

O terceiro militar que está na mira do governo é o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, designado para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais. Cid foi escolhido para o posto em maio do ano passado, mas só assumiria a cadeira no mês que vem. A iminente ascensão dele contribuiu para a queda do ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda, demitido no sábado.

O Planalto já havia indicado esperar que a nomeação fosse anulada, uma vez que Cid é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Arruda, porém, não barrou a designação, o que foi encarado como mais um caso de quebra de confiança pelo presidente.

Além da imobilidade em relação ao futuro do ex-auxiliar de Bolsonaro, o general vinha demonstrando resistência em apurar a atuação de militares nos ataques às sedes dos três Poderes, na avaliação do Planalto. Noutro episódio que gerou fricção, Arruda preferiu não agir para desarmar o acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel- General da Força, na capital. Arruda foi substituído pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, encarregado de botar de pé as investigações e aplicar eventuais punições a militares envolvidos nas investidas violentas contra as sedes de Congresso, STF e Presidência.

O general Ribeiro Paiva não deixou claro se pretende promover mudanças nos postos de comando da Força. Nesta segunda-feira, contudo, Múcio disse que o novo comandante do Exército ainda deverá fazer “algumas costuras internas”. Ele (Tomás) prometeu servir ao país no comando do Exército. Evidentemente que existem algumas costuras internas para fazer. A coisa foi muito rápida, mas nós tínhamos que fazer o que foi feito — afirmou. — Fica muito difícil trabalhar quando as pessoas ficam sob suspeita se vão ou não tomar a providência.

Alto comando
Um evento previsto para o mês que vem pode abrir novas fissuras na relação entre governo e militares, como mostrou o colunista Lauro Jardim. Trata-se da escolha dos generais que serão alçados ao patamar de quatro estrelas. Em fevereiro, o Alto Comando do Exército define os coronéis que ascenderão a generais de brigada; os de brigada que passarão a generais de divisão; e estes que subirão ao posto máximo, de general quatro estrelas.  
Nesse caso, há apenas duas vagas no topo da carreira. A decisão é tomada pelos 16 generais que compõem o Alto Comando. Como o governo não tem prerrogativa de interferir na escolha, nada impede que sejam promovidos oficiais ligados ao bolsonarismo. O mesmo processo ocorrerá na Aeronáutica e na Marinha.

O calendário de possíveis constrangimentos vai até o mês seguinte. Durante o mandato de Bolsonaro, no dia 31 de março de cada ano, o ministro da Defesa expedia uma ordem do dia em louvor ao golpe militar, que era lida nos quartéis. Por ora, não se sabe como a data será lembrada na caserna no primeiro mandato de Lula. Eventuais manifestações favoráveis à ditadura não serão bem recebidas no Palácio do Planalto.

Em viagem à Argentina, Lula afirmou que o novo comandante demonstrou completo afinamento com o Planalto:— Escolhi um comandante do Exército, não foi possível dar certo. Escolhi outro, com quem tive boa conversa, e ele pensa exatamente como tudo que eu tenho falado sobre as Forças Armadas.

O presidente reiterou o papel constitucional de Exército, Marinha e Aeronáutica, mas reconheceu que Bolsonaro angariou amplo apoio entre militares. Segundo o petista, o momento é de “voltar à normalidade”. As Forças Armadas não servem a um político, não existem para atender a um político. Existem para garantir a soberania do nosso país e a segurança do povo brasileiro. Está claro na Constituição. Aconteceu um fenômeno no Brasil: o Bolsonaro conseguiu a maioria em todas as forças militares. Na polícia dos estados, a Polícia Rodoviária e uma parte das Forças Armadas.

(...)
 
Em Política, O Globo - MATÉRIA COMPLETA  
 

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Não, não vai ter golpe - O Estado de S.Paulo

J. R. Guzzo

A possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro dar um golpe é igual a três vezes zero

Eis aí os três ministros militares, todos os três de uma vez só, desembarcados do governo. Em outros tempos, um negócio desses faria um barulho danado, ainda mais nas vésperas do dia 31 de março

O que está acontecendo? O que vai acontecer? Quem ganha? 
Quem perde? 
A terra tremia, pelo menos para quem tinha medo de “Brasília” ou para quem tinha alguma coisa a esperar das altas autoridades do País. Outros tempos, realmente. Hoje ninguém tem medo de militar nenhum – e embora muita gente ainda tenha muito a esperar de cima, a queima geral dos chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica é um assunto de interesse só para o mundo político e os jornalistas, ou bem pouco mais do que isso.

Para dizer a verdade, quanta gente sabe quem é mesmo o almirante Ílques, o brigadeiro Bermudez, ou mesmo o general Pujol, que como comandante do Exército é normalmente o mais falado? A quase totalidade da população (e a maioria dos jornalistas), nunca tinha ouvido falar o nome de nenhum deles, e mesmo o do seu chefe nominal, o ministro da Defesa – o primeiro a ser demitido, aliás. Nem ministros eles se chamam mais – hoje, seu título é de comandante de cada uma das três armas. Em suma: o mundo continuou a girar como tinha girado na véspera, e o Brasil girou junto, com o seu caminhão de problemas do mesmíssimo tamanho que carregava antes.

Isso tudo é assim porque os militares brasileiros não são mais o que eram, e golpes de Estado viraram uma coisa obsoleta, esquisita e inviável. Os militares não funcionam mais como uma força política – tornaram-se, ao longo dos últimos 30 anos, uma organização profissional, e seus oficiais são atualmente mais ou menos como os outros funcionários públicos do aparelho estatal. Quanto ao quesito “golpe de Estado”, em si, caiu na categoria das coisas que não se fazem “mais”.

Esse, no fim das contas, é o único ponto que interessa: vai ter golpe? Não, não vai ter golpe, pela simples razão de que não se consegue mais, e já há muito tempo, “botar a tropa na rua” e derrubar o governo – a última vez que isso aconteceu, aliás, foi há exatos 57 anos, em 1964. De lá para cá houve uns roncos de vez em quando, briga entre eles mesmos, mas golpe, mesmo, não dá para fazer no mundo das realidades práticas.

A história mais emocionante que se tentou circular é de que o governo queria virar a mesa e os comandantes militares, mais o ministro da Defesa, se recusaram a obedecer; além disso, eles tinham cumprimentado o presidente com o cotovelo e de máscara, em cerimônias das forças armadas. Por conta disso, haveria uma crise gravíssima – atestada inclusive por professores universitários que a mídia entrevista na condição de “cientistas políticos”. Quem sabe se “os militares”, revoltados com o governo, não iriam, eles mesmos, virar o feitiço contra o feiticeiro? O problema com essas teorias é que a possibilidade do presidente Bolsonaro dar um golpe é igual a três vezes zero; o mesmo, por simetria, se aplica ao outro lado. 

É obvio, pelo ocorrido, que Bolsonaro não aguentava mais os seus gestores da área militar – e nem eles iam com a cara do presidente. Fora isso, o que sobram são os dramas extremos que o país tem com a pior epidemia de sua história, a economia em processo de falência e as pessoas desesperadas com a perda do emprego e a proibição geral do trabalho por ordem das “autoridades locais”. Nada disso mudou em um milímetro.

J. R. Guzzo, jornalista - O Estado de S. Paulo

 

domingo, 31 de março de 2019

A REVOLUÇÃO DE 31 de março de 1964 E OS MORTOS QUE O BRASIL NÃO CHORA E NÃO HONRA!




Uma das premissas para um povo se tornar uma nação evoluída é conhecer e respeitar o seu passado histórico. A história dos povos está cheia de erros e acertos; eventualmente e temporariamente estes dois aspectos se confundem ao sabor dos tempos. Mas não há nada como o decorrer dos dias...

Durante 21 anos a partir do dia 31 de março de 1964 o Brasil viveu sob a égide de cinco presidentes militares. Foram anos difíceis e conturbados. Eram dias perigosos no mundo inteiro. Os mais jovens não se recordam: havia a guerra fria e o Muro de Berlim. Havia o capitalismo e o comunismo. Havia a liberdade e a escravidão do pensamento. 

O Brasil foi levado de roldão pelo furacão da história e não saiu ileso. Quando o General Mourão Filho movimentou as suas tropas na madrugada de 31 de março dando início à Revolução de 1964, o comunismo fincava suas garras sobre o território brasileiro já de longa data. Não fosse a coragem e o patriotismo de um punhado de oficiais das nossas Forças Armadas, o Brasil teria sido submetido durante longos anos ao terror da longa noite comunista. Somente os mais desinformados ainda acreditam que a esquerda implantara a luta armada em favor da democracia. 

Os “anos de chumbo” foram na verdade o período em que duas ideologias antagônicas se digladiaram no Brasil, a exemplo do que ocorreu na Coreia, Vietnam ou nos países do leste europeu tentando se libertar da opressão do monstro soviético. A grande questão é que aqui no Brasil se permitiu que os perdedores escrevessem a história a seu bel prazer e sem nenhum compromisso com a verdade e com os fatos ocorridos. Decorre desta omissão dos vencedores a ignorância da nossa juventude.

Assim, nossos jovens em mais um aniversário da  Revolução de 31 de março, continuam acreditando em heróis de papel, chavões de marqueteiros e mentiras cuidadosamente repetidas. Homens e mulheres dos dois lados tombaram naqueles anos: militares, militantes e inocentes. O terrorismo comunista não poupou o solo brasileiro e também aqui deixou a sua marca de sangue, dor e ódio. Os mortos daqueles anos (não importando o lado em que estivessem) nos encaram dos seus túmulos e perguntam: valeu a pena o nosso sacrifício? Militares e militantes – e aqui excluo os inocentes que morreram vítimas da luta instalada no Brasil – lutaram e morreram defendendo os ideais em que acreditavam. Merecem respeito justamente por isso, ainda que a esquerda tenha escolhido o caminho errado da guerrilha e do terrorismo. Merecem respeito porque na sua ótica lutavam por um Brasil que acreditavam poderia ser melhor. É preciso recordar-se que naqueles anos (1960/1970) o projeto comunista/socialista ainda não havia naufragado miseravelmente no lamaçal da corrupção e da incompetência. 

Nossos jovens daqueles anos parecem ter convivido com Theodore Roosevelt, que certa ocasião afirmou: "é muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota." Os jovens de hoje, com raríssimas e honrosas exceções, formam fila na penumbra cinzenta, para tristeza de nossa Pátria Mãe Gentil.

O Brasil não honra e não chora os seus mortos daquele período. Não os honra porque não conhece a sua verdadeira história (e a maioria nem se interessa em conhecer). Não chora justamente porque não se pode lamentar aquilo que se desconhece. O Brasil precisa fazer as pazes com a sua história. Precisa estudá-la, divulgá-la, analisá-la, discuti-la; ela precisa estar nas nossas salas de aula conduzida pelas mãos e mentes de verdadeiros Mestres e não por ideólogos de doutrinas fracassadas. Só assim, os sacrifícios daqueles anos não serão em vão. Só assim os nossos mortos serão honrados e poderão descansar em paz. Só assim poderemos nos tornar, enfim, uma grande Nação.

Robson Merola de Campos - Advogado- Transcrito do TERNUMA - Terrorismo Nunca Mais

sábado, 30 de março de 2019

‘Foi necessário para restabelecer a ordem nacional’, diz deputado estadual sobre ditadura


[Comentário: todo o nosso respeito à decisão da Justiça, apesar de se tratar de uma determinação  inócua - efeito prático = nenhum, visto proibir a  realização de atos já realizado. A determinação do presidente Bolsonaro foi no sentido de que os quartéis fizessem as comemorações devidas ao 31 de março, não foi determinado que fossem realizadas naquele dia - por sinal, um domingo.

Uma pergunta: e a comemoração realizada pelo Congresso Nacional em 2017, homenageando os 100 anos da Revolução russa. ]

 

Sobrinho-neto do primeiro presidente do regime militar, Capitão Castelo Branco (PSL-SP) era uma das autoridades que foram nesta quinta-feira, 28, à cerimônia sobre o 31 de Março no Comando Militar do Sudeste

 

[comentário: a maior parte das solenidades comemorando o 31 de março de 1964 - 55º aniversário do Movimento Revolucionário de 31 de março de 64, ou o CONTRAGOLPE, ou a REDENTORA - foram antecipadas, devido 31 de março este ano cair em um domingo, inclusive a principal delas que foi comandada pelo Comandante do Exército Brasileiro, general Edson Pujol;

ocorreram várias outras em diversos comandos militares.] 

GENERAL EDSON LEAL PUJOL DISSE QUE AS FORÇAS ARMADAS NÃO SE ARREPENDEM DA CONTRA REVOLUÇÃO 31 DE MARÇO DE 1964

Trechos da entrevista do general EDSON LEAL PUJOL:

(...)

Nessa lembrança há eventos dos quais as Forças Armadas se arrependem?

Se arrependem? Não.

Do 31 de março, não. 

Mas e de todo o regime que veio depois...

Não. Estamos falando do 31 de março? 

Sim.

Vocês perguntam se os partidos que defendem [os guerrilheiros Carlos] Lamarca, [Carlos] Marighella, guerrilha urbana, guerrilha rural, fizeram atentados a banco, a bomba, mataram pessoas, sequestraram, fizeram atentados a pessoas inocentes, vocês fazem essas perguntas?...
Eventualmente sim.


(...)

Quer ver outra pergunta?

Vocês estão fazendo um escarcéu danado. Todos os anos teve isso. Em 2017, no Congresso, celebraram 100 anos da Revolução Russa. Alguém fez alguma coisa?

O senhor acha que é correta a celebração do 31 de março? 

Lembrar o 31 de março? Que o povo brasileiro, a imprensa, os políticos não queriam que fosse implantada uma ditadura comunista aqui no Brasil... Isso nós temos que agradecer àquelas pessoas que impediram isso. Inclusive, instigados por países de movimentos de fora do país.

(...)
 
Deputado estadual eleito pelo PSL para a Assembleia Legislativa de São Paulo, o Capitão Castelo Branco era uma das autoridades que foram nesta quinta-feira, 28, à cerimônia sobre o 31 de Março no Comando Militar do Sudeste. Sobrinho-neto do primeiro presidente do regime militar, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, o deputado defendeu a iniciativa de lembrar a data nos quartéis.
 Leia a entrevista
.
Como o senhor vê a polêmica em torno do 31 de Março?
Eu entendo que o Brasil passava por uma época muito complexa da história. Vivíamos a Guerra Fria e o movimento comunista internacional ocupava espaços geográficos, com guerrilhas tomando o poder em vários países. Houve um clamor para que o Brasil não se tornasse um país comunista, pois aqui se organizava a tomada do poder. A Nação se salvou a si mesma, como meu tio-avô gostava de dizer.

Mas qual a sua interpretação dessa data?
Ela pode ter várias leituras. Aqui estamos dando uma leitura positiva, no sentido de agradecer àqueles que salvaram o Brasil. O 31 de Março foi necessário para restabelecer a ordem nacional. Lembrar um evento histórico deve servir para pautar um caminho de paz, sem revanchismo, sem antagonismo. O sentido que deve prevalecer é o da pacificação do País. Houve sacrifício de ambos os lados. Houve atentados, mortes e torturas de ambos os lados.

E como o senhor analisa o papel de seu tio-avô nessa história?
Ele ficou três anos na Presidência e queria eleições e fazer a transição pacífica, mas, em função de fatores externos e de radicalismos do outro lado, não foi possível fazer a abertura com segurança, daí a necessidade de o regime continuar contra sua vontade. Ele conversou com meu pai pouco antes de morrer. Disse que sentia correr risco de vida.

O sr. acha que a morte de seu tio-avô não foi acidente (aéreo)?
Não foi acidente. Havia interesses contrários à abertura.