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quarta-feira, 13 de maio de 2015

A campanha de Fachin mostra que é ótimo ser ministro do Supremo



O advogado Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma para o Supremo Tribunal Federal, tem o posto em alta conta. Para alcançar a honra de integrar a mais alta corte do país, recebendo muito menos do que profissionais tão bem sucedidos quanto ele, investiu com força em imagem. Para apoiar sua candidatura, contratou Renato Rojas da Cruz, que foi, pela empresa Pepper, o chefe dos marqueteiros digitais na campanha de Dilma (segundo seu currículo, comandava a equipe de criação de redes sociais). Rojas montou um site de apoio a Fachin, www.fachincom.br. Sua participação era desconhecida, mas o segredo foi escancarado pelo blog https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/, do jornalista Cláudio Tognolli. A campanha “Fachin sim” utiliza também o Facebook, o twitter e o You Tube. Preço? Não se conhece o número exato; mas Rojas já trabalhou na cúpula de uma campanha presidencial e é professor da Universidade de Brasília. É bem cotado no mercado de campanhas.

 Sabatina de Luiz Edson Fachin no Senado – Para tirar os companheiros da cadeia

Fachin preferiu não deixar nenhuma brecha em sua luta para chegar ao Supremo. Já que havia contratado um marqueteiro de Dilma, e ainda dispunha de verba, fez questão de se abrir também aos tucanos. E contratou a Medialogue, que trabalhou na campanha de Aécio Neves, para fazer o monitoramento do que é divulgado nas redes sociais. O preço também não foi divulgado, mas uma empresa que já trabalhou em campanha presidencial coloca o currículo na conta.

Por que Joaquim Barbosa se aposentou, afinal? O cargo deve ser ótimo!

Sabedoria clássica
Não, não pensem mal do candidato Fachin. Pode estar manifestando uma característica demasiadamente humana. Como advogado de renome, ele é certamente douto em Latim e sabe que vanitas vanitatum et omnia vanitas. Está no Eclesiastes, um dos mais belos livros da Bíblia: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”.
Segue a frase: “que proveito tem o homem de todo o seu trabalho (…)? ”

Jogo de sombras
Nárcio Rodrigues, ligadíssimo a Aécio Neves, ex-presidente do PSDB mineiro, agora integra o governo de Fernando Pimentel, do PT, adversário de Aécio. Álvaro Dias e Beto Richa, líderes tucanos, apoiam a indicação de Luiz Eduardo Fachin para o STF. Tasso Jereissati, Aécio Neves, José Serra, que deveriam estar no Senado votando pela oposição, preferiram ir a Nova York assistir à milésima primeira homenagem a Fernando Henrique Cardoso nos últimos anos.

Não há dúvida: o PSDB é a melhor oposição que o PT jamais poderia conseguir.
Guerra contra Moro
Atenção: o comando das atividades virtuais do PT determinou ataques maciços contra o juiz Sérgio Moro, que julga os processos da Operação Lava-Jato. É acusado de cometer excessos; ressuscitaram procedimentos abertos contra ele há uns 15 anos (e nos quais foi inocentado faz muito tempo); é alvejado até por ter recebido a estatueta Faz Diferença do Grupo Globo, que a entregou a diversas personalidades cujo trabalho faz diferença.

Exemplos do nível dos ataques: “Como atestar credibilidade a um juiz que recebe presentinhos do capo Marinho e seus asseclas?”; e “O novo garoto-propaganda da Globo a serviço não da Justiça, mas de um bando de jagunços da direita brasileira sob a chancela da mídia”.

A decisão de atacar o juiz provavelmente se deve à conclusão de que há forte possibilidade de que réus petistas envolvidos no Petrolão sejam condenados, e é preciso transformá-los urgentemente em “guerreiros do povo brasileiro”.

Dias movimentados
Quem acha que o debate sobre o novo ministro do Supremo foi travado em baixíssimo nível que se prepare: agora é que as coisas começam a pegar fogo. De um lado, houve a operação policial, autorizada pela Justiça, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e se multiplicam notícias sobre a possibilidade de envolvimento do presidente do Senado, Renan Calheiros, na Operação Lava-Jato; de outro, há as CPIs sobre fundos de pensão estatais e o BNDES

O senador Reguffe, do PDT de Brasília, pediu cópias de todos os contratos do BNDES, desde 2003, com empreiteiras que trabalham no Exterior. E há fundos de pensão com problemas: o Postalis, do Correio, cobra um pesado extra dos associados para cobrir um grande buraco; o Serpros, do pessoal de processamento de dados, está há dias sob intervenção do Serviço Nacional de Previdência Complementar.

É muito dinheiro, muita gente prejudicada, muita coisa a explicar. É dinamite.

Fonte: Carlos Brickmann - http://www.brickmann.com.br/